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segunda-feira, dezembro 21, 2015

Saideira(s)

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Aloísio e o ex-goleiro degustando o 'danone' prometido
Aloísio Chulapa cumpriu o prometido e tomou um "danone" com o colega Rogério Ceni, na despedida do goleiro dos gramados. Mesmo com tantas - e intermináveis - saideiras, o centroavante de 40 anos, que chegou a pendurar as chuteiras e ensaiar um retorno neste ano (leia aqui), anunciou que pretende defender as cores do Maranhão Atlético Clube em 2016. Melhor arrumar, pra já, um personal trainer (para o fígado...). Quanto a Rogério Ceni, a possibilidade de se tornar treinador parece estar mesmo em seus planos e ele disse que vai acompanhar treinos de Juan Carlos Osorio na seleção mexicana. Já o São Paulo contratou mais um gringo, o argentino Edgardo Bauza, que pretende trazer vários jogadores estrangeiros, a exemplo do que fez (sem sucesso), em 2014, seu compatriota Ricardo Gareca no Palmeiras. Melhor seria apostar nos garotos da equipe sub 20, que conquistaram três títulos neste ano. Bom, depois de tantos vexames na última temporada (relembre aqui, aqui e principalmente aqui), o que inspira justificado receio para 2016, melhor tomar um - engradado de - "danone" pra esfriar a cabeça. E passa a régua!


segunda-feira, outubro 05, 2015

Não bebo cerveja light

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A antiga 'Padrogas', no bairro Pinheiros
Sete anos atrás, registrei aqui no Futepoca o bizarro episódio do aparecimento de um rato na antiga Padrogas (apelido "carinhoso" de uma padaria/buteco de Pinheiros, em São Paulo), num dia em que eu manguaçava com o camarada Don Luciano (leia aqui). O animal surgiu por baixo da mesa aquecida de comida self service (!), roçou a perna do Luciano (!!), fez um pit stop embaixo da mesa de duas moças (!!!) e, depois de escalar a tela da janela (!!!!) e tentar fugir para a rua, sem sucesso, fez o caminho de volta e sumiu na direção da cozinha (!!!!!), provocando, lógico, grande confusão - e nojo. "O pior da história é que a Padrogas é uma daquelas padarias metidas a besta, que passam por uma reforma visual só pra cobrar mais caro por tudo o que vendem", observei, na ocasião. Por esse motivo, ao dirigir-se ao caixa para acertar a conta, Don Luciano exigiu: "Desconto-rato, minha senhora! Ou não vou pagar nada!" Diante da - justificada - insistência, descontaram R$ 9 do que devíamos, o que representava cerca de 34% do total (deu R$ 26 e pagamos R$ 17).

Pois agora esse longínquo incidente, que provocou tanta revolta, me parece completamente insignificante comparado ao que ocorreu na cidade de Monclova, no Norte do México, semana retrasada. O advogado Gilberto Haro Martínez parou em um posto de gasolina e comprou uma cerveja Tecate Light. Depois de beber metade da lata, notou que havia alguma coisa estranha dentro dela... E era simplesmente uma ratazana! (leia aqui) A cervejaria Heineken de Cuauhtémoc-Moctezuma, que envasou o produto, tratou de recolhê-lo rapidamente e, dias depois, emitiu comunicado (leia aqui) dizendo que não era uma ratazana, mas um fungo (!) "que existe no meio ambiente de forma natural e que pode crescer em qualquer alimento ou bebida" (!!). Porém, fica difícil crer nessa avaliação diante das fotos tiradas pelo (infeliz) consumidor, que mostram um "cadáver" de pelo escuro dentro da lata e, saindo de sua "boca", algo que parece a pata de um roedor (imagens abaixo). Segundo consta, além de entregar voluntariamente para a cervejaria a lata contendo a nojeira, o - infeliz - consumidor, que, como dito, é advogado, revelou que não vai mover processo judicial (!!!). "Não tenho esta intenção [de processar a cervejaria], mas só queria compartilhar [as fotos da cerveja com a ratazana nas redes sociais] porque essa cerveja vende muito", disse Gilberto Haro. E sabem qual foi o "deconto-ratazana" que ele recebeu como "indenização"? Um pacote com seis cervejas Tecate Light (!!!!). Credo.

'Cadáver' peludo dentro da lata e a 'patinha' saindo pela boca: cervejaria diz que é 'fungo'

P.S.: Com ou sem ratazana "de brinde", a Tecate Light já não é, digamos, muito bem avaliada entre os consumidores/"militantes da causa". No site "Brejas", valendo o máximo de 5 pontos, Francisco Lima deu nota 1,8 a ela - leia aqui - e deixou um comentário arrasador (os grifos são meus): "Aroma horrível com notas predominantes de enxofre, limão e xarope de milho. (...) Corpo aguado." Como diria o De Faria, "eu passo".


quinta-feira, agosto 27, 2015

09, 10, 11 e 12 são dezenas do burro

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Com um pênalti mandrake, uma expulsão providencial e um "pombo sem asa", de fora da área, do Thiago Mendes, o São Paulo eliminou o Ceará na Copa do Brasil e deu alguma sobrevida ao técnico Juan Carlos Osorio. Mas ele - sabiamente - ainda não descartou a oferta da seleção mexicana (que, curiosamente, também foi atrás do Muricy Ramalho em 2008). A melhor definição que vi sobre a situação do treinador sãopaulino - e a draga que é a equipe que ele comanda - foi a de um torcedor, numa rede social: "Para o bem do time, tem que ficar. Mas, para o bem dele próprio, tem que ir embora!"

Cabe aqui registrar, também, o que o Chico Palhares me disse sobre o técnico do São Paulo:

- Parece aqueles bicheiros de antigamente, que ficavam anotando jogo na esquina!

Pois é: fica anotando coisas pro Pato, pro Ganso - e depois ainda ouve a côro de "burro" da torcida! Só resta saber que bicho vai dar nesse fim de temporada futebolística...


sexta-feira, janeiro 17, 2014

O bicho pegou

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- Está borracho! Está borracho!

