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Amanhã fará quatro meses que o Bar do Vavá fechou. Às vezes, acho que é tudo mentira e que um dia ainda vou passar lá em frente e encontrá-lo aberto, como na foto acima. Que vou entrar, me esgueirar pelo estreito espaço entre o balcão e a parede, abrir a geladeira com seu pôster do Papa João Paulo II colado, pegar a cerveja e usar o abridor pregado na esquina do balcão com um barbante milenar. Que o João vai explicar mais uma jogada do Pelé. Que vou ouvir mais um trocadalho do Vavá. Mas não. (...) Eu mesmo, com meus próprios olhos, vi os pedreiros destruindo tudo o que havia restado naquele recinto. Nem uma lasca de ladrilho consegui aproveitar. É uma desolação. Ou, como diriam João Nogueira e Paulo César Pinheiro, mais ou menos isso:
Anoiteceu
Outra vez vou sair
Sem nada a esperar
Sem ter pra onde ir
Vou caminhar por aí a cantar
Tentando acalmar as tristezas por onde eu passar
A minha vida boêmia de bar em bar
É o meu amor sem paz
Por um amor vulgar
Que me abandonou
Chorando os meus ais
Me deixando também por maldade
Saudades demais...
2 comentários:
pois é.
esta história ta virando carne-de-vaca, como diria minha avó, mas vou repetir.
Sonhei outro dia que eu passava na fradique e via a porta aberta e o bar funcionando. Entrava, e estava o João com cabelo (?!) e sem boné (???!!!) com o avental usado pelo Vavá. Quando eu perguntei pq ele estava "vestido de Vavá", ele respondeu: "é brincadeira aí com o pessoal". E arrematou: "vai tomar uma, aí?"
Relendo, parece patético. Mas foi um sonho emocionante.
Triste post, triste sonho.
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