Destaques

quarta-feira, novembro 29, 2006

O destaque que interessa

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Curiosa como sempre a edição da Folha de S.Paulo de hoje, que estampa a seguinte manchete: "Bancos lideram doações a Lula". O segundo parágrafo chama a atenção para o lucro recorde dos bancos no ano passado, assim como o texto interno.

Mas, o que se esconde na linha fina da manchete e se perde em meio ao texto como informação secundária é que, o valor doado para o candidato tucano Geraldo Alckmin é o mesmo recebido por Lula, R$ 10,5 milhões. E é interessante notar que o total arrecadado por Lula é de R$ 104,3 milhões, enquanto a campanha tucana amealhou R$ 62 milhões. Ou seja, proporcionalmente, as doações de banqueiros representam cerca de 10% da arrecadação petista e 17% do montante do PSDB, sendo, portanto, mais significativas para Alckmin do que para o presidente reeleito.

Assim, fica a pergunta: porque os bancos teriam doado a mesma quantidade de recursos para Alckmin se estavam "satisfeitos" com Lula e o atual presidente sempre foi o favorito nas pesquisas (o que, naturalmente, atrai mais doações)?

terça-feira, novembro 28, 2006

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Antero caindo da cadeira

Um dos melhores tombos de cadeira da televisão mundial no Sportv da ESPN Brasil.

Sem acesso, Bahia corta férias dos jogadores

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Sem o acesso a Série B do Campeonato Brasileiro, o Bahia cancelou as férias dos jogadores. O treinador Lula Pereira avisou que se continuar no clube vai antecipar a preparação para 2007, não dando descanso ao time. Lula disse que deseja iniciar o quanto antes o planejamento para a próxima temporada, pensando em conquistar o título estadual para garantir a vaga na Série C do ano que vem. O técnico ficou muito decepcionado e irritado com a derrota da equipe tricolor para o Brasil, na última rodada, que acabou consumando a eliminação do time da disputa da quarta vaga para a Série B. (do site Terra)

Souza eterno: o melhor da série B

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A Futebol Brasil Associados, entidade que reúne vários clubes de médio porte, premiará o meio-campo Souza, do América-RN, como o melhor jogador da Série B do Campeonato Brasileiro de 2006. O meia, que passou por Corinthians, São Paulo e Flamengo foi eleito pelo voto popular por meio de uma enquete realizada no site da entidade. Ele recebeu 41.148 votos, superando Marinho, do Altético-MG, que teve 19,731.

A maior torcida de Minas

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Como o atleticano desse blog, que diz ser a torcida do Galo a maior de Minas, não se manifesta, divulguemos pois a pesquisa Datafolha que trata justamente do tema. Segundo a pesquisa, o Cruzeiro é o clube mais popular, com 26% da preferência, contra 15% do Atlético.

Na capital Belo Horizonte existe um empate técnico, com pequena vantagem para o Cruzeiro, 38% a 37%. Já no interior, a situação é diferente. Não que seja melhor para o Atlético, pelo contrário. O Cruzeiro tem 22% da preferência, mas o segundo, com 12%, é o Flamengo, seguido pelo Atlético com 8%.

Se serve como consolo, o Atlético conseguiu a maior média de público nos campeonatos nacionais em 2006, o que, aliás, é um fenômeno típico de times com grande torcida que são rebaixados, vide Bahia e Fluminense na terceira divisão e o próprio Palmeiras na segundona.