Foi assim que, durante uma blitz na Cidade do México, um periquito denunciou o condutor do carro em que estava, o veterinário Guillermo Reyes Torres. Alertados pelo bicho, os policiais, que já iam liberar o borracho (bêbado, em espanhol), fizeram com que ele soprasse o bafômetro. E não deu outra: o teste confirmou o alerta do periquito e comprovou que o motorista estava embriagado. Segundo o jornal "La Jornada", Guillermo foi detido e o "periquito delator" levado pela Brigada de Vigilância Animal. Porém, mesmo tendo sido entregue pelo bicho, o veterinário pediu que a ave ficasse junto dele. Assim, depois de alguns dias, o periquito passou a dividir a mesma cela com ele. Ou seja: agora, o bicho não é o único engaiolado...

Alguns futepoquenses exclamariam, em vez de jumento, 'Ô, periquito Fia da P.!'

quarta-feira, outubro 16, 2013

EUA afundam Panamá nos acréscimos e salvam México. 21 seleções classificadas para o Mundial de 2014

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Muitas vezes jogos de eliminatórias ou as circunstâncias que os cercam podem ser mais dramáticas que um jogo de Mundial propriamente dito. Quem não viu pode não saber, e o desempenho na Copa da seleção de Felipão em 2002 deve ter apagado da memória de alguns que chegamos à última rodada com muitos (muitos mesmo) temendo a eliminação brasileira. E o algoz seria a poderosa Venezuela. Sim, já houve medo da seleção de Hugo Chávez. A seleção terminou em terceiro lugar, atrás de Argentina e Equador, e empatada em número de pontos com o Paraguai.

México vexatório à beira do caos
Não sei o que os mexicanos pensarão no futuro, mas certamente a lembrança das eliminatórias da Copa de 2014 deverão vir acompanhadas de uma série de palavrões. Na penúltima rodada do torneio, o México teve um confronto direto com o Panamá, equipe que nunca participou de um Mundial. E sofreu até os 40 do segundo tempo, quando Raúl Jiménez fez um golaço de bicicleta, fazendo 2 a 1 para os astecas.

Ontem, a missão mexicana era bater a já classificada Costa Rica fora de casa, para tentar ainda uma classificação direta ao Mundial. Era necessário também que Honduras perdesse para a eliminada Jamaica, o que não aconteceu: o jogo terminou 2 a 2. Pior ainda: o México foi derrotado pelos costar-iquenhos por 2 a 1. O periódico Estadio disse que o desempenho foi um reflexo da campanha na competição, “pouca ideia e muita ansiedade”, com a seleção “fazendo muito pouco com o passar dos minutos”.

Não há consolo para a tristeza dos panamenhos
A salvação veio com o incrível resultado da partida entre Estados Unidos, já classificado, e Jamaica. Não que os norte-americanos baterem os panamenhos seja exatamente uma surpresa, mas as circunstâncias em que ela se deu, sim. O 2 a 1 para o Panamá tirava os mexicanos da Copa e durante dez longos minutos os astecas estiveram eliminados. Mas os estadunidenses comandados por Jurgen Klinsmann foram atrás da virada, que aconteceu com dois gols. Um, aos 48; outro, aos 49 do segundo tempo.Em sua conta no Twitter, o ex-capitão da seleção do Tio Sam resumiu a rodada final da Concacaf: “"De nada Mexico". 
 
Os rivais do México chegaram a comemorar a peleja pífia, secando com a hashtag #PorUnMundialSinMéxico, tendência em vários países da América Central. Mas os barões da Copa e o setor de turismo no Brasil  torcem para que os mexicanos, que ganharam sobrevida e pegam a Nova Zelândia na repescagem, consigam achar o futebol perdido. Estima-se que pelo menos 50 mil visitantes do país venham a Copa, o que envolveria gastos em torno de US$ 215 milhões, quase R$ 500 milhões por aqui.

A repescagem entre os representantes da Concacaf e da Oceania acontecem nos dias 23 e 30 de novembro. Mais drama vem por aí.

21 seleções classificadas para a Copa no Brasil

Após a rodada de ontem, mais sete equipes garantiram a vinda ao Brasil, totalizando 21 seleções garantidas. Confira abaixo quem já tem vaga na Copa de 2014:

Brasil

Argentina

Chile

Colômbia

Equador

Costa Rica

Estados Unidos

Honduras

Alemanha

Bélgica

Bósnia

Espanha

Holanda

Inglaterra

Itália

Rússia

Suíça

Coreia do Sul

Irã

Japão

Austrália


Além do confronto entre México e Nova Zelândia, outro encontro na repescagem será entre Uruguai e Jordânia, em partidas que serão disputadas em 15 e 19 de novembro. Na Europa, Portugal, Grécia, Croácia e Ucrânia decidem a vaga em casa por conta de sua posição no ranking da Fifa, e esperam seus adversários entre França, Suécia, Islândia e Romênia. O sorteio que define os confrontos será na próxima segunda-feira (21) e as partidas serão nos dias 15 e 19 de novembro.

As partidas de volta das eliminatórias da África, com direito a cinco vagas, acontecem nos dias 16, 17 e 19 de novembro. Mas, com uma vitória no jogo de ida de 6 a 1 sobre o Egito, pode-se dizer que só uma catástrofe tira Gana da Copa no Brasil. Costa do Marfim venceu Senegal por 3 a 1 e Burkina Fasso bateu a Argélia por 3 a 2, em casa. A Tunísia empatou com Camarões em seus domínios por 0 a 0 e a Etiópia perdeu por 2 a 1 para a Nigéria.

quarta-feira, junho 19, 2013

Neymar brilha e Brasil põe o pé na semifinal

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Com belo gol e assistência sinuosa, o camisa 10 liderou o Brasil na vitória sobre a equipe mexicana

Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

Mesmo antes do início do jogo entre Brasil e México, o clima já era quente no Castelão. A manifestação realizada no entorno do estádio, em Fortaleza, durou pouco mais de quatro horas e reuniu cerca de 15 mil ativistas que protestaram contra os gastos públicos com a Copa das Confederações. A Polícia Militar cearense reprimiu com bombas de gás um grupo de manifestantes que tentou furar o bloqueio estabelecido para demarcar o protesto, Houve tumulto.

