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Duas décadas mais jovem do que seus três grandes rivais, o São Paulo completa hoje 73 anos de existência. Como já explicamos aqui, o clube teve duas fundações - e, por isso, o time que existiu entre 25 de janeiro de 1930 e 14 de maio de 1935 não é considerado o mesmo que o atual, apesar de ter nome e uniformes idênticos. Afundado em dívidas, aquele primeiro São Paulo (apelidado de "da Floresta", nome do campo onde jogava) se fundiu com o Clube de Regatas Tietê e extinguiu o futebol. Inconformados, alguns antigos sócios do Tricolor decidiram refundar o clube: em 4 de junho de 1935, surgia o - natimorto - Clube Atlético São Paulo. Esse foi o pontapé inicial para que, em 16 de dezembro de 1935, ressurgisse o São Paulo Futebol Clube. Uma brecha jurídica da época permitiu que o nome fosse idêntico ao do clube anterior. O primeiro campeonato foi disputado em 1936, o Paulistão, e o primeiro título estadual viria em 1943. O primeiro Brasileiro veio em 1977, a primeira Libertadores em 1992 e o primeiro Mundial, no mesmo ano.
Sete décadas depois, o São Paulo possui uma média de títulos melhor que Corinthians, Palmeiras e Santos - se considerarmos apenas o principal campeonato estadual (Paulistão), nacional (Brasileirão), continental (Copa Libertadores) e mundial (Interclubes/ Fifa). Isso porque não quero, aqui, considerar Super-Paulistão, Rio-São Paulo, Roberto Gomes Pedrosa, Taça Brasil, Copa do Brasil, Supercopa, Sul-Americana, Mercosul, Conmebol etc etc etc. Senão, vira bagunça, é muito aleatório. Por isso, em 73 anos, o São Paulo conquistou 32 títulos principais: 3 Mundiais, 3 Libertadores, 6 Brasileiros e 20 Paulistas. Média de 0,43 títulos por ano, bem superior à do Corinthians (que venceu, em 98 anos, 1 Mundial, 4 Brasileiros e 25 Paulistas, média de 0,29 títulos por ano), Palmeiras (1 Mundial, 1 Libertadores, 4 Brasileiros, 22 Paulistas em 94 anos, média idêntica de 0,29) e Santos (2 Mundiais, 2 Libertadores, 2 Brasileiros e 17 Paulistas em 96 anos, média de 0,23 títulos por temporada). Claro, isso aqui é só um exercício seletivo, perfeitamente contestável. Mas creio que, pela diferença de idade em relação aos três rivais, o São Paulo vai muito bem, obrigado. Parabéns, Tricolor!
14 comentários:
Claro, isso aqui é só um exercício seletivo, perfeitamente contestável (2).
Claro, isso aqui é só um exercício seletivo, perfeitamente contestável (3).
Colocar Super-Paulistão no mesmo nível de Taça Brasil, Rio-SP e Robertão é brincadeira...
Compreendo os dois, o exercício seletivo está tirando títulos que muitos palmeirenses, corintianos, santistas e são-paulinos consideram essenciais e incontestáveis. Mas, como título estadual, entre Super-Paulistão e Paulistão, é óbvio que eu rifo o primeiro. E entre Taça Brasil e Brasileirão, idem. O mesmo sobre Supercopa ou Conmebol e Libertadores. Só quis considerar um campeonato em cada âmbito - estadual, nacional, continental e mundial. Mas, repito: é seletivo, aleatório e serve só para engrenar o debate.
parabéns!!!
o bom de o SP ser tão jovem é que por enquanto não tenho que me preocupar com o fantasma que é o ano do centenário! Por enquanto, só fracassos...
Eu não concordo em excluir o Robertão (que era o Brasileiro da época), a Taça Brasil (que também cumpriu essa função) e principalmente a copa do Brasil, que é um torneio consolidado, que já tem 20 anos e é o segundo em importância no país. Não contesto que o São Paulo ganhou mais, mas é injusto excluir esses campeonatos que tiveram repercussão de títulos nacionais em suas respectivas épocas. Seria como excluir o antigo Mundial Interclubes, que não é mais disputado, mas que até que a FIFA criasse um mundial autêntico, teve essa função.
Acho que pelo tanto de tempo que foi fundado após os outros, o São Paulo deve mesmo ter mais títulos.
Só lembrar que não passou por uma fila grande como os demais.
Mas que tirar justamente esses campeonatos foi bem incoerente.
Desse jeito vou fazer uma pesquisa e divulgar que o Palmeiras é o maior ganhador do Naranja-ESP da história.