Manguaça falta do emprego e apresenta atestado médico expedido por ginecologista

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Um sul-africano de 27 anos foi multado em 1 mil randes (US$ 137) por apresentar a seus chefes um atestado médico falsificado emitido por um ginecologista, depois de faltar ao trabalho por uma semana, informou hoje a imprensa local. Segundo o site News24, Charles Sibindana roubou um atestado de um centro clínico na cidade de Vereeniging, a 70 quilômetros ao sul de Pretória, a capital sul-africana, durante uma consulta médica de sua namorada, que está grávida.
O jovem, que não ia trabalhar há sete dias, falsificou os dados, mudou alguns detalhes e enviou o atestado aos seus superiores. "Seus empregadores - diz a notícia - suspeitaram porque ele era um homem, não uma mulher grávida, e decidiram averiguar". O juiz de Vereeniging, Bruno van Eeden, advertiu Sibindana para que "não ande por aí com atestados médicos falsos de ginecologistas" porque ele não estava "grávido". Sibindana foi obrigado a pagar metade do dinheiro e a outra metade foi suspensa pelo juíz, mediante a condição de que não cometesse outro crime durante os próximos cinco anos. (do site Terra)

BOMBA! Mundialito com Real e Barcelona na Bolívia

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Mais uma do Futebol do Norte. Segundo o site, haverá um Mundialito Internacional de Futebol na cidade de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, entre 7 e 15 de janeiro.

Entre os convidados, estão o Danubio da Argentina, o Toluca do México e ninguém menos do que Real Madrid e Barcelona. Sim, eles mesmos, não é um Real genérico ou um Barça genérico, ao menos segundo o site.

Haverá, ainda de acordo com a página, apenas um representante do Brasil na competição. O glorioso Juventus do Acre.

Não sei quanto a vocês, mas eu estou eufórico para assistir Barcelona x Juventus do Acre.

O link para a notícia original, para quem quiser conferir:
http://www.futeboldonorte.com/exibenot.php?id=17673

Felipão: "Guerreiro de Nuremberg"

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Luiz Felipe Scolari virou ídolo em Portugal. O técnico brasileiro assumiu o comando da seleção portuguesa em janeiro de 2003 e, depois do sucesso do trabalho, começou a receber diversas homenagens pelo país. A mais nova delas é uma estátua, que lhe será entregue no dia quatro de dezembro, na cidade de Santarém.
A estátua de bronze, de autoria do artista plástico José Coelho, recebeu o seguinte nome: "Guerreiro de Nuremberg - O Mundo a Seus Pés". Ela é uma referência à vitória da seleção portuguesa sobre a Holanda, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha - foi um dos jogos mais emocionantes do torneio, terminando com vitória de Portugal por 1 a 0.
Segundo o escultor, Felipão e a seleção portuguesa mostraram o "verdadeiro espírito guerreiro" naquela vitória sobre a Holanda. Depois disso, Portugal ainda alcançou as semifinais na Alemanha, mas acabou com o quarto lugar no Mundial.
Além disso, Felipão conduziu os portugueses ao vice-campeonato europeu em 2004, na competição disputada em Portugal. Agora, seu próximo objetivo é a nova Eurocopa, que será em 2008, na Suíça e na Áustria. No Brasil, fora os inúmeros títulos pelos clubes por onde passou, o treinador conquistou o penta com a seleção na Copa de 2002, na Coréia/Japão.

Fácil: Juninho detona preparação para a Copa

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Quase cinco meses depois da eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo da Alemanha, quando o time perdeu por 1 a 0 para a França nas quartas-de-final do torneio, o meio-campista Juninho Pernambucano veio a público para atacar a preparação do time para a competição.
“Não fomos à Copa preparados. Nos preparamos contra um time de segunda divisão da Suíça (o Lucerna) e contra a Nova Zelândia. Se você não quer jogar muitos jogos (durante preparação), tudo bem. Mas aí você tem que treinar duro. Não foi o que aconteceu. Além disso, não abrimos os nossos olhos”, afirmou o jogador.
O pentacampeão francês pelo Lyon ainda afirmou que o técnico da seleção naquele momento, Carlos Alberto Parreira, deixou em campo jogadores que não estavam bem fisicamente, enquanto atletas mais bem preparados, como ele, foram preteridos pelo treinador.
“Aqueles que não estavam jogando bem estiveram em campo durante 90 minutos. Eu tive que esperar três anos para mostrar meu futebol. Os jogadores que foram campeões em 2002 sabiam que nada iria tirar seus nomes da galeria de conquistas do Brasil, independente do que acontecesse no Mundial.”
Juninho também falou que o Brasil entrou em campo, em todas as partidas, pensando que já estava na final, enquanto os adversários se preparavam corretamente para continuar na Copa do Mundo. “Eles estavam muito melhores preparados fisicamente, enquanto nós já estávamos pensando na final.” Ele terminou reafirmando que não voltará a defender a seleção brasileira e elogiou o novo treinador do time nacional, que vem dando chance para novos jogadores. “Espero que o Dunga faça a mesma coisa quando os jogos começaram a valer de verdade. A idéia que jogar só com o nome já acabou.” (do site Gazeta Esportiva)

