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terça-feira, janeiro 02, 2007

Advogado quer que ONU investigue enforcamento de Saddam Hussein

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Um advogado de Saddam Hussein, o francês Emmanuel Ludot, pediu às Nações Unidas a criação de uma comissão de investigação sobre as condições de execução do ex-ditador iraquiano, segundo uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ludot solicita "que seja estabelecida uma comissão de investigação sob a égide das Nações Unidas", estimando que as "condições de execução" de Saddam Hussein foram, "em termos de princípios, intoleráveis". O advogado afirma que o ex-ditador "permaneceu até sua morte submetido ao estatuto de prisioneiro de guerra e, como tal, deveria se beneficiar da Convenção de Genebra de 1949". Como prisioneiro de guerra, julga o advogado, ele não deveria ser enforcado, mas "fuzilado". Ludot denuncia igualmente as filmagens realizadas durante o enforcamento. "A fotografia com o rosto do condenado viola de maneira clara a Convenção de Genebra", assegura ele, pedindo: "Por que a ONU não tomou precauções indispensáveis para se assegurar de que haveria um mínimo de dignidade para o prisioneiro de guerra?". O advogado pede "uma investigação aprofundada para conhecer as verdadeiras funções ocupadas na vida civil pelos carrascos" de Saddam Hussein, que foram "autorizados a proferir insultos" durante a execução. "Não se pode descartar a possibilidade de que altas autoridades opostas ao regime de Saddam Hussein tenham conseguido obter, numa negociata com a potência ocupante, o privilégio de participar pessoalmente da execução do condenado", escreveu ele. (da AFP)

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