Domingo, chegou o grande dia
Meu time nas finais, uma tarde de alegria
No boteco, com os camaradas
A cerveja lidera a invasão da arquibancada!
Olê!Olê!Olê!Olê!......
Nossa torcida cumpre seu papel
Cantamos e cantamos, nosso time lá no céu
A defesa é como uma muralha
Nosso ataque corta como uma navalha!
Olê!Olê!Olê!Olê!......
O jogo segue empatado
O adversário luta e por isso é respeitado
E então um pênalti é marcado
Vamos ao deliro, chacoalhamos o estádio!
Olê!Olê!Olê!Olê!......
A tensão congela nossas almas
E o nosso atacante corre para a bola
O nervosismo estampado nos seus olhos
O chute muito alto e a bola vai pra fora!
Olê!Olê!Olê!Olê!......
O empate não é nosso resultado
Um pênalti perdido, lá se vai o campeonato!
A raiva nos toma o coração
Queremos quebrar tudo, mas beber é a opção
Olê!Olê!Olê!Olê!.....
Cantando, vamos para o bar
Lembrar as nossas glórias, a mágoa afogar
Apesar da alegria, ninguém pôde esquecer
Que o maldito campeonato, acabamos de perder!
(Do CD "Canções de batalha", gravadora TRREB, 2004)
Sábio o ditado que observa que pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube. No São Paulo de 2013, que vive talvez a pior fase de toda a sua história, e por culpa indiscutível da desastrosa gestão do presidente Juvenal Juvêncio, o dito popular se encaixa com presteza. Depois de perder o quarto pênalti seguido na temporada, no último minuto do clássico contra o Corinthians, deixando escapar 2 pontos que valeriam ouro na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, o goleiro Rogério Ceni deu mais um passo em direção ao abismo de ser considerado o maior vilão em caso de queda pra Série B. Porque muitos times caem pela falta de 2 ou 3 pontinhos salvadores e, por isso mesmo, tanto a torcida são paulina como (principalmente) os adversários vão apontá-lo como o grande responsável se a tragédia se confirmar. Ou seja, seria o "álibi" perfeito para livrar a cara do "criminoso" Juvenal.
É simbólico: Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo, o capitão, o mais experiente e já anunciou sua aposentadoria justamente no mês de dezembro, correndo o risco de deixar como "legado" para o clube a inédita segunda divisão. E como, depois que Marcelinho Carioca pendurou as chuteiras, ele passou a ocupar o posto de jogador mais odiado do Brasil, o rebaixamento faria a alegria de milhões de torcedores de outros times, notadamente dos corintianos, que hoje comemoram a desgraça de Ceni, no clássico, como se tivesse sido o gol da vitória. Sábio também foi o comentário de André Rizek na SporTV, após o 60º e último Majestoso da carreira de Rogério Ceni: "O pênalti, que para mim não existiu, foi péssimo para o goleiro do São Paulo. Porque o empate já era o resultado mais justo até ali, levando em conta que o Tricolor jogou melhor o primeiro tempo e o Corinthians teve as melhores chances na etapa final, e Ceni podia ter passado sem essa".
Cássio salta para fazer umadefesa antológica
De qualquer forma, três observações são pertinentes: 1) Ceni bateu o pênalti por ordem de Muricy Ramalho, porque continua sendo o atleta com melhor aproveitamento nos treinos (mas é outra coisa ter que converter numa situação real de jogo, com o estádio lotado, no último minuto de jogo e com o rebaixamento mordendo seu calcanhar); 2) Cássio merece todos os méritos, pois fez uma defesa antológica, saltando só no último milésimo de segundo, depois que o goleiro do São Paulo bateu na bola; 3) Muricy observou muito bem que o problema de Ceni está somente na cobrança de pênaltis, porque embaixo das traves segue fazendo uma temporada excelente (ontem fez mais duas grandes defesas, em chute de Romarinho e cabeçada de Paulo André). No mais, para mim, o empate não foi tão ruim. Eu estimava a conquista de 6 ou 7 pontos na sequência contra Cruzeiro, Corinthians, Náutico e Bahia. Ganhamos 4 e temos 6 em disputa.
