Destaques

Mostrando postagens com marcador striptease. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador striptease. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, outubro 10, 2008

Decomposição exponencial da espuma de cerveja

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No mundo das abobrinhas, está repercutindo a notícia de que, pela primeira vez, brasileiros foram agraciados com o Nobel da pesquisa esdrúxula (ou Annals of Improbable Research, publicação do humorista estadunidense Marc Abrahams). O arqueólogo Astolfo Araújo (à direita), da USP, e seu colega José Carlos Marcelino, do Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo, foram premiados "por demonstrarem que tatus são capazes de bagunçar sítios arqueológicos". O estudo é sério e foi publicado no periódico Geoarchaeology em 2003. (Piada interna impossível de reprimir: "-Astolfo! Que história é essa de tatu, Astolfo? Você ganhou o Nobel esdrúxulo por pesquisar tatu, Astolfo? Meu Deus! O que eu fiz de errado, meu Deus? Você não tem mais o que fazer, Astolfo? Você só me envergonha, só me envergonha! Não agüento mais, Astolfo! Assim não dá!!!)

Bom, mas fuçando na web para saber mais sobre o tal Nobel, descobri um trabalho de suma importância para o público manguaça, premiado em 2002. Arnd Leike, um físico alemão da Universidade Ludwig Maximilians, em Munique, usou espuma da cerveja para ensinar estudantes sobre a análise de dados experimentais. Para isso, utilizou três tipos de cerveja em seus experimentos: a Erdinger Weissbier, a Augustinerbräu München e a Budweiser Budvar. O cidadão encheu um caneco cilíndrico com uma garrafa recém aberta e então mediu a altura da espuma por 15 vezes em um período de seis minutos, produzindo gráficos (acima, à esquerda) a partir dos dados coletados. Ou seja: ele pesquisou a forma como a espuma da breja abaixa! O trabalho, essencial para a raça humana e batizado pomposamente de "Decomposição exponencial da espuma de cerveja", foi publicado pelo European Journal of Physics.

Depois de todo esse esforço, claro, Leike (à direita) bebeu toda a cerveja. Mas sua idéia e a do Astolfo nem chegam a ser as mais extravagantes do Annals of Improbable Research. A edição deste ano, por exemplo, premiou também Deborah Anderson, professora de ginecologia da Escola de Medicina da Universidade de Boston, que, em 1985, num estudo publicado pelo New England Journal of Medicine, comprovou que não só a Coca-Cola tem efeito espermicida como a Coca Diet parece funcionar melhor ainda. E o psicólogo Geoffrey Miller, da Universidade do Novo México, demonstrou, usando dados de 18 voluntárias, que dançarinas de striptease ganham mais dinheiro no pico de seu período fértil. O imprescindível estudo foi publicado pela revista Evolution and Human Behavior. Vejamos outras pesquisas fundamentais:

2001
O prêmio na categoria Medicina foi atribuído ao estadunidense Peter Barss, por seu relatório médico sobre os machucados provocados pela queda de côcos. Jack e Rexella Van Impe, de Rochester Hills, Estados Unidos, levaram na categoria Astrofísica pela descoberta de que os buracos-negros têm todos os requisitos técnicos para serem a localização do inferno.

2002
Karl Kruszelnicki, da Universidade de Sydney (Austrália), levou na categoria Pesquisa Interdisciplinar por fazer uma pesquisa sobre os fiapos de tecido aprisionados no umbigo. K.P. Sreekumar e G. Nirmalan (in memorian), da Universidade Agrícola de Kerala, na Índia, ganharam na categoria Biologia pelo seu relatório estimando a área total de superfície dos elefantes.

2003
Os australianos Jack Harvey, John Culvenor, Warren Payne, Steve Cowley, Michael Lawrence, David Stuart e Robin Williams venceram na categoria Física pelo relatório "Uma Análise das Forças Necessárias para Arrastar Ovelhas sobre Várias Superfícies". Já os cientistas Stefano Ghirlanda, Liselotte Jansson e Magnus Enquist, da Universidade de Estocolmo (Suécia), foram premiados pelo artigo "Frangos Preferem Humanos Bonitos".

2004
Os canadenses Ben Wilson e Lawrence Dill, o inglês Robert Batty, o dinamarquês Magnus Wahlberg e o sueco Hakan Westerberg comprovaram que os arenques se comunicam por meio de puns.