Ronaldinho Gaúcho

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Em tempos de fim de ano, balanço, reflexões etc e tal, um de nossos parceiros, o Blog do Menon, fez uma interessante análise sobre um dos mais falados jogadores de 2006. Leiam reprodução abaixo.

"No Brasil, a camisa 10 tem um significado muito especial. Ela, imortalizada por Pelé, é objeto de desejo de todos que amam futebol. Pode ser em um jogo reunindo gordos bancários ou em outro, com crianças que estão fugindo da aula, todos querem usar a camisa 10. O seu dono é também o dono do time. A referência, o que decide, o que diz "a partir de agora, é comigo, podem me dar a bola que eu decido"


Ronaldinho Gaúcho, não. Ele dá a impressão de que só quer a dez por imposição da Nike e sua campanha publicitária "Joga, 10". E essa falta de vontade de ser o "dono do time" é que tem afastado Ronaldinho Gaúcho da paixão dos torcedores. Para ele, basta ser o melhor do time. Ou, nem isso. Basta estar feliz, jogando futebol. Para a torcida, não. A torcida quer que o time tenha um dono, alguém que assuma responsabilidade e quando o melhor do time não as aceita, cria-se um fosso capaz de grandes injustiças.

Hoje, há muita gente chamando Ronaldinho de "foca" ou intergrante de "cirque du soleil" por sua habilidade com bola, mais ligada à arte circense do que à luta por vitórias.

Ronaldinho sempre foi assim, desde o infantil do Grêmio. Não lidera ninguém, não lidera nada. Não se rebela. Nunca vai desobedecer o técnico que o colocou mais atrás em campo, para que Ronaldo e Adriano ficassem à frente. Não vai pedir a bola e, a partir dali, sair driblando, encarando adversários e tentando o gol. Para ele, felicidade não rima com rebeldia.

Falta o gosto de sangue na boca. Ronaldinho é Ronaldinho. Nunca será Ayrton Senna ou Romário. E, muito, muito menos, Diego Armando Maradona. É um craque, mas falta a dose suficiente de loucura para ser um gênio."

segunda-feira, novembro 27, 2006

Revista confirma Bola de Ouro para Cannavaro

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Foi confirmada hoje a Bola de Ouro para o zagueiro italiano Fabio Cannavaro (na foto, enchendo a cara). O prêmio é dado pela revista francesa France Footbal, desde 1956, ao melhor jogador europeu da temporada. Foi apenas a confirmação, pois na semana passada havia vazado a informação de que o jogador do Real Madrid ganharia o prêmio. O zagueiro, que trocou o rebaixada Juventus de Turim pelo Real Madrid no início desta temporada, teve atuação destacada neste ano principalmente pela conquista da Copa do Mundo pela seleção italiana, quando foi capitão do time. O goleiro italiano Gianluigi Buffon, da Juventus, ficou em segundo e o atacante francês Thierry Henry, do Arsenal, em terceiro.
Cannavaro é o quarto jogador italiano a receber a honraria. O meia Gianni Rivera, em 1969, o atacante Paolo Rossi, em 1982, e o meia-atacante Roberto Baggio, em 1993, foram seus antecessores. A Itália tinha sete candidatos ao título deste ano. Além do vencedor e de Buffon, Fabio Grosso, Luca Toni, Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo e Gianluca Zambrotta também concorriam. Dentre os brasileiros, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Juninho Pernambucano e Cris concorriam à Bola de Ouro de 2006.

