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terça-feira, março 17, 2009

Homenagem a dois parlamentares que se foram

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Citado em duas ocasiões nesse blogue, aqui e aqui, nossa singela lembrança desse ícone da... do... de... é... enfim, dessa figura chamada Clodovil Hernandes. Atrás (opa) dele, o igualmente saudoso Eneas Carneiro. Que Deus os conserve em bom lugar. Ou não.

domingo, setembro 07, 2008

As crias de Enéas

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Embora o médico cardiologista Enéas Carneiro, célebre pelo bordão “Meu nome é Enéas”, tenha falecido em maio de 2007, sua presença se faz notar ao menos no cenário político de São Paulo. Seus seguidores mais notáveis são candidatos nas eleições paulistanas, mas, curiosamente, todos fora do Partido da República (PR), resultado da fusão do Partido Liberal (PL) com a agremiação que Enéas ajudou a fundar, o Partido da Reedificação da Ordem Nacional (Prona).

Enéas apareceu na eleição presidencial de 1989, quando tinha parcos 17 segundos em cada programa do horário eleitoral. Mais tarde, em 1994, atingiria seu auge com o terceiro lugar na corrida presidencial, deixando pra trás figuras carimbadas da política como Leonel Brizola e Orestes Quércia. No entanto, sempre teve dificuldade em transferir sua popularidade para outros candidatos do seu partido.

A exceção é sua mais famosa cria, Havanir Nimitz (ao lado), que adotou de seu chefe o estilo algo agressivo e é detentora de um respeitável recorde: foi a deputada estadual mais votada da história de São Paulo e do país em 2002, tendo arrebatado 682.219 votos. Mas detém outra marca que não está em seu site. É provavelmente a parlamentar que tomou o maior tombo no espaço entre duas eleições. Saiu do Prona em 2005 e, candidata a deputado federal, com pouco espaço no PSDB em 2006, teve somente 10.517 votos, o que não a elegeria vereadora em São Paulo. Agora, foi para o Partido Trabalhista Cristão (PTC), que integra a coligação “Tostão contra o Milhão”, junto com o Partido Trabalhista do Brasil (PT do B). Talvez tenha aprendido que em partido pequeno é muito mais fácil cativar espaço quando se tem um certo nome. Aliás,seu jingle que utiliza a música da trilha de Rocky Balboa é um primor.

Outro “filhote” do doutor Enéas é Robson Malek. Aparecia no vídeo gritando e falando de forma ritmada como seu mentor, mas não convencia ninguém e parecia um padre de cidade do interior apresentando programa policial. Sua trajetória de derrotas é extensa. Ele tentou, em 1998, ser deputado estadual; depois, governador em 2002, sendo derrotado dois anos após em sua primeira tentativa de se eleger vereador. Em 2006, foi a vez de perder o pleito para o senado. Agora, mudou para o Partido da Mobilização Nacional (PMN), não grita mais, sorri como que libertado de um espírito maligno. Mas deve ser derrotado novamente.

Um pupilo, ou melhor, praticamente um “neto” de Enéas, foi recentemente alvo de uma representação da coligação de Havanir Nimitz. O PT do B e o PTC pediram a apuração de crime eleitoral e cancelamento de candidatura de Luciano Enéas Filho (PTN). O cidadão aparecia no horário gratuito imitando de forma descarada o falecido Enéas Carneiro, dizendo que ia “continuar a obra do pai”. Só que ele não é filho do ex-deputado. O pedido da coligação foi parcialmente aceito, o juiz auxiliar da propaganda da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo Claudio Luiz Bueno de Godoy proibiu o dito cujo de usar a imagem, a fala, o bordão ou qualquer referência gestual do fundador do Prona. Em sua defesa, o candidato diz que se referia a seu pai na propaganda, o ex-vereador Osvaldo Enéas.

O pai de Luciano (na foto à esquerda, ao lado do então presidente do Prona) também foi criado no Prona e imitava em tudo o seu inspirador, segundo ele, incentivado pelo próprio Enéas. Foi eleito vereador em São Paulo em 1996, mas em 2002 saiu do partido brigado com seu criador. Candidatou-se a vereador em 2002, mas seu registro foi cassado e, adivinhem por que? O TRE avaliou que ele utilizou indevidamente a imagem de Enéas Carneiro, confundindo o eleitor. E não é que a história se repete como farsa?

domingo, abril 06, 2008

20 anos sem Enéas

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O programa Grandes Momentos do Esporte, da TV Cultura, recuperou neste domingo um especial de 1996 sobre Enéas Camargo (foto), grande ídolo da Portuguesa de Desportos e com passagem por Bologna e Palmeiras, que morreu em um acidente de carro em 1988, aos 33 anos, quando defendia os últimos trocados pelo Central de Cotia. Em minha infância, era um dos jogadores que mais temia quando o São Paulo tinha de encarar o Palmeiras. Rápido, driblador, goleador. Mas, também, foi precursor desse tipo de atleta que não gosta de treinar, que "dorme" em campo e que adora a noite, a bebida e as mulheres.
Conta Sílvio Moredo, ex-diretor da Lusa, que, durante uma partida contra o Santa Cruz, em Recife, Enéas fez de tudo para ser substituído ainda no primeiro tempo. Cinco minutos após descer para o vestiário, já estava na arquibancada de banho tomado e acompanhado por três garotas. "Ele tinha combinado com elas antes da partida. Dei-lhe um sermão no ônibus", diz Moredo. Badeco, ex-colega na Portuguesa, ressalta que as melhores qualidades de Enéas eram o drible curto e a capacidade de advinhar o principal defeito de seus marcadores quando partia em direção ao gol. Assim, sempre driblava em cima da "perna ruim" do adversário.
"Eu dizia que ele devia explorar mais esse potencial, mas nunca gostou de treinar. Ele respondia: '-Ah, deixa pra lá. Vamo tomar uma cervejinha!'. E ia mesmo", lembra Badeco, rindo. Pois, quando conseguiu ir para a Itália, em 1980, Enéas se viu privado de todas as facilidades e fez as malas em menos de um ano, mesmo com proposta vantajosa da Udinese. Decisão errada: assinou às pressas com o Palmeiras, que passava por um dos piores períodos de vacas magras. Quando saiu do Parque Antarctica, em 1984, perambulou por uma série de times pequenos, numa triste decadência. Mesmo assim, marcou época. E merece a lembrança e a homenagem.