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quarta-feira, setembro 24, 2008

Luxa e Muricy, reis dos pontos corridos. Leão, o "recuperador"

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A fórmula dos pontos corridos, regra do campeonato brasileiro desde 2003, vem mudando aos poucos a forma com que os times trabalham seu planejamento. Ou pseudo-planejamento, na maioria dos casos. E os treinadores também se adaptam, uns mais outros menos, a esse tipo de disputa.

Dois técnicos se sobressaem na era dos pontos corridos. Vanderlei Luxemburgo tem dois títulos: 2003, com o Cruzeiro, e o de 2004, com o Santos, além de um vice em 2007. Também classificou o time da Vila para a Libertadores em 2006 e não disputou uma das edições, o Brasileiro de 2005, período de sua fracassada experiência no Real Madri. Muricy Ramalho também foi duas vezes campeão com o São Paulo (2006 e 2007), além de ter obtido um vice no conturbado campeonato de 2005 (independentemente da questão do mérito ou da justiça da anulação dos jogos “viciados”, ninguém há de discordar que essa é a edição sui generis da série que se inicia em 2003).

Curiosamente, os dois comandantes se dão melhor com as competições de pontos corridos ou que misturam essa fórmula com uma fase final. Quando é mata-mata puro e simples... Muricy só venceu a Conmebol de 1994 com o expressinho do São Paulo e Luxa só obteve o título da Copa do Brasil de 2003 com o Cruzeiro e o pouco expressivo Rio-São Paulo de 1997 com o Santos. Libertadores, ambos perderam chances preciosas, sendo que o atual técnico palmeirense sequer chegou a uma final.

Leão, o “recuperador”

O vice-campeonato de 2003 com o Santos foi a melhor colocação alcançada por Emerson Leão nos Brasileiros desde então. Na verdade, de lá pra cá, seu trabalho em nacionais foi mais o de recuperar times no meio do caminho do que prepará-los desde o início, algo que tem se mostrado fundamental para times campeões ou que chegaram na Libertadores (ver quadro abaixo).

Em 2004, Leão pegou o São Paulo pós-Cuca na trigésima rodada e o time patinava na sétima colocação. O Tricolor terminou em terceiro, classificado para a edição da Libertadores do ano seguinte, da qual seria campeão. Em 2005, nova corrida de recuperação, desta vez com o Palmeiras. Assumiu o comando do Palestra na décima-terceira rodada, substituindo Paulo Bonamigo, que havia deixado para o sucessor uma equipe na décima-sexta posição. Leão classificou o time para a Libertadores com o quarto lugar.

Já em 2006 e 2007 a luta do técnico foi para tirar equipes do rebaixamento. No primeiro ano foi o caso do Corinthians, lanterna do campeonato com Geninho. Na vigésima rodada, Leão assumiu e conseguiu conduzir o time para a nona posição ao fim do Brasileiro. No ano seguinte, foi a vez do Atlético (MG), que o técnico Zetti havia deixado no décimo-sétimo lugar. Seu sucessor deixou o clube em oitavo.

Até agora, Leão é o único que classificou entre os quatro primeiros do Brasileirão três times diferentes: Santos, São Paulo e Palmeiras. Luxemburgo pode igualar a marca em 2008.

Intrusos no seleto grupo

De acordo com a atual classificação do Brasileirão, considerados os oito primeiros colocados, lá estão os “reis” Luxa, brigando pelo título, e Muricy, um pouco mais atrás e ainda na briga. Leão, agora no Al Saad, estará ausente pela primeira vez de um Brasileirão por pontos corridos. Tirando esses três nomes, nenhum outro técnico conseguiu por duas vezes classificar um time para a Libertadores nesse período do Brasileirão.
Caio Júnior, do Flamengo, já sentiu o gostinho de colocar uma equipe na Libertadores. Foi em 2006, com o Paraná, mas nunca disputou efetivamente o título da competição. Dorival Júnior, hoje no Coritiba, pode também repetir o feito que conseguiu com o Cruzeiro em 2007.

Os dois grandes intrusos desse seleto grupo até agora são Celso Roth, do líder Grêmio, e Adilson Batista, do terceiro colocado Cruzeiro. Nenhum deles conseguiu classificação para a Libertadores comandando uma equipe nesse formato da competição e o gremista tem como trabalho de destaque a campanha do Goiás em 2004, quando conseguiu levar o clube planaltino à sexta colocação. Assim como eles, Vagner Mancini (Vitória) e Ney Franco (Botafogo) também não levaram nenhuma equipe até a Libertadores. Pelo jeito, o seleto clube dos treinadores bem sucedidos nos pontos corridos vai ganhar novos adeptos. Difícil saber se permanecerão lá em 2009. Confira abaixo os classificados de cada ano.