Em campo, o Brasil começou arrasador. Com trocas rápidas de passes e grande volume de jogo, a equipe de Felipão chegou ao gol aos 9 minutos. Daniel Alves fez o cruzamento e o defensor Rodríguez fez um corte parcial. A bola acabou sobrando para Neymar, que finalizou de primeira, fazendo mais um belo gol no torneio.

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domingo, junho 16, 2013

No ritmo de Pirlo, Itália bate o México por 2 a 1

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Por Nicolau Soares

Italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli

Itália 2 x 1 México
Pirlo, maestro do meio-campo italiano, cobra a falta que abriu o placar contra o México
A Itália venceu o México por 2 a 1 no primeiro jogo deste domingo (16) e começou a desenhar o quadro de forças do grupo brasileiro da primeira fase da Copa das Confederações. Os italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli. Já o México pareceu não ter muito o que mostrar.

A Azurra controlou o jogo desde o início, com toque de bola e marcação bem armada no meio-campo formado por Montolivo, De Rossi e, principalmente, Pirlo. É ele quem comanda o ritmo do time, com visão de jogo e passe de qualidade rara. As jogadas foram surgindo, mas paravam na falta de contundência ofensiva do time, exceto quando caíam nos pés de Balotelli, que chuta tudo que é bola que vê pela frente para o gol. Em geral, com perigo.

Do lado mexicano, um jogo muito travado, sem criatividade. A linha de quatro jogadores no meio formada por Zavala, Torrado, Guardado e Aquino mostrou pouca movimentação. Apenas Giovanni dos Santos e Chicharrito Hernández levaram algum perigo.

Nessa toada, o controle da Itália só se manifestou no placar com uma bola parada. Pirlo cobrou com perfeição aos 26 minutos e mandou a bola no ângulo direito de Corona, que no meio do pulo até desistiu de tentar pegar. O gol coroou a bela atuação do volante, que fez seu centésimo jogo pela seleção italiana.

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México x Itália: opostos como bola da vez

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No futebol, os campeões olímpicos andam mal nas eliminatórias, mas vivem pujança econômica. Os italianos sofrem com a crise, e só estão no Brasil por vice na Eurocopa

Maraca, que recebeu Brasil e Inglaterra, estreia na Copa (Tânia Rêgo/ABr)
O estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, recebe partida válida pela Copa das Confederações neste domingo (16), às 16h, horário de Brasília. O jogo será entre México e Itália, seleções de escolas e tradições futebolísticas sempre distintas e de países que passam por momentos econômicos especialmente antagônicos.

Com a bola nos pés, a Azzurra é tetracampeã mundial, temida e respeitada pela solidez defensiva e rapidez nos contra-ataques. Chegou à final da Eurocopa no ano passado e estaria fora do torneio no Brasil. Como a Espanha já estava classificada, por ter sido campeã, também, da Copa do Mundo de 2010, os italianos estão por aqui.

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terça-feira, outubro 16, 2012

Empate histórico e desclassificações nas eliminatórias da Copa de 2014

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Mais uma rodada das eliminatórias para a Copa de 2014 e, obviamente, alguns resultados surpreendentes. O que mais chamou a atenção foi a reação incrível da Suécia, que perdia por 4 a 0 da Alemanha, e obteve um empate heroico em Berlim. Após fazer três gols em 14 minutos, o nórdicos empataram a partida aos 48 do segundo tempo. Requintes de crueldade que não tiraram a liderança dos alemães, à frente do grupo C das eliminatórias europeias com 10 pontos em quatro jogos. Os suecos têm sete em três pelejas.



Quem se deu mal foram os portugueses, que empataram em casa com a Irlanda do Norte, por 1 a 1. A seleção de Cristiano Ronaldo está em terceiro lugar no grupo F, com sete pontos em quatro partidas, mesma pontuação de Israel, que supera os lusos em saldo de gols. A Rússia lidera com dez pontos.

A atual campeã do mundo e da Euro, a Espanha, também foi surpreendida em casa pela França. O 1 a 1 obtido em cima da hora pelos franceses quebrou uma fantástica sequência de 25 vitórias seguidas em casa dos espanhóis. Ambos dividem o topo do grupo I com 7 pontos em três partidas, com a Fúria levando vantagem no desempate, dois gols a mais de saldo.

A lógica na Concacaf, disputa acirrada entre os asiáticos

A Concacaf definiu o seu hexagonal final com choro e ranger de dentes para algumas seleções. No Grupo A, a Guatemala enfrentou os EUA fora de casa, precisando de um empate para avançar. Saíram na frente mas sofreram a virada, perdendo por 3 a 1. Ainda assim, tinham chances caso a Jamaica não fosse bem contra a lanterna Antígua e Barbuda. Mas os jamaicanos derrotaram os rivais por 4 a 1 e ficaram com a segunda vaga do grupo por dois gols a mais de saldo.

Quem também ficou de fora com o resultado da última rodada foi o Canadá. Os vizinhos dos EUA sofreram uma goleada maiúscula de 8 a 1 da líder Honduras e terminaram um ponto atrás do Panamá, que jogou com o regulamento embaixo do braço e só precisou empatar com Cuba para garantir sua vaga um ponto a frente do Canadá. No Grupo B, tudo tranquilo: o México já estava classificado e a Costa Rica goleou por singelos 7 a 0 a Guiana, se classificando na segunda colocação.

