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CLÓVIS MESSIAS*
Como era de se esperar, o ano legislativo começou com a fisionomia de 2010, ano de eleição para a Presidência da República. Assim foram as aberturas nas Assembléias Legislativas, onde os trabalhos foram orientados para a montagem de palanques para o pleito maior. Um olho na sardinha e outro no gato. Foi assim a instalação da 3ª sessão legislativa por aqui.
O chefe da Casa Civil do Estado, Alyisio Nunes Ferreira, trouxe o plano de governo ao Palácio 9 de Julho. O presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), recebeu a peça e, momentos depois, suspendeu a sessão e se retirou. Uma hora depois, embarcou para o Chile em companhia do vice-governador, Alberto Goldman. O governador José Serra também viajou ao exterior.Tudo seguiu o manual pré-estabelecido e o desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi (foto) assumiu o governo do Estado. A rapaziada do buteco ficou de olho nesta mexida dos legislativos estaduais, mas de ouvidos em Brasília, onde o quadro se compeltou. O PMDB, dono de tudo. Assim quis o presidente Lula.
A meta do plano de governo do Estado de São Paulo não foi analisada. As preocupações rotineiras com o social foram desprezadas, azar nosso. Lula está acima do bem e do mal. No momento, ele pavimenta uma rodovia para a sua sucessão - ou não. Espera-se no planalto que a ministra Dilma Rousseff venha a toda velocidade. Se houver acidentee de percurso, essa mesma estrada pode ser usada para uma reforma política.
Mas, se a carga estiver pesqada, o preço do "pedágio federal" poderá subir. Sem pestanejar, os tucanos agradecem e pagam. No meio da igualdade fisionômica partidária (tá tudo parecendo irmão gêmeo), o PT necessita de um carro-chefe, em São Paulo, para puxar votos de legenda. É a conclusão dos butequeiros. Aí entra a conclusão de um plastificado frequentador: "-Prestem atenção: todos estão incensando o administrador, ex-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia".
Alguém rebate: "-Marta Suplicy e Aloizio Mercadante estão em situação difícil no partido". Enquanto isso, Chinaglia tem feito reuniões com vários prefeitos de siglas diversas. Em Brasília, ele e o PT cumpriram o acordo, mas desejam de Lula uma contrapartida. Se em 30 dias não prosperarem os compromissos, haverá uma obstruação na pauta do legislativo federal.
Fica então a pergunta: "-Será que o Ministério de Assuntos Institucionais ou o da Saúde que caberá a Chinaglia?". Estes ingredientes todos, num copo, são tão interessantes quanto a loira gelada. Mas olhe bem a sardinha, que alguém vai olhar o gato...
*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.
4 comentários:
Se for pra indicar o Chinaglia, é bom cacifar mais o cara mesmo e arranajr um marqueteiro bom, poruqe não vejo muito carisma no nobre deputado...
é, amarração política não garante voto, mas ajuda. Acho que o Clovis já mencionou a hipótese da candidatura Chinaglia ao governo paulista. Eu entendo, mas ainda não me convenci de que ele tem essa bola toda. Talvez eu esteja errado...
Pra perder, pode ser o Chinaglia. Também pode ser qualquer outro do PT, pode remexer bastante que acham um potencial derrotado rapidinho.
E pra ganhar, tem algum nome em outro partido além dos tucanos?
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