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quarta-feira, setembro 29, 2010

Seis estados evitam lei seca no dia da eleição. Um voto mais feliz

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Primeiro, a notícia boa: pelo menos seis estados decretaram que a venda de bebidas alcóolicas está liberada mesmo neste domingo, 3 de outubro. Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná já decidiram que não haverá restrições aos bares, botecos, botequins, restaurantes, supermercados e similares.

Depois, a notícia ruim, 20 estados mais o Distrito Federal mantiveram a tradição de implantar a lei seca no dia de ir às urnas. Com isso, moradores do restante do país, incluindo os de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país – serão prejudicados pela sede e pela sobriedade ao aguentar a boca-de-urna indevida e a expectativa pelos resultados. No Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, os juízes eleitorais de cada cidade têm autonomia para decidir.

Tudo bem, o avanço é lento.

A proibição começa em horários variados, ora das 21h do dia anterior, ora a partir das 3h da manhã do domingo. É a senha para o ébrio precavido estocar a dispensa. Não há notícias de decretos que cogitem veto ao consumo etílico no conformo do lar.

O dia de votação costumava trazer restrições ao consumo de álcool supostamente para garantir o andamento da votação ou até para evitar que, embriagado, o eleitor acabasse sendo cooptado ou votando sem, digamos, pensar bem. Porém, não se trata de norma federal, mas estadual, decidida por cada secretaria de segurança pública.

A decisão ignora, por exemplo, a contribuição dos ébrios para o folclore político em comícios eleitorais. Também desconsidera que, para não perder a freguesia, garrafas de guaraná e de tubaína são armazenadas há semanas para garantir o suprimento de vasilhames em cima de mesas e balcões.

Será que dá tempo para reverter alguns decretos?

1 comentários:

Glauco disse...

Mas mesários continuam impedidos de tomar uma.