Na Ásia, impera o equilíbrio. Ao fim do primeiro turno, todas as seleções ainda têm chances de vir ao Brasil. No grupo A, Coreia do Sul e Irã lideram com sete pontos, mas o Uzbequistão tem cinco e Catar e Líbano, quatro cada. As duas melhores equipes se classificam direto e a terceira colocada enfrenta a terceira do grupo B, para ter direito a enfrentar o quinto colocado da América do Sul.

Quem tem a situação mais tranquila no continente é o Japão, que lidera o grupo B com dez pontos, cinco a mais que o segundo colocado, a Austrália. Omã conta com cinco pontos também, a Jordânia vem na sequência com cinco e o Iraque, de Zico, tem dois pontos.

Argentina folgada, Uruguai em queda

Os argentinos conseguiram duas vitórias fundamentais na semana, um 3 a 0 contra o Uruguai e um 2 a 1 contra o Chile, em Santiago. Assim, se isolaram como líderes na primeira rodada do segundo turno, com uma sequência de cinco vitórias e dois empates. O Equador assegurou a segunda colocação depois do empate fora de casa com a Venezuela, três pontos atrás dos portenhos e um à frente da Colômbia, que tem uma partida a menos.

Abaixo dos colombianos, a confusão. Quatro pontos aquém da seleção de Falcão Garcia, Venezuela, Uruguai e Chile (pela ordem de desempate) estão com 12 pontos. Os uruguaios vem na descendente, com as goleadas sofridas contra a Argentina e contra a Bolívia, 4 a 1, e a disputa deve ser acirrada, ainda mais levando-se em conta que os paraguaios também respiraram depois da vitória contra o Peru, por 1 a 0. Bolivianos e peruanos têm oito pontos e o Paraguai, sete.

O Taiti ficou pelo caminho

Não deu pro Taiti... (OFC)
A notícia triste da rodada ficou para uma seleção já garantida na próxima Copa das Confederações. O Taiti vem ao Brasil, mas não para o Mundial. Após perder para a Nova Zelândia por 3 a 0, os campeões do continente continuam sem pontos em quatro jogos. Já os neozelandeses continuam firmes na briga por uma vaga a ser disputada contra o quarto colocado da Concacaf, com 12 pontos em quatro partidas. Se baterem a Nova Caledônia, única equipe que ainda pode tirar sua vaga, se garantem com uma partida de antecipação. Contudo, o aguardado jogo só vai acontecer em março de 2013.

A título de curiosidade, a Nova Caledônia pertence à França, mas é considerada um território ultramarino. Descoberta pelo explorador inglês James Cook, a ilha recebeu o nome de “Caledônia” por ser parecida com a costa escocesa (na visão do “descobridor”, obviamente), já que o termo significa “Escócia” no latim antigo. Se conseguirem a vaga para 2014, o ano será decididamente histórico para os habitantes da ilha, que também definirão no mesmo período se optarão pela independência do local.

sábado, agosto 11, 2012

As cornetas e o aprendiz de feiticeiro Mano Menezes

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Depois da derrota, vem as cornetas. Mas antes da derrota elas já se ouviam. Há que ser feita, no mínimo, algumas reflexões, inclusive sobre algo que foi dito aqui. Mano Menezes tem direito a convocar três jogadores acima de 23 anos. Um dele é o lateral esquerdo Marcelo, pois o treinador não confia no outro lateral esquerdo da equipe, Alex Sandro. Eu também não confiava quando ele jogava no Santos (onde nunca foi titular absoluto). Daí, na semifinal contra a Coreia do Sul, Mano saca Hulk, o outro dos três convocados acima de 23 anos, para colocar... Alex Sandro. Fora da sua função! Não jogou bem, mas o time ganhou, e ele virou titular. 

É com esse que a gente vai em 2014? (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Titular até os 31 do primeiro tempo da final, quando Mano desfez o que havia feito antes. E Hulk fez o gol brasileiro, além de ter dado a assistência para Oscar quase marcar naquele que seria um empate improvável (e injusto, diga-se). Fazer experiência na fase aguda de uma competição não parece ser das coisas mais sensatas, segundo a literatura ludopédica.

Outra mudança do técnico durante as Olimpíadas, a entrada de Rafael como titular, também se mostrou equivocada. O garoto errou no gol relâmpago do México, boa parte da culpa é dele mesmo, mas não só. Quem viu a partida entre México e Senegal, assistiu a dois erros da equipe africana na prorrogação que resultaram na sua eliminação, porque o México faz esse tipo de marcação no campo rival – a diferença é que os senegaleses entregaram depois dos 90 minutos, não aos trinta segundos. Mas a seleção mostrou que não estava preparada para sair desse tipo de marcação. Com um volante que só toca a bola pra trás, Sandro, e outro que prefere tocar de lado, Rômulo, o Brasil penava pra sair com qualidade da intermediária, dificultando o trabalho na ofensiva.

Na segunda etapa, o Brasil adiantou a marcação, parte por conta do próprio México, que se postou atrás e preferiu atuar no contra-ataque. Novos erros individuais atrás, inclusive de Thiago Silva que, no mano a mano, perdeu para Fabián, que desperdiçou. Desperdiçaria, aliás, outras duas chances. Tomou outro gol em nova falha de marcação, embora seja necessário reconhecer o mérito do lance ensaiado dos mexicanos (a seleção tinha alguma jogada ensaiada?) e da execução do ótimo Peralta. O Brasil poderia ter empatado, mas não merecia.

Uma derrota em Jogos Olímpicos, mesmo descontando-se o frisson desnecessário sobre a tal medalha de ouro no futebol, não seria tão doída se não fosse o retrospecto brasileiro em Londres. Sofreu contra equipes medíocres como Honduras e contou com erros de arbitragem para chegar à final. É uma equipe de garotos e são eles, em sua maioria, que vão representar o país na Copa de 2014. Os meninos podem e devem amadurecer até lá, mas o nosso técnico vai “amadurecer”?

