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quinta-feira, julho 02, 2015

É hora, é hora, é hora... de cerveja!

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Ps.1: Indagaria, não sem razão, o sr. De Massad: "Mas quem é que aguenta esperar meia hora pela próxima rodada de cerveja?";

Ps.2: Clique no nome do mitológico estabelecimento para saber mais: PONTO CHIC.


sábado, julho 30, 2011

Bebia-se no Rio de Janeiro de 1900

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O título do post faz referência ao capítulo 17 de Antologia da Alimentação no Brasil, livro de Câmara Cascudo que trata dos hábitos, rituais, receitas, pratos e quetais que ajudaram a constituir a identidade brasileira. Como já comentou o Anselmo aqui, o trabalho do historiador e antropólogo, resgatava aspectos da cultura brasileira que nem sempre eram destacados por estudiosos das Ciências Humanas à época, e mesmo hoje. Aliás, Cascudo morreu há exatos 25 anos...

Voltando ao capítulo da obra, trata-se de uma excerto publicado originalmente em O Rio de Janeiro do meu tempo, de autoria do também historiador Luís Edmundo, um apaixonado pela terra de Estácio de Sá, nascido em 1878 e falecido em 1961. Ele descreve de forma saudosista o início do século XX na cidade, em especial da vida noturna daquele já longínquo 1900:

Só os ricos podiam criar, para viver, ambientes agradáveis em matéria de conforto, a grande massa da população vivia mal, sobretudo durante o estio, quando a casa de residência se transformava numa verdadeira estufa, sem os naturais recursos de defesa que em outras partes do mundo já então se empregavam para suavizar os rigores da estação.

Assim, segundo Edmundo, as mulheres e crianças ficavam em casa, enquanto os homens saíam para “espairecer” e diminuir os efeitos deletérios do calor carioca.

Somente, por essas noites de espairecimento e alívio, em qualquer desses lugares, diga-se de passagem, bebia-se muito, bebia-se demais, bebia-se como talvez não haja ideia de se haver bebido no Brasil. Bebia-se pelas compoteiras!

Segundo ele, à época dava-se preferência às bebidas trazidas pelos portugueses, os vinhos vindos do Porto e da Madeira, e a aguardente de cana. Embora o calor exigisse bebidas mais frescas e menos pesadas, “o que se procurava beber, quase sempre, era o corrosivo de 14 graus, ou mais, que malbaratava o fígado, causticava o estômago, pondo em perigo de miséria todo o sistema vascular, os rins e o coração”. Conforme Edmundo, “mais que a febre amarela, endêmica, matava o abuso do álcool. A displicência dos poderes públicos, em questões de saúde, corria, então, parelha com a ignorância do povo”.

Mas por que a população não tinha desenvolvido ainda o hábito de tomar uma cervejinha? Um dos motivos era o boicote e a campanha difamatória dirigida por negociantes de vinho, que também atuavam contra produtores nacionais de vinho no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Essa explicação, na verdade, não consta do trecho do livro de Cascudo, mas do original de Edmundo.

Se não era cerveja a bebida mais consumida, o vinho, principalmente o português, era quem dominava o cenário etílico do Rio. Também se fazia campanha contra a bebida de outros países como França, Espanha, Alemanha, Itália e Áustria, tanto que se criou a expressão “de dar azia em caixa de bicarbonato” para esses vinhos, exaltando-se a qualidade supostamente superior do exemplar lusitano.

As estatísticas oficiais de 1900 dão uma mostra do quanto se bebia no país (e no Rio) naquela época. Com 22 milhões de habitantes, importávamos de Portugal 43,4 milhões litros de vinho só de Portugal. Isso é mais do que o Brasil importou, levando-se em conta vinhos e espumantes, em 2005.

Bebida gelada

Havia outra dificuldade para a popularização da cerveja como bebida nacional no Brasil do século XIX e início do XX. O gelo industrializado só chegou ao Rio em 1835 (e a primeira geladeira doméstica veio apenas em 1913), como lembra Câmara Cascudo no capítulo Esfriando Bebidas e havia um preconceito contra as bebidas geladas. Ainda vigorava entre as pessoas a noção difundida pelo médico judeu Isaac Cardoso, que em Madri publicou, em 1637, contra-indicando a ingestão de líquidos frios. Aliás, tal noção de que isso “faz mal” ainda é bastante popular nos dias que correm...