2003

Cruzeiro – Vanderlei Luxemburgo
Santos – Emerson Leão
São Paulo – Roberto Rojas
São Caetano – Mário Sérgio (até a 20ª rodada), Nelsinho Baptista (até a 22ª) e Tite
Coritiba – Paulo Bonamigo


2004

Santos – Emerson Leão (até a 4ª), Vanderlei Luxemburgo
Atlético (PR) – Julio Piza (até a 2ª), Levir Culpi
São Paulo – Cuca (até a 29ª), Emerson Leão
Palmeiras - Jair Picerni (até a 6ª), Estevam Soares


2005

Corinthians – Daniel Passarella (até a 3ª), Márcio Bittencourt (até a 28ª), Antônio Lopes
Internacional – Muricy Ramalho
Goiás – Édson Gaúcho (até a 12ª), Geninho
Palmeiras – Paulo Bonamigo (até a 12ª), Emerson Leão

2006

São Paulo – Muricy Ramalho
Inter – Abel Braga
Grêmio – Mano Menezes
Santos – Vanderlei Luxemburgo
Paraná – Caio Junior

2007

São Paulo – Muricy Ramalho
Santos – Vanderlei Luxemburgo
Flamengo – Ney Franco (até a 15ª, mas com quatro jogos por fazer), Joel Santana
Fluminense – Renato Gaúcho (já classificado pela conquista da Copa do Brasil)
Cruzeiro – Dorival Junior

8 comentários:

Anselmo disse...

Excelente o levantamento.

o Caio junior poderia ter colocado dois times na libertadores se não tivesse tido tantos solavancos em 2007 com o Palmeiras. O elenco era bem inferior ao atual que, mesmo longe de ser irreparável, permite algumas reposições (outras nem tanto).

A pior evolução de Leão foi com o São Paulo. E curioso que ele foi tendo missões cada vez mais difíceis a cada ano. Primeiro tinha que brigar por título. Depois, pela libertadores. depois, pra fugir do rebolo do descenso e garantir o pé na sul-americana.

Acho que o Luxemburgo, excluído do título por questões de birra do autor que a gente conhece e respeita, completa a trinca dos principais treinadores do país. Não dá muito pra fugir por mais restrições que se tenha a um ou a outro. Por mais que eu nao goste pessoalmente do personalismo (em graus variados) nem do Luxemburgo nem do Leão. Bom, tem outras características do atual treinador do Verdão que não me soam bem, mas já reconheci muito mérito nele tbem. Do Muricy, tenho menos resistência, mas não sei como ele seria no meu time (e sem a mídia a favor).

Fora deles, é uma turma que oscila, encaixa um time e vai pra frente. Depois, na promessa de repetir o feito, empacam. O trunfo extra do Muricy é se manter por muito tempo no São Paulo, além de ter feito bonito com o Inter (quando poderia ter se sobressaído definitivamente nessa lista, mas os condicionais carregam muitas carreiras mais bem sucedidas; eu mesmo poderia ter sido um ótimo zagueiro central de série B, não fosse aquela dividida...).

Nicolau disse...

O excelente levantamento mostra as injustiças que o pessoal comete com o Leão. Acho impressionante ter corintiano que detona o cara, que salvou a nossa caa em 2006. Se tivessem botado o Nelsinho Batista, como fizeram em 2007, o rebaixamento teria chegado um ano antes.

Glauco disse...

Não foi birra, não, Anselmo. Foi erro mesmo, até porque no texto está o Luxa como "rei" dos pontos corridos. Mas já tá corrigido.

Olavo Soares disse...

O Nicolau disse o que eu ia falar. Interessante ver como o Leão não é tão ruim assim quanto falam. Ah, e o Cuca não aparece na lista, a não ser pelo pouco tempo que ficou no São Paulo em 2004... curioso, não?

E parabéns pelo levantamento, Glauco!

Glauco disse...

Acho que Leão, ao contrário de alguns técnicos "de ponta", não puxa saco de jornalista nem tem uma assessoria de imprensa que cuida até mesmo de pesquisa para saber quem está falando mal dele. Também não tem negociado bem para que clubes vai, e volta e meia tem que pegar o bonde andando, levá-lo até a garagem e trocar os pneus ao mesmo tempo. Se tem suas falhas (como tantos outros endeusados), também tem méritos e isso poucos reconhecem.

Marcão disse...

Respeito o cabra, por tudo o que conquistou e pelas incontáveis partidas em que suas substituições realmente fizeram a diferença quando tudo parecia perdido. Mas não gostaria de ver Luxemburgo no São Paulo.

Por outro lado, se o Leão voltasse para o Morumbi, eu não acharia ruim, não. E se me perguntarem o porquê de uma coisa e de outra, só respondo no fórum adequado. Na presença do meu adEvogado!

Unknown disse...

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