Mas, já vai?

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Uma das contratações do Santos da temporada de 2006 que magicamente não veio do Iraty se despede do futebol brasileiro. E a reportagem do Futepoca não encontrou nenhum torcedor que lamentasse. Trata-se do dublê de lateral e meia André Luiz, que anunciou a sua saída da equipe praiana. Segundo ele, o seu ciclo no futebol brasileiro está encerrado e ele sequer sabe se entrará em campo na última partida contra o Santa Cruz.

A contratação, uma das "apostas" de Vanderlei Luxemburgo (malsucedidas como algumas outras) foi motivo de comentário desse blog, que já desenhava um futuro não muito longo para o jogador no Santos. Ontem, o atleta sentenciou: "são 17 anos de carreira. Essa semana é para curtir Santos, a família. Eu conversei rápido com o Vanderlei hoje (domingo). No Brasil, fechou meu ciclo. Tenho boa proposta para jogar fora. Fico feliz por ter jogado no Santos, um time onde quase toda minha família torce,” disse.

André Luiz pensa até em uma possível aposentadoria do futebol. “Vou sentar com minha família antes de decidir se volto ao exterior. Mas no Brasil eu não jogarei mais", completou. Pra onde for, boa sorte.

Campinas volta a ficar sem "dérbi"

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O torcedor de Campinas vai ficar sem "dérbi" em 2007. O clássico entre Guarani e Ponte Preta não vai acontecer devido o rebaixamento da Macaca para a Série B e do Bugre para a Série C no Brasileiro. Já no Campeonato Paulista, o Guarani disputará a Série A-2 e a Ponte, a primeira divisão.
O último "dérbi" campineiro aconteceu em 2006 pelo Campeonato Paulista e houve empate por 2 a 2, no estádio Moisés Lucarelli. O clássico já chegou a ficar dez anos sem ser realizado, por causa das más campanhas vividas pela Macaca, rebaixada no Nacional em 1986 e, no ano seguinte, para a segunda divisão do Paulista.
Com o acesso da Ponte para a série A do Brasileiro em 1997 e para o Paulistão em 1999, os times se enfrentaram 11 vezes desde então. Ao todo, foram disputados 180 "dérbis" e a vantagem é pequena em favor dos bugrinos, que venceram 63 vezes, contra 58 da pontepretanos. Houve ainda 59 empates. O primeiro confronto, em 1911, foi vencido pela Ponte Preta: 1 a 0.
A rivalidade foi acirrada por derrotas intragáveis em partidas históricas: no primeiro "dérbi" realizado no Estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta, em 1948, o Guarani venceu por 1 a 0. Cinco anos depois, no primeiro duelo no campo do Bugre, o Brinco de Ouro da Princesa, a Ponte Preta deu o troco: 3 a 0.

FPF divulga tabela do Paulista A-3

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A Federação Paulista de Futebol divulgou a tabela do Campeonato Paulista da Série A-3 de 2007. A competição terá início no 27 de janeiro e termina em 27 de maio. O torneio será disputado por 20 equipes, que se enfrentarão em turno único. Apenas oito se classificam para a segunda fase, dividindo-se em dois grupos de quatro equipes. Cada clube joga (dentro de seu grupo) no sistema de turno e returno. Os campeões de cada grupo se qualificam para jogar a final em duas partidas.

Confira a 1ª rodada:

27 de janeiro:
10h – Mauaense x Santacruzense

28 de janeiro:
10h - SEV/Hortolândia x XV de Piracicaba
10h – São Carlos x União Barbarense
10h – Catanduvense x ECO
10h30 – Linense x São Bernardo
10h30 – Votoraty x Monte Azul
11 horas – Flamengo x Ferroviária
11 horas – Primavera x Araçatuba
11 horas – Francana x Independente
11 horas – União x Olímpia

Quanto desgosto

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Esperei até as 12h50 de segunda-feira para ver se alguém assumia a tarefa de falar mal do meu time. Como os dois últimos posts foram sobre times pequenos, vai mais um. É triste e complexa a tarefa depois de um 4 a 1 em casa na penúltima rodada. Salvo pelo gongo, o Palmeiras não cai nesta temporada para a série B porque a Ponte Preta, como visitante, foi goleada pelo Goiás.

