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Cícero, Arouca e os moleques. O clima é outro (Foto Santos FC) |
Um time formado do
jeito que muito torcedor santista gosta. Da equipe
campeã da Copa São Paulo de Juniores neste ano, entraram como
titulares o zagueiro Gustavo Henrique, no lugar do contundido Edu
Dracena; Leandrinho, que tomou o lugar de Renê Júnior; Pedro
Castro, que substituiu Montillo, na seleção argentina, e Neílton.
Mas, talvez mais importante que a entrada dos garotos, que deram
ritmo e velocidade à equipe ainda que desentrosados, foi o
posicionamento de alguns jogadores que se sentiam claramente
desconfortáveis na equipe comandada por Muricy.
Um deles foi Arouca,
que voltou a jogar como primeiro volante, posicionamento no qual se
destacou na Vila. Ultimamente, fazia as vezes de um meia direita,
deixando de ser um elemento surpresa, no ataque e marcando em uma
área que não era a dele. Cícero também veio mais de trás e
confessou se sentir mais à vontade atuando dessa forma. Pelo jeito,
muitos boleiros alvinegros não sentem saudades do ex-técnico...
Se falta entrosamento,
sobrou vontade e movimentação, principalmente na primeira etapa. O
gol veio cedo, aos 3 minutos, um chute de Cícero com efeito que
contou com certa colaboração do arqueiro Vítor. O Atlético-MG,
desfalcado dos jogadores da seleção, chegou a achar alguns espaços
na defesa santista, mas os donos da casa conseguiram várias vezes
fazer uma transição rápida da defesa para o ataque, levando
(pouco) mais de perigo ao gol adversário que os visitantes.
Não somente essa
velocidade foi novidade no time, como também os passes trocados no
ataque, como os que resultaram no gol peixeiro. O Santos nem parecia
o time de pebolim de algumas semanas anteriores.
Na etapa final, Cuca
colocou Neto Berola, que conseguiu trazer o Galo mais perto do gol
nos dez primeiros minutos, quando Claudinei Oliveira acertou a
marcação pelo lado esquerdo com Cícero, que fez uma grande partida
do ponto de vista tático. A partir daí, o jogo ficou amarrado, com
o Atlético não conseguindo criar e o Santos não conseguindo
contra-atacar. Nem mesmo a expulsão de Marco Rocha, que fez falta em
outro menino da Vila, Léo Citadini (sim, parente do ex-diretor
corintiano Roque Citadini) que substituiu Pedro Castro, mudou o
cenário.
De resto, Galhardo,
outro que parece se sentir mais à vontade hoje em dia, foi aplaudido
quando saiu machucado, um momento raro do atleta na Vila Belmiro.
Renê Júnior entrou em seu lugar, mostrou certa afobação e errou
passes demais, justificando o banco que esquentava. Neílton foi efetivo quando pegou na bola e Ronaldinho
Gaúcho foi muito apagado, entregue à marcação da defesa santista.
Talvez ele também tenha sentido a falta de Neymar...
Ao que parece, Marcelo
Bielsa vem a Santos no final de semana para conhecer a estrutura
do Peixe e decidir se vem treinar pela primeira vez um time
brasileiro. Caso não tope, consta que não existe um plano B, já
que a diretoria só conversa com o argentino. Mas tudo indica que a
segunda opção pode ser o próprio Claudinei. Não seria má ideia.
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