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sexta-feira, março 15, 2013

Ney Franco comerá ovo de Páscoa no Morumbi?

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Retranca improvisada queimou o técnico
O São Paulo passou mais um vexame na Libertadores ontem, perdendo na Argentina por 2 a 1 para o mesmo Arsenal (pior time do grupo) com quem havia empatado sofrivelmente na semana passada, em pleno Pacaembu. Dessa vez, a derrota nem foi o maior prejuízo - até porque, mesmo que pareça praticamente impossível, o Tricolor ainda tem chance de passar às oitavas-de-final pelas próprias pernas. O pior, para o time, foi constatar como o técnico Ney Franco está perdido, isolado e sem moral. Ao escalar três zagueiros pela primeira vez nos oitos meses em que dirige a equipe, desfigurou totalmente qualquer esquema ou tática. Libertadores é torneio de tiro curto, com partidas decisivas, onde não há lugar para testes. Os três zagueiros, que nunca tinham jogado juntos, bateram cabeça e falharam mais do que o habitual de quando atuam em dupla. O meio-campo praticamente não existiu, só observou. Os laterais reviveram os piores pesadelos da torcida. O ataque não rendeu. O time não jogou nada. E, com justiça, perdeu.

Rifado pelos atletas - O fracasso ao improvisar uma retranca contra um time fraco - e de segundo (ou terceiro) nível - queima os créditos que Ney Franco ainda tem com a torcida, que, em sua maioria, aprova o trabalho mostrado principalmente no fim do ano passado. Só que muito mais grave do que isso foram os sinais de que o técnico está perdendo o respeito do elenco. Ainda no Brasil, pouco antes de entrar no avião, Paulo Henrique Ganso rifou a cautela excessiva do treinador, que fez vários treinos secretos, ao entregar para um jornalista que não seria titular na Argentina. E isso porque no domingo, no clássico contra o Palmeiras, ele já havia saído xingando em altos brados, na cara do técnico, ao ser substituído. Situação semelhante aconteceu com Lúcio, ontem: saiu correndo para o vestiário e não olhou pra trás quando foi sacado, no segundo tempo, e nem esperou a equipe no vestiário, preferindo se isolar ostensivamente no ônibus.

Rifado pelo presidente - Para complicar ainda mais esse clima de isolamento, Ney Franco, que parece visivelmente nervoso, acuado e pressionado, se enrolou ao dizer que seu trabalho é "nota 10" em uma entrevista após o jogo contra os palmeirenses. Ao comentar a declaração, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, canelou dizendo que dá nota 8... Até quis consertar, observando que aumentaria a nota do técnico para 9, se o time ganhasse do Arsenal em Avellaneda. Como perdeu, o conceito do técnico deve ter baixado pra 7 ou 6, num esforço de otimismo. E o horizonte de Ney Franco se mostra ainda mais sombrio. Como liderar o Paulistão não vale nada para a diretoria, a bóia de salvação será uma - improvável - classificação para a próxima fase da Libertadores. Um time que em dois jogos não conseguiu vencer o medíocre Arsenal dificilmente vencerá o The Strongest em La Paz e o azeitado e embalado Atlético-MG na capital paulista.

Com atletas afrontando o técnico publicamente e o presidente do clube afirmando que nem o Papa conseguiu garantia de ficar no cargo, há uma grande chance de o Coelho da Páscoa não encontrar Ney Franco no Morumbi para entregar sua encomenda...


Ps.1: Há que se considerar, em defesa de Ney Franco, que treinar o São Paulo, com Juvenal Juvêncio como presidente, não deve ser coisa das mais agradáveis. Aliás, para usar um termo do técnico Leão, deve ser bastante desagradável. Além desse episódio de nota 10 ou nota 8, o atual treinador já trocou farpas com o fiel escudeiro de Juvenal, João Paulo de Jesus Lopes, e dá mostras de que só escala (o inoperante) Ganso por pressão da diretoria, que pagou caro pelo jogador e o deseja na vitrine. Mais centelhas para esquentar o óleo sob a frigideira que embala Ney Franco.

Ps.2: Falando em Leão, ele se envolveu nessa semana em polêmica justamente contra o foclórico ex-patrão Juvenal Juvêncio. Primeiro, o cartola-mor do São Paulo afirmou que a segunda passagem de Leão pelo Morumbi foi "uma barbaridade" - no sentido pejorativo, mesmo. "A gente comete essas coisas assim. É um bom sujeito, mas não quero trazer mais ele, não", disse Juvenal à Fox Sports, em meio a gargalhadas. Aproveitando o Conclave que escolheu o Papa, Leão também resolveu brincar e disse que Juvenal deveria imitar Bento XVI e renunciar ao cargo.

Ps.3: Juro que esse post quilométrico acaba aqui! (se é que alguém teve paciência de ler alguma coisa...) Não posso falar em Emerson Leão sem citar um episódio nebuloso ainda não comentado pelo Futepoca, a revelação do presidente do Sport, Luciano Bivar, de que pagou para o volante Leomar ser convocado pela seleção brasileira em 2000. Lembro que, na época, a convocação pegou todo mundo de surpresa. Mas como Leão, técnico da seleção, tinha feito um belo trabalho no Sport pouco antes, e com Leomar como homem de confiança em campo, pareceu plausível. Agora, a batata assou. Leão disse que Bivar "devia ser preso". Mas não escapou de ser convocado pelo STJD, junto com Antônio Lopes, seu auxiliar técnico na época, para dar explicações. Outra pizza?

terça-feira, junho 26, 2012

A queda de Leão e a reflexão de Juvenal Juvêncio

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"O Brasil não é muito brilhante em técnicos. É muito penoso contratar técnico"
(Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, ao justificar a demissão de Emerson Leão. Pode-se trocar a palavra "técnico" por "cartola" também?)

segunda-feira, maio 21, 2012

O jogo que resume a temporada são-paulina

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POR MORITI NETO

Tempos injustificáveis sem escrever. Sem saber como voltar, o domingo e a derrota doída me deram a deixa. “Não podemos continuar jogando desse jeito. É melhor fazer só um gol e não tomar nenhum”, a frase é de Luis Fabiano após o jogo de ontem entre São Paulo e Botafogo e ilustra bem o momento, ou melhor, o ano do Tricolor Paulista. Não que o atacante tenha descoberto a América, mas o Tricolor precisa arrumar a casa rápido se quiser algo de bom em 2012.

Ataque desordenado, defesa confusa (Rubens Chiri /saopaulofc.net)
No Engenhão, a partida foi dessas que sintetizam o desempenho de uma equipe ao longo da temporada. A derrota por 4 x 2, de virada, não poderia ser considerada tão normal – ainda que o futebol seja o esporte que permita a Bayern e Chelsea chegarem até uma decisão de Liga dos Campões da Europa com os atuais Barcelona e Real Madrid na parada.

