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terça-feira, novembro 09, 2010

Sócrates: 4 das 12 sedes terão estádios às moscas após Copa

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O ex-jogador e comentarista esportivo Sócrates vaticina: Manaus, Natal, Brasília e Cuiabá terão estádios às moscas a partir de agosto de 2014. Construídos ou reformados para o Mundial de futebol, os templos do ludopédio nessas quatro, das 12 cidades-sede, são inúteis para a prática do futebol cotidiano.

Faltam times para jogar nesses locais, na avaliação dele. Os torcedores do América de Natal e do ABC podem reclamar. Mas duvido que os do Gama e do Brasiliense o façam.

Pode ser ressentimento de um belenense como é o também médico Sócrates Brasileiro. Na capital do Pará, com toda a certeza, uma arena esportiva seria tomada a cada Paysandy x Remo (ou a cada Remo x Paysandu).

No mesmo artigo, publicado nesta semana na CartaCapital, ele sustenta que esse fenômeno da inutilização da estrutura da Copa aconteceu na França (1998) e na Itália (1990).

No caso da terra de Nicolas Sarkozy, Sócrates lembra que o PSG manda suas partidas no Parque dos Príncipes, e não no Estádio da França, na capital do país.

Faltou lembrar...

A cidade de São Paulo não se enquadra na lista de Sócrates. Ele faz lá críticas, embora o Itaquerão, estádio do Corinthians, tenha sido encapado pela prefeitura de São Paulo e pelo governo do estado. Tudo isso se deu na segunda-feira (8), dias depois do fechamento da revista semanal.

Mas além do Morumbi, preterido num misto de projeto insuficiente com muito lobby e interesse político em outras direções, o Palestra Itália está em reformas e deve ficar pronto mais ou menos na mesma época. Não para a Copa, mas com certeza para jogos de futebol.

Há ainda a futura ex-quase-casa do Corinthians, o Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. Há o Canindé, o mais bem localizado estádio da cidade do ponto de vista do transporte público e privado. E, na Grande São Paulo, a Arena Barueri, órfã de clube de futebol profissional até que o Grêmio Prudente debande do extremo oeste do estado.

Desses, o uso está garantido.

Mas a teoria dá o que pensar.

5 comentários:

Glauco disse...

Pode-se até dizer que em Natal o estádio não vá lotar sempre (aliás, não lotam nem em São Paulo, nem no Rio, nem em Minas sempre), mas que ABC e América fazem clássicos com público conseiderável. E podem se animar mais com uma arena multi-uso.

A preocupação lá é justamente outra: com a demolição do Machadão, o estádio que resta é o do ABC, enquanto América e Alecrim vão ter que se virar para mandar suas partidas.

Leandro disse...

O Anselmo esqueceu a Tuna Luso de Belém. Jogos com a Tuna também são clássicos que atraem bom público naquela cidade, embora a Tuna não forme a dupla do famoso "derbi".
E também esqueceu que o Pacaembu foi, é e sempre será a casa do Corinthians, afinal, o estádio é o famoso "próprio da municipalidade", ou seja, é do povo, logo, do SCCP. O Corinthians e a praça são do povo como o céu é do condor, mas o dileto blogueiro esquece (ou omite) isso.
Quanto à opinião do grande doutor, prefiro ser otimista e pensar que a existência de novos e modernos estádios pode ser um fator de desenvolvimento do futebol destas outras regiões.
Lógico que a simples presença dos estádios não vai ajudar em muita coisa, mas não estou defendendo ações isoladas para tanto. O fato de terem novas arenas e isso concatenado a outras ações do poder público e da própria sociedade local pode fazer algo de positivo pelo futebol destes Estados, neste que se diz o país do futebol, sem contar com a possibilidade de receberem grandes eventos de diversos outros segmentos, e que exigem tal estrutura.
Se quisermos que o país se desenvolva e tenha outros centros, então reivindiquemos isso em vez de simplesmente apontarmos nossos preconceituosos dedos sulistas/sudestinos a outras regiões tidas como menos desenvolvidas não só no aspecto futebolístico para dizermos que ali não pode, e pronto, acabou.

Nicolau disse...

O Sócrates é mal humorado. Serviram a cerveja dele quente antes dele escrever o texto.

Nicolau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maurício Ayer disse...

Acho a probabilidade dos estádios ficarem às moscas grande.

Vão ter que pensar em outros tipos de eventos.