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segunda-feira, novembro 25, 2013

Jancarlos: mais uma vítima de acidente com automóvel

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Jancarlos com a camisa do Rio Branco
Há quase sete anos, em dezembro de 2006, fiz um post relatando um acidente sem graves consequências ocorrido naquela ocasião com o meia Richarlyson (leia aqui) e relembrando tragédias automobilísticas que vitimaram outros atletas do clube - incluindo, naquele mesmo ano, um desastre que matou o goleiro Weverson, de 19 anos, e deixou tetraplégico o também goleiro Bruno, que tinha 20 anos. De lá pra cá, a lista aumentou com o ex-atacante Catê, que morreu aos 38 anos numa rodovia próxima ao município gaúcho de Ipê, em 27 de dezembro de 2011. E, agora, com Jancarlos.

Apresentado ao São Paulo, em 2008
O ex-lateral direito, que completou 30 anos em agosto, caiu em uma ribanceira próximo ao município de Itaipava, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira, 22/11, cerca de quatro e meia da tarde. Jancarlos surgiu no Fluminense mas se destacou no Atlético-PR, onde foi vice-campeão da Libertadores, em 2005, e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana no ano seguinte - ocasião em que fez dois gols de falta em um jogo histórico contra o River Plate (assista aqui). Contratado pelo São Paulo em 2008, foi campeão brasileiro - inclusive marcando um gol, contra o Cruzeiro (veja vídeo abaixo). Seu último grande momento foi em 2010, quando foi campeão carioca pelo Botafogo. No ano anterior, havia sido vice-campeão da Libertadores jogando pelo Cruzeiro. Nas últimas três temporadas, jogou pelo Bahia, Ituano, América-RJ e Volta Redonda, antes do Rio Branco do Espírito Santo, seu último clube.


A extensa lista de tragédias automobilísticas envolvendo atletas e ex-atletas do São Paulo inclui o goleiro Alexandre, reserva imediato de Zetti na Libertadores de 1992, que morreu em julho daquele ano em desastre dentro da capital paulista, aos 20 anos; o zagueiro Mazinho, jovem promessa de 18 anos que assinaria seu primeiro contrato profissional junto com Cafu, mas que ficou tetraplégico depois de uma batida em São Carlos (SP), em junho de 1990; o meia/ lateral-direito Belletti, que bateu o carro em Belo Horizonte, em setembro de 1999, quando estava emprestado ao Atlético-MG (o jogador quase nada sofreu, mas sua noiva teve fratura exposta em uma das pernas); e o ex-ponta esquerda Edivaldo, campeão paulista em 1987 e 1989, que morreu em um acidente na estrada próxima a Boituva (SP), em 1993. E em 2011 o veterano Ratinho (Heitor Martinho de Souza), ex-ponta-direita que defendeu o São Paulo entre 1972 e 1974, morreu em colisão num acesso próximo à Balneário de Barra do Sul, no Norte de Santa Catarina. Também perderam a vida sua esposa e três netos.

segunda-feira, março 04, 2013

'Crise de gestão'

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Pois é. Assim como no episódio da cratera do metrô, em 2007, o governo estadual de São Paulo também se isentou de responsabilidade pelo deslizamento de terra na Rodovia dos Imigrantes, em 22 de fevereiro, que matou uma mulher e atingiu 23 veículos e uma carreta. Para reforçar, o governador Geraldo Alckmin anunciou que vai investigar a concessionária Ecovias. Mas vejam que curioso: em dezembro, dois meses antes do acidente, o governo tucano renovou a concessão da Ecovias por mais um ano e meio, em troca de algumas obras. O prazo da concessão terminaria em 2023 e vai se prolongar até 2025. A empresa já controla a Rodovia dos Imigrantes desde 1998, nos tempos do governo de Mário Covas, passando pelos também tucanos Geraldo Alckmin e José Serra.

Em artigo publicado na coluna "Cidade S.A.", do site IG, Rubens de Almeida afirma que a Rodovia dos Imigrantes "enfrenta uma evidente crise de gestão,  acompanhamento e prevenção de acidentes nas encostas da Serra do Mar". Sim, crise de gestão por parte da Ecovias, aquela na qual o governo do Estado confia para administrar a estrada há 15 anos, e confia tanto que prolongou o fim do contrato para daqui a mais 12. Governo do PSDB, aquele partido que gosta de arrotar sua "gestão eficiente". Mas um detalhe que a imprensa se esmera em desprezar - e que, óbvio, ninguém ressaltou após o deslizamento de fevereiro - é que a Rodovia dos Imigrantes, com apenas 58,54 km de extensão (segundo a Ecovias), possui o pedágio mais caro do Estado: R$ 21,20.

Considerando que cerca de 35 mil veículos passam pela rodovia diariamente, isso daria R$ 742 mil por dia, R$ 22,2 milhões por mês ou R$ 267,1 milhões por ano. Sim, existem dias de menor movimento, mas os diversos feriados durante o ano acabam engordando ainda mais essa conta. No Natal e no Carnaval, 400 mil veículos (chutanto baixo) descem da capital rumo ao litoral, o que daria faturamento de R$ 8,4 milhões em um só dia. Ou seja: se um governo concede negócio tão apetitoso a uma determinada empresa, e por tanto tempo, seria justo que fiscalizasse e cobrasse com rigor e frequência seus serviços de gestão, manutenção e prevenção de acidentes. E não DEPOIS que um acidente fatal tenha ocorrido. Pela Teoria do Domínio do Fato, a família da vítima fatal pode incriminar Alckmin.