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sábado, janeiro 31, 2015

Palmeiras não dá bola para o tiki taka do Osasco Audax

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Verdão atropela o toque de bola do adversário com marcação em todo o campo e muita velocidade no ataque

Em 2014, o Audax, comandado por Fernando Diniz, fez algumas apresentações interessantes tentando reproduzir o tiki taka, estilo de jogo consagrado pelo Barcelona de Pepe Guardiola, hoje no Bayer de Munique. No entanto, entre o clube catalão e o de Osasco existem alguns milhões de euros de diferença, refletindo na também abissal distância de talentos de um e de outro time. Resultado: hoje, no Allianz Parque, o time da grande São Paulo ficou com a bola, e o Verdão ficou com os gols.

Antes da partida, o cantor Péricles, ex-vocalista do Exaltasamba, cantou o hino nacional em ritmo de pagode e Osmar Santos deu o pontapé inicial da partida. O mando de campo era do Audax, mas o clube preferiu estrear na casa do adversário, ainda que ambos os clubes neguem a inversão evidente de mando. E a torcida, em festa, não demorou muito para comemorar. Aos 6 minutos, o Audax perdeu a bola no meio de campo e o Verdão pegou uma defesa completamente desarrumada. Allione abriu pela ponta esquerda e tocou para Leandro Pereira empurrar para as redes.

O gol foi fruto direto do modo do time de Fernando Diniz jogar, muito toque de bola e jogadores atuando próximos, buscando compactar os espaços. O problema é que os jogadores ficam tão preocupados com o que fazer com a bola nos pés que parecem se esquecer que é preciso se movimentar quando estão sem ela. Com uma marcação frágil, a equipe osasquense quase sofreu o segundo gol aos 10, quando mais uma vez o argentino Allione serviu Zé Roberto que cruzou para Maikon Leite perder, sem goleiro, em uma jogada inacreditável (confira aqui).

Mas o Audax se esforçou e conseguiu tomar o segundo gol aos 14. De novo Allione dominou, dando uma assistência precisa para Robinho fazer. Na área, quatro palmeirenses contra cinco adversários, sendo que um deles estava à frente da linha da bola. Estava fácil demais.

Jogadores comemoram primeiro gol alviverde (Reprodução)
Após o tento alviverde, os palestrinos chegaram com perigo real em pelo menos quatro oportunidades, enquanto os rivais praticamente não ameaçaram o gol de Fernando Prass. Em uma cobrança de lateral no lado direito da defesa, o Audax foi desarmado pela marcação palmeirense, Robinho passou para Maikon Leite, sozinho à frente do goleiro Felipe Alves, e dessa vez não desperdiçou. Com 36, o Verdão já vencia por 3 a 0, partida mais que definida.

Os números do Footstats davam o retrato preciso do jogo. O Audax trocou 268 passe na etapa inicial, contra 107 do Palmeiras; a posse de bola foi de 65% dos osasquenses contra 35% dos palmeirenses. Mas o time da capital fez 13 desarmes contra quatro do rival, e dez finalizações contra quatro. Explicado o placar.

No segundo tempo, o Palmeiras veio com um previsível freio de mão puxado. Por vezes, foi ele quem tocou a bola segurando o ritmo da partida, enquanto o Audax continuava com o mesmo estilo de jogo, mas encontrando mais espaço na intermediária verde. No entanto, tratava-se de um roteiro repetido quase à exaustão: muita troca de passes até o erro em um passe longo ou tentativa de assistência.

O momento precioso do time vermelho veio aos 17 com Thiago Silvy, que havia entrado um minuto antes. Ele aproveitou o cochilo de uma linha de impedimento mal feita e perdeu a oportunidade de gol diante de Fernando Prass, que cresceu na jogada. O Palmeiras só voltou a dar o ar da graça aos 25, quando Robinho, após boa troca de passes no meio da defesa adversária, chutou para Felipe Alves fazer bela defesa.

