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Ps.2: Clique no nome do mitológico estabelecimento para saber mais: PONTO CHIC.
Fred, Neymar e Alexandre Pato: coração na mão é fácil, quero ver suar um no peito! |
Não, não é Photoshop! Foto de Luiz Paulo Machado (para a revista Placar) ficou famosa |
O menino Mané |
O garoto Vininha |
Vinicius, em 1958 |
Garrincha, na Suécia |
Talvez animada pela grande repercussão dos 80 anos do músico, cantor e 'maconheiro' João Gilberto, no início do mês, a "grande" imprensa (grande só no nome) resolveu aproveitar para fazer um desagravo a outro de seus queridinhos, o sociólogo, ex-presidente da República e 'maconheiro nasal' Fernando Henrique Cardoso, que também está completando oito décadas. O jornal O Globo se esmerou na bajulação em seu sítio virtual, com um "especial multimídia" sobre FHC (não confunda com outra droga, o já citado THC), trazendo artigos baba-ovísticos e exagerados de Mirian Leitão e Merval Pereira, charges do Chico Caruso, repercussão com os "mentores" do Plano Real e - o melhor (ou pior) de tudo - uma favorável entrevista com o célebre tucano homenageado.
"Nunca na História desse país" se viu tantas loas e confetes para o aniversário de um ex-presidente da República em nossa imprensa. O esforço para tirar FHC do limbo, em quilos de vassalagem e beija-mão midiáticos, me levam, como jornalista, à exacerbação da vergonha alheia. Mas, sem querer comentar as dúzias de bobagens, incoerências e delírios ditas mais uma vez por Fernando Henrique (até em respeito à sua idade e também poupando as velas do blogue para um defunto que não compensa), separei dois trechos muito reveladores, que, das duas, uma: ou comprovam sua senilidade ou atestam a sua cara de pau. No primeiro, ele diz que assinou a manutenção do sigilo dos documentos oficiais (que tanta dor de cabeça está dando agora à presidente Dilma Rousseff) no último dia de seu mandato (!), sem ler (!!), e que só se tocou disso um ano depois (!!!):
FH - Nesta discussão que está aí hoje [sobre a manutenção do sigilo eterno para documentos de Estado]... Foi no dia 31 de dezembro de 2002, último dia do governo. Porque tem dois canais, ou vem pela Casa Militar ou vem pela Casa Civil. Bem, quando veio esse negócio, eu disse [depois]: não é possível que eu tenha assinado isso. Aí chamei o Pedro Parente: vê se é possível que eu tenha assinado isso. Reconstituiu, não passou pela Casa Civil. Foi pela Casa Militar. Sem a assinatura do general Cardoso. Mas eu não sabia. E uma coisa me chama a atenção: nunca nem o Itamaraty nem as Forças Armadas falaram nesse assunto comigo, nunca pressionaram.
O GLOBO - Então o senhor assinou sem ver? E quando soube?
FH - Quando saiu no jornal, um ano depois. Como eu assinei um negócio proibindo eternamente?
Buenas, se o senhor, que assinou, não sabe, muito menos eu ou o repórter que o entrevistou! Vai ver que, se foi em 31 de dezembro, tava muito desesperado pra abrir a champanhe no Reveillón, ou distraído pela dolorida tarefa de ter que passar a faixa para o Lula no dia seguinte, sei lá. Mas essa desculpinha é de lascar - e ninguém vai repercutir isso. Imaginem se fosse o Lula dizendo tal absurdo, o carnaval que a mídia ia fazer... Aliás, para exemplificar isso, é só perceber, na expressão que grifei em negrito no trecho reproduzido acima, que o sociólogo que fala francês tem todo o direito de dizer que não sabia de nada, ao contrário do torneiro mecânico que o sucedeu, achincalhado quando usou a mesma justificativa. Mas passemos ao segundo trecho que resolvi destacar da entrevista do O Globo, ainda mais eloquente em termos de FHC:
FH - É muito cansativo esse negócio de ser presidente, não sei por que o pessoal quer tanto... (risos)
O GLOBO - Por que o senhor quis tanto?
FH - Pois é, por engano. (ri)
O GLOBO - Duas vezes, presidente?
FH - Eu sou meio tonto...
Impressionante. Diante de tão comovente declaração, é justo considerar que tonto foi quem votou nele. E mais tonto quem votou duas vezes!
