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segunda-feira, abril 23, 2007

Com JaDILLson, S.Paulo é humilhado: 4 a 1

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Foi o pior jogo do São Paulo que assisti nos últimos 20 anos. Nem as goleadas de 7 a 2 para a Portuguesa, em 98, e de 7 a 1 para o Vasco, em 2001, foram tão vexaminosas. Naqueles jogos, apesar da pane total, o time ainda procurou jogar bola, arriscar jogadas de ataque. No sábado, depois de abrir 1 a 0 com Ilsinho, o tricolor sumiu. Parecia o Brasil no jogo contra a França, em julho do ano passado.
Dali em diante, não ouvi mais o locutor falar o nome do próprio Ilsinho e muito menos de Hugo, Leandro e, principalmente, Jadílson. Ou JaDILLson, pois está me lembrando muito a pior contratação do São Paulo em todos os tempos, o tal artilheiro do Goiás na Copa João Havelange de 2000. O Júnior está sendo injustiçado. Pela regularidade, merece ser titular absoluto.
Não cheguei a me chatear com o resultado; ao contrário, fiz até piada e achei muito bem merecida essa derrota. Mas fiquei perplexo com o São Paulo: ninguém, mas ninguém mesmo, jogou absolutamente nada. O São Caetano passeou, sobrou em campo. Mais humilhante ainda foi que, após marcar o terceiro gol (e daquele jeito, com chapéu no André Dias e tudo), o Azulão tirou o pé.
O quarto gol só saiu porque o São Paulo tava dando muito mole, mas o time do ABC já não fazia esforço algum para atacar. Ou seja: se continuasse pressionando no ataque, teria feito cinco, seis, sete. Fácil. Quando Rogério Ceni ajoelhou mais uma vez na frente de um adversário (isso me irrita) e Douglas passou por ele para fechar a goleada, comecei a rezar para o jogo acabar. Pensei que o São Caetano ia fazer o mesmo que o Corinthians fez com o Santos no Pacaembu, em 2005. Mas o time do Dorival Júnior tirou o pé, graças a Deus!
Vergonha. Deu vergonha de torcer para o São Paulo no sábado. Por isso mesmo não vou fazer côro com a mídia e a maioria da torcida, que já está pedindo a cabeça do Muricy. Não acho um erro absurdo entrar com Josué como único volante e confiar em André Dias na zaga. Nem condeno o fato de Jorge Wagner e Júnior não estarem entre os titulares. O fato é que o Muricy não podia prever que Ilsinho, Souza, Hugo, Leandro e Jadílson fossem se esconder no jogo. Isso aí é metade do time! O técnico não é culpado por isso, nem o Aloísio, que ficou isolado.
Foi um vexame difícil de acreditar que estava acontecendo. Mas talvez sirva como oportunidade para o Muricy dar um belo de um esporro nesses caras. Se mesmo assim não surtir efeito, o São Paulo será mais um Internacional neste ano. (Foto de José Patrício/AE)

10 comentários:

Glauco disse...

Só não concordo com duas coisas: Jorge Wagner não pode ser titular (ainda), está totalmente fora de forma e no jogo com o São Caetano não fez nada quando entrou. Quanto ao Junior, ele também não vinha se destacando, e o estilo do Jadilson é totalmente diferente do seu, com explosão e chegada mais forte na frente, se aproximando do jeito ala do Ilsinho. Se ele vem jogando mal, é o caso de repensar e talvez promover o retorno do Junior, mas a tentativa do Muricy foi e é válida sim.

Anônimo disse...

Em tempo: Dill não foi uma má contratação. Foi uma boa contratação que deu errado, muito errado. São conceitos diferentes.

Marcão disse...

Mas se deu errado, como pode ter sido uma boa contratação, Olavo?!??

Thalita disse...

eu não penso de forma tão radical. Quer dizer, concordo que o São Paulo foi humilhado. E também não estou tão chateada assim pelo resultado (confesso que acharia pior perder para o Santos).
Mas o São Paulo jogou muito bem em praticamente o primeiro tempo inteiro. E no começo do segundo também. (essa avaliação foi feita por intermédio da narração da CBN, já que o jogo não passou na tv. Isso pode ter influenciado na opinião).
Mas convenhamos que depois de tomar 3 por falhas individuais - o São Paulo nunca ficou sob pressão antes do terceiro gol do São Caetano - o jogo acabou. Embora ache isso quase inevitável, não poderia ter sido tão forte assim no São Paulo, time experiente e, até agora, vencedor.
Mas concordo que alguém tinha que ter chamado a responsabilidade. O Souza não jogou nada. Nem no começo, assim como o Jadilson. E que o Muricy não tem culpa. E que o Júnior deveria jogar, pq o Jadílson vem mal faz tempo.

Glauco disse...

Mal aí, Thalita, mas vi o jogo com o Marcão e ele pode me corrigir se eu estiver errado. O primeiro tempo foi equilibrado, com pequena vantagem pro São Paulo que, mesmo assim, quase tomou o segundo no fim da primeira etapa. Acabou sofrendo o segundo com 8 minutos do segundo tempo e a partir daí não criou uma chance sequer. Nos oito iniciais, também não havia criado nada. Acho que o locutor da CBN é sãopaulino...

Marcão disse...

Denúncia!

fredi disse...

E eu que pensei que o Marcão nem sobreviveria... Quanto mais ficar lúcido(argh, vai dizer que também sem álcool) e dizer que aquele timinho azul mereceu... em tempo, continuo minha campanha pela extinção de times que usam azul...

Thalita, só me explica porque perder para o São caetano é melhor do que para o Santos? Não é derrota do mesmo jeito e numa fase anterior? É só medo da máfia santista do futepoca?

Nicolau disse...

Thalita, naõ entendi como perder uma semifinal em casa, prum time pequeno e de goleada seja menos trágico que ser vice do Santos...
Sobre o jogo em si (que não vi), tem que ver se o mau desempenho depois dos gols foi fruto de abatimento do São Paulo ou do suceso do São Caetano em anular as tentativas tricolores. Naõ desmereçamos assim o time do glorioso, gigantesco, Grande ABC.

Thalita disse...

evidente q tenho amigos santistas (ativos, sem intenção do trocadalho) demais. Ia ser provocação de todo lado. Fora que essa coisa de perder final é sempre mais traumática, vocês sabem disso. No ano passado, quando o São Paulo ficou em segundo no Paulistão e na Libertadores (e, va lá) na Recopa (é esse o nome), o time foi muito mais malhado do que os que ficaram mais para trás.

Olavo Soares disse...

Boa contratação que dá certo: jogador em boa forma que chega pra uma posição que seu time precisa. Exemplo: Zé Roberto no Santos.

Má contratação que dá certo: jogador ruim ou velho, com fama de desinteressado, cuja aquisição irrita a torcida; mas acaba ganhando respeito e vira titular e talvez até ídolo. Exemplo: Doni na Roma.

Boa contratação que dá errado: aplique os conceitos da "boa contratação que deu certo" citada acima, invertendo somente o final da história. Não foi um mau negócio. Mas o resultado foi diferente do esperado. Exemplos: Dill no SP, Tabata no Santos (ao menos antes dessa ascenção dos últimos jogos), Rivaldo no Cruzeiro.

Má contratação que dá errado: todo mundo sabe que vai dar merda. E dá mesmo. Exemplo: Lúcio no São Paulo, Paulo Nunes no Corinthians.