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segunda-feira, novembro 26, 2012

Guarani de 2012, Santo André de 2010: a maldição do sucesso no Estadual

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O Guarani, depois de chegar à final do Paulista de 2012, caiu para a Série C no Campeonato Brasileiro ao ser derrotado pelo São Caetano, no Brinco de Ouro. O que mostra algo sobre a situação de times menores no Brasil que, às vezes, são vítimas do próprio sucesso. Uma final de Estadual, ainda mais de um grande centro, chama a atenção de clubes com maior poder econômico e a debandada é fatal. Como muitos dos atletas são de empresários ou de “parceiros” e os contratos são no tempo mínimo estabelecido por lei, a saída fica bem mais fácil.

Deem uma olhada no time que disputou a final do Paulista contra o Santos: Emerson, Bruno Peres, Domingos, Neto e Bruno Recife; Éwerton Páscoa, Fábio Bahia, Medina e Danilo Sacramento; Fabinho e Bruno Mendes. Destes, três (Bruno Peres, Neto e Ewerton Páscoa) estão no Santos; Fabinho foi para o Cruzeiro; Bruno Mendes foi para o Botafogo (embora sua situação esteja indefinida atualmente); Domingos está no Al-Kharitiyath... A equipe que foi rebaixada contra o Azulão tinha: Emerson; Oziel, Ademir Sopa, Montoya e Bruno Recife; Lusmar (Kleiton Domingues), Fábio Bahia, Medina e Fabrício (Danilo Sacramento); Clebinho e Schwenck. Muito diferente.

Alegria andreense não chegou a 2011
Mas não se trata de novidade, talvez, de maldição. Em 2010, o Santo André quase foi campeão paulista em cima do badalado Santos de Dorival Júnior, com uma equipe que tinha na final: Júlio César; Cicinho (Rômulo), Halisson, Cesinha e Carlinhos; Alê (Pio), Gil, Branquinho (Rodrigão) e Bruno César; Nunes e Rodriguinho. Mesmo roteiro do Guarani de 2012, Cicinho foi para o Palmeiras; Branquinho, para o Atlético-PR; Carlinhos e Rodriguinho, para o Fluminense; Bruno César, para o Corinthians. Na partida que definiu o rebaixamento do Ramalhão para a Série C, atuaram Neneca; Alex Silva (Marques), Douglas, Toninho e Dênis; Wendel, Walker, Makelele e Aloísio (Pio); Rychely e Borebi (Marcelo Godri).

Ou seja, chegar à final do Estadual mais rico do país pode significar mais dinheiro de premiação e outro quinhão de renda. Mas o prejuízo em disputar a Série C do Brasileiro (que não é uma competição fácil para equipes do porte de Santos André e Guarani) pode fazer essa vantagem financeira desaparecer rapidamente. E não dá pra culpar só a boa e velha falta de planejamento quando um clube tem que refazer a maior parte do elenco em um espaço de tempo tão curto. Sem mexer na distribuição de cotas de TV das competições, que deveriam incluir o fator “mérito” em sua composição, o abismo entre os grandes e os médios e pequenos só tende a aumentar.