Contudo, não é surpreendente a derrota são-paulina e nem mesmo a forma como ela se deu. O Tricolor é uma equipe (?) desestruturada em todos os setores, o que se reflete nas vitórias somente contra times fracos e muitas dificuldades à frente de agremiações de mais peso, ainda que seja um Botafogo cabisbaixo, eliminado da Copa do Brasil pelo Vitória da Bahia e derrotado inapelavelmente pelo Fluminense nas finais do Campeonato Carioca.

Tudo muito mal

A defesa são-paulina é inconsistente. Com um solitário Rodolpho e os fraquíssimos Paulo Miranda e Edson Silva como opções de dupla. Denis é um goleiro inseguro, rebate muito e espalma a qualquer lado.

O meio não tem pegada e o motivo nem é não dispor de um volante daqueles que dá o bote. A questão é que o time joga distante, não há aproximação. Com isso, os laterais Douglas e Cortez, bons para atacar, quando passam rumo à linha de fundo, não encontram com quem fazer o jogo.

Na frente, existe qualidade técnica, mas a ausência de clareza do que fazer em campo é evidente. Lucas, Luis Fabiano e Jadson são peças que não se encaixam, embora as características apontem para um bom casamento. Um carrega demais a bola, o outro sai da área mais do que devia e o terceiro, de quem se espera mais controle do ritmo, recebe pouco a redonda, já que ela passa por cima do meio campo diversas vezes, no chutão.

O esquema – e não dá para isentar Leão – é o de “todos ao ataque”, mas sem organização. O time é um bando quando tem a bola, correndo em direção ao campo do adversário como se apenas lampejos individuais resolvessem as disputas. Quando o esférico está com o adversário, o São Paulo não sabe jogar. Aí, é a festa dos rivais pelos lados, pelo meio, e tome bola na área em cima da zaga fragilizada e do goleiro assustado.

Além disso, a estrutura descompensada também está fora de campo. Juvenal Juvêncio e asseclas seguem aprontando. O culminante da temporada foi afastar o fraco Paulo Miranda depois da semifinal do Paulista. Agora, o moço, sob a batuta de Leão, volta como titular, fraquejando. Nessa situação bizarra, se o zagueiro é bom ou ruim não é o problema. A pergunta, basicamente, é: quem avalizou a contratação?

Luis Fabiano já disse. O São Paulo precisa mudar. Porém, a questão está longe de se resumir ao projeto de jogo. É bem mais do que isso. É urgente trabalhar por uma nova proposta de clube.

sábado, março 24, 2012

De olho na redonda - Viola no Barcelona, o rei Leão do Morumbi e os portugueses no Amazonas

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A notícia veio pelo Twitter. De acordo com o site oficial do São Paulo, Emerson Leão é o treinador que tem o melhor aproveitamento dentro no Morumbi entre todos que passaram pelo Tricolor. Desde a sua estreia no comando da equipe, em 2004, ele disputou 34 partidas, com 26 vitórias, sete empates e apenas uma derrota, para a Ponte Preta, em 2005. O aproveitamento em casa é de 85,2%. No seu retorno ao clube no fim do ano passado até agora foram nove vitórias e dois empates.

Viola deixará o showbol?
Viola no Barcelona?

Depois do ex-ídolo do Azulão Adhemar, a série C do campeonato carioca pode ganhar outro nome de peso. Viola, de 43 anos, que vem se destacando ultimamente mais nos jogos de showbol, pode ser a novidade do Barcelona-RJ. Segundo o presidente do clube de Jacarepaguá, o acordo já estaria firmado, faltando apenas mais um patrocinador para viabilizar o reforço. Já o empresário do atleta (?) nega a negociação.

Os portugueses “invadem” o Amazonas

Um dado interessante foi destaque do portal lusitano Mais Futebol durante a semana, a “invasão” de treinadores do país no futebol do Amazonas. Dos dez clubes da primeira divisão do estado, três têm técnicos portugueses.

“Quando vim, pensei que poderia abrir portas neste mercado. Felizmente, está a acontecer. Até 2014, é possível termos cá mais treinadores de Portugal, porque este é um mercado atrativo. Em Portugal há muitos treinadores por metro quadrado”, disse Paulo Morgado, treinador do Fast Club, terceiro colocado no Amazonense. “No Brasil, há 26 estados e 27 campeonatos. Há potencial no Amazonas e não só. Já se ganham valores acima de uma 2ª divisão em Portugal e permite ser profissional”, acredita.

Com a crise europeia e a mesmice tática dos treinadores brasileiros, a “importação” de técnicos pode ser uma saída para boa parte dos clubes pequenos e médios do Brasil.    

quinta-feira, novembro 17, 2011

Sono coletivo e soberba: a deposição do “soberano”

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Por Moriti Neto


É de perder a paciência a mania dos são-paulinos de pensar na Libertadores em tempo integral. O que mais escutei ontem, antes do jogo contra o Atlético Paranaense, que venceu por 1 x 0, na Arena da Baixada, foi a cantilena de que, ganhando, o São Paulo daria passo largo rumo à competição continental de 2012. Tenha dó. O torcedor, hoje, tem muito mais preocupações essenciais do que se classificar ao “sonho de consumo”.

Quando vi o time escalado com Rogério, Jean, Xandão, Rodolpho e Cícero; Denílson, Wellington, Carlinhos Paraíba e Lucas; William José e Fernandinho, bateu desânimo até para acompanhar a partida.

Era uma equipe, de novo, sem laterais, com o agravante de Cícero não marcar nada e ter um veloz Guerrón, autor do gol da vitória atleticana, pela frente (ô, Leão, não entendi). Zaga perdida, Xandão é limitadíssimo, e Rodolpho, como o próprio admitiu, está “balançado” por uma oferta da Juventus da Itália que não se concretizou (continue jogando assim, meu filho, que nem o Juventus da Mooca vai te querer). Armação zero (novidade...), com Lucas sem ter com quem jogar. Ataque inoperante, com William José, que não finaliza nem prepara, e Fernandinho, na eterna tentativa de jogada – e só tentativa mesmo – para virar e escapar dos defensores pela esquerda.



Com essa formação, veio o esperado, o repetitivo. O sono coletivo que caracteriza o Tricolor nesta temporada. Um elenco razoável, enaltecido por alguns como ótimo e exageradamente diminuído por outros, que não deu liga. Rogério salvando o time de goleada, Casemiro desperdiçando mais uma oportunidade, conseguindo ser mais sonolento que os demais, Dagoberto, no banco, fora de mais um jogo no campo do clube que o revelou (agora com mais motivos do que nunca), e a prova de que o problema são-paulino não é o treinador; Leão parece tão perdido quanto Carpegiani e Adilson Batista. 

Panela velha é que faz comida boa?
O resultado a favor do Atlético é só mais um que caracteriza a política de gestão que transforma o “soberano” num clube apenas cheio de soberba, deitado nos louros de vitórias anteriores. Contratações e mais contratações equivocadas, de jogadores a técnicos, como se qualquer profissional que vestisse a camisa do Tricolor ficasse dotado de superpoderes.