Acho curioso quando falam algo do tipo: “ah, mas vai jogar todo o trabalho feito até agora pelo treinador fora?” Bom, depende da avaliação desse trabalho. Qual o esquema da seleção? Os jogadores jogam mais, a mesma coisa, ou menos, muito menos do que nos seus times? Se o tal trabalho fosse interrompido hoje, que legado deixaria? Aguardemos o que virá depois do amistoso contra a Suécia. Se é que virá alguma coisa.

domingo, junho 17, 2012

Há 50 anos, o Brasil era bicampeão mundial

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Em um dia 17 de junho como hoje o Brasil defendia seu primeiro título mundial de futebol, conquistado quatro anos antes na Suécia. A base titular daquela seleção era praticamente a mesma de 1958, inicialmente, apenas com duas mudanças: os zagueiros, Mauro e Zózimo, no lugar de Bellini e Orlando. Nílton Santos, mesmo com 37 anos e já atuando como zagueiro pelo Botafogo por conta da idade, foi escalado como titular, barrando Rildo, do Santos, que fazia parte da primeira lista de 41 convocados mas acabou cortado. Já Coutinho, que vinha jogando no time de Aymoré Moreira, foi para a reserva e cedeu lugar para Vavá no Mundial, pois o treinador privilegiou a experiência dos campeões de 58.
Dos 22 atletas que foram ao Chile, sete eram do Santos, cinco do Botafogo, três do Palmeiras, três do Fluminense e dois do São Paulo. Ainda havia Zózimo, do Bangu, e o jovem Jair da Costa, da Portuguesa. O grupo da seleção no torneio contava com México, Tchecoslováquia e Espanha. A estreia foi contra os mexicanos e o Brasil venceu por 2 a 0, mas não jogou um futebol convincente. Pelé fez o cruzamento para Zagallo marcar o primeiro gol da partida, que só surgiu aos 11 do segundo tempo e o próprio Dez marcou o segundo, depois de driblar dois adversários, aos 28.



Mas se a desconfiança pairava sobre a seleção, que muitos viam como uma equipe envelhecida, a situação ficaria ainda pior na segunda partida. O jogo entre Brasil e Tchecoslováquia terminou em zero a zero, mas a notícia ruim foi a contusão de Pelé, que, aos 27 minutos, depois de finalizar de fora da área, sentiu a virilha esquerda. Sem condições de atuar, ficou em campo até o final, já que não eram permitidas substituições. No dia seguinte, o diagnóstico de distensão no músculo adutor da coxa esquerda confirmava os temores do time e da torcida: Pelé estava fora da Copa.
Na partida que fechou a primeira fase, o Brasil precisava somente do empate para ir às quartas de final do Mundial, mas a Espanha era um time forte, que tinha praticamente o ataque do Real Madrid campeão europeu. E contava com um expediente que depois seria proibido: a naturalização de atletas, mesmo daqueles que já tinham disputado jogos por outras seleções. Assim, a Fúria vinha com o húngaro Puskas e o argentino Di Stefano, que chegou ao Chile contundido, além do uruguaio Santamaría e o paraguaio Martínez. Após a Copa, a Fifa proibiu a “naturalização por atacado”, que estava virando moda, como mostrava a seleção da Itália, que também tinha os seus: os brasileiros Sormani e Altafini e os argentinos Sívori e Maschio
O time inteiro jogava mal e a Espanha chegou ao gol aos 35, com Adelardo. Tudo poderia ter sido ainda pior se não fossem dois grandes erros da arbitragem. O primeiro, em um lance que já se tornou lenda, no qual Nílton Santos derrubou Collar na área mas, espertamente, deu um passo à frente, ludibriando o árbitro chileno Sergio Bustamante. Na sequência, após a cobrança de falta de Puskas, Peiró marcou de bicicleta, mas o gol foi anulado por Bustamante ter entendido o lance como “jogada perigosa”, ainda que Peiró estivesse a mais de um metro de Zózimo. O vídeo abaixo mostra dos dois lances. Amarildo e Garrincha marcariam a virada brasileira.


E Garrincha apareceu

Vieram as quartas de final foram contra a Inglaterra e, finalmente, brilhou a estrela de Garrincha. O ponta havia sido muito criticado pelo seu desempenho na primeira fase e, sem Pelé, o Brasil apostava no talento do craque das pernas tortas. Ele marcou o primeiro tento da partida, de cabeça, mas os ingleses empataram oito minutos depois, com Hitchens. A igualdade persistiu até os 8 do segundo tempo, quando Vavá escorou após rebote do goleiro Springett em cobrança de Garrincha. O ponta faria ainda o terceiro, em chute de fora da área. Naquele dia, Garrincha só seria driblado por um cachorro que entrou em campo paralisando a peleja. Outro cão provocou uma segunda paralisação e sumiu debaixo das arquibancadas.


