Destaques

Mostrando postagens com marcador clássico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador clássico. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, outubro 29, 2015

Alô, alô, freguesia!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Há 13 anos, o São Paulo não disputa "mata-mata" com o Santos; só "morre-morre":


BRASILEIRÃO DE 2002 - Oitavas-de-final
Santos 3 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)
São Paulo 1 x 2 Santos (Morumbi)

SUL-AMERICANA DE 2004
Santos 1 x 0 São Paulo (Vila Belmiro)
São Paulo 1 x 1 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2010 - Semifinais
São Paulo 2 x 3 Santos (Morumbi)
Santos 3 x 0 São Paulo (Vila Belmiro)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2011 - Semifinal
São Paulo 0 x 2 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2012 - Semifinal
São Paulo 1 x 3 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2015 - Semifinal
Santos 2 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)

COPA DO BRASIL DE 2015 - Semifinais
São Paulo 1 x 3 Santos (Morumbi)
Santos 3 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)


Reparem que, nesses 11 confrontos decisivos, o São Paulo não venceu UM jogo sequer. Foram DEZ vitórias (inapeláveis) do Santos, dentro ou fora de casa, e apenas um empate. E mais: daquele ano de 2002 pra cá, foram disputados exatos 50 clássicos entre os dois clubes, com 24 vitórias do Santos, 17 do São Paulo e 9 empates. Ontem, o Peixe só precisou jogar bola por meros 23 minutos para fazer 3 x 0, sem o menor esforço. Depois, descansou (dando-se ao luxo de desperdiçar displicentemente outras chances claras de gol entregues pelo São Paulo e nem se importando com o "gol de honra" do adversário). Surra, sova, show de bola. E a suprema humilhação: cansado de ser vazado e/ou com medo de placar ainda mais elástico, Rogério Ceni, o "mito" (ou mico?) saiu no intervalo, sendo substituído por Denis. O ídolo sãopaulino vai se aposentar sem um título de despedida. E o São Paulo continua sendo o único dos "grandes" paulistas sem o troféu da Copa do Brasil. Sem mais.

segunda-feira, junho 29, 2015

Um gol para cada mês de atraso de grana. Coincidência?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Leandro Pereira chuta; Souza, Dória e Rogério Ceni 'assistem'; 1 x 0
Opinião de um torcedor do São Paulo: se o time do Palmeiras fosse pouca coisa melhor e não tivesse jogado apenas no contra-ataque, esperando as (quatro) falhas do oponente, o clássico de ontem teria sido um atropelo da magnitude dos 7 a 1 que a Alemanha enfiou no Brasil ano passado. O fraco, inoperante e inofensivo time (time?!?) de Juan Carlos Osorio foi à casa do adversário sem sistema - ou qualquer tipo de planejamento - defensivo. E sem zagueiros, se considerarmos que nem Dória nem Rafael Tolói merecem a alcunha. Pior: o São Paulo jogou - mais uma vez - com um a menos, pois Paulo Henrique Ganso, como diria o Padre Quevedo, "non ecziste" (ou dois a menos, se considerarmos a participação "efetiva" de Luís Fabiano). Repito: se o time do Palmeiras tivesse se empolgado e "partido pra cima", com sua torcida empurrando, teria feito 7 ou 8 gols, fácil fácil.

Victor Ramos sobe sozinho e comemora após testar para a rede: 2 x 0
Mas os sonoros 4 a 0 - que se estendem para 7 a 0 se considerado o Choque-Rei anterior - já servem para a torcida alviverde gargalhar por um bom tempo, e para os ingênuos que ainda bravateiam o tal "forte elenco do São Paulo, um dos melhores do Brasil" pararem de acreditar em Papai Noel, digo, na mídia esportiva (ah, a mídia esportiva!). Nem vou fazer comentários sobre o técnico colombiano, suas (polêmicas) anotações em caderninhos, escalações, substituições ou expulsão no clássico de ontem, pois considero que nem José Mourinho, nem Pepe Guardiola e nem Jesus Cristo conseguiriam transformar esse catado do São Paulo em uma equipe realmente competitiva. Enquanto a diretoria forçar as escalações de Ganso, Luís Fabiano e Pato, sonhando com futuras (e improváveis) transações, a torcida tricolor terá que se conformar com derrotas e vexames.