No final, derrota antevista. Outro insucesso do time que jamais empolgou em 2011, que não fez um só jogo irrepreensível no ano, que como a escrita de não ganhar na Arena da Baixada, manteve a regra de não jogar nada no returno do Brasileiro.

Esqueçamos Libertadores. É hora de reaprender a montar verdadeiras equipes e respeitar a Copa do Brasil.

quinta-feira, outubro 27, 2011

Volta com eliminação esperada, desastre até agora e um vai tarde

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Por Moriti Neto


Bastaram 9 minutos para que o Libertad tirasse a vantagem do São Paulo ontem, em Assunção, no Paraguai, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Ali se dava o inicio da história que marcaria a volta com derrota e eliminação do técnico Emerson Leão ao Tricolor Paulista.

Leão chegou com a missão de dar um “choque” e “postura de time grande” – palavras do presidente Juvenal Juvêncio – ao São Paulo. Antes do jogo, disse que optaria por não valorizar a vantagem obtida no confronto de ida. Ao menos na escalação, essa era a proposta. Denílson e Cícero foram sacados para as entradas de Carlinhos Paraíba e Marlos, teoricamente mais ofensivos. O problema é que a qualidade de ambos é baixa. Os dois correm muito, fato, mas, cada qual a um estilo, têm baixa efetividade com a bola. Assim, a aparente posição agressiva caiu por terra e os donos da casa é que tomaram conta da peleja.

Já na primeira bola perdida, aos 2 minutos, o torcedor são-paulino relembrava que os defensores não têm a força necessária para suportar anfitriões impetuosos, ainda que o ímpeto parta de um time mediano, como o Libertad. Outro bônus encontrado pelos paraguaios foi a habitual fraca marcação são-paulina pelos lados.

Foi mais que justo o tento que começou a desenhar a desclassificação tricolor. Os paraguaios, com tabelas pelos flancos, ganharam o campo de cara e forçaram os são-paulinos a recuar. Tal foi a postura de recuo que Luis Fabiano apareceu na grande área defensiva para cometer pênalti em Maciel. Eram 9 minutos. Sergio Aquino não desperdiçou. Chutou forte e abriu 1 x 0.


Leão mostra alguma coisa; não foi suficiente

Na sequência do gol, Rogério Ceni, que vinha com um problema no tornozelo esquerdo, pediu para trocar a proteção no local. Após a parada, Dagoberto virou armador, Marlos foi adiantado e Lucas flutuava entre o ataque e arrancadas pela meia-direita. Leão orientou Carlinhos Paraíba e os laterais para fazer a bola chegar a Luis Fabiano. Com as mexidas, Dagoberto lançou Piris, que chutou na trave, aos 14 minutos. O jogo dava esperanças de equilíbrio. Aos 31, Juan perdeu (sem novidade) chance de frente para o goleiro. A expectativa de reação parou por aí.

No segundo tempo, o São Paulo voltou sem Luis Fabiano, com dores musculares. Ainda que pouco útil e infeliz na peripécia defensiva que resultou no pênalti, o centroavante foi ausência sentida. O time ficou sem referência. O substituto era Fernandinho. Bem, Fernandinho é aquela coisa. Homem de uma jogada só, manjada. É sempre receber o esférico e tentar a saída pela esquerda (o Leão da Montanha era melhor nisso).

Sem a peça de área e, claro, sem articulação, restavam lances isolados para que o Tricolor empatasse. Aos 19, Dagoberto cobrou falta, Rhodolfo cabeceou e mandou para as redes. Num lance difícil, a arbitragem anotou impedimento.

Era sensação patente que a partida terminaria mal para o São Paulo. Aos 20, o técnico do Libertad, o argentino Jorge Burruchaga, aproveitando a paralisia do adversário, decidiu mudar o ritmo. Aos 20, colocou em campo Rodolfo Gamarra, no propósito de conferir velocidade ao time paraguaio. E o atacante nem precisou de muito tempo para aproveitar a oportunidade. Bastaram dois minutos e ele encontrou Ariel Núñez, livre, impedido, que sacramentou os 2 x 0.

Dali para frente, o Libertad matou o São Paulo na intermediária. E o único golzinho que o Tricolor teria para marcar em ao menos 25 minutos, garantindo a classificação, não saiu. Pior: de bom, o time não produziu nada. Ainda perdeu Rogério Ceni, que depois de 133 partidas seguidas sem sair de campo foi substituído com fortes dores no tornozelo esquerdo. Contra o Vasco, pelo Brasileiro, no domingo, além do capitão, não deve ter Luis Fabiano.

Enfim, a temporada são-paulina é um desastre até o momento. Troca de técnico quatro vezes, eliminado da Copa do Brasil pelo Avaí, goleado pelo maior rival por 5 x 0, e, agora, muito provavelmente fora da Libertadores de 2012, já que ontem, na Sul- Americana, uma porta se fechou e a outra, no Campeonato Brasileiro, do jeito que a coisa vai, deve se encerrar em poucas rodadas. Triste.

Racismo de novo?

Não foram somente a derrota e a eliminação que irritaram o lateral-esquerdo Juan na noite passada. Expulso no último minuto do jogo, o jogador deixou o gramado do estádio Nicolás Leoz acusando o árbitro colombiano Wilmar Roldán de racismo. De acordo com o são-paulino, Roldán o teria chamado de “macaco”. A diretoria do São Paulo deveria pedir apuração e a Conmebol, no mínimo, apurar a história. Duvido que o façam.

Um pouco da troca de técnico e Dagoberto

Segundo a direção do clube, Leão chegou para chacoalhar o elenco. Não aprecio essa coisa de “disciplinador”, “sargentão” e tal. Deixo isso para os quartéis que, sinceramente, no que me toca, não são modelos de civilidade. Os pontos fulcrais para contratar um treinador devem ser a capacidade de montar elencos e de aproveitar o melhor das características dos atletas. Emerson Leão soube fazer isso no passado. Foimuito bem no Santos e no próprio São Paulo.

De qualquer forma, para quem defende a necessidade do “choque”, deixo duas perguntas. Qual a motivação de contratar um técnico que a própria direção diz que não deve ficar mais do que até o final deste ano? Se a intenção é mexer com os jogadores acomodados, que condição moral um sujeito com data marcada para sair terá?