O esquema com três zagueiros é o ideal, pois os laterais são fracos na marcação e ficam mais liberados no ataque. Muricy conseguiu arrumar a defesa, o que era mais preocupante (nos últimos jogos o time tem tomado poucos gols; mesmo contra Goiás e Grêmio, perdeu pela diferença mínima). Falta, agora, melhorar as finalizações. Com Luís Fabiano e Osvaldo em péssima fase, sobrou para os pouco eficientes Aloísio e Ademilson essa árdua tarefa. Welliton entrou no fim, ontem, e nada fez. Por isso, chegou a hora de Ganso, Jadson, Lucas Evangelista ou quem jogar no meio chamar a responsabilidade e arriscar mais no rebote, chutando de longe, como elemento surpresa. Missão espinhosa, pois parece que o mesmo nervosismo que bate em Rogério Ceni nas cobranças de pênalti atrapalha os homens de frente quando o time cria boas chances de "matar" o jogo. Enfim, sintomas de desespero que já vimos tantas vezes em times "grandes" que brigam para não cair.
Melhor pensar no pragmatismo: mais 4 vitórias e o "UFA!" tão almejado... Vamo, São Paulo! Vamos à luta, pois ainda há 30 pontos em disputa.
MALES QUE VÊM PARA 'BEM'- O lamentável quebra-pau entre a torcida sãopaulina e a polícia, ontem, deve render - com justiça - punição para o Tricolor, provavelmente com a perda de mando de campo. Curiosamente, isso pode ser "benéfico" para o time de Muricy Ramalho (entre aspas, lógico). Porque, nessa péssima campanha no Brasileirão, das 12 derrotas sofridas, simplesmente 7 ocorreram dentro do Morumbi. Jogando em casa, com a pressão da própria torcida e a obrigação de partir para o ataque, o time se atrapalha mesmo quando faz boas partidas, como aconteceu contra o Grêmio, e se dá mal. Fora de casa, fechado atrás e partindo só no contra-ataque, obtém resultados importantes, como as vitórias sobre o Vasco (concorrente direto na zona da degola) e o Cruzeiro. Não sei onde o São Paulo mandaria os jogos, em caso de punição. Só sei que o Morumbi não tem sido aliado, nesse calvário. Pelo contrário.
Dessa vez, vou cravar a verdade nua e crua: o São Paulo perdeu ontem (a 6ª derrota dentro do Morumbi nesta competição!) pura e simplesmente porque É MAIS FRACO do que o Criciúma. Ponto. Da mesma forma que venceu o Náutico porque, no Brasileirão, o time pernambucano é o ÚNICO inferior à equipe treinada por Paulo Autuori. Pode-se dizer, assim, que Ponte Preta, Portuguesa e Fluminense estão mais ou menos no mesmo nível que o São Paulo. E que Flamengo, Santos, Vitória, Bahia e o já citado Criciúma são ligeiramente superiores. Resultados como a vitória sobre o Fluminense e o empate com o Flamengo foram, portanto, perfeitamente razoáveis. Os pontos fora da curva foram os empates com Corinthians e Botafogo, que, ao que parece, aconteceram muito mais por partidas ruins de ambos os adversários do que pela realidade do São Paulo.
Por essa ótica, o time do Morumbi ocupa hoje o lugar onde, pela sua qualidade (ou falta de), deveria estar. No máximo, com um pouco de sorte e extrema superação, poderia estar emparelhado com o Flamengo (14º), o que seria um feito heróico - mas possível, dentro dessa análise de que os cariocas estão mais ou menos no mesmo patamar futebolístico. O resumo da ópera de ontem foi o seguinte: o primeiro gol do Criciúma saiu em pênalti ridículo cometido pelo zagueiro improvisado Rodrigo Caio, em jogada que, provavelmente, terminaria em tiro de meta. Lembremos que o mesmo zagueiro perdeu uma bola bisonha no jogo contra o Botafogo, deixando atleta adversário sozinho na cara do gol sãopaulino, que, felizmente, chutou por cima (o que reforça minha tese de que aquele foi um dia atípico para o alvinegro carioca). Portanto, a falha de ontem não surpreende.
Ceni defende cabeçada fulminante: Criciúma é melhor (Eduardo Viana/Lance!Press)
Segundo gol: bola levantada na área do São Paulo, em cima do zagueiro Rafael Tolói. Com 1,85m, ele não consegue cortar pelo alto e ela cai no pé do atacante, que dispara um petardo fulminante na pequena área, empurrando Rogério Ceni com bola e tudo para a rede. Não é a primeira vez que o goleiro sofre com Tolói; lembremos daquela atrasada horrível que entregou a bola no pé do corintiano Pato (Ceni fez pênalti e o Tricolor perdeu o confronto válido pelo 1º turno do Paulistão), da hesitação na goleada sofrida para o Atlético-MG, na eliminação da Libertadores (que permitiu a chegada de Tardelli e um golaço por cobertura) e nova hesitação ao marcar - marcar?!? - Renato Augusto na primeira partida decisiva da Recopa (outro golaço cobrindo Ceni). Ou seja, Tolói entregando gol também não surpreende. A zaga do São Paulo é HORROROSA. Prova disso é que o Criciúma perdeu chance incrível de fazer 3 x 0 logo nos primeiros segundos da etapa final, numa bola que bateu na trave, e ainda houve uma cabeçada que Ceni segurou em cima da risca.