Consolo de time pequeno, ficar na raspa do tacho da primeirona é muito pouco para um clube que tem história e tradição de grande. Ao analisar o cenário do alviverde paulistano, grandeza não se vê na torcida, no comportamento dos jogadores nem nas atitudes da diretoria.

Narizes de palhaço compuseram um protesto justo que nada resolve. Mas é no mínimo questionável numa partida em que ainda havia risco de descenso. Ressalva quanto à torcida precisa ser feita na breve recuperação de cinco vitórias consecutivas na retomada da temporada no pós-Copa, com o comedido sucesso (pra ser muito otimista) do tsunami verde. Diretores ultracriticados e elenco limitado é tema recorrente.

Referencial
Entre torcedores, a nostalgia da Parmalat oscila entre o entusiasmo e uma certa vergonha. Entre os primeiros há uma curiosa divisão que envolve duas eras da parceria de co-gestão (baseada na negociação do passe dos atletas e irreproduzível após a Lei Pelé). Antes e depois de Luis Felipe Scolari.

A rivalidade entre Palmeiras e Corinthians tem muitas peculiaridades históricas, mas um dado é uma oposição de estilos. A raça é símbolo alvinegro, ante uma certa presunção de classe e cadência do Palestra Itália. Exemplos do primeiro não faltam, enquanto os exemplos mais recorrentes são as duas academias (de Filpo Nuñes nos anos 60 e de Osvaldo Brandão nos 70) comandadas por Ademir da Guia. Dependendo do fanatismo (ou da idade) do torcedor, os "supertimes" da Parmalat de 1993 a 1997 – pré-Felipão – e o time do início da década de 50.

A era Felipão foi marcada por outro tipo de futebol. Com raça – como o inesquecível 4 a 2 na semifinal da Copa do Brasil 1999 contra o Flamengo no Parque Antártica ou os 2 a 0 da final do ano anterior contra o Cruzeiro – bolas aéreas, pegada na marcação e contrataques, a torcida teve dificuldades de se acostumar com o novo estilo. Hoje, aquilo soa como algo inigualável.

E agora?
Depois da saída do patrocinador, a decadência chegou a atual realidade de time pequeno. A queda para a série B e a receita para a volta por cima não serviram de lição. Os atletas revelados na temporada 2003 foram vendidos e a aposta na formação de atletas, deixada de lado desde os tempos da parceria com a multinacional italiana, foi tolhida pela política de contratações de medalhões mal-passados – cartão amarelo pelo trocadalho. Na temporada pela Segundona, o time jogava na raça, passava apertos, mas foi bem. A torcida batia recordes de público mesmo assim.

Formar um time vencedor que agrade a torcida só pelas conquistas – independentemente do estilo de jogo – parece distante nos próximos anos. Sem grana nem atletas jovens para jogar bonito, mais retrancas vêm aí. Mas é futebol sem resultado.

Difícil ver luz no fim do túnel.

Ferroviária de Araraquara fica com o título da Copa FPF e garante vaga na Copa do Brasil