Gente diferenciada - e agora despreparada
Conhecido por criar neologismos arrogantes como fracassomaníacos ou neobobos, FHC não perdeu a oportunidade de lançar mais uma nomenclatura na entrevista publicada hoje. Talvez indignado com a "gente diferenciada" que ameaça invadir o bairro onde ele reside em São Paulo, Higienópolis, com a estação do metrô que será construída lá, o ex-presidente octogenário inventou a expressão "gente despreparada" para essa ralé que, ao contrário de seus "iluminados" colegas do mundo acadêmico, foi obrigado a (com tom de asco) "lidar" quando governava o Brasil:
FH - Acho que, em parte, a liderança presidencial tem de ser intuitiva, veja o Lula, mas, quando você tem um pouco mais de capacidade de análise, fica vendo por que as pessoas estão fazendo isso ou aquilo. Ao mesmo tempo que desculpa umas, condena outras.
O GLOBO - Mas isso faz ficar mais pessimista ou otimista a respeito do mundo?
FH - Mais realista. Não digo pessimista porque dá para avançar. Meus colegas acadêmicos puro-sangue sempre ficavam um pouco horrorizados de ver como é que eu lidava com o que, para eles, é uma gente despreparada. Eu dizia que eles não eram preparados para umas coisas, mas muito bem preparados para o que eles fazem.
De fato, a soberba desses tucanos de Higienópolis sempre consegue um jeito de se superar. E eu, sem capacidade de análise e assumidamente sem qualquer tipo de preparo (para me sentir superior), encerro este post com a única coisa que gostaria de dizer ao aniversariante FHC: "-Credo."
Hoje o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora 65 anos com mais de 80% de popularidade e terminando sua gestão com a certeza absoluta de que o Brasil está hoje, inegavelmente, milhões de vezes melhor do que há sete anos, quando iniciou seu primeiro mandato. Os 28 milhões que saíram da linha da miséria, os mais de 30 milhões que ascenderam à classe média, os quase 15 milhões que conseguiram emprego com carteira assinada, as milhões de crianças e famílias amparadas pelo Bolsa Família, os mais de 700 mil que realizaram o sonho de chegar à faculdade pelo ProUni, além dos milhares que tiveram acesso à energia elétrica e que puderam comprar ou reformar sua casa própria com as facilidades inéditas da Caixa Econômica Federal são as principais testemunhas da transformação fantástica da sociedade brasileira no período. E de que, com certeza, "nunca antes na História deste país", o estado fez tanto para tantos - e o mais importante, para os tantos que mais precisam.
No esporte, entre múltiplas iniciativas, o governo Lula marcou verdadeiros gols de placa ao disputar de conquistar o direito de sediar a próxima Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas de 2016. Há dez anos, se alguém dissesse que o Brasil tinha 0,0001% de chance de trazer um evento de projeção mundial desse porte, seria taxado de louco e rechaçado às gargalhadas. Lula resgatou o orgulho de ser brasileiro, de saber que podemos e fazemos, que confiamos no nosso taco. Algo parecido com o que sentíamos no final da década de 1950 e que logo em seguida foi destroçado pela subserviência da ditadura militar aos ditames de Washington. E esse projeto político que deu e dá certo no Brasil teve e tem suas raízes nos movimentos populares, entre eles, o sindical, dos trabalhadores organizados. Que tomou impulso e direção a partir do momento em que Lula assumiu a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, no ABC Paulista, em 1975.
E o mais interessante, que registro aqui nesse post a partir do título, é que o gênio político e intuitivo de Lula buscou no futebol e na cachaça sua primeira estratégia de atuação. Logo, nosso presidente tem tudo a ver com o Futepoca, ou seja, Futebol, Política e Cachaça. No livro "O sonho era possível - A história do Partido dos Trabalhadores narrada por seus protagonistas", compilação de entrevistas feita pela jornalista e pesquisadora chilena Marta Harnecker (Editora Mepla/Casa América Livre, Cuba, 1994), Lula afirma que sua primeira decisão no sindicato foi a de ir às fábricas, em vez de ficar esperando que os trabalhadores comparecessem às assembleias, o que nunca acontecia. Aliado a isso, ele imaginou uma forma infalível de fazer com que os operários fossem conscientizados politicamente ao mesmo tempo que se divertiam. Diz Lula, no livro:
Um dia, discutimos na diretoria como é que íamos fazer para o trabalhador pegar confiança na gente. Sabe o que eu fiz? Eu marcava campeonato de futebol: a diretoria do sindicato contra a seção de uma fábrica. A gente ia e antes de começar o jogo eu falava cinco minutos com os trabalhadores. Depois a gente tomava umas cervejas, tomava chope, fazia churrasco. Em pouco tempo conseguimos criar uma nova consciência: a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) era uma lei, a Constituição era uma lei, mas tem um espaço político importante para a gente atuar. Em pouco tempo, um sindicato que era esvaziado e que ninguém participava, lotava em todas as assembleias.