Na frente, por mais que o time crie chances de gol, não consegue finalizar. Que o diga Luís Fabiano, que nem de longe lembra aquele que comandou a seleção brasileira nas eliminatórias da Copa da África do Sul. Negueba nada produziu de muito útil, assim como seu substituto, Osvaldo. Jadson não jogou nada, assim como seu substituto, Ganso. Fabrício sumiu, assim como seu substituto, Evangelista. O péssimo Douglas saiu (graças a Deus!) e seu substituto, Paulo Miranda, jogou muito mal. Por tudo isso, afirmo categoricamente: o elenco do São Paulo é fraco. No momento, mais fraco que Criciúma, Vitória e Bahia (perdeu para os três). O Rogério Ceni perder o terceiro pênalti seguido também não surpreende. Má fase destrói confiança e puxa erros. O que surpreende foi ele ter ido fazer a cobrança, sendo que Aloísio, que sofreu a falta, já estava com a bola nas mãos.
Após a partida, o "Boi Bandido" se atrapalhou com as palavras e respondeu a um repórter: "Só bate pênalti quem erra." Mesmo corrigindo o batido chavão logo em seguida ("Só perde quem bate"), ele acabou atestando, no engano, uma verdade: só bate pênalti no time do São Paulo quem erra - o Rogério Ceni, que errou contra o Bayern, a Portuguesa e o Criciúma, e o Jadson, que desperdiçou contra o Flamengo. Triste fase. E agora o time enfrenta o forte Coritiba, fora de casa, domingo. OREMOS AO SENHOR!
Coisa inédita: um torcedor do Atlético-MG reclamando de arbitragem! Mas a causa é justa: depois de o árbitro Carlos Eugênio Simon ter admitido que errou ao não marcar um pênalti escandaloso sofrido pelo Galo em 2007, em partida contra o Botafogo-RJ que selou a desclassificação do clube mineiro da Copa do Brasil, um atleticano resolveu pedir na Justiça indenização por danos morais. De acordo com o site Terra, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar hoje o processo.
O autor da ação - que é advogado - afirma que o caso deve ser tratado sob as cláusulas que protegem o direito do consumidor e que a CBF deve responder pelos atos de seus prepostos, já que fornece o "produto", ou seja, o jogo de futebol - se analisarmos a qualidade do "produto" nas últimas temporadas, pode configurar até fornecimento de droga.... Porém, o torcedor perdeu a ação em primeira e segunda instâncias: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou que o erro não gera para o torcedor-consumidor qualquer direito de cunho moral ou muito menos material e que a CBF, ao organizar as partidas, não se compromete a conseguir resultados favoráveis a qualquer dos times.
Insistente, o torcedor entrou então com um recurso especial dirigido ao STJ. O ministro Luis Felipe Salomão determinou a subida do recurso ao STJ para um melhor exame, já que há "peculiaridades" no processo. Acho que por "peculiaridade" podemos entender descaramento, pois não há a menor dúvida de que o pênalti não marcado aconteceu. No lance, dentro da área do Botafogo, o jogador Alex derruba sem dó o meio-campista Tchô, do Atlético-MG. Vale a pena ver de novo (no vídeo abaixo, a partir de 02:03):
Até aqui, quem vaticinou a verdade foi o Marcão “Diná”: “o Corinthians deve pavimentar seu caminho ao título com vitória sobre o Cruzeiro” e “No outro jogo, o Fluminense tem tudo pra vencer o Goiás em casa. Mas aí sim eu acho que pode dar zebra. Tratando-se do Goiás, nunca se sabe...”. Mas não há absolutamente nada decidido. Ainda creio na capacidade do Fluminense de avançar e não aposto uma pataca no empenho de São Paulo e Palmeiras para vencê-lo. Cruzeiro também não está morto, embora bastante ferido.
Não vi o jogo, confesso. Estou aqui no Rio, onde só estava passando o embate aviário mineiro-carioca. Vi apenas o obviamente polêmico pênalti marcado sobre Ronaldo e o gol do próprio. Digo obviamente polêmico não porque haja alguma dúvida quanto a ter sido ou não pênalti, mas porque qualquer pênalti marcado a favor do Corinthians neste jogo seria alvo de polêmica. Acaba parecendo mais importante que o jogo, o avanço do Corinthians, seu desempenho.
