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quinta-feira, fevereiro 05, 2009

No butiquim da Política - Um olho na sardinha...

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CLÓVIS MESSIAS*

Como era de se esperar, o ano legislativo começou com a fisionomia de 2010, ano de eleição para a Presidência da República. Assim foram as aberturas nas Assembléias Legislativas, onde os trabalhos foram orientados para a montagem de palanques para o pleito maior. Um olho na sardinha e outro no gato. Foi assim a instalação da 3ª sessão legislativa por aqui.

O chefe da Casa Civil do Estado, Alyisio Nunes Ferreira, trouxe o plano de governo ao Palácio 9 de Julho. O presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), recebeu a peça e, momentos depois, suspendeu a sessão e se retirou. Uma hora depois, embarcou para o Chile em companhia do vice-governador, Alberto Goldman. O governador José Serra também viajou ao exterior.

Tudo seguiu o manual pré-estabelecido e o desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi (foto) assumiu o governo do Estado. A rapaziada do buteco ficou de olho nesta mexida dos legislativos estaduais, mas de ouvidos em Brasília, onde o quadro se compeltou. O PMDB, dono de tudo. Assim quis o presidente Lula.

A meta do plano de governo do Estado de São Paulo não foi analisada. As preocupações rotineiras com o social foram desprezadas, azar nosso. Lula está acima do bem e do mal. No momento, ele pavimenta uma rodovia para a sua sucessão - ou não. Espera-se no planalto que a ministra Dilma Rousseff venha a toda velocidade. Se houver acidentee de percurso, essa mesma estrada pode ser usada para uma reforma política.

Mas, se a carga estiver pesqada, o preço do "pedágio federal" poderá subir. Sem pestanejar, os tucanos agradecem e pagam. No meio da igualdade fisionômica partidária (tá tudo parecendo irmão gêmeo), o PT necessita de um carro-chefe, em São Paulo, para puxar votos de legenda. É a conclusão dos butequeiros. Aí entra a conclusão de um plastificado frequentador: "-Prestem atenção: todos estão incensando o administrador, ex-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia".

Alguém rebate: "-Marta Suplicy e Aloizio Mercadante estão em situação difícil no partido". Enquanto isso, Chinaglia tem feito reuniões com vários prefeitos de siglas diversas. Em Brasília, ele e o PT cumpriram o acordo, mas desejam de Lula uma contrapartida. Se em 30 dias não prosperarem os compromissos, haverá uma obstruação na pauta do legislativo federal.

Fica então a pergunta: "-Será que o Ministério de Assuntos Institucionais ou o da Saúde que caberá a Chinaglia?". Estes ingredientes todos, num copo, são tão interessantes quanto a loira gelada. Mas olhe bem a sardinha, que alguém vai olhar o gato...

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

terça-feira, dezembro 09, 2008

No butiquim da Política - O PT se agita

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CLÓVIS MESSIAS*

O buteco se agitou. Um de seus freqüentadores chegou animado, garantindo que haverá mudança no ministeriado do presidente Lula. Assim que terminou sua afirmativa, todos se voltaram ao "gole". Mas, como se sentisse desacreditado, o manguaça foi mais fundo: "-A disputa pelas eleições das mesas diretoras do Senado e da Câmara dos Deputados mudará as forças políticas do governo federal, precisando de um realinhamento". Arlindo Chinaglia (acima), presidente da Câmara dos Deputados, está ativíssimo, demonstrando habilidade e livre trânsito junto ao presidente Lula.

O realinhamento político, assim, é necessário. O parlamentar paulista, que deixará a presidência da Câmara, servirá como um ponto de equilíbrio com uma possível indicação a um ministério. O PT reivindica mais um posto para o partido e Chinaglia poderá ser seu ocupante. Os ministérios especulados são o da Articulação Política ou Saúde. Alguém até perguntou se o presidente Lula sabe disso. A resposta foi imediata: "-Sabe. E também sabe que o Chinaglia será candidato ao Senado com o Aloizio Mercadante, para compor a chapa. Assim, os dois pretentem levar as duas cadeiras para o partido".

Neste cenário, é possível perceber claramente que os petistas começam a se movimentar com a velocidade política que o momento exige. Ainda mais porque corre a notícia, nos setores moderados, da possível indicação do atual ministro da Educação, Fernando Haddad (ao lado), como candidato ao governo do Estado de São Paulo. Luiz Marinho, prefeito eleito de São Bernardo do Campo (SP), defensor da dinâmica partidária, também trabalha para a ampliação do leque de alianças. Diz ele: "-Se ficarmos debatendo prévias, fecharemos as portas para a vitória, como já aconteceu em eleições passadas".

Não sei se foi por falta ou por excesso da "loira gelada" que o fôlego acabou. Mas os freqüentadores do butiquim estão se recuperando para uma próxima rodada...


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.