Rafael Marques faz 3º - no jogo e dele sobre Rogério Ceni neste ano
E não só esses três: quando vi a dupla de zaga ontem, Dória e Tolói, já previ uma tarde de pesadelo. Aliás, eu sempre considerei o (mediano e esforçado) Paulo Miranda melhor do que o (abaixo de mediano e entregador de rapadura) Tolói. Isso se confirmou com a venda do primeiro (que, bem ou mal, tinha alguém interessado nele), enquanto ninguém quer o segundo. Dória é uma enganação, e é melhor que vá embora. O superestimado Souza, idem. Os laterais Bruno e Carlinhos, "reforços" deste ano (ha!ha!ha!, riem os adversários), são ótimos para o banco de reservas - onde já "residem" outros três recém-contratados,Thiago Mendes, Centurión e Johnatan Cafu. E quem sobra? Michel Bastos. Que não é nenhuma Brastemp. E Rogério Ceni, em - triste e constrangedor - fim de carreira. Osorio já deve estar se dando conta da roubada em que se meteu...

Cristaldo cabeceia livre e completa o 'chocolate' do Palmeiras: 4 x 0
E se o time (time?!?!??) do São Paulo oferece "tantas" "opções" e "tantos" "talentos" para o técnico, ou qualquer técnico, seja ele quem for, quem é responsável? A diretoria, lógico. A mesma que, em certos nichos da mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...), é elogiada como "moderna", "eficiente". A mesma que alardeou a venda de Rodrigo Caio para o Valencia... SÓ QUE NÃO! (clique aqui para ler sobre o fiasco) A mesma que, nesta segunda-feira de gozação palmeirense e cabeça inchada sãopaulina, nos proporciona mais uma prova de sua "eficiência" e "modernidade": a notícia de que o "São Paulo não vai pagar elenco no dia 10; serão quatro meses de atraso". Não é curioso? QUATRO meses: o mesmo número de gols sofridos ontem no estádio do Palmeiras. Imagine o que teria acontecido no jogo se a diretoria estivesse devendo nove ou dez meses de grana!

PS.: E o técnico do Palmeiras nos 4 x 0 era Marcelo Oliveira. AQUELE MESMO.


quinta-feira, fevereiro 19, 2015

A vingança é um prato que se come... após 1 ano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Em janeiro de 2014, Muricy Ramalho botou o meia Jadson na geladeira no São Paulo, expondo o jogador publicamente ao dizer que ele havia começado aquela temporada "mal preparado". E disparou, de forma grosseira: “Se não estiver satisfeito, vá embora. Aqui, ninguém está fazendo favor ao São Paulo. Todo o mundo é pago para trabalhar". Jadson não pensou meia vez: arrumou suas trouxas e fechou contrato com o rival Corinthians pouco depois, no início de fevereiro, numa negociação que teve como contrapartida o empréstimo do atacante Pato para o clube do Morumbi.

Após um bom início no time corintiano, com gols e assistências, Jadson caiu de produção no segundo semestre do ano passado, mesma época em que Pato vivia boa fase no rival - fato que levou muitos precipitados a afirmar que o São Paulo tinha levado a melhor na polêmica transação. Com a saída de Mano Menezes e a volta de Tite neste início de 2015, o roteiro de Jadson parecia repetir o da temporada anterior. Preterido no time titular por Lodeiro, o ex-sãopaulino chegou a ser sondado pelo Flamengo. Porém, como o meia uruguaio acabou se transferindo para o Boca Juniors, Jadson ficou.

Ficou, virou titular absoluto e começou o Paulistão e a pré-Libertadores "voando baixo", como diz o jargão futebolístico. Mas nada se compara à atuação que teve ontem, no Itaquerão, na estreia da fase de grupos da competição continental. Com um passe magistral e decisivo para Elias abrir o placar, e uma finalização perfeita no segundo gol (ainda que tenha havido falta de Sheik no início da jogada), Jadson destruiu o São Paulo e humilhou o mesmo Muricy que o havia "enxotado" do Morumbi há um ano. A vingança é um prato que se come frio. Ainda assim, para o meia corintiano, foi saborosíssimo.


'O CARA' - Ainda que Jadson, Elias e Ralf tenham feito uma partida perfeita, na técnica, na tática e na raça, e que Felipe, Danilo e Sheik também mereçam (muitos) aplausos pelas suas atuações, "o cara" do Corinthians é, sem sombra de dúvida, o técnico Tite. A equipe compacta, com forte marcação, toques rápidos e múltiplas opções