Uma falta como essa feita sobre Ronaldo, se fosse no círculo central, seria marcada sem maiores discussões: um jogador vai receber uma bola alta e o marcador – sem qualquer possibilidade de alcançar a bola, já que o seu adversário está de costas para ele recebendo a bola de frente – chega como uma vaca louca e lhe dá um encontrão por trás (atenção: por trás), impedindo-o de dominar a bola ou mesmo de se manter em pé. Esse papo de “jogada normal” na área, que “é falta mas ninguém nunca marca”, é um equívoco. Normal é uma disputa de bola com o corpo, coisa que o gordo Ronaldo faz o tempo todo, às vezes se dando bem, outras não. Neste caso, não havia qualquer disputa de bola, já que a bola estava totalmente fora de alcance para o marcador.
Ainda ouço comentários de que o zagueiro cruzeirense Gil “foi burro”, o que não vou discutir no mérito, mas apenas evocar como mais um argumento a esmorecer a discussão. Se foi burro é porque fez o que não devia: uma movimentação bisonha dentro da área, difícil de explicar aos colegas, e que termina atropelando o atacante adversário. Aos que ainda têm dúvida, eu gostaria de propor uma reconstituição da cena, na qual eu faria o papel do zagueiro cruzeirense: o Tomé receberá uma bola alta de costas para o gol e eu vou fazer um lance “normal” nele do jeitinho que o cruzeirense fez no Ronaldo.
Mas que falem. O Corinthians agora depende de si mesmo e passou bem pelos dois maiores desafios das últimas cinco rodadas. Mas, repito, nada está ganho. Tudo pode acontecer nessas três rodadas finais e não existe nenhum favoritismo. Dificilmente o Corinthians ganhará os três jogos, o que abre margem para que seja ultrapassado por Fluminense ou Cruzeiro. Bola no chão e vamos em frente.
Não tenho medo de confessar, para qualquer sãopaulino que me leia, que torci contra meu próprio time na decisão por pênaltis ontem à noite, no Morumbi. Já que é pra passar vexame, que fosse logo contra o Universitário do Peru, em vez de prolongar essa agonia que, com toda a certeza do mundo, resultará em mais uma (e muito justa) eliminação na Copa Libertadores. O São Paulo simplesmente não merece prosseguir, ou melhor, não merece nem estar disputando a competição sulamericana. Digo isso com todas as letras, sem medo dos que (com todo o direito) queiram discordar: esse timinho é o pior e o que dá mais medo e desânimo de assistir desde o desastre de 1990, com Pablo Forlán.
Rogério Ceni segue falhando, embora tenha saído como herói pelas duas cobranças defendidas (foto - Rubens Chiri/SPFC). Alex Silva é violento e estabanado e Miranda ora vai bem, ora dá chutão pra trás. Cicinho é irregular e não marca e Júnior César consegue ser pior. Para substituí-los, os inócuos e improvisados Jean e Jorge Wagner só batem cabeça. Rodrigo Souto não chega aos pés do Arouca por quem foi trocado, Hernanes comprova a cada jogo que não é craque e nem aparece quando precisa, Marlos tenta resolver sozinho e se perde, Jorge Wagner no meio não sabe pra onde vai e a linha de ataque, bem, a linha de ataque simplesmente não faz um gol sequer há três partidas. Precisa dizer mais alguma coisa? Dagoberto, Fernandinho e Washington são o "trio parada dura"...de assistir!
Não tem futuro. Nem o time e nem o técnico Ricardo Gomes. O fato de o São Paulo ter chegado às quartas-de-final só comprova a decadência contínua do nível da Libertadores. O Cruzeiro deve confirmar a vaga hoje, no Uruguai, e literalmente passear contra o São Paulo, assim como fez o Santos nas semifinais do Paulistão. Nós, são paulinos, temos que nos conformar com os seguidos vexames este ano. Se não mudar nada no time e no comando, o Brasileirão será outro show de horrores. E nos restará a sofrível Copa do Brasil em 2011.
Um amigo me conta que, depois da eliminação do Corinthians pelo Palmeiras na Libertadores de 2000, um grupo de palestrinos da universidade onde ele estudava grudou pelas paredes centenas de cópias do manual que o Marcelinho Carioca usava em sua escolinha de futebol. Numa página, ele explicava como bater um pênalti, com um desenho do jogador e a seguinte instrução: "Bata sempre no canto, um pouco abaixo da meia altura, que o goleiro nunca pega". Depois da teoria, vamos à prática:
Edmundo é certamente um dos maiores jogadores que a minha geração viu. Arrebentou no Palmeiras em sua primeira passagem e no Vasco, em 1997, teve o melhor campeonato que eu já vi alguém fazer em terras nacionais. Foi indiscutivelmente um craque, e até merecia ter feito mais do que fez com a camisa da seleção brasileira.
