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No início de 2011, a
Nike vazou o que seria o novo modelo de uniforme da seleção brasileira. Entre as novidades, havia uma gola careca amarela, rompendo a
tradição de gola verde, mas o que causou mais impacto foi a tarja
verde no peito. Alguns mais supersticiosos, como Ziraldo, alertavam
que, além da questão estética, o sinal de subtração não traria
bons fluidos para o Brasil.
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Uniforme masculino do Brasil (Rafael Ribeiro/CBF) |
O fato é que o modelo definitivamente não agradou e no início do ano a
patrocinadora da equipe lançou uma nova camisa (todo ano é lançado um novo uniforme da seleção masculina, exigência contratual). Dessa vez, sem tarja, com gola em “v” resgatando
a cor verde e com uma borda grossa na manga. Para os Jogos Olímpicos,
como não é permitida a presença de escudos das confederações
nacionais nos uniformes, a bandeira do Brasil tomou o lugar do escudo
da CBF. Mas o uniforme é praticamente o mesmo.
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Foto antes de Brasil X Camarões (Ricardo Stuckert/CBF) |
E não é que a camisa com tarja, o modelo ultrapassado no futebol masculino,
apareceu na Inglaterra? A explicação do diretor de comunicação da Nike na América Latina, Mario
Andrada, é que o contrato com a CBF determina que o uniforme da seleção feminina seja renovado a cada dois anos, enquanto a troca acontece
anualmente para o time masculino. A camisa não serviu para os homens, mas continua servindo para as mulheres.
Não é nada, não é nada, a questão parece ser bem simbólica e reflete o tratamento dado pela CBF ao futebol feminino.