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Muitas vezes jogos de
eliminatórias ou as circunstâncias que os cercam podem ser mais
dramáticas que um jogo de Mundial propriamente dito. Quem não viu
pode não saber, e o desempenho na Copa da seleção de Felipão em
2002 deve ter apagado da memória de alguns que chegamos à última
rodada com muitos (muitos mesmo) temendo a eliminação brasileira. E
o algoz seria a poderosa Venezuela. Sim, já houve medo da seleção
de Hugo Chávez. A seleção terminou em terceiro lugar, atrás de
Argentina e Equador, e empatada em número de pontos com o Paraguai.
México vexatório à beira do caos |
Não sei o que os
mexicanos pensarão no futuro, mas certamente a lembrança das
eliminatórias da Copa de 2014 deverão vir acompanhadas de uma série
de palavrões. Na penúltima rodada do torneio, o México teve um
confronto direto com o Panamá, equipe que nunca participou de um
Mundial. E sofreu até os 40 do segundo tempo, quando Raúl Jiménez
fez um golaço de bicicleta, fazendo 2 a 1 para os astecas.
Ontem, a missão mexicana era bater a já classificada Costa Rica
fora de casa, para tentar ainda uma classificação direta ao
Mundial. Era necessário também que Honduras perdesse para a
eliminada Jamaica, o que não aconteceu: o jogo terminou 2 a 2. Pior
ainda: o México foi derrotado pelos costar-iquenhos por 2 a 1. O
periódico Estadio
disse que o desempenho foi um reflexo da campanha na competição,
“pouca ideia e muita ansiedade”, com a seleção
“fazendo muito pouco com o passar dos minutos”.
Não há consolo para a tristeza dos panamenhos |
A
salvação veio com o incrível resultado da partida entre Estados
Unidos, já classificado, e Jamaica. Não que os norte-americanos
baterem os panamenhos seja exatamente uma surpresa, mas as
circunstâncias em que ela se deu, sim. O 2 a 1 para o Panamá tirava
os mexicanos da Copa e durante dez longos minutos os astecas
estiveram eliminados. Mas os estadunidenses comandados por Jurgen
Klinsmann foram atrás da virada, que aconteceu com dois gols. Um, aos
48; outro, aos 49 do segundo tempo.Em sua conta no Twitter, o
ex-capitão da seleção do Tio Sam resumiu a rodada final da
Concacaf: “"De nada Mexico".
Os
rivais do México chegaram a comemorar a peleja pífia, secando com a
hashtag #PorUnMundialSinMéxico, tendência em vários países da
América Central. Mas os barões da Copa e o setor de turismo no
Brasil torcem para que os mexicanos, que ganharam
sobrevida e pegam a Nova Zelândia na repescagem, consigam achar o
futebol perdido. Estima-se que pelo menos 50 mil visitantes do país
venham a Copa, o que envolveria gastos em torno de US$
215 milhões, quase R$ 500 milhões por aqui.
A
repescagem entre os representantes da Concacaf e da Oceania acontecem
nos dias 23 e 30 de novembro. Mais drama vem por aí.
21
seleções classificadas para a Copa no Brasil
Após
a rodada de ontem, mais sete equipes garantiram a vinda ao Brasil,
totalizando 21 seleções garantidas. Confira abaixo quem já tem
vaga na Copa de 2014:
Brasil
Argentina
Chile
Colômbia
Equador
Costa
Rica
Estados
Unidos
Honduras
Alemanha
Bélgica
Bósnia
Espanha
Holanda
Inglaterra
Itália
Rússia
Suíça
Coreia
do Sul
Irã
Japão
Austrália
Além
do confronto entre México e Nova Zelândia, outro encontro na
repescagem será entre Uruguai e Jordânia, em partidas que serão
disputadas em 15 e 19 de novembro. Na Europa, Portugal, Grécia,
Croácia e Ucrânia decidem a vaga em casa por conta de sua posição
no ranking da Fifa, e esperam seus adversários entre França,
Suécia, Islândia e Romênia. O sorteio que define os confrontos
será na próxima segunda-feira (21) e as partidas serão nos dias 15
e 19 de novembro.
As
partidas de volta das eliminatórias da África, com direito a cinco
vagas, acontecem nos dias 16, 17 e 19 de novembro. Mas, com uma
vitória no jogo de ida de 6 a 1 sobre o Egito, pode-se dizer que só
uma catástrofe tira Gana da Copa no Brasil. Costa do Marfim venceu
Senegal por 3 a 1 e Burkina Fasso bateu a Argélia por 3 a 2, em
casa. A Tunísia empatou com Camarões em seus domínios por 0 a 0 e
a Etiópia perdeu por 2 a 1 para a Nigéria.