Sobre Dagoberto, que dizem ter um pré-contrato assinado com o Inter, para onde iria em abril de 2012, quando se encerra o vínculo com o Tricolor, é melhor sair já no fim deste ano. E que tenha boa sorte no sul. Dentro de campo, tem algum talento – longe do que pensa ter – mas é descompromissado, individualista e pouco decisivo. Como ser humano, pelo que mostrou em algumas oportunidades, tenho dúvidas. Não foram poucas as vezes que esbravejou na mídia contra técnicos e elenco, posando de vítima ou transferindo responsabilidades. Até mesmo de Muricy Ramalho, que muito o ajudou em 2007, na chegada do atacante ao Morumbi, reclamou, sempre usando câmeras e microfones. Se o acerto com o Colorado for fato, vai tarde.

segunda-feira, agosto 09, 2010

Palmeiras empata e Felipão já põe o bode na sala

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Foi 1 a 1 em Goiânia. Em confronto de alviverdes, o empate foi um castigo para o time visitante que abandonou pretensões ofensivas na segunda etapa. Sem Lincoln para armar, o time já teve ainda mais dificuldades de criação, mas quando pensou que poderia assegurar a primeira vitória da era Luiz Felipe Scolari, no último minuto do tempo regulamentar, o marcador foi igualado.

Felipão achou ruim que os jornalistas perguntassem sobre o jejum de vitórias, já que desde que o treinador chegou, há cinco partidas, não vieram três pontos de uma só vez. O técnico já fala em dar mais importância à Sul-Americana.

Pior foi a frase inteira do técnico: "Do jeito que estamos no Brasileiro, somando um ponto por jogo, vamos somar uns 30 e poucos no final, que é uma situação de brigar para não cair". A sequência da fala dele era justamente explicando que pelo Brasileirão dificilmente a vaga da Libertadores vem.

O que ele fez foi pôr o bode na sala (numa versão relâmpago e despida de qualquer graça: aquela história do manguaça que vivia cheio de problemas em casa, com a mulher e os filhos. No bar, o dono do boteco cansou-se das lamúrias e sugeriu a instalação de um caprino no meio da sala por uma semana. Passado o período, e superada a tentativa de homicídio ao dono do bar pelo manguaça, o sábio proprietário da cultura etílica autorizou o cliente a retirar o bode de sua residência, o que representou o fim das queixas da mulher e dos filhos).

Jogou lá no chão as expectativas do torcedor. Se o time render mais do que isso, já pode soar como lucro. Alinhou seu diagnóstico ao dos pessimistas e, agora, pode capitalizar melhor as boas notícias.



O Palmeiras voltou a apresentar melhoras, só no primeiro tempo. Voltou também a mostrar limitações. O gol de Ewerthon aos 12 minutos, depois de Kléber roubar a bola do zagueiro Amaral, encheu a nação verde-limão siciliano de esperanças. O camisa 30 quase quebrou seu jejum de gols cinco minutos depois, mas mandou errado. Harlei, arqueiro goiano, ainda defendeu um chute de Patric no primeiro tempo.

Depois, o time recuou. O Goiás perdeu dois gols na cara, um no fim da primeira etapa, outro no segundo tempo. Antes dos 20 da etapa final, o Palmeiras já recuava bastante. As alterações promovidas por Émerson Leão surtiram efeito. As de Felipão, só geraram recuos. Marcos Assunção no lugar do lateral-direito Vitor e o estreante Luan (atacante) na vaga de Ewerthon foram as substituições à espera de um contra-ataque que não veio.

O empate veio aos 45 minutos, em gol contra de Marcos Assunção. Acidente.

Quando Valdívia entrar em campo novamente, haverá mais uma opção de criação de jogadas. Quando Lincoln se recuperar de contusão, também. Em teoria, a formação com Marcos Assunção como volante e Márcio Araújo improvisado na lateral, é boa, mas precisa passar por mais testes.

quarta-feira, abril 14, 2010

Tempos idos

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Foto com dedicatória para o atual técnico da seleção sul-africana, de 18 de julho de 1971, data em que Pelé se despediu definitivamente da seleção brasileira, no empate de 2 a 2 com a Iugoslávia, no Maracanã. Será que o (jovem) Emerson Leão, à direita, estava achando alguma coisa "desagradável"? Talvez os paletós nos cabides pendurados pelas janelinhas do avião...

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Deu a louca no Ricardo Gomes?

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Duas coisas me chamaram a atenção no noticiário sobre o São Paulo nesta semana: primeiro que o time titular está treinando com dois zagueiros, André Dias e Miranda, depois de cinco anos no esquema 3-5-2 (instituído por Emerson Leão em 2004). Segundo que o time está tentando o retorno de Cicinho para a lateral-direita, sob a justificativa de que o volante Jean está jogando improvisado e González seria deficiente na marcação. Ué, será que o Cicinho, alguma vez na vida, foi especialista em marcação? E ainda por cima sem a proteção de três zagueiros? Vai entender o Ricardo Gomes...

segunda-feira, julho 27, 2009

E o Sport, hein?

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A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).

Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.

Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.

Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...


Eu sempre digo que encher muito a bola de "planejamento e profissionalismo" no futebol é algo que não me desce. Afinal, o senso comum chama de "planejado e profissionalizado" o time que mostra resultados em campo. O julgamento recebe a mão inversa - olha-se os resultados e aí se atribui o rótulo de "organizado". A imprensa daqui do Sudeste - que não acompanha o dia-a-dia do Sport - cansou de encher a bola dos pernambucanos em 2008, tratando o clube justamente como "planejado", principalmente pela manutenção de um novo técnico. Agora, que o Sport muito provavelmente passará o resto do Brasileirão lutando contra o rebaixamento, atacará a "falta de planejamento" do clube.

Será que não é mais negócio ver o dia-a-dia de uma equipe antes de fazer esse tipo de análise?

segunda-feira, junho 22, 2009

Diretoria fraca precisa de técnico forte. Para o bem ou para o mal.

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Quando Émerson Leão assumiu o Santos em 2002, o presidente peixeiro ofereceu quatro reforços a ele. Jogadores decadentes ou de qualidade duvidosa. Leão preferiu treinar os garotos para formar uma equipe que pudesse engrenar no ano seguinte. A coisa deu mais certo do que o esperado e o clube saiu da fila de 17 anos sem título. Se o técnico seguisse a sábia sugestão do presidente, talvez estivéssemos na fila até hoje.

Quando viu que o filé santista era bom e o time ajeitado, Luxemburgo fez a caveira de Leão e ocupou seu lugar em 2004, mesmo tendo dado uma banana para o clube em 1998. Foi campeão brasileiro e veio o novo abandono de lar, desta vez ao menos foi para o Real Madri, e não para o Corinthians. Voltou em 2006, no pós-crise de 2005 e demitido do clube espanhol. Chegou quando ninguém ousava pagar o que ele pedia. Só o Santos.

Conquistou dois paulistinhas e fez o que quis. Contratou às pencas atletas do Iraty, negociou, re-negociou, pintou, bordou, se relacionou com organizadas, trouxe nomes do gabarito de André Belezinha, Magno, Galvão, Petkovic (aliás, tomara que o Santos não deva pra ele). Com seus custos próprios e mais a comissão técnica e jogadores, ajudou a conduzir o clube à bancarrota financeira. Pode fazer isso porque tinha quase carta branca para gastar, contratar e mandar embora a seu bel prazer.