A partir dos 30, sem chegar ao gol, o Audax diminuiu seu já reduzido ímpeto ofensivo e o Palmeiras pouco fez para ampliar. E Rafinha, aos 48, descontou e premiou o esforço do time de Osasco, que merecia de fato um gol de honra.

 Ao final, a vitória por 3 a 1 é um início promissor para o Palestra. Se o adversário apresentou fragilidades, em especial no primeiro tempo, o Verdão fez o que um time grande tem que fazer, definir a parada rápido. Destaque para Allione, que soube articular o setor ofensivo da equipe, sendo decisivo na etapa inicial. Coordenação que a equipe de Osasco não tinha, e também por isso foi tão pouco produtiva no setor ofensivo. Fernando Diniz sonhou com o Barcelona, mas não chegou sequer a ser um Levante.

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Santos empata com Audax e Oswaldo tem cartão de visitas da "turma do amendoim"

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Quem se arriscou a ir ao Pacaembu na noite de terça-feira, em um jogo com o ingrato horário de 19h30, mal divulgado pela Federação e tomando chuva, merecia um prêmio da diretoria do Santos. O mando de jogo era do Audax, que pensou faturar com os torcedores rivais cobrando R$ 60 o preço da arquibancada para uma partida da segunda rodada do Paulista, mas deu com os burros n'água. Não só pelo mau tempo, mas também pela inteligência (só que não) da Federação Paulista de Futebol, organizadora do campeonato estadual e da Copa São Paulo de Juniores, que marcou praticamente para o mesmo horário dois jogos do Peixe, o outro, válido pelas semifinais do torneio da base. Resultado: Arena Barueri com ótimo público para ver os meninos da Vila despacharem o Atlético-MG, e o Pacaembu com pouco mais de 2 mil testemunhas. Parabéns aos envolvidos.

Sim, sim, foi um jogo medonho. Boa parte dos jogadores alvinegros mostrou uma evidente falta de condição física, com alguns tendo atuações pavorosas. Era difícil escolher o pior em uma equipe remendada, com desfalques em todos os setores e o meio de campo totalmente reserva. Oswaldo de Oliveira tentou colocar Cicinho na meia, com Bruno Peres, persona non grata da torcida, na lateral direita. Não deu certo. No decorrer da partida inverteu as posições, mas o ex-pontepretano teve um dos seus piores desempenhos com a camisa peixeira.

Trabalhador tira soneca no intervalo do jogo. Acordou aos 7 do segundo tempo, mas deveria ter dormido mais...

Não só ele, ou eles, ficaram abaixo do esperado. Além das atuações individuais, saltou aos olhos a falta de um reserva para Montillo, algo mais do que necessário tendo em vista sua iminente ida para o chinês Shandong Luneng. Sem criatividade e articulação, viam-se os atacantes isolados, pedindo uma bola que nunca chegava.

Garoto com camisa do Barcelona.. Sinal dos tempos
O Audax fez seu gol no tempo inicial, boa jogada de Rafinha na direita da intermediária santista e passe preciso para Caion fazer de cabeça. Aliás, em nenhum momento a equipe de Fernando Diniz se intimidou com a marcação-pressão alvinegra, tocando sempre a bola para sair jogando de trás, com um bom entrosamento e saídas rápidas. Conseguiu assim diversos contra-ataques durante toda a partida e, se tivesse mais capricho, poderia ter assegurado a vitória já no primeiro tempo.

O castigo para o Audax e o alívio para o torcedor do Santos veio com uma cobrança de falta na cabeça do zagueiro Jubal, que marcou aos 42 do segundo tempo. Empate mais que imerecido do time de Oswaldo, que deu uma banana para parte da turma do amendoim que o azucrinava atrás do banco de reservas. Aliás, xingar o técnico de "burro" sendo que ele não pode contar com mais de meio time, além de não ter nenhuma contratação em campo e nem atletas da base que disputam a Copa São Paulo mostra quem deve ser o burro de verdade...