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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os brucutus precisam ser banidos do futebol

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Tenho lido as opiniões dos aqui companheiros blogueiros sobre a violência dentro das quatro linhas: a tese do cartão azul, do Olavo; a discussão sobre a agressão covarde do brucutu Martin Taylor, do Birmingham, que quase aleijou o Eduardo da Silva, do Arsenal.

Esse é um assunto que me faz refletir. E, refletindo, me dá raiva.

Raiva da violência. Por isso, eu contesto aqui tanto o burocratismo da proposta do companheiro Olavo, quanto a condescendência do post do companheiro Anselmo. Chamar de “pernada” aquele ato brutal, covarde, grotesco, mais próprio de um animal do que de um jogador de futebol, é decepcionante, caro Anselmo. E ficar propondo cartõezinhos azuis é apenas burocratizar a coisa, para dizer o mínimo.

Lembram daquele jogadorzinho do Bangu (cujo nome não me dou ao trabalho de pesquisar) que quebrou o joelho do Zico?

Por essas e outras eu fico com o Marcão, que num comentário ao post do Anselmo, citado acima, disse: “Para assassinos como esse, flagrado por fotos e câmeras de TV de diversos ângulos, só há uma medida possível: o banimento definitivo do futebol. Por muito menos (muito menos mesmo!), o goleiro Rojas foi obrigado a encerrar a carreira”.

É utópico, isso que o Marcão diz. Mas expressa indignação, e isso é importante. O Fernando Calazans, da ESPN Brasil e de O Globo, também costuma expressar sua ojeriza aos brucutus. Os brucutus precisam ser banidos do futebol.

9 comentários:

Anônimo disse...

Marcio Rossini

Anônimo disse...

Maretti, o cartão azul que eu propus não tem nada a ver com os brucutus. Ele se direciona a pequenas falhas disciplinares. Releia o texto...

Glauco disse...

Não, Victor. O jogador que detonou o Zico foi o Márcio Nunes. Marcio Rossini foi zagueiro do Santos, vice-brasileiro em 1983 e campeão paulista em 1984. Embora brucutu, fez um gol de chaleira pela seleção contra o País de Gales.

Anselmo disse...

Maretti,

o título é "pontapés e pancadas". Pernada, segundo o houaiss é "pancada com a perna" ou sinônimo de capoeira.

agora, que tal ler o trecho todo:

"Eduardo da Silva, do Arsenal, tomou uma pernada do zagueiro Taylor, do Birmingham. Cordial, o agredido perdoou o assassino"

qual parte do "ASSASSINO" você não leu?

Anselmo disse...

putz, só agora vi o horário de publicação. 2h14! o sujeito tava bêbado e com insônia. não leu nenhum dos dois posts direito...

Edu Maretti disse...

li sim, os dois, o que não tem nada a ver com a ceveja pós-fechamento. Li sim, Olavo. Acontece que a discussão no mundo hoje é muito tímida quando se fala de disciplina. Enquanto estamos falando de encontrar meios de punir pequenos atos, por exemplo, o tal rodízio que se usa pra intimidar um jogador corre à solta. Então por que não criar um cartão, da cor que se quiser, pra por exemplo deixar um jogador que cometeu um número X de faltas comuns fora do jogo por 5 minutos? Cartões à parte, onde foi parar a idéia de suspender um jogador que tirou outro de combate pelo mesmo período em que o agredido estiver em tratamento?

Anônimo disse...

Vcs tão viajando. Acidentes acontecem sem que seu agente seja necessariamente mal intencionado ou brucutu. Entradas como aquela do jogador do Birmigham acontecem às centenas em todas as rodadas. Um pouco de compreensão quanto a existência de fatalidades não nos faria nenhum mal. Discordando, deixo minhas saudações.

Anônimo disse...

Anônimo,
o pé do Taylor tava alto demais pra culpar apenas a fatalidade. Alguém pode dizer: "se não pegasse o pé de apoio, não seria tão grave". Mas pegou o pé de apoio e quebrou a perna do cara.

A perna e o pé de um jogador de futebol é o meio de vida dele. Pra um lance na intermediária, ninguém vai me convencer de que precisava chegar com aquela sanha. O que tampouco quer dizer que o cidadão premeditou o golpe de muay thai -- isso só ele poderia afirmar, a gente só pode palpitar por não lermos (felizmente) os pensamentos do infeliz.

Por isso, Anônimo, eu discordo da sua discordância. Embora ela seja bem-vinda.

mas a idéia da suspensão pelo tempo de recuperação da vítima é interessante no conceito, mas na minha cabeça insone, difícil de controlar na prática. É que mtas contusões têm complicações e agravantes que podem não ter relação com a pancada em si e tal. Não sei como se criaria mecanismos pra avaliar qto tempo é da pancada e quanto é de eventuais outros problemas. E imagino uns cenários em campeonato de pontos corridos. Aí, o time A tem um contundido que suspende um jogador do time B. Os dois disputam o título. Mesmo que o A esteja 100%, vão mantê-lo no depto médico pra atrapalhar o rival numa estratégia atapetada. Mta viagem?

Marcão disse...

Tem milhões de jogadores profissionais no mundo, muitos tão ruins quanto o Taylor. Expusá-lo do futebol profissional não será lástima pra ninguém. Sempre tem que o substitua (sem fazer muito esforço). Brucuto tem que fazer carreira no vale-tudo. E só.