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A Ferroviária conquistou o título da Copa FPF ao empatar com o Bragantino por 1 a 1 no Estádio Marcelo Stefani, em Bragança Paulista, no sábado. No primeiro jogo, em Araraquara, a equipe tinha vencido por 1 a 0. O título dá à Ferroviária uma vaga na Copa do Brasil de 2007. O Bragantino, vice-campeão, vai enfrentar o Guarani de Campinas no Campeonato Brasileiro da Série C.
Apoiado por quase 10 mil torcedores, o time de Bragança abriu o placar aos 37 minutos, num lance duvidoso. Bill tentou por cobertura, o zagueiro Max Carrasco salvou mas a auxiliar Maria Elisa deu o gol, confirmado pelo árbitro Élcio Paschoal Borborema. No segundo tempo, outro lance polêmico: aos 28 minutos, o goleiro Dida, do Bragantino, soltou uma bola na pequena área e o juiz marcou pênalti. A bandeirinha Maria Elisa, porém, indicou a falta no goleiro e o juiz voltou atrás.
Aos 40 minutos, o técnico Edison Só, da Ferroviária, chamou no banco de reservas o atacante Jackson. Em seu primeiro lance, dois minutos depois, o jogador disputou uma bola que resvalou na cabeça do zagueiro Cris, do Bragantino, e entrou no canto esquerdo de Dida. Era a gol do título, muito festejado por cerca de 200 torcedores que se deslocaram de Araraquara até Bragança.

Atlético campeão!

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Na festa que essa época do ano tradicionalmente faz aos campeões, não podemos esquecer de homenagear mais um time que subiu ao lugar mais alto do pódio nesse fim de semana: o Atlético-RO, campeão rondoniense sub-17!

O título veio com uma histórica vitória de 4x0 sobre o Genus. Os heróis da conquista: Romário; Mickey, Rafael, Bruno e Douglas; Jayson, Anderson, Van e Alex (Heric); Heber e Careca.

Romário terminou a competição como o goleiro menos vazado e Careca, o artilheiro.

Fonte: futeboldonorte.com

Mais um morre do coração; tia morre ao saber

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O jogador Alex Sandro de Souza Pereira (foto), ex-Matonense, morreu na tarde de domingo, vítima de uma parada cardiorrespiratória ocorrida durante partida de futebol realizada em Avaré, no interior de São Paulo. Alex, de 29 anos, caiu no gramado durante um jogo amistoso de sua equipe. Seus companheiros tentaram reanimá-lo ainda em campo. Depois, foi colocado em uma ambulância e levado ao hospital, onde morreu. Uma tia de Alex teve um ataque cardíaco quando soube da morte do sobrinho e também morreu. Ela tinha 50 anos.
Esse não foi o primeiro caso registrado no futebol. Em 2003, o volante camaronês Marc-Vivien Foe morreu durante a semifinal da Copa das Confederações, em partida contra a Colômbia. Já em 2004, o futebol brasileiro foi abalado com a morte do zagueiro Serginho, que sofreu uma parada cardiorrespiratória em partida do São Caetano contra o São Paulo. Antes de Serginho, três jogadores tiveram mortes semelhantes em 2004. No dia 25 de janeiro, o atacante húngaro Miklos Fehér, do Benfica, morreu no final da partida contra o Vitória de Guimarães. Dois dias depois, um jogador de 30 anos, identificado apenas como Andreas, sofreu um colapso durante um treino do Kavlinge, da quarta divisão sueca.
Em maio, o futebol português viveu outro drama de perto. O jovem Bruno Baião, 18 anos, teve uma parada cardíaca logo após treinar pela equipe júnior do Benfica. Ele foi levado para um hospital e, após permanecer quatro dias em coma profundo, teve a morte anunciada.
No Brasil, duas mortes em campo aconteceram nos anos 80. O zagueiro Beto, do Moto Clube, morreu de enfarte durante jogo contra o Tocantins, no dia 14 de setembro de 1985, em São Luís. Três anos antes, o lateral-direito Carlos Alberto Barbosa, do Sport, morreu na partida contra o XV de Jaú, pelo mesmo motivo.

Passando a régua

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Enfim, a temporada do futebol brasileiro 2006 acabou. Até mesmo no tom das entrevistas.

Surpresas, destaques e decepções, como sempre. Os destaques são vários. Muricy Ramalho conquistou um lugar no Olimpo, mostrando personalidade e a competência até então discutível, porque não havia ainda sido campeão nacional. E foi.

