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segunda-feira, agosto 23, 2010

Corinthians passeia e faz 3 a 0 no São Paulo, fora o baile

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“O freguês voltou!”, cantava a Fiel torcida no Pacaembu, já com o 3 a 0 sobre o São Paulo anotados e a fatura devidamente liquidada. Elias marcou dois, Jucilei fechou a conta, e o baile só não terminou em goleada histórica pela boa atuação de Rogério Ceni. O goleiro fez pelo menos três defesas dificílimas, uma delas num lindo voleio de Bruno César, que mesmo sem marcar manteve a ponta na artilharia do torneio.

Adilson mudou o esquema alvinegro para um 4-2-2-2, como virou moda descrever, com Bruno César e Elias nas meias, Jorge Henrique e Iarley no ataque, Ralph e Jucilei de volantes. O esquema é bastante ofensivo, menos pela formação que pela agressividade com que o time marca no campo do adversário e procura atacar. Funcionou também por conta da tarde pra esquecer do Tricolor, que errou quase tudo que tentou. Seria ainda melhor com pelo menos um atacante matador.

Do lado sãopaulino, Sérgio Baresi escalou um time meio estranho, com Ricardo Oiveira isolado no ataque, Fernandão indeciso entre ser atacante e meia, e Cleber Santana com a responsabilidade de armar o time. Não sei quem falou pro pessoal do Morumbi que Santana é meia. Destacou-se como segundo volante no Santos.



O time do São Paulo, para mim, está dado: é Fernandão articulando pelo meio, com Fernandinho e Marlos nos lados e Oliveira de centroavante. Volante, pega dois dos trocentos que tem por lá e bota pra jogar. Mas o pessoal insiste em formações mais defensivas, desde Ricardo Gomes. Desde Muricy, aliás.

Voltando ao Corinthians, já escrevi aqui mais de uma vez, especialmente no segundo semr]estre de 2009, após a as´da de Douglas, que Elias não é meia. De fato, mantenho a posição se que o camisa 7 não serve para a função de Douglas. Não é um articulador, não dá cadencia, não prende a bola no meio, não faz lançamentos. Hoje, continua não fazendo nada disso, funções desempenhadas com muita competência pelo ótimo Bruno César. Elias é outro tipo de meia, de infiltração. Chega mais à frente, dá o último passe e finaliza. Um jogador mais vertical. Aí, ele está indo muito bem.

As mudanças de Adilson fazem o Corinthians chegar com mais gente ao ataque. Mas acabam desprotegendo um pouco a defesa, que tem mostrado problemas. William talvez não tenha velocidade para jogar desse jeito. Ou talvez com Ralph se adaptando melhor e Jucilei ficando mais preso, dê pra organizar a coisa.

Sentimos ainda falta de um atacante que, bem, faça gols. Jorge Henrique jogou muita bola ontem, nas costas de Júnior César, foi um dos melhores em campo, ao lado de Elias. Saíram pelo seu lado as melhores jogadas, inclusive os passes para os dois últimos gols. Mas faz tempo que não marca. Os gols têm saído dos pés dos jogadores de meio-campo. Não tem problema um ataque em que as responsabilidade de marcar estejam divididas, mas em gente que não anda cumprindo com sua parte nessa divisão. Quem sabe com a volta de Dentinho a coisa melhora.

Quarta-feira, tem o Cruzeiro no Mineirão. Jogo difícil, mas importante. Precisamos aumentar bastante os pontos ganhos for de casa para brigar pelo título. E no domingo, Vitória no Pacaembu. Com a possível volta de Ronaldo. A saber se para o bem ou para o mal.

3 comentários:

olavo disse...

Tá todo mundo discordando de mim, mas não custa nada arriscar em mais um fórum: o primeiro gol do Elias foi defensável, né não? Tá certo que o Ceni foi um monstro depois disso, mas ainda acredito que aquela primeira bola dava pra pegar.

Ah, e o jogo com o Cruzeiro será em Uberlândia, onde nasceu Mauro Beting.

Nicolau disse...

Rapaz, reabri o Mineirão por minha conta e risco... Valeu a correção Olavo.
Sobre o gol, foi bem no canto e, se vc olhar a imagem por trás do gol, a bola faz uma curvinha que prejudica. Mas confesso que quando vi o lance, também achei que dava.
Sobre o Ceni, pegou muito mesmo. Cometeu um grande pecado ao defender aquele voleio do Bruno Cesar, ia ser um golaço animal.

Nicolau disse...

Vi uma matéria da Folha de hoje que contradiz minha impressão de maior insegurança da zaga com a nova formação corintiana. Os números, esses desconhecidos, dão conta de que a estratégia de marcação sobre a saída de bola implantada por Adilson não mudou muito o numero de gols tomados. Com Mano, a média de gols sofridos no brasileirão era de 1,09 por jogo, com 11,6 finalizações contra a meta. Os quatro jogos de Adilson têm média até que um pouquinho melhor: 1 gol por jogo e 10,2 finalizações adversárias. Obviamente que a amostragem é muito pequena. Mas é legal incentivar o jogo mais agressivo.