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terça-feira, agosto 03, 2010

'Gravo bebendo cerveja, pra voz ficar rouca'

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Zeca Pagodinho acaba de finalizar "Vida da Minha Vida", seu próximo disco. E revela: "Eu gravo bebendo cerveja, pra voz ficar rouca. Se a voz sair muito certinha, ninguém vai acreditar que é o Zeca Pagodinho cantando". Uma das faixas do novo CD é "Orgulho do Vovô", única assinada por Pagodinho (em parceria com Arlindo Cruz), e dedicada ao seu neto, recém-nascido. "Meu compadre Arlindo foi ver o meu neto. Nós nos embriagamos mais uma vez, fizemos essa música e nem o menino ele viu. Esqueceu. Depois disso, me ligou: 'Zeca, precisamos marcar outra cerveja pra eu conhecer a criança'."

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 47

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CHICLETE DE HORTELÃ
(Composição: Zeca Pagodinho)

Mussum

Eu já mandei pedir à Odete
Para me mandar
Um chiclete de hortelã
Para tirar
Esse cheiro de aguardente
De romã do Ceará
Já cansei de implorar à minha irmã
Prá me mandar um chiclete de hortelã

Ela foi para bahia
Terra do balangandã
E numa casa de santo
Foi comprar um talismã
Que dizia ter encantos
Quebrava os quebrantos
E era de Iansã
E eu só pedi prá me comprar
Um chiclete de hortelã

Quando vem raiando o dia
Meditando em seu divã
Só penso na carestia
Que aumenta a cada manhã
Oh, meu Deus, que bom sereia
Se eu comprasse alcatra ou chã
Mas o dinheiro já nem dá
Pro chiclete de hortelã

Nos meus tempos de infância
Todo dia de amanhã
O bom velhinho do doce
Que de criança era fã
Tem cocada, mariola
Bala e doce de maçã
Olha aí

Quem quer comprar
Um chiclete de hortelã
O meu time vai domingo
Jogar no maracanã
Vou festejar a vitória
Com a torcida campeã
Se quando eu chegar em casa
Não estiver de cuca sã
Prá disfarçar eu vou mascar
Um chiclete de hortelã

(Do LP "Mussum - Água Benta", 1978) - baixe aqui

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

"Minha vida é que atrapalha a minha cerveja"

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Impagável essa entrevista do Zeca Pagodinho à Folha de S.Paulo:


FOLHA - O que acha do Zé da Feira [Eri Johnson], o sambista de "Duas Caras" inspirado em você?
PAGODINHO - As dificuldades de subir na carreira têm a ver comigo. É um cara que lutou, teve dificuldades, o vício da bebida, conheci várias pessoas assim.
FOLHA - O fato de ele ser alcoólatra não incomoda?
PAGODINHO - Mas eu não sou alcoólatra, não ando caído de bobeira na rua. Ele é inspirado, porra, não é o Zeca Pagodinho.

FOLHA - A cerveja não atrapalha a sua vida em nenhum momento?
PAGODINHO - Minha vida é que atrapalha a minha cerveja. Quando tô bebendo, tem sempre alguém pra falar comigo.

FOLHA - Você se irrita por sempre ser procurado para falar de cerveja?
PAGODINHO - Não, isso é porque tô no auge. Se tivesselá embaixo, ninguém lembrava de mim.

FOLHA - O que pensa sobre o projeto de tornar crime dirigir após tomar mais de duas latas de cerveja?
PAGODINHO - É certo. Fizemos o bloco da Cachaça; a letra do samba dizia que "volante com cachaça não combina, sou um cachaça, mas não sou burro". Fiz um outdoor "Se beber, vá de táxi". Já tão achando que levei uma nota dos táxis, do Detran, não levei porra nenhuma, levei sim uma luta pela vida.

FOLHA - Você dirige após beber?
PAGODINHO - Não, nem antes.

FOLHA - Você não dirige?
PAGODINHO - É porque tô renovando minha carteira, nunca dá, e pra não ficar me aporrinhando vou andando a pé, tem motorista, entro em qualquer carro, "me deixa ali cumpade".

FOLHA - Continua irritado com o ministro da Saúde [que propôs que artistas não anunciassem bebida]?
PAGODINHO - Não, não é um cara de bobeira não, sabe o que faz. Mas tem que ter um projeto mais de educação do que punição. Aí vai prender, e qualquer dia essa porra vai virar só grade.

FOLHA - E a reclamação dos gays que não gostaram da tradução de "happy hour" para "hora alegre" em seu comercial da Brahma?
PAGODINHO - Falei pros caras que ia dar problema, mas eles mandam. Não tinha a intenção de ofender. Eu me dou bem com todo mundo, tem uma porrada de veado que vem aqui em casa, cada um na sua, eles pra lá, eu pra cá. Quem quer dar dá, quem quer comer come, cada um viva a sua vida.