A semifinal seria contra os donos da casa e a seleção tentou se precaver contra qualquer imprevisto. Tanto que a refeições do dia da semifinal foram providenciadas pela própria comissão técnica brasileira, que tinha medo de algum “problema” com a comida servida aos jogadores no hotel. Na partida, o infernal Garrincha assegurou a vantagem logo aos 9, com um chute de fora da área que foi parar no ângulo esquerdo de Escuti. Ele marcaria novamente aos 31, de cabeça, com o Chile descontando em cobrança de falta aos 41 ainda do primeiro tempo.
Logo no início da segunda etapa, Vavá não deixou os anfitriões se animarem, e marcou após escanteio. Leonel Sanchez descontou de pênalti e Vavá fez o quarto, aos 33. Depois do último gol, o jogo sairia do controle do árbitro peruano Arturo Yamazaki. Landa foi expulso após falta dura em Zito e Garrincha, caçado durante todo o tempo, revidou em cima de Rojas, agredindo o chileno. O juiz não viu o lance, mas foi cercado pelos chilenos, que apelaram para o testemunho do auxiliar uruguaio Esteban Marino, que confirmou a agressão. Como não havia suspensão automática, ficava a dúvida: Garrincha poderia jogar a final pelo Brasil?
E daí surge mais um episódio “estranho” a favor dos brasileiros. Em sessão extraordinária do Tribunal da Fifa, o árbitro disse não ter visto a agressão, mas que o uruguaio Marino havia confirmado que ela tinha existido. Convocado para depor, Marino não compareceu, pois já teria deixado o Chile àquela altura. Sem o depoimento, Garrincha foi liberado para atuar contra a Tchecoslováquia. À época, dizia-se que a CBD teria pago a viagem de Marino, que estaria no Brasil. Um mês após a Copa, o uruguaio foi contratado pela Federação Paulista de Futebol.
No dia da final, Garrincha amanheceu com febre e não teve a destacada atuação dos dois jogos anteriores. Os tchecos aproveitaram e abriram o placar aos 15. Mas somente dois minutos depois do gol de Masopust, Amarildo empatou, em um lance no qual o arqueiro Schroif fez um fatídico golpe de vista.
Na etapa final, a seleção veio melhor, mas poderia ter encontrado mais problemas se o árbitro Nikolai Latchev tivesse marcado pênalti quando Djalma Santos tocou a bola com o braço dentro da área, em cruzamento de Jelinek. Como o juizão interpretou “bola na mão”, o jogo seguiu e, aos 24, Amarildo fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Zito, que marcou. Algo raro, já que, por ser volante, o santista costumava chegar pouco à área e na sua trajetória com a camisa do Brasil foram apenas três gols. Um deles, este, que pode ser considerado o do título.
Após nova falha, mais grotesca, de Schroif, Vavá fez o terceiro aos 33 e selou a vitória brasileira. O país que tinha complexo de vira-latas no futebol antes do Mundial de 58, vencia pela segunda vez a Copa do Mundo. E como perguntar não ofende, será que algum jogador, desses que costumam imitar João Sorrisão e quetais, na rodada do Brasileirão de hoje vai lembrar de homenagear os grandes de 1962?


Boa parte das informações contidas neste post estão no ótimo livro de Lycio Vellozo Ribas, O mundo das Copas. Mais que recomendável.

domingo, junho 03, 2012

Seleção perde para o México. E?

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A Globo estava empolgada e muitos torcedores também. Depois das vitórias contra a Dinamarca e contra os Estados Unidos, a seleção parecia inspirar algo melhor do que fez no primeiro tempo do jogo com o México. O Brasil não jogou nada, o meio de campo não conseguiu articular nenhuma jogada e o esquema com três atacantes, jogando cada um quase isolado do outro, não propiciou sequer uma chance decente de gol.

Não que os mexicanos tenham jogado grande coisa. Defenderam com esmero, e só. Contaram com um gol sem querer de Giovani dos Santos, e um pênalti infantil cometido por Juan. Seus desarmes fizeram a diferença. Com a zaga antecipando os lances feitos pelos meias brasileiros – na maioria, previsíveis – de nada adiantou os atacantes marcarem pressão porque a bola pouco ficava na defesa mexicana. A partida era disputada no meio, e foi ali que os rivais cozinharam os canarinhos.

A marcação-pressão do Brasil aumentou na segunda etapa, com Lucas no lugar do inoperante Sandro, e Pato substituindo Damião. Não adiantou. Por mais que o abafa tenha aumentado, nenhum dos dois fez a diferença e, ainda que muitos não tenham visto, só Neymar chamou a responsabilidade (mesmo não jogando bem contra a feroz marcação mexicana), coisa que os demais não fizeram. E ninguém, ninguém, aproveitou o espaço que surgia em função da marcação tripla, às vezes quádrupla, em Neymar. Oscar, incensado no último amistoso, sumiu durante boa parte do tempo, mas não é o caso de incorporar o discurso de ressentidos tricolores que querem jogar o meia fora. Tem potencial, mas o time ainda não é time (talvez não venha a ser). Isso, para um meia de armação, significa muito.

Sobre Neymar

Não são só os zagueiros que querem pegar Neymar
Diante dos festejos e rojões soltados nos últimos dois amistosos pela transmissão da Globo, ficava esquisito a emissora criticar Mano Menezes. Daí, surge uma pergunta “pescada” entre os internautas: por que Neymar não brilha tanto como no Santos na seleção? Bom, levando a questão a um outro nível, lembraríamos por que Ronaldinho Gaúcho, mesmo no auge, não rendia na seleção como no Barcelona. Por que Messi, que disputou duas Copas do Mundo, nunca fez um gol no torneio ou reproduziu o desempenho do Barcelona na seleção? O mesmo vale para Cristiano Ronaldo, que no Real Madrid é soberano, enquanto na seleção portuguesa é mediano.

Daí surge o luminar Galvão Bueno “vendendo” Neymar para o exterior, corroborando a tese de Mano Menezes, que não foi criticado durante a transmissão, de que o atacante santista deveria ir para o exterior para ganhar experiência contra esse tipo de marcação. Era o caso de perguntar por que Cristiano Ronaldo ou Messi, mesmo jogando em dois dos maiores clubes do planeta, não rendem o mesmo em suas seleções. Será que eles devem "ganhar experiência" (em que pese não serem mais garotos) em outro lugar, tipo a China? Ou será que é muito mais fácil para qualquer jogador atuar com companheiros de time, com os quais já está acostumado, com esquemas de jogo definidos, do que em uma seleção? Qual atleta se sente “à vontade” na seleção brasileira?  