Convenhamos: é ou não é um craque? Show de bola na política - e na cachaça também! Vamos brindar ao Lula e à sociedade civil organizada, que já mudou e que vai continuar mudando este país para muito melhor. Saúde, Lula!
Já comemoramos aqui aniversários do Santos, literalmente minha razão de existir. Agora, três links que valem a pena ser lidos para celebrar mais um hoje. Parabéns ao Alvinegro!
- Fatos Etc - E assim começava, há 98 anos, a gloriosa história do time de Araken Patusca (campeão paulista em 1935); de Zito, Ramiro e Formiga Vasconcelos (idem, 1955); de Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe, entre outros (como o goleiro Gilmar, os zagueiros Mauro Ramos de Oliveira, Ramos Delgado...); do grande goleiro argentino Agustín Mario Cejas (meu ídolo na infância) nos anos 70 - (mais aqui)
-Mauro Beting - “O time que ficou 45 minutos sem tocar os pés no chão”, na célebre definição da imprensa portuguesa para o esquadrão que goleou o Benfica, em 1962, no Estádio da Luz. A melhor imagem do maior time do mundo então. Quem sabe o melhor de todos os tempos e campos… Mas, se não for, e daí? Comparar tamanhos é questão menor. Se achar o tal é se perder como tal. - (mais aqui)
- Santista Roxo - uma palavra é suficiente para o ex-jogador definir o atual time santista. "Brilhante", elogia Pepe, que no entanto teve problemas para acompanhar a equipe do jeito que ela merece. "Comprei até uma TV de 42 polegadas para ver um Santos maior, pois com este futebol que está jogando, não dá pra assistir em qualquer TV", brincou o ídolo. (mais aqui)
Esse é o meu presidente: em vídeo para parabenizar o ex-ministro da Justiça Tarso Genro por seus 63 anos, Lula recomendou ao pré-candidato do PT ao governo gaúcho que troque o chimarrão por uísque "de qualidade".
- O Tarso é um baita de um companheiro, mas é um companheiro polêmico. Em vez de chimarrão, Tarso, tome um belo de um uísque de qualidade, tome uma cachaça de qualidade, tome uma caipirinha.
O vídeo, de três minutos, foi exibido na noite de sábado em Porto Alegre, no jantar de comemoração do aniversário de Tarso Genro. Será que ele obedeceu Lula?
Pode ser exagero, mas estimo que quase metade das pessoas que conheço faz aniversário em janeiro. Quando eu era adolescente, fazíamos todo ano um churrasco dos nascidos especificamente em janeiro de 1974 e acho que eram mais de 20 pessoas. Tinha gente do dia 2, do 3, do 5, do 7, do 8, do 10, enfim, ia intercalando até uma menina que era do dia 29. Em Campinas, na faculdade, era a mesma coisa. Em Fortaleza, onde morei por um tempo, idem. E aqui em São Paulo não é diferente: de hoje até domingo são cinco festas, churrascos e cervejadas de amigos e agregados. Hoje eu conversava com um deles, Fernando, que no dia 16 vai comemorar 28 anos fazendo um churrasco na laje, lá em Guaianases, em homenagem aos 30 anos da prisão do Paul McCartney por porte de maconha, no Japão (!!). Vai daí, ele me perguntou:
- O que será que acontece em abril pra nascer tanta gente em janeiro?
- Feriado de Páscoa, respondi.
- Ué, mas tem feriado o ano inteiro, ele rebateu.
- Pois é, mas neste as pessoas enchem a cara de vinho e enforcam o Judas!
Há 20 anos, nesse mesmo dia na gloriosa São Vicente, estudava para uma prova de Geografia quando escutei a notícia no rádio: Raul Seixas estava morto. A emissora Transamérica no ato conseguiu uma entrevista com o último parceiro do Maluco Beleza, Marcelo Nova, que fazia turnê com Raul divulgando as músicas do tocante disco-epitáfio Panela do Diabo, álbum auto-biográfico, mordaz e satírico, que retratava bem o fim de uma trajetória.
