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Não tenho medo de confessar, para qualquer sãopaulino que me leia, que torci contra meu próprio time na decisão por pênaltis ontem à noite, no Morumbi. Já que é pra passar vexame, que fosse logo contra o Universitário do Peru, em vez de prolongar essa agonia que, com toda a certeza do mundo, resultará em mais uma (e muito justa) eliminação na Copa Libertadores. O São Paulo simplesmente não merece prosseguir, ou melhor, não merece nem estar disputando a competição sulamericana. Digo isso com todas as letras, sem medo dos que (com todo o direito) queiram discordar: esse timinho é o pior e o que dá mais medo e desânimo de assistir desde o desastre de 1990, com Pablo Forlán.
Rogério Ceni segue falhando, embora tenha saído como herói pelas duas cobranças defendidas (foto - Rubens Chiri/SPFC). Alex Silva é violento e estabanado e Miranda ora vai bem, ora dá chutão pra trás. Cicinho é irregular e não marca e Júnior César consegue ser pior. Para substituí-los, os inócuos e improvisados Jean e Jorge Wagner só batem cabeça. Rodrigo Souto não chega aos pés do Arouca por quem foi trocado, Hernanes comprova a cada jogo que não é craque e nem aparece quando precisa, Marlos tenta resolver sozinho e se perde, Jorge Wagner no meio não sabe pra onde vai e a linha de ataque, bem, a linha de ataque simplesmente não faz um gol sequer há três partidas. Precisa dizer mais alguma coisa? Dagoberto, Fernandinho e Washington são o "trio parada dura"...de assistir!
Não tem futuro. Nem o time e nem o técnico Ricardo Gomes. O fato de o São Paulo ter chegado às quartas-de-final só comprova a decadência contínua do nível da Libertadores. O Cruzeiro deve confirmar a vaga hoje, no Uruguai, e literalmente passear contra o São Paulo, assim como fez o Santos nas semifinais do Paulistão. Nós, são paulinos, temos que nos conformar com os seguidos vexames este ano. Se não mudar nada no time e no comando, o Brasileirão será outro show de horrores. E nos restará a sofrível Copa do Brasil em 2011.