Natural se cobrar o Neymar, maior jogador brasileiro e artilheiro da Era Mano Menezes. Com Messi foi (ainda é, mas menos) assim e com outros tantos também é. Mas atuar sozinho é complicado. E não contar com o auxílio do treinador é pior ainda.

terça-feira, junho 07, 2011

A cachaça como sinal de liberdade e segurança

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O ótimo documentário "Hércules 56", produzido em 2006 pelo diretor carioca Silvio Dá-Rin, narra a dramática libertação de 15 presos políticos no Brasil, em setembro de 1969, a partir do sequestro do embaixador estadunidense Charles Elbrick pela luta armada. A viagem dos presos até o México e depois à Cuba é narrada pelos nove sobreviventes do grupo na época de produção do trabalho: Agonalto Pacheco, Flávio Tavares, Ricardo Zarattini, José Ibrahim, Maria Augusta Carneiro, Ricardo Villas, Mário Zanconato, Vladimir Palmeira e José Dirceu (ficaram faltando os falecidos Gregório Bezerra, Luís Travassos, Onofre Pinto, Rolando Frati, João Leonardo Rocha e Ivens Marchetti). Agonalto morreria em 2007, em Aracaju, e Maria Augusta, em 2009, no Rio de Janeiro.

Quatro sobreviventes: Flávio Tavares, José Ibrahim, José Dirceu e Mário Zanconato

Outros entrevistados pelo documentário são participantes do sequestro, como Franklin Martins, Paulo de Tarso Venceslau, Claudio Torres e Daniel Aarão Reis (os comandantes da operação, Joaquim Câmara Ferreira, o "Toledo", e Virgílio Gomes da Silva, o "Jonas", morreram torturados pelos militares). "Hércules 56" mostra que o processo de libertação dos presos foi muito complicado. Quando 13 deles já estavam dentro do avião, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (Bezerra seria resgatado em escala em Recife e Zanconato, em Belém), nada garantia que conseguiriam levantar vôo. Militares radicais pára-quedistas chegaram a tomar a torre de controle do aeroporto segundos após a decolagem da aeronave.

Ao chegar ao México, circulava o boato que seriam deportados de volta ao Brasil. Foi então que o secretário de Governo daquele país, Luis Echeverría, pediu para que tirassem as algemas dos presos e garantiu que estariam a salvo. No documentário, questionado sobre qual o momento em que havia se sentido realmente livre, o ex-metalúrgico José Ibrahim responde:

- Foi quando eu e o João Leonardo derrubamos uma garrafa de tequila. No dia que nós botamos o pé lá. Ele falava assim: 'Ibra' - ele me chamava de Ibra - 'Ibra, tá amarrado aquele negócio nosso, né?'. Eu digo: 'Claro que tá, Jota'. Só eu e ele que sabia (sic). A gente ia chegar, botar o pé no hotel, pedir uma garrafa de tequila e derrubar. Pô, nós estávamos a seco há meses na cadeia. Só de vez em quando vinha a 'laranjinha', né (risos). E aí nós derrubamos essa garrafa de tequila, os dois. E fomos dormir.

Confira, a partir de 3:40 -

segunda-feira, junho 21, 2010

Grupos A e B têm rodada de fogo amanhã

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A partir de agora, quase todo jogo define classificação ou posição na chave para as oitavas de final. Nesta terça-feira (22), começa a terceira e última rodada da fase de grupos da Copa. É a derradeira oportunidade para as seleções retranqueiras empatarem seus jogos, porque depois isso significaria prorrogação e, mantida a igualdade, disputa de pênaltis. Ninguém mais poderá pensar em perder.

São quatro partidas por dia. O torcedor gastou 11 dias para 32 jogos. Agora, em quatro, terá de acompanhar mais 16 partidas em quatro míseros dias. Dois jogos dividem cada um dos horários, primeiro às 11h, depois às 15h30 (horário de Brasília). Então, também não tem mais o horário do sono, às 8h30.
Para começo de conversa, os grupos A e B definem seus classificados. Com isso, ao final do dia, o mundo conhecerá duas das partidas disputadas em ritmo de mata-mata. México e Uruguai têm a possibilidade de promover um empate de compadres, o que eliminaria os anfitriões – mas não livraria o planeta das vuvuzelas.
Enquanto a Argentina está virtualmente classificada, Coreia do Sul só precisa vencer a Nigéria, que precisa de uma vitória sua e dos hermanos sobre os gregos.

França x África do Sul – Bloemfontein – 11h
México x Uruguai – Rustenburg – 11h


O Uruguai lidera o grupo com quatro pontos, com um gol a mais de saldo do que o México. Ambos se enfrentam na última rodada e basta um empate para acabar com as pretensões da França e da África do Sul.

Os anfitriões precisariam vencer os franceses por larga margem e torcer por uma goleada no outro jogo. E vice-versa. Enquanto "les Bleu" têm dois negativos de saldo, o time de Carlos Alberto Parreira tem três negativos. Já a Celeste Olímpica computa três positivos contra dois dos mexicanos.

Parreira, além da calculadora, ainda precisa se virar com as implicações da expulsão do goleiro Khune. Mais criticado que seu sucessor-antecessor Joel Santana, ele resolveu ainda mudar o esquema tático. Metade do time deve ser trocado: cinco alterações. A imprensa sul-africana considera que o brasileiro rachou os Bafana Bafana ao privilegiar parte do elenco.

Parece que já ouvi essa história antes. Em outra equipe.

Se a África do Sul não se classificar, será a primeira vez que o anfitrião cai na primeira fase. Em todas as outras edições, o país-sede levou sua seleção pelo menos até a segunda fase. Parreira que está em sua sexta Copa, mantém a sina de nunca ter vencido uma partida sequer no comando de uma seleção de outro país. Ou ele quebra um tabu, ou é quebrado pelo outro.

Quem acha que no confronto do continente americano vai ter amizade esquece-se de um detalhe. O perdedor provavelmente pega a Argentina, o que convém evitar. O técnico Oscar Tabaréz promete não jogar com o regulamento debaixo do braço, mas fazer sua parte. Eu ouvi retranca?