Se for pra tirar Taça Brasil, Robertão, Rio-SP e Copa do Brasil, melhor desconsiderar 3 décadas de campeonatos.
como tu pretende fazer uma análise histórica retirando a maioria dos títulos que não existem mais, mas que em sua época eram disputados pelo São Paulo?
post ridículo e nem um pouco contestável, pq só existe uma verdade nesse ponto, e não é a que vc expôs...
Onde diabos o Palmeiras ganhou um mundial? Se for considerar o Palmeiras como campeão mundial, daquele campeonatozinho que ele reivindica, fico com as palavras do Rei Pelé "Torneio como aquele, o Santos ganhou mais de 10".
Joval Júnior
Ao contrário dos outos times, o SPFC já nasceu "pronto e embalado". Embalado em todos os sentidos. Recebeu todo um legado de outros clubes já formado e contou com muita regalia de gente poderosa das elites paulistanas com ele identificadas desde o início.
Não tem como comparar com times que iniciaram do zero e que passaram pelas dificuldades que o São Paulo não passou.
"Uma brecha jurídica da época permitiu que o nome fosse idêntico ao do clube anterior".
Como se deu a tal brecha jurídica?
Vamulá, companheirada:
1 - Concordo com Glauco, André e Fabricio sobre o prejuízo com a exclusão da Taça Brasil, Robertão, Rio-SP e Copa do Brasil. Porém, como disse, o objetivo foi o de dar uma "uniformizada". No mais, ainda não há reconhecimento oficial sobre os campeonatos nacionais pré-Brasileiros. E, sobre a Copa do Brasil, eu sinceramente não tenho opinião formada;
2 - Rafael, eu não pretendi, em nenhum momento, "fazer uma análise histórica" e nem estabelecer uma "verdade", como você diz. Friso de novo: é aleatório e contestável. Se você classifica como "ridículo", eu poderia fazer o mesmo em relação ao teu comentário. Mas não é o caso;
3 - O Joval traz uma questão pertinente. Mas, como os (polêmicos) títulos do Corinthians e do Palmeiras foram reconhecidos pela Fifa, não sou eu quem vai querer arrumar confusão. Já debatemos muito isso e, se alguém tem mais algum argumento - pró ou contra -, por favor, vamos debater;
4 - Mohammad, eu sei que o São Paulo está colado, há decadas, com a pecha de "time de elite". Não vou contestar, só contextualizar. Um dos times do qual o São Paulo descende é o alvirrubro Paulistano, time assumidamente de elite (o outro era o alvinegro A.A.das Palmeiras). Em sua primeira existência, entre 1930 e 1935, o time era, sim, de elite. Mas ganhou um campeonato só, o de 1931. Ao ser refundado, por sócios menos abastados, o São Paulo não tinha dinheiro, nem sede, nem estádio (era tudo emprestado, com o time se concentrando, muitas vezes, na Igreja da Consolação). Até se fundir com o Estudantes, da Mooca, em 1938, o São Paulo era um saco de pancadas e perdia em importância até para Juventus e Nacional. Foi na década de 40, com a compra de Leônidas e do acanhado Canindé, que o time ganhou 5 títulos e a coisa mudou de figura. Sobre a história posterior, da (polêmica) construção do Morumbi -com indícios de favorecimento estatal -, prefiro que alguém junte provas e publique algo bem detalhado para que eu dê alguma opinião. Só sei que, entre 1952, quando a obra começou, até 1970, quando foi inagurada, o São Paulo ganhou míseros três títulos;
5 - Marcelo, não sei responder qual brecha jurídica foi essa, só reproduzi a explicação que encontrei em inúmeros livros e revistas. Muito provavelmente, trata-se de legislação comercial e da regulamentação sobre cadastro de pessoas jurídicas, que, há mais de 70 anos, devia ser bem diferente do atual.
Entendo seu ponto de vista, você fez um "exercício seletivo". Mas mesmo assim, acho que você deveria considerar sim os títulos dos campeonatos que não são mais disputados. Foi como eu disse, a copa Toyota não existe mais e nem por isso você desconsiderou os títulos do São Paulo. E quanto a Copa do Brasil , aí sim o "exercício" é equivocado, porque é um campeonato oficial. Não descordo que o São Paulo ganhou mais, mas não é preciso menosprezar os títulos ganhos pelos outros, para que isso fique evidente. Abraço!
TRICOLOR HEXAGERADO!!!!!!!!!!!!
Não considerar a Copa do Brasil só pode ser piada. Copa do Brasil, Taça Brasil e Robertão são todos iguais, com formulas e durações muito parecidas, e valem a mesma coisa.
Como é que você pode desconsiderar a Taça Brasil, o único campeonato que levava à Libertadores no anos 60?
Seu raciocínio é constrangedor.
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