Mas apesar de todas essas qualidades, Edmundo tem uma característica ímpar: a "capacidade" de perder pênaltis decisivos. Ontem ele foi o responsável pela única cobrança errada na disputa do seu Vasco contra o Sport, que levou os pernambucanos para a final da Copa do Brasil.
Em 2000, na decisão do Mundial da Fifa, Edmundo cobrou e errou o pênalti decisivo, o que fez com que o Corinthians se sagrasse campeão do torneio. E mesmo em 2008 ele errou outra cobrança importante, na semifinal da Taça Guanabara, quando enfrentou o Flamengo. O rubro-negro fez 2x1 e acabou levantando a taça.
Outras cobranças desperdiçadas célebres de Edmundo foram em suas não-saudosas passagens por Santos e Cruzeiro. Em ambos os clubes, em 2000 e 2001, respectivamente, Edmundo enfrentou o Vasco, seu time do coração, e não conseguiu converter as penalidades. O erro fez com que seu contrato com o clube azul de Minas fosse imediatamente rescindido.
Também contra o Vasco, Edmundo errou um pênalti no Brasileirão do ano passado, quando defendia o Palmeiras. Curiosamente, enfrentando o Verdão o Animal não teve a mesma "piedade": quando estava no Figueirense, em 2005, cobrou e converteu duas penalidades em pleno Parque Antarctica.
Pode ser que em 2008 o Vasco ainda passe por uma disputa de pênaltis. O clube da Colina é um dos oito brasileiros que disputarão a Copa Sul-Americana, composta de mata-matas de início ao fim. Se tiver, será que Edmundo bate? Se sou eu o técnico, saco o cara quinze minutos antes de qualquer possibilidade de decisão nas penalidades...
Os jogadores do América-MG inventaram um novo jeito de cobrar pênaltis. A proeza foi realizada no último domingo, no jogo contra o Ideal pelo Módulo II do Campeonato Mineiro, do qual o América foi campeão antecipado. Seu autor foi Euller, o Filho do Vento, que ainda está jogando, sim senhor. Na hora da cobrança, Euller rola a bola para Douglas, que marca o gol, numa jogada ensaiada no pênalti. Veja abaixo:
Em entrevista ao Lancenet, o veterano disse que a jogada era prevista e foi uma idéia dele mesmo. “Na verdade treinamos, mas escondido. Então decidimos fazer no jogo, conversamos e ensaiamos muito, porque era preciso ficar bem claro que não faríamos a jogada. Eu não poderia olhar para o Douglas antes da jogada para que os outros jogadores não pudessem perceber, disse Euller. “Sempre tive vontade de fazer um gol assim. Por isso eu procurei saber na regra se seria legal”, declarou.
E é, como confirma José Roberto Wright no site do diário. “Desde que a bola seja tocada para frente e não haja invasão, o gol é válido. Foi o que aconteceu”, sustenta. Você gostaria de ver seu time batendo pênaltis assim?
Êta semana inusitada para quem gosta de futebol. Os dribles e gols de Marta lembrando a juventude do futebol, em que o inusitado habitava os campos. O tango encenado pelo Botafogo e, agora, o incrível pênalti batido quatro vezes.
Para quem não viu o jogo, Coritiba e Ipatinga empatavam até os 44 do segundo tempo em 0 a 0. No último minuto, o juiz marca pênalti (sei lá se foi, mas não é o que importa).
Na hora de bater, vai Ânderson Lima, lateral direito veterano. Bate a primeira, o goleiro Fred defende, mas se adianta, o bandeirinha marca e manda voltar. Segunda batida, mesmo canto, mesmo enredo. Terceiro, Ânderson bate mais no meio, o goleiro defende de novo e dá rebote, o lateral chuta de novo e marca, mas mandam voltar. Quarta vez, o goleiro acerta o canto, mas a bola entra.
A comemoração do Coritiba e de Ânderson é intensa. Do time porque abre vantagem de seis pontos para o Ipatinga, até então segundo colocado, consolidando o caminho de volta do Coxa para a primeirona. Do jogador, para não ter dois pontos em débito em seu fim de carreira.
Quem viu esta semana viu, o resto é história...
Observação: escrevo antes de começar a rodada do final de semana... Então, seja qual for o resultado de Atlético e Flamengo, não sei nem quero saber.