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quinta-feira, junho 04, 2009

Beatles na Irlanda – com ou sem cerveja

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Descobri hoje que na Middle Abbey Street, a rua de trás da quadra onde fica minha escola de inglês, em Dublin, havia um cinema chamado Adelphi, que foi parcialmente demolido e hoje abriga um estacionamento. Foi ali, há 45 anos, em 7 de novembro de 1963, que os Beatles fizeram sua única apresentação na cidade (na foto acima, o show). No dia seguinte estiveram, pela primeira de duas vezes, em Belfast, na Irlanda do Norte. Passei em frente ao antigo cinema e fiquei imaginando a confusão que devem ter provocado naquela estreita rua. Dizem que, na saída, se mandaram para o hotel na van de um jornal, tomando uísque. Ou cerveja, sei lá...

O cinema Adelphi na década de 1960, no centro de Dublin

A fachada hoje, entrada do estacionamento da loja Arnotts

terça-feira, junho 02, 2009

Cervejas da Irlanda e da Inglaterra

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Opa! Sigo aqui em Dublin, desenrolando a burocracia e tentando me sentir menos perdido do que realmente estou. Mas with a little help of my friends vou me virando e já estive na escola onde estudarei inglês, abri minha conta num banco local e pedi o PPS, registro que me permitirá trabalhar. Enfim, o que não falta é papelada oficial. Só tomando uma(s) e, a pedido do colega Anselmo, registro aqui mais um capítulo de "Eu e minhas cervejas".

No sábado a noite, depois de postar um texto aqui, encontrar meus amigos e bater um rango num xepão grego, voltei para o abrigo e conheci o colega Fabio Grandizoli, que, como eu, á um caipira do interior de São Paulo (nasceu em Lupércio e morou em Garça e Americana). Ele se mudou para outra casa ontem mas, antes, tivemos tempo de comprar cerveja em mercados destinados a "pobraiada" - Tesco e Centra. No sábado, foi a vez das irish beers.

Por questão de preço, optamos pelas Beamish, cervejas escuras. A melhor delas é a Beamish Draught Irish Stout (a direita), com 4,3% de teor alcoólico, lata de 500ml (a 1,78 euro). Assim como a Guinness, ela vem com uma bolinha de plástico dentro. Tem cheiro e gosto de café, bem densa e cremosa. A outra, Beamish Genuine Irish Stout, com as mesmas características, mas 10 centavos mais barata, é uma cerveja preta comum, sem nada de especial.

Já no domingo, partimos para a ignorância: por precos módicos de 1,45 e 1,55 euro, respectivamente, compramos as inglesas Druids Celtic Cider (a esquerda) e Stonehouse Strong Dry Cider. Melhor que o preço, o grande chamariz foram os 6% de teor alcoólico das duas. Mas demos com os burros n'água: como o nome (cider) diz, elas são uma (bizarra) mistura de cidra com cerveja. A primeira é mais vermelha e a segunda (dry), mais clara e leve. Se querem uma avaliação precisa, fujam delas!

Pois é isso. Estamos às vesperas de eleições, dia 5 de junho, e, como o lugar onde moro abriga também jogadores da Football Association of Ireland Schools, tentarei postar, em breve, um apropriado texto sobre Futebol, Política & (mais) Cerveja. See you soon, drunk brazilian people!

Com atraso, a prova: cervejada na host family house, em Navan Road

sábado, maio 30, 2009

Cervejas da Alemanha

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Buenas, companheiros: são duas da tarde do sábado mais ensolarado do ano aqui na Irlanda (segundo me dizem) e eu ainda nao descobri a forma de telefonar para meus amigos. Ja perdi 1 euro no orelhão e não quero desperdiçar outro - aliás, também não consigo encontrar os acentos ortográficos no teclado do computador e, por isso, peco aos camaradas do Futepoca que os distribuam pelo texto. Estou há mais ou menos 20 horas em Dublin e ainda não deu tempo de muita coisa além de encontrar o meu abrigo provisório, comer, dormir, tomar banho e andar a esmo pelas ruas, completamente perdido. So consegui chegar à região central, onde estou, numa lan house, depois de pedir ajuda na rua. O engraçado foi que abordei uma estadunidense de Indianapolis, Sarah, que tinha desembarcado três horas antes e estava tão perdida quanto eu. Mas fala inglês - e tem uma mapa.

Enfim, sou um alien latioamericano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo de onde ninguém faz ideia do que seja. Mas posso contar algumas histórias do caminho até aqui, em voos da mais conhecida empresa aérea alemã. De Guarulhos até Frankfurt, foram 11 horas aboletado na cadeira de avião mais apertada e incomoda que já enfrentei. Impossível se mexer sem incomodar os outros e só consegui dormir depois de cinco taças de vinho (muito bom, aliás, só que não consegui ver a marca). Até pensei em tomar cerveja, mas seria impossível ir ao banheiro com a devida frequência. Foi só no aeroporto de Frankfurt, onde tive de esperar quatro horas pelo voo de conexão, que pude, enfim, matar minha lombriga. E foi no simpático Goethe Bar, com uma Paulaner Weissbier, de 5,8% de teor alcoolico, servida num pint (foto) de 500 ml.

Ela tem gosto forte e meio azedo, aspecto bem denso e valeu cada centavo dos 5,80 euros que paguei. Havia outra, chamada Licher, mas era muito clarinha e resolvi dispensá-la. O bar era estilo balcão, aberto e com uma babel de estrangeiros como funcionários, como haitianos, angolanos e árabes. As pessoas chegam e pedem pelo tipo de cerveja, nao pela marca: "-Me dá uma weiss" ou "-Uma draft, por favor". Tinha um grupo de brasileiros que tentava pedir em português e nunca conseguia receber o que havia pedido, mas bebia o que viesse. Decidi nao gastar mais dinheiro ali e me encaminhei para a sala de espera do voo para a Irlanda. Havia muito búlgaros e, depois de tentar alguma conversa, o que nos rendeu muitas gargalhadas (eles falam inglês tao mal ou pior do que eu), encostei a cabeca na parede e dormi. Quando entramos no avião, veio a notícia de que havia um defeito - nao entendi onde (melhor assim!) - e tivemos que aguardar uma hora até decolar.

Foi então que pude provar a cerveja que a companhia aérea serve, a long neck da Wacfteiner Premium Verum (foto), bem amarga e cheirosa, com 4,8% de teor alcoolico. Eu estava na janela, eram cinco da tarde no horário local e foi com essa deliciosa bebida que vi toda a cidade de Frankfurt lá de cima, os campos verdes da Alemanha até a fronteira, o litoral holandês, o mar até as praias britânicas, uma extensa faixa do territorio inglês, novamente o mar e, ja descendo, a Irlanda. Indescritível. Cheguei em Dublin, apropriadamente, com uma cerveja na mão. E foi bom para me preparar, pois os oficiais que me esperavam me interrogaram bem rispidamente e escarafuncharam minha mala. Cheguei a pensar que seria mandado de volta, mas me liberaram. Foi então que conheci pessoalmente o colega Arthur, que me aguardava no aeroporto a pedido da também amiga Agnes. Fomos para o Centro e depois fui para o bairro Dublin 7. Volto outra hora pra contar mais. Abraços!