Não é por conta de uma efeméride semi-redonda que o Futepoca vai homenagear Mussum. Em nossas idas ao bar, inevitavelmente os blogueiros de cá brindam ao grande humorista que marcou a infância de muita gente com seu humor politicamente incorreto, sempre fazendo referência à cachaça (opa!) e às vezes desfilando com uma indecente cueca samba-canção. De qualquer forma, não poderíamos deixar tal data passar batida e publicamos alguns vídeos para lembrar do nosso grande muso inspirador (outros vídeos, em post de 2008 aqui).
Hoje, 27 de maio, faz três anos que este blogue estreou no espaço internético tentando unir três temas que fazem parte da cultura do brasileiro, como já enunciava o primeiro post. Era época da Copa do Mundo de 2006, o que motivou que as ideias discutidas no fórum adequado e regadas a cerveja em doses moderadas – ou nem tanto – saíssem do papel (ou do guardanapo) e fossem para a rede.
Claro que, como em todo balcão de bar, agregamos muitos amigos nesse meio do caminho. São colaboradores como Chico Silva, Marcos Xinef, Clóvis Messias, Diego Sartorato, blogues parceiros e leitores que contribuem pra fazer o blogue e deixam os futepoquenses um pouco mais felizes.
Fazer um resumo de links contando um pouco da história do Futepoca é uma tarefa inglória, mas certamente muitos se lembram das campanhas algo cívicas, como a Pés Fora do Coletivo e a Um Minuto de Barulho, em contraponto ao silêncio proposto por meia dúzia de “cansados”. Já o post sobre o Marketing Viral e a Nike não foi uma campanha, mas mobilizou uma discussão sobre venda de conteúdo bastante interessante na internet.
Falando em mobilização, da tríade de temas que mobiliza o Futepoca, obviamente o futebol se tornou o foco principal dos autores. E também de quem lê. A quantidade de comentários no post sobre o pior campeão brasileiro da História mostra bem isso. Assim como empreitadas que resultaram em muitas orelhas quentes dos membros do blogue, como o Fica Dualib e o Fica Nelsinho, que causaram certo incômodo aos corintianos. Já os gremistas resolveram soltar o verbo no post Sete motivos para torcer para o Boca, uma ode dos secadores contra a equipe dos Pampas na Libertadores de 2007.
Claro que a aridez de temas como política e, às vezes, futebol, fez com que o ingrediente estético por vezes influenciasse no tratamento da notícia. Foi assim na eleição das musas da política e também nos épicos posts sobre Ana Paula Oliveira, verdadeiros libelos contra a discriminação da mulher no meio futebolístico. Tratamos também de esclarecer o desconsolo de Cristiano Ronaldo e discutimos um polêmico ensaio fotográfico em pleno Couto Pereira. Como este é um blogue plural, houve até quem falasse de homens desnudos desfilando em modalidades altamente populares como o críquete.
Histórias e copos
Como todo bom boêmio, o Futepoca gosta de histórias. Assim, a trajetória do Atlético-MG foi contada aqui, assim como todas as partidas do Brasil na Copa de 1958 foram resgatadas. Nem Lamartine Babo escapou aos olhos e ouvidos atentos e ébrios de quem faz o blogue. Mesmo não sendo um site sobre cinema, aqui pode-se acompanhar a história do ator que contracenou bêbado o tempo todo em um filme ou a vida imitando a arte entre as prostitutas da Paraíba. Mas em que outro lugar você, caro leitor, iria ver um estádio que foi construído graças a 3 mil litros de pinga?
E quando o assunto é cachaça ou similares, há desde os testes cegos de cerveja que ajudam os manguaças a direcionarem melhor seu apetite etílico até dicas preciosas de branquinhas artesanais. Também é emocionante ver o comovente esforço de uma pessoa para preservar a posse de suas diletas garrafas...
Enfim, aqui vibramos com vitórias de nossos times, lamentamos as derrotas e até nos abalamos e choramos. Mas sem dúvida, mesmo que esse blogue tome parte do nosso tempo livre e não dê retorno financeiro (não perdemos as esperanças, claro...), é sem dúvida motivo de alegria para todos que o fazem e esperamos que seja para quem lê também. Um brinde e ao bar!
Hoje, dia 14 de abril, o Santos faz 97 anos. Nas palavras de José Roberto Torero, o único time de bairro do mundo que é campeão mundial. De fato, para um clube que não é de capital, nem de província, estado ou país, encantar o mundo torna-se uma tarefa ainda mais significativa. Foi eleito o melhor do século passado nas Américas (o que equivale a dizer, o maior da História do continente) e o terceiro maior do mundo, mesmo diante de uma votação eurocêntrica.