Qualifico as duas heranças dos treinadores de forma bastante distinta. Leão - histriônico e de difícil relacionamento, é fato - deixou um patrimônio (valorização de jogadores jovens, desconhecidos e/ou encostados) devidamente dilapidado por Marcelo Teixeira, o eterno. Luxemburgo deixou um rombo no orçamento. Claro, por omissão de quem deveria mandar de fato. O que as duas experiências mostram é que, com uma diretoria fraca, só um treinador com carta branca pode trazer títulos a um clube. Pode ser um título glorioso como o de 2002 ou oneroso como os dois últimos estaduais conquistados. Mas, sozinha, a diretoria é incapaz de traçar um planejamento - bom ou ruim - para o time.


"Ó, ó... Só uma!"

Dado o momento da equipe, nada mais justo que ir atrás de Muricy Ramalho. Nem tanto pela suposta incompetência de Mancini, que tem um elenco limitado e paga por erros que comete e também muito por aqueles que não comete. Mas com um nome do porte do ex-são-paulino, o SEU planejamento vai se impor, e MT poderá fazer o que mais gosta: conversar com presidentes de clubes rivais, costurar pra tentar manter o poder a qualquer custo, cuidar da sua universidade. Enfim, terá tempo pra fazer o que realmente lhe interessa. E Muricy tocará o barco, escondendo as falhas da diretoria e tendo a paciência da mídia e da torcida a seu favor.

Melhor solução para o Santos, hoje, não há. Mas, ao mesmo tempo, é a tábua de salvação de uma diretoria pífia. Que dilema para o torcedor... o seu bem pode ser a extensão do mal. E, pior, ainda conviver com a sombra da volta de Luxemburgo. Como o coração fala mais alto, vem, Muricy!

quinta-feira, outubro 23, 2008

O que acontece com Carlos Alberto?

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Leio hoje, no Lance!, que o vice-presidente do Botafogo-RJ, Carlos Augusto Montenegro, admitiu que o elenco do clube carioca está rachado: Lúcio Flávio, Túlio e Wellington Paulista estariam liderando um dos grupos e Carlos Alberto (à direita) e Diguinho, outro. "Carlos Alberto não está sendo profissional. Por causa de um ato idiota contra o Grêmio, poderia não jogar mais em 2008. Ele não tem solidariedade e respeito ao Botafogo", disparou Montenegro. Difícil dar crédito irrestrito a afirmação de um cartola, mas que Carlos Alberto tem dado motivos para ser criticado, não resta dúvida. Ou alguém se esqueceu do nebuloso episódio de sua saída do São Paulo?

De dois anos para cá, o meio-campista nunca mais foi o mesmo das boas atuações por Fluminense e Porto, no início da década. Contratado como galático (sic) pela malfadada MSI, por cerca de R$ 22 milhões, Carlos Alberto teve desempenho irregular na conquista do também nebuloso Campeonato Brasileiro de 2005 pelo Corinthians. Depois do quebra-pau na eliminação da Libertadores de 2006 para o River Plate, em pleno Pacaembu, o clima pesou. Emerson Leão assumiu o alvinegro paulistano e o jogador começou a mostrar seu lado bad boy: em um jogo pela Copa Sul-Americana contra o Lanús, foi substituído ainda no primeiro tempo e ficou irritado, ofendendo ostensivamente o treinador. O Corinthians perdeu e foi eliminado da competição e, alguns dias depois, Leão decidiu afastá-lo do grupo.

Carlos Alberto voltou ao Fluminense, discreto, e em seguida teve uma experiência ruim no alemão Werder Bremen, onde passou a maior parte do tempo contundido. Visivelmente fora de forma (eufemismo camarada para gordo), o meio-campista desembarcou no Reffis do São Paulo para se recuperar e, de quebra, conseguiu um contratinho de empréstimo - fato que não foi comemorado por nenhum são-paulino. Não jogou quase nada no Tricolor, marcou só um golzinho e saiu mais cedo, depois de se meter em outra confusão. Pouco depois, ainda foi flagrado debochando de um colega de profissão. Agora, está dando o que falar no Botafogo. O que passa pela cabeça desse jogador? Custa muito ficar quieto e cumprir contrato, mesmo na reserva, mas lucrando milhares de reais? Sinceramente, não compreendo.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Luxa e Muricy, reis dos pontos corridos. Leão, o "recuperador"

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A fórmula dos pontos corridos, regra do campeonato brasileiro desde 2003, vem mudando aos poucos a forma com que os times trabalham seu planejamento. Ou pseudo-planejamento, na maioria dos casos. E os treinadores também se adaptam, uns mais outros menos, a esse tipo de disputa.

Dois técnicos se sobressaem na era dos pontos corridos. Vanderlei Luxemburgo tem dois títulos: 2003, com o Cruzeiro, e o de 2004, com o Santos, além de um vice em 2007. Também classificou o time da Vila para a Libertadores em 2006 e não disputou uma das edições, o Brasileiro de 2005, período de sua fracassada experiência no Real Madri. Muricy Ramalho também foi duas vezes campeão com o São Paulo (2006 e 2007), além de ter obtido um vice no conturbado campeonato de 2005 (independentemente da questão do mérito ou da justiça da anulação dos jogos “viciados”, ninguém há de discordar que essa é a edição sui generis da série que se inicia em 2003).

Curiosamente, os dois comandantes se dão melhor com as competições de pontos corridos ou que misturam essa fórmula com uma fase final. Quando é mata-mata puro e simples... Muricy só venceu a Conmebol de 1994 com o expressinho do São Paulo e Luxa só obteve o título da Copa do Brasil de 2003 com o Cruzeiro e o pouco expressivo Rio-São Paulo de 1997 com o Santos. Libertadores, ambos perderam chances preciosas, sendo que o atual técnico palmeirense sequer chegou a uma final.

Leão, o “recuperador”

O vice-campeonato de 2003 com o Santos foi a melhor colocação alcançada por Emerson Leão nos Brasileiros desde então. Na verdade, de lá pra cá, seu trabalho em nacionais foi mais o de recuperar times no meio do caminho do que prepará-los desde o início, algo que tem se mostrado fundamental para times campeões ou que chegaram na Libertadores (ver quadro abaixo).

Em 2004, Leão pegou o São Paulo pós-Cuca na trigésima rodada e o time patinava na sétima colocação. O Tricolor terminou em terceiro, classificado para a edição da Libertadores do ano seguinte, da qual seria campeão. Em 2005, nova corrida de recuperação, desta vez com o Palmeiras. Assumiu o comando do Palestra na décima-terceira rodada, substituindo Paulo Bonamigo, que havia deixado para o sucessor uma equipe na décima-sexta posição. Leão classificou o time para a Libertadores com o quarto lugar.

Já em 2006 e 2007 a luta do técnico foi para tirar equipes do rebaixamento. No primeiro ano foi o caso do Corinthians, lanterna do campeonato com Geninho. Na vigésima rodada, Leão assumiu e conseguiu conduzir o time para a nona posição ao fim do Brasileiro. No ano seguinte, foi a vez do Atlético (MG), que o técnico Zetti havia deixado no décimo-sétimo lugar. Seu sucessor deixou o clube em oitavo.

