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Para não ser acusado de só aparecer nas vitórias, havia me penitenciado a não escrever sobre Flamengo e Galo no último sábado. Mas como não é sempre que se ganha de 3 a 0 no Maraca, de quebra com mais de 80 mil flamenguistas presentes, tentarei conter a euforia.
O jogo, na realidade, foi equilibrado em todo o primeiro tempo. A primeira melhor chance foi uma cabeçada na trave de Marcelinho Paraíba. Se entra, o jogo seria outro. Como foi tudo inusitado, o boliviano Castillo, que está no clube há uns seis meses, resolveu fazer seu primeiro gol pelo alvinegro. E acertou um daqueles chutes improváveis numa bola espirrada de uma troca de passes com Renan Oliveira.
Na seqüência, o volante Serginho do Galo teve uma bola no antebraço, que qualquer outro juiz marcaria penâlti para o Flamengo, ainda mais em casa. Paulo César de Oliveira não marcou... Daí o primeiro tempo terminou com certo sufoco do Fla, mas nada que assustasse.
No segundo, com a pressão rubronegra, o Galo passou a viver de contra-ataques bem feitos, provocando além dos gols pelo menos mais três grandes defesas do goleiro Bruno. Juninho praticamente assistia ao jogo.
Num desses contra-ataques saiu o segundo gol, numa arrancada do volante Serginho desde o meio de campo, fazendo assistência para Renan Oliveira marcar. No terceiro, o Flamengo já estava sem forças e poderia ter levado até mais.
Duas considerações finais, esse time do Fla mostra que não suporta bem a pressão. Por ter entrado depois em campo que os adversários na disputa do título, e depois de todos da ponta terem ganhado, jogou visivelmente nervoso. No primeiro tempo havia errado 21 passes contra 8 do Galo.
Segundo, a aposta do Marcelo de mandar os garotos para o campo deu certo, barrando, por exemplo, o sérvio Petkovic. Fora o goleiro Juninho, de 27 anos, o zagueiro Marcos e o lateral César Prates, os dois acima de 30, o resto do time era formado por jogadores vindos do júnior ou que não estavam tendo chance, casos de Elton e Castillo.
Destaque para Renan Oliveira, de 18 anos e o melhor em campo, e Serginho, volante de 22, duas esperanças de um futuro menos sofrido.
Quem dera o Galo jogasse assim todo o campeonato.
4 comentários:
Não estava sabendo desse vareio em pleno Maracanã. Agora fica difícil para o Flamengo correr atrás do título, mas talvez belisque uma Libertadores. No post que fiz sobre o jogo do segundo turno entre São Paulo e Atlético-MG, já tinha elogiado esse Serginho, dizendo que "parece ser um atleta promissor". De fato, vem confirmando minha impressão.
Apito amigo pró-galo? Não, Caio Junior-nior-nior...
barrar o Petkovic era mesmo a primeira coisa a ser feita.
E a falta de fair play reclamada por Caio Junior no segundo gol. Procede?
Sei lá, foi um lance confuso. Primeiro que o Paulo César deixou o César Prates caído um tempão, só parou quando a bola estava no campo de defesa e a bola com o Galo.
Depois, vem aquela conversa entre os jogadores sobre para onde vai ser jogada a bola. Na hora, me parece que o Márcio araújo diz que vai tocar para trás. Mas isso, só acho, nenhum repórter perguntou.
A bola vai para trás, é dominada por um zagueiro, que lança o Serginho, que dispara antes do meio de campo e leva até a área para o Renan marcar.
Como não sei a resposta, só descrevo o lance para que tirem suas conclusões.
Agora, a reclamação do Caio de que o PC deveria parar o jogo não procede. Mesmo que não haja fair play, o juiz não pode fazer nada nesse caso, não está na regra...
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