Duas décadas mais jovem do que seus três grandes rivais, o São Paulo completa hoje 73 anos de existência. Como já explicamos aqui, o clube teve duas fundações - e, por isso, o time que existiu entre 25 de janeiro de 1930 e 14 de maio de 1935 não é considerado o mesmo que o atual, apesar de ter nome e uniformes idênticos. Afundado em dívidas, aquele primeiro São Paulo (apelidado de "da Floresta", nome do campo onde jogava) se fundiu com o Clube de Regatas Tietê e extinguiu o futebol. Inconformados, alguns antigos sócios do Tricolor decidiram refundar o clube: em 4 de junho de 1935, surgia o - natimorto - Clube Atlético São Paulo. Esse foi o pontapé inicial para que, em 16 de dezembro de 1935, ressurgisse o São Paulo Futebol Clube. Uma brecha jurídica da época permitiu que o nome fosse idêntico ao do clube anterior. O primeiro campeonato foi disputado em 1936, o Paulistão, e o primeiro título estadual viria em 1943. O primeiro Brasileiro veio em 1977, a primeira Libertadores em 1992 e o primeiro Mundial, no mesmo ano.
Sete décadas depois, o São Paulo possui uma média de títulos melhor que Corinthians, Palmeiras e Santos - se considerarmos apenas o principal campeonato estadual (Paulistão), nacional (Brasileirão), continental (Copa Libertadores) e mundial (Interclubes/ Fifa). Isso porque não quero, aqui, considerar Super-Paulistão, Rio-São Paulo, Roberto Gomes Pedrosa, Taça Brasil, Copa do Brasil, Supercopa, Sul-Americana, Mercosul, Conmebol etc etc etc. Senão, vira bagunça, é muito aleatório. Por isso, em 73 anos, o São Paulo conquistou 32 títulos principais: 3 Mundiais, 3 Libertadores, 6 Brasileiros e 20 Paulistas. Média de 0,43 títulos por ano, bem superior à do Corinthians (que venceu, em 98 anos, 1 Mundial, 4 Brasileiros e 25 Paulistas, média de 0,29 títulos por ano), Palmeiras (1 Mundial, 1 Libertadores, 4 Brasileiros, 22 Paulistas em 94 anos, média idêntica de 0,29) e Santos (2 Mundiais, 2 Libertadores, 2 Brasileiros e 17 Paulistas em 96 anos, média de 0,23 títulos por temporada). Claro, isso aqui é só um exercício seletivo, perfeitamente contestável. Mas creio que, pela diferença de idade em relação aos três rivais, o São Paulo vai muito bem, obrigado. Parabéns, Tricolor!
O Corinthians completou hoje, dia 1º de setembro, 98 anos de história. São, segundo o parceiro Retrospecto Corintiano, 5.043 jogos, com 2.683 vitórios, 1.229 empates e 1.161 derrotas, resultados determinados por 9.814 gols pró e 5.961 gols contra. Mas, masi que isso, é a incalculá, imponderável união da paixão de milhões de torcedores em todo o país e fora dele. Entre eles, eu, meu pai, meus tios, meu falecido avô. Aos trabalhadores que se reuniram no número 34 da Avenida dos Imigrantes, atual Rua José Paulino, no Bom Retiro, para fundar o maior time de futebol da Terra, meus cumprimentos.
Estatuto
No final de semana, a Assembléia Geral dos sócios do Corinthians aprovou o novo estatuto do clube. Trata-se de inegável avanço em relação ao deixado pelos 14 anos de Dualib. Prevê eleição de presidentes por meio dos votos dos associados, proíbe a reeleição, diminui pela metade o número de conselheiros vitalícios (agora serão 100 vitalícios e 200 eleitos em pleito trienal) e obrigatoriedade de separar a contabilidade do departamento de futebol do clube social. Boa notícia.
Xerife
Personagem ilustre da história do Corinthians, o zagueiro Moisés não chegou a ver os 98 anos do clube. Ele faleceu na última terça, dia 26, aos 60 anos, vítima de um câncer pulmonar. Moisés estava no mítico time que encerrou o jejum de títulos do Corinthians, em 77. É autor da frase: "Zagueiro que é zagueiro não ganha Belfort Duarte", sob re o prêmio para o jogador que ficasse 10 anos sem receber qualquer punição da Justiça Desportiva. A pelada lá no céu vai ficou mais séria.