Até agora, Leão é o único que classificou entre os quatro primeiros do Brasileirão três times diferentes: Santos, São Paulo e Palmeiras. Luxemburgo pode igualar a marca em 2008.

Intrusos no seleto grupo

De acordo com a atual classificação do Brasileirão, considerados os oito primeiros colocados, lá estão os “reis” Luxa, brigando pelo título, e Muricy, um pouco mais atrás e ainda na briga. Leão, agora no Al Saad, estará ausente pela primeira vez de um Brasileirão por pontos corridos. Tirando esses três nomes, nenhum outro técnico conseguiu por duas vezes classificar um time para a Libertadores nesse período do Brasileirão.
Caio Júnior, do Flamengo, já sentiu o gostinho de colocar uma equipe na Libertadores. Foi em 2006, com o Paraná, mas nunca disputou efetivamente o título da competição. Dorival Júnior, hoje no Coritiba, pode também repetir o feito que conseguiu com o Cruzeiro em 2007.

Os dois grandes intrusos desse seleto grupo até agora são Celso Roth, do líder Grêmio, e Adilson Batista, do terceiro colocado Cruzeiro. Nenhum deles conseguiu classificação para a Libertadores comandando uma equipe nesse formato da competição e o gremista tem como trabalho de destaque a campanha do Goiás em 2004, quando conseguiu levar o clube planaltino à sexta colocação. Assim como eles, Vagner Mancini (Vitória) e Ney Franco (Botafogo) também não levaram nenhuma equipe até a Libertadores. Pelo jeito, o seleto clube dos treinadores bem sucedidos nos pontos corridos vai ganhar novos adeptos. Difícil saber se permanecerão lá em 2009. Confira abaixo os classificados de cada ano.

2003

Cruzeiro – Vanderlei Luxemburgo
Santos – Emerson Leão
São Paulo – Roberto Rojas
São Caetano – Mário Sérgio (até a 20ª rodada), Nelsinho Baptista (até a 22ª) e Tite
Coritiba – Paulo Bonamigo


2004

Santos – Emerson Leão (até a 4ª), Vanderlei Luxemburgo
Atlético (PR) – Julio Piza (até a 2ª), Levir Culpi
São Paulo – Cuca (até a 29ª), Emerson Leão
Palmeiras - Jair Picerni (até a 6ª), Estevam Soares


2005

Corinthians – Daniel Passarella (até a 3ª), Márcio Bittencourt (até a 28ª), Antônio Lopes
Internacional – Muricy Ramalho
Goiás – Édson Gaúcho (até a 12ª), Geninho
Palmeiras – Paulo Bonamigo (até a 12ª), Emerson Leão

2006

São Paulo – Muricy Ramalho
Inter – Abel Braga
Grêmio – Mano Menezes
Santos – Vanderlei Luxemburgo
Paraná – Caio Junior

2007

São Paulo – Muricy Ramalho
Santos – Vanderlei Luxemburgo
Flamengo – Ney Franco (até a 15ª, mas com quatro jogos por fazer), Joel Santana
Fluminense – Renato Gaúcho (já classificado pela conquista da Copa do Brasil)
Cruzeiro – Dorival Junior

terça-feira, setembro 09, 2008

Acusado de agredir Leão diz que só quis se "desfazer" de barra de ferro

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"Inquirido sobre o fato de aparecer nas imagens supostamente jogando o objeto em direção à vítima, ele (Higor) alegou que apenas teve a intenção de se desfazer do objeto. Que, por ser muito pesado, foi jogado para frente, em direção ao solo." Essa foi a justificativa de Higor Camilo Mendes Chagas, 19 anos, que arremessou... ops, se desfez de uma barra de ferro com concreto no lamentável episódio da agressão ao ex-técnico do Santos Emerson Leão.

Mais dois outros jovens, um de 18 e outro de 25 anos, foram ouvidos ontem no 3º Distrito Policial de Santos, depois que um adolescente de 16 anos (ao que parece, forçado pela mãe) identificou os autores da emboscada contra Leão. Os argumentos de defesa dignos de riso continuaram e os três disseram que o objetivo era “auxiliar” um “conhecido de vista”, no caso, o ex-segurança do Santos Marco Antônio Castelo, o Castelão, supostamente agredido por seguranças do clube e pelo advogado do técnico. Os acusados fazem parte de uma organizada, que também brigou com o ex-comandante santista e integrantes teriam inclusive apedrejado o carro de Leão quando o mesmo pediu demissão do clube.

A câmera interna do Santos não mostra isso. E o termo correto é “emboscada” mesmo, resta saber quem de dentro da Vila Belmiro passou as coordenadas da presença de Leão, que cobra uma dívida de R$ 700 mil do clube. Mas isso não é tarefa da polícia. Seria (veja bem, seria...) incumbência da diretoria, se ela se preocupa de fato em não ver o nome do Santos manchado, algo que ela parece não se esforçar muito em fazer desde que assumiu.

Mas o presidente Marcelo Teixeira, tal Pilatos, lavou as mãos, mesmo que não tenha conseguido limpá-las. Na quinta, declarou que o episódio era "um fato envolvendo dois ex-funcionários que não têm mais nenhum vínculo com o Santos", completando que "já havia um problema entre eles [Leão e um ex-segurança do Santos] e uma das partes quis tomar esclarecimento e gerou esse episódio triste e lamentável". Segundo o dicionário Teixeira, “tomar esclarecimento” e “agredir” são sinônimos? Ele gostaria de ter torcedores “tomando esclarecimento” dele desta forma. Seria igualmente inadmissível, mas ele não aparece se importar.

Hoje, Castelão, demitido a pedido de Leão por ter, segundo o técnico, brigado com outro segurança no vestiário, vai prestar depoimento. O ex-funcionário do Santos prestaria serviços atualmente ao goleiro Fábio Costa.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Espírito de Série B

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"Emerson Leão chegou à conclusão definitiva de que sair do Santos era o melhor caminho quando ouviu do presidente do Conselho Deliberativo santista, José da Costa Teixeira, que não havia mesmo dinheiro para nada.

'Mas, então, vamos jogar só para não cair?', Leão perguntou.

'Exatamente, para não cair', foi a resposta."

O diálogo acima foi reproduzido pela imprensa e já mostrava o que seria o resto da temporada para o Santos. O clube não estava disposto a investir em contratações, até porque não podia. Estava, sim, louco pra vender. Mas os compradores não surgiram, os contratos de gaveta fizeram com que diversos atletas saíssem sem qualquer compensação financeira para o Santos e a situação foi ficando desesperadora.

