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sexta-feira, dezembro 31, 2010

O Sobrenatural de Almeida é manguaça!

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Ontem eu já voltei pra casa dos meus pais "mal" intencionado, com uma dúzia de garrafas de cerveja à tiracolo e um gigante pedaço de queijo reino "dubão". O calor dessa região de Ribeirão Preto, no interiorzão de São Paulo, convidava ao ócio e à manguacice. Já encontrei meu pai, "Seo" Chico, com a mesma disposição. Enchemos os copos, cortamos o queijo, pusemos uma mesinha e cadeiras no quintal e botamos um CD do Altemar Dutra com marchinhas carnavalescas. Meu pais contou suas histórias de infância e adolescência, quando era crooner de orquestras, de seus tempos de Exército em Pirassununga, da boemia paulistana nos anos 1970, enfim, coisas que só eu, na família, tenho paciência e supremo prazer em ouvir.

Vai daí que ele se lembrou de um outro 31 de dezembro, há mais de duas décadas, quando ele, eu (então com uns 12 anos) e mais alguns primos e tios decidimos passar o Ano Novo isolados numa casinha no alto de uma serra, local sem energia elétrica, para observar os fogos em toda a cidade (buenas, tudo desculpa pra beber à vontade longe da mulherada, lógico!). Já havia dois carros cheios de cerveja Malt 90 quando alguém lembrou que precisávamos comprar gelo. Lembro que, por horas, vagamos por todos os mercados, postos de gasolina e casas de parentes atrás da preciosa mercadoria. Nada; o produto estava em falta por causa das festas de Ano Novo. Decidimos, então, subir a serra e beber cerveja quente, mais ou menos resfriada na água de um riachinho.

Quando já estávamos no meio do mato, lá pelas nove da noite, o carro do meu pai fez a última curva antes da subida principal, na beira de uma lagoa, quando se deparou com duas enormes e reluzentes pedras, tendo que frear bruscamente. Descemos para retirar os obstáculos e, para nosso espanto e felicidade geral da nação, tratava-se de dois blocos enormes de... GELO! Ainda hoje essa história rende conjecturas entre nós, os manguaças da família. Quem teria jogado aquele gelo ali, no meio do mato, longe da cidade, justo no nosso caminho? Para o gelo estar inteiro, tinha sido pouco antes de passarmos. Mistério total. Mas passamos o reveillón com cerveja gelada...

E depois de relembrarmos esse episódio sobrenatural ontem à noite, eis que hoje, lá pelas seis da manhã, minha mãe passa pelo quintal e, do nada, encontra um isopor em cima do muro, cheio de gelo e com três latinhas de cerveja dentro! Temendo mexer no que não é nosso, deixou a caixa lá, até umas dez da manhã. Nada. Sem alternativa, eu e meu pai nos servimos de mais esse "presente" de Ano Novo do Sobrenatural de Almeida. Que já deve estar de porre uma hora dessas... Brindando um Feliz 2011 e desejando muita cerveja para todos os futepoquenses, colaboradores e leitores! Saúde!

4 comentários:

Maurício Ayer disse...

Malt 90 é a pior cerveja de que me lembro.

Tem uma charge do Laerte que mostra numa página inteira aquele mega furdúncio de um carnaval tipo Salvador. Na beira de um caminhão, um cara ouve estupefacto o que lhe dizem lá de cima: "só tem Malt 90 sem gelo". Olha em volta, pensa um segundo, e responde: "Vê duas!". Viva a democracia!

Olavo Soares disse...

Épico.

BG disse...

Hoje faço 56.
Quem tomava malt 90 canmigoul não está mais...

BG disse...

Ao Rodrigo Carvalho:

Fui lá: seu blog é muito ruim.