Me surpreenderam sobretudo o Grêmio de Mano Menezes e o Vasco da Gama de Renato Gaúcho. O Paraná de Caio Júnior, com um futebol sem brilho mas pragmático, fez uma campanha impressionante, e depende de si para ir à Libertadores, graças ao sortilégio que permeia a história de Vasco e Santos, que sempre protagonizam jogos históricos (ainda escrevo sobre isso).

O Santos, apesar de sua torcida nunca satisfeita, cumpriu o que o clube se comprometeu a fazer em 2006: levantar o Paulista e ir à Libertadores. A torcida do Santos não pode se esquecer que o clube vem disputando a ponta das tabelas há cinco anos: 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006. Não é pouco.

Palmeiras e Corinthians, que terminam o ano afogados em dívidas e com o futuro incerto, simbolizaram um futebol paulista ainda arrogante, mas decadente. Decadência muito bem exemplificada pela queda de Ponte Preta e Guarani, respectivamente para a segunda e terceira divisões; pela impotência do Paulista, que não conseguiu subir; pelo drama da Portuguesa, pela qual tantos torcemos e, evoé, continuou na segundona!

O futebol carioca não foi mal, com exceção do Fluminense. Pena que o Flamengo, agora que parecia reencontrar uma história perdida, quando ia conseguindo se reerguer misturando moleques e Obinas, resolveu se envolver com os mercenários da MSI. O Botafogo manteve uma toada, sem grandes pretensões ou riscos, mas muito mais seguro do que nos anos passados.

Entre os mineiros, a euforia dos atleticanos contrasta (a favor dos alvinegros) com a pífia temporada do Cruzeiro, que deixou a briga por qualquer lugar honroso faz tempo. Os torcedores do Galo têm duplamente o que comemorar.

Os nordestinos perderam Fortaleza e Santa Cruz, que caíram para a série B, mas levaram à série A o Sport, o Náutico e o América-RN.

E o São Paulo foi o campeão indiscutível, independentemente do péssimo nível do campeonato. Os concorrentes mais diretos do Tricolor (Inter, Santos e Grêmio) se conformaram cedo demais com o possível ou o aceitável.

domingo, novembro 26, 2006

A manguaça nos grandes esquadrões

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Folheando uma das edições que a Placar lançou em 2005, em comemoração aos seus 35 anos (intitulada "Os grandes esquadrões"), vi alguns depoimentos curiosos - e reveladores - de atletas que fizeram parte de timaços das últimas décadas. Por exemplo:

Cervejas
"Nosso técnico, o Paraguaio, era uma figura ótima. Boêmio, dava liberdade para todos. Eu, naquela época, não bebia e não fumava; então, veja como são as coisas: eu cuidava dos mais velhos, como Brito, Carlos Alberto Torres, que de vez em quando tomavam suas cervejas. Mas eles podiam, porque jogavam demais."
Paulo César Caju (foto), sobre o Botafogo-RJ de 1970-72

Atletas de Cristo
"Quando a gente fazia uma churrascada, o pessoal começava a chegar por volta do meio-dia. Quando era 3, 4 horas, os atletas de Cristo queriam ir embora e então o Cilinho, eu e mais alguns colocávamos os carros atravessados no portão para impedir a saída deles. Aí todo mundo ia embora às 8h, 8h30."
Careca, sobre o São Paulo de 1985-87

Churrascadas
"O Felipão sempre procurava reunir aquele grupo para churrascadas. O clima era tão bom que a gente brincava com ele, dizendo que a carne estava ruim. O Felipão, que era auxiliado pelo Murtosa, ficava muito bravo. Acho que este exemplo mostra muito bem o que era aquele time."
Galeano, sobre o Palmeiras de 1999

Ensaboada
"Como a maioria do time era solteiro, alguns estavam caindo na noite, enchendo a cara. Oito até correm por dois, mas quando cinco ou seis ficam parados não tem jeito. Vanderlei (Luxemburgo) inventou uma 'intertemporada' em Foz do Iguaçu, deu uma ensaboada geral e entramos nos eixos de novo."
Alex, sobre o Cruzeiro de 2003