Veio Cuca. O time contratou. Incrivelmente, a diretoria passou a negociar redução de salários com dois jogadores que chegaram há menos de um mês. O atacante Cuevas aceitou, parece que Roberto Brum não. Havia quem acreditasse que o volante sairia por deficiência técnica, já que jogou (e mal) somente 20 minutos desde que chegou na Vila. Mas está claro que se ele topar ganhar menos, pode ficar. É como um reconhecimento tácito da diretoria: "olha, você é ruim, mas se a gente gastar menos com você, pode ficar aí. Não tem ninguém mesmo." Dá pra imaginar como é trabalhar em um lugar assim, não?

Ontem, no intervalo do jogo, Marcelo Oliveira colocou um jogador de marcação para corrigir o buraco no lado esquerdo da sua defesa. Cuca fez o mesmo. Olhou pro banco e só viu Hudson para a posição. Colocou o atleta na "máquina de moer garotos" que o time se tornou. E ele jogou mal. O time perdeu poder ofensivo e a retaguarda continuou frágil. O técnico mexeu mais na equipe, acabou com o esquema de três zagueiros, alterou o que pôde. Nada mais podia fazer. Perdeu-se. Já havia se perdido tempos atrás, quando aceitou as imposições do elenco, quando abriu mão de concentrar os jogadores por pedido de Fábio Costa, quando aceitou ser insultado e nada fez.

Petkovic falou após o jogo: "Nós aproveitamos os erros deles". Foi isso. Houve um time que mereceu perder. Qualquer que fosse o adversário, venceria só se aproveitando do sem-número de falhas do Alvinegro, principalmente no segundo tempo. Um arremedo de equipe em que nenhum jogador se aproxima do outro para receber, onde nenhuma das jogadas ensaiadas de Cuca, e que resultavam em gols no Botafogo, é executada. Um bando desorganizado onde o "capitão" Kléber, o pior passador do Brasileirão, não consegue acertar uma, UMA só cobrança de falta. E não é de hoje. Não é de ontem. É assim há tempos. Justo ele, cujo pai reclamou que seu nome era cogitado como "moeda de troca" com o São Paulo. Parece que no Morumbi há dirigentes um pouco mais espertos e ninguém quis ver o jogador com a camisa tricolor.

O elenco tem poucas opções desde o começo do ano e isso não vai mudar. Nenhum treinador de ponta vai querer treinar o Santos. Sobrem os refugos e as apostas. Mas só Luxemburgo deverá dizer por telefone ao presidente (sic) quem deve ser o escolhido para penar com o time durante o segundo turno. E o pobre torcedor, impulsionado pela paixão, vai à Vila ver o clube fazer história pelo avesso.

O Santos não precisa cair pra Série B. Já joga como se lá estivesse.

Mais da previsível desgraça santista:
Leão cai
Mas não era culpa do Leão?
Mas não era culpa do Leão? II
Os garotos não merecem ser sacrificados
O Santos nunca foi tão desanimador

quinta-feira, julho 17, 2008

Mas... não era culpa do Leão?

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Quando o ex-treinador do Santos Émerson Leão disse em sua saída que o time precisava de reforços e que, daquele jeito, não iria muito longe no Brasileirão, o capitão Fábio Costa respondeu por meio da imprensa. “Eu acho que a culpa pelo mau momento do time não é exclusivamente do grupo. O Leão tem a sua responsabilidade.” Quando a crítica era relativa à falta de líderes no elenco, de novo o arqueiro contestou. “Nosso grupo tem líderes muito positivos, apesar dele dizer que não tem líder aqui. Além disso, temos jogadores cobiçados, como Rodrigo Souto, Kléber Pereira, Kleber... Como um elenco que tem esses jogadores não tem qualidade?”.

Pois é. Se Leão era autoritário, Cuca é quase o exato oposto. Um comandante que prima pelo diálogo, tanto que voltou atrás da decisão de concentrar de forma antecipada a equipe na partida contra o Atlético-PR, atendendo um pedido do goleiro-capitão. E o time perdeu. Três partidas depois continua sem vencer. Contra o Figuierense, derrota de 3 a 0. Parece que o suposto autoritarismo não era o problema.

E as opções táticas? Muitos criticavam Leão por insistir com Wesley. O garoto foi sacado e o time... piorou. Outros clamavam por dar chance a Tiago Luís. Entrou como titular e em outras ocasiões atuou meio tempo com Cuca. E nada. Kléber Pereira, sob “nova direção”, decaiu de forma abrupta e, mesmo com os dois gols contra o Botafogo, continua devendo.

E Kléber... ah, o “selecionável” que muitos diziam que tinha que jogar no meio. Está lá ele, com liberdade, jogando um futebol pífio, errando bolas e jogadas ensaiadas pelo pobre técnico que até tenta, mas não consegue ser correspondido pelos atletas. Errou na marcação do primeiro gol do Figueirense, quando Edu Salles sequer precisou sair do chão pra marcar o segundo tento da equipe da casa.

Claro que a diretoria tem uma parcela (enorme) de culpa no que acontece hoje, e essa situação era até previsível que acontecesse. Mas fizeram crer que o futebol mediano do Santos era culpa de Leão. A realidade mostra que não era e seu estilo de enfrentamento foi o que sustentou a equipe com surtos de bom futebol no Paulista e na Libertadores. Hoje, o Peixe é o que é.

E onde estão os líderes que Fábio Costa disse que o time tinha? O goleiro tem feito boas atuações, outras nem tanto, e agora está contundido. Mas tomou as dores de um grupo que não respondeu em campo. E, ele mesmo, voltou cinco quilos acima do peso quando regressou das férias, algo inadmissível para um profissional de clube grande, o que Leão não tolerou, mas que a diretoria acatou e apaziguou.

E essa cultura de tolerância excessiva, onde os atletas fazem quase tudo o que querem, é que deve ser enfrentada. Cuca, que pediu demissão, não aceita por Marcelo Teixeira, se ficar terá que fazer isso, enquanto os hesitantes diretores santistas, ao contrário do que fizeram com seu antecessor, devem apoiar o treinador. Por uma questão de coerência e justiça. Ou então é melhor entregar a direção do clube a algum dos “líderes” do elenco. Assim o torcedor pode começar a assistir as partidas do Corinthians e se preparar para a Série B em 2009.

*****

Pra constar, trecho de post escrito à época da queda de Leão (uma vitória, um empate e uma derrota no Brasileirão).

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre.

segunda-feira, junho 23, 2008

Marcelo Teixeira faz o santista passar vergonha...

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Não é a derrota para o Goiás que dói mais para o torcedor do Santos... É absoluta falta de profissionalismo, um amadorismo que não condiz nem com o clube da minha (quase) cidade natal, o São Vicente Atlético Clube, da gloriosa quarta divisão do Paulista. A notícia, publicada no IG deixa isso calro:

"Quando o técnico Cuca pensou que tinha visto o pior na noite de domingo, após a goleada por 4 a 0 sofrida diante do Goiás, em plena Vila Belmiro, teve mais surpresa: três representantes de uma das organizadas do Santos foram levados aos vestiários pelo diretor de futebol, Luiz Antônio Ruas Capella.

O grupo se reuniu com o treinador com um único propósito: exigir maior empenho do atacante Kléber Pereira. De acordo com esses torcedores, o atacante, grande nome do time atualmente, estaria se dedicado mais à noite do que ao time."

Vejam bem: o diretor de futebol do clube, o mesmo que negociou com Cuca enquanto Leão era técnico, e falou isso à imprensa quando o time estava se recuperando, que tem no currículo um sem-número de episódios patéticos, levou integrantes de uma organizada para cobrar um jogador... Por que a diretoria não cobra, se acha que é esse o caso? Precisa se escorar em torcedores? Ou será que fez isso porque não está honrando os contratos assinados, não pode cobrar os atletas e não quer que isso vaze?

Qualquer semelhança com o Corinthians de 2007 pode não ser mera coincidência...

Mas não era culpa do Leão?

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A derrota de ontem por 4 a 0 para o Goiás é a maior sofrida pelo Santos em casa na história dos campeonatos brasileiros. Ela iguala o 4 a 0 do Palmeiras em 2004, quando o “gênio” resolveu jogar o clássico com um time misto, preservando a equipe para ser derrotada pelo Once Caldas na Libertadores.

Se isso mostra que o resultado é pra lá de excepcional, também é um sinal de muitas outras coisas. O mais evidente é a pífia, e várias vezes criticada por esse escriba, administração do “rei” Marcelo Teixeira, que se pretende eterno. No século XXI, foi quem teve entre os clubes brasileiros o maior patrimônio em termos de jogadores, arrecadou mais de R$ 200 milhões apenas com atletas da safra de 2002 (embora pudesse ter arrecadado mais, se não fossem a trapalhada na renovação de Diego, as saídas “de graça” de Léo e Renato etc etc etc).

Essa absoluta incompetência deixou seu resultado mais palpável ontem. A “parceria” com Vanderlei Luxemburgo, período em que mais de duas dezenas de atletas, entre eles André Belezinha, Antonio Carlos, Magno, Petkovic e outros “craques”, passaram pela Vila Belmiro onerando os cofres do clube e não deixando qualquer legado razoável, foi o ápice da irresponsabilidade.

Vieram títulos nesse período MT? É verdade, o que serviu para iludir alguns torcedores, que não perceberam ou não quiseram saber o quanto o time deixava de se estruturar mesmo com a dádiva de ter revelado craques que só vieram à tona nas mãos de Leão. Este que, segundo parte da torcida e da diretoria, era o grande culpado da fase ruim do Peixe. Com Cuca, perdemos duas e empatamos uma e, pior que os placares, o modo da equipe jogar demonstrou que as “igrejinhas” feitas por falsos ídolos praianos estão dominando o ambiente. Mas a culpa não era do Leão?

Sobre o jogo

Cuca tentou, mas não conseguiu armar a equipe de forma diferente. Wesley na ponta direita e Molina na esquerda forma inoperantes. Tabata, nulo como de hábito, e Apodi, que treinou durante toda a semana como titular, não pôde estrear por conta de mais uma trapalhada da direção, que não o registrou a tempo. O Goiás, em relação à equipe que começou o Brasileiro, tem dois reforços importantes que fizeram a diferença ontem: Romerito, aquele que foi impedido de jogar as duas partidas da final da Copa do Brasil, e Iarley, inexplicavelmente pouco utilizado no Internacional.

O time do Planalto Central pode sair da zona do rebaixamento nas próximas rodadas, mas não deve ir muito além disso. Já o Santos, para subir na tabela, mais uma vez dependerá fundamentalmente da habilidade e da persistência do seu treinador. Não será fácil, o papel de Cuca deve ser mais de administrador e psicólogo do que propriamente de técnico. E remar contra a corrente, em meio ao mar de incompetência em que ele se encontra, será uma tarefa heróica...

quarta-feira, junho 04, 2008

Sobre o time do Jardim Leonor (a pedidos)

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Tenho sido cobrado para falar sobre meu time, que parece não ter novidade nenhuma que seja digna de nota. Até comprei jornal para saber alguma coisa, mas continua tudo na mesma: Fábio Santos e Adriano vão arrumar as malas, Richarlyson tomou cartão e está suspenso, Zé Luís está machucado, Hernanes e Miranda estão na mira dos europeus, Muricy está sendo sondado por outros clubes, o time segue jogando mal e a diretoria mantém o fervoroso discurso de não contratar ninguém. Ou seja: NENHUMA NOVIDADE. O que esperar desse caldo de modorrice? No máximo, uma classificação bem suada para a Libertadores de 2009 (que eu duvido que aconteça). Leão fará uma boa campanha em algum time médio da Série A e voltará ao São Paulo no final do ano. E eu continuarei escrevendo sobre o futebol do século passado. Amém.

Ps.: Alguém tem ouvido declarações "engraçadinhas" do Marco Aurélio Cunha por aí? Não? Nem eu. Por que será, hein?

terça-feira, maio 27, 2008

Leão cai e aumenta a dramaticidade do "clássico da crise"

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Sanches Filho/Estado de S. Paulo
O treinador Émerson Leão não comanda mais o Santos. Pressionado pela eliminação do time na Libertadores, cobrado como se a equipe fosse recheada de craques, achincalhado por uma organizada e combatido desde sua contratação por parte da diretoria, o técnico pediu arrego.

Agora foi aberta a temporada de especulações. Dois nomes surgem como favoritos da diretoria (?) santista. O que não quer dizer nada, porque o clube não tem dinheiro e o Santos não parece o lugar em que os comandantes de alto nível sonhem em atuar hoje. Cuca, do Botafogo, caso o time caia fora da Copa do Brasil, desponta como um dos preferidos. O outro é Paulo Autuori, atualmente no Catar, mas que envolveria uma bela soma para retornar ao Brasil.

Diante da provável recusa dos citados acima, outros dois desempregados poderiam sentar no banco de reservas do Alvinegro. Geninho, técnico defensivista que passou pelo clube em 1986/1987/1992/2001 é um deles. Pergunte a algum santista se tem saudades de alguma passagem do referido no Peixe. Outro que pode aparecer é Ney Franco, recém-demitido do Atlético (PR).

Tirando Luxemburgo e Leão, ninguém mais conseguiu títulos com o time da Vila no século XXI. Dada a falta de recursos decorrente de uma administração temerária que teve em mãos a maior mina de ouro do futebol brasileiro nos últimos 25 anos, com Robinho, Diego, Elano, Alex, Renato, entre outros; mas que anteriormente havia gasto fortunas com Rincón, Edmundo, Marcelinho Carioca, Valdir Bigodinho, Carlos Germano, as perspectivas são péssimas.

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre. Márcio Fernandes (vulgo o interino), faça sua parte domingo, no "clássico da crise" contra o São Paulo, e ajude seu clube a ter um futuro menos sombrio...