Para “esfriar” (não se falava em “gelar”) as bebidas, as técnicas eram várias, de acordo com o lugar. A garrafa de vinho era metida numa meia grossa ou pano úmido e borrifava-se de novo quando secava, ficando ao relento da noite e depois coberta com areia molhada ou serragem. Outra estratégia era deitar em grandes bacias de alumínio ou enterrá-la na beira de córregos e rios (com certeza em áreas montanhosas isso funciona). Já em locais onde ocorrem geadas e chuvas de granizo, a solução era armazenar e usar sal de cozinha para conservar por mais tempo a garrafa em baixas temperaturas.

Quando for tomar uma gelada, agradeça – e muito – pela geladeira existir...

domingo, junho 19, 2011

O que Adriano está esperando pra jogar na Rússia?

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Em entrevista para a TV Bandeirantes, o meia Alex (foto), recém contrado pelo Corinthians, comentou as dificuldades de sua chegada ao clube anterior, o Spartak Moscou. Por diversas vezes, foi obrigado a treinar sob uma temperatura de 15 graus negativos. "As mãos e os pés congelavam. Tentei usar pomadas e sacos plásticos nos pés, mas não adiantava nada. Era terrível". Porém, Alex notava que os colegas russos possuíam um artifício eficiente para essas ocasiões: a cachaça, ou melhor, a vodka. "Nos treinos, tava todo mundo manguaçado. Ninguém falava nada, porque era a maioria que fazia isso. Como eu não sou do álcool, sofria com o clima", revelou. Segundo o meia, houve um jogo contra o atual time do ex-corintiano Roberto Carlos, o Anzhi Makhachkala, em que o mais bêbado era o árbitro. "Não era só o bafo, pois o álcool exala pelo corpo todo. E ele tava falando mole", contou, aos risos. Taí um ótimo campeonato para o também corintiano e ex-imperador Adriano disputar...

sexta-feira, dezembro 31, 2010

O Sobrenatural de Almeida é manguaça!

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Ontem eu já voltei pra casa dos meus pais "mal" intencionado, com uma dúzia de garrafas de cerveja à tiracolo e um gigante pedaço de queijo reino "dubão". O calor dessa região de Ribeirão Preto, no interiorzão de São Paulo, convidava ao ócio e à manguacice. Já encontrei meu pai, "Seo" Chico, com a mesma disposição. Enchemos os copos, cortamos o queijo, pusemos uma mesinha e cadeiras no quintal e botamos um CD do Altemar Dutra com marchinhas carnavalescas. Meu pais contou suas histórias de infância e adolescência, quando era crooner de orquestras, de seus tempos de Exército em Pirassununga, da boemia paulistana nos anos 1970, enfim, coisas que só eu, na família, tenho paciência e supremo prazer em ouvir.

Vai daí que ele se lembrou de um outro 31 de dezembro, há mais de duas décadas, quando ele, eu (então com uns 12 anos) e mais alguns primos e tios decidimos passar o Ano Novo isolados numa casinha no alto de uma serra, local sem energia elétrica, para observar os fogos em toda a cidade (buenas, tudo desculpa pra beber à vontade longe da mulherada, lógico!). Já havia dois carros cheios de cerveja Malt 90 quando alguém lembrou que precisávamos comprar gelo. Lembro que, por horas, vagamos por todos os mercados, postos de gasolina e casas de parentes atrás da preciosa mercadoria. Nada; o produto estava em falta por causa das festas de Ano Novo. Decidimos, então, subir a serra e beber cerveja quente, mais ou menos resfriada na água de um riachinho.

Quando já estávamos no meio do mato, lá pelas nove da noite, o carro do meu pai fez a última curva antes da subida principal, na beira de uma lagoa, quando se deparou com duas enormes e reluzentes pedras, tendo que frear bruscamente. Descemos para retirar os obstáculos e, para nosso espanto e felicidade geral da nação, tratava-se de dois blocos enormes de... GELO! Ainda hoje essa história rende conjecturas entre nós, os manguaças da família. Quem teria jogado aquele gelo ali, no meio do mato, longe da cidade, justo no nosso caminho? Para o gelo estar inteiro, tinha sido pouco antes de passarmos. Mistério total. Mas passamos o reveillón com cerveja gelada...

E depois de relembrarmos esse episódio sobrenatural ontem à noite, eis que hoje, lá pelas seis da manhã, minha mãe passa pelo quintal e, do nada, encontra um isopor em cima do muro, cheio de gelo e com três latinhas de cerveja dentro! Temendo mexer no que não é nosso, deixou a caixa lá, até umas dez da manhã. Nada. Sem alternativa, eu e meu pai nos servimos de mais esse "presente" de Ano Novo do Sobrenatural de Almeida. Que já deve estar de porre uma hora dessas... Brindando um Feliz 2011 e desejando muita cerveja para todos os futepoquenses, colaboradores e leitores! Saúde!