Pra saber o que vai acontecer no Grupo B amanhã, só no Copa na Rede.

quinta-feira, junho 17, 2010

Abre da Rodada - Argentina e Coreia do Sul brigam pela liderança

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Argentina e Coreia tentam confirmar classificação, enquanto Nigéria e Grécia querem se manter vivas. França e México fecham o dia

A quinta-feira tem a segunda rodada do Grupo B, com suas seleções em situações opostas. As líderes Argentina e Coreia do Sul se encontram às 8h30 no estádio Soccer City para garantir a classificação antecipada. Do outro lado, no estádio Free State, Nigéria e Grécia tentam se manter vivas para apostar na classificação na terceira rodada. Completando o dia, França e México duelam no estádio Peter Mokaba pelo Grupo A, liderado pelo Uruguai, que venceu nesta quarta a África do Sul.

Argentina x Coreia do Sul – 8h30

Foto: Enrique Marcarian/Reuters

Os dois times vêm de bons começos na competição. Os platinos venceram a Nigéria por 1 a 0, com boa atuação de Messi, um caminhão de gols perdidos e uns sustos provocados pela fragilidade defensiva. Do outro lado, a Coreia comemora o bom começo e a liderança do grupo após a vitória por 2 a 0 frente à Grécia. A vitória foi convincente, em que pese a aparente fraqueza da seleção grega. Destaque para a atuação do atacante do Manchester United, Ji-Sung Park. O futebol rápido e bem organizado pode causar problemas para a frágil defesa argentina.

Nigéria x Grécia – 11h

Em clima oposto ao do primeiro jogo, Grécia e Nigéria entram em campo às 11h para buscar a reabilitação e manter vivas as chances de classificação. No duelo dos desesperados, os nigerianos chegam com um pouco mais de moral.

França x México – 15h30

No grupo dos empates, França e México jogam para ver quem fica na cola do Uruguai, que assumiu na liderança após a boa vitória sobre a África do Sul nesta quarta-feira.

Todos os detalhes de cada partida, estão no Copa na Rede.



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sexta-feira, junho 11, 2010

África do Sul empata com México em 1 a 1

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Foi da África do Sul o primeiro gol da Copa. Com direito a dancinha na comemoração, Tshabalala acertou um tiro no ângulo aos 10 minutos do segundo tempo. O México empatou aos 35, com Rafa Márquez. Como outras estreias de Copa, não foi um jogo de muita técnica, mas teve momentos altos, com muito contra-ataque e dois gols.

Foto: Shine2010/Flickr


África do Sul e México empatam na abertura do mundial (Foto:  Shine2010/Flickr)

Foi bom para aquecer.

As vuvuzelas não pararam por um instante sequer. E genial ver os jogadores da África do Sul dançando não só na comemoração, mas na descida do ônibus, no túnel de acesso do vestiário ao gramado e até no intervalo, mas restrito aos reservas. Divertido.

Os melhores momentos e mais detalhes, no Copa na Rede.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Será que o PAK vem aí?

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Luz no fim do copo? O grupo holandês Heineken está comprando, por 7,7 bilhões de dólares, a mexicana Femsa, dona, no Brasil, da temível Kaiser - a "cerveja" que desce quadrado (ou pior, não desce!). Além da Kai-aaargghhh..., a Heineken passa a ter outras 34 marcas na América Latina e se estabelece como maior engarrafadora da Coca Cola na região. Buenas, levando em consideração meu apreço pela cerveja holandesa, fico em dúvida: será que, enfim, vão tornar a Kaiser um pouco menos intragável? Seria o PAK, Programa de Aclimatação da Kaiser???

segunda-feira, novembro 16, 2009

Adeus, De Nigris

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Uma notícia das mais surpreendentes marcou o início dessa segunda-feira. Morreu Antonio De Nigris, atacante mexicano que jogou no Santos em 2006 e que atualmente defendia o Larissa, da Grécia.

UOL
De Nigris tinha 31 anos e, a princípio, sua causa mortis foi uma parada cardíaca. É surpreendente ver uma pessoa de 31 anos (que não tenha nenhuma doença crônica) falecendo; mais ainda quando se trata de um atleta.

Falando dentro de campo, a passagem de De Nigris pelo Santos foi, no mínimo, folclórica. No português claro: ele não jogou porcaria nenhuma enquanto esteve na Vila. Entrou em campo poucas vezes e fez um gol - daqueles que, como diria Mauro Beting, "até minha vó fazia".


Reza uma lenda que sua contratação foi um equívoco. O Santos, na verdade, tinha como intenção adquirir seu irmão, Aldo de Nigris, que vivia melhor momento na carreira. Acabou trazendo Antonio e o que se viu foi uma piada.

De qualquer modo, força à família de De Nigris - ele deixou esposa e filha. E fica a dúvida de como o Santos repercutirá o falecimento. Será que teremos um minuto de silêncio na partida contra o Coritiba, no próximo domingo?

quarta-feira, setembro 05, 2007

Preocupação com o América-RN nos EUA

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Dizem que a cidade de Boston abriga a maior colônia brasileira nos Estados Unidos, com cerca de 80 mil imigrantes. E a maioria, lógico, continua doente por futebol. Não por acaso, Boston foi escolhida para abrigar a partida entre Brasil e México no próximo dia 12, no Gilette Stadium (foto). Um dos "desterrados" de lá é o jornalista paranaense Olavo de Souza, que comanda um programa em português para brasileiros - o Rota da Notícia - numa rádio AM local. Ele me telefona diariamente para gravar um pequeno boletim com notícias do ABCD paulista. E hoje me contou que pôs no ar uma entrevista com o radialista Exnar Tavares (o nome é esse mesmo!), da Rádio Poty de Natal (RN), falando sobre as agruras do América local como saco de pancadas do Brasileirão. "Marcos, você não vai acreditar: cinco minutos depois, uns dez torcedores do América de Natal daqui de Boston ligaram para o programa, para comentar a situação do time!", me exclamou o Olavo. Pois é: o futebol brasileiro pode ser tecnicamente sofrível, com jogos fracos e arbitragens catastróficas, público baixo etc., mas é inegável que desperta interesse. Até em Boston - e, mais impressionante, de torcedores do pior time da competição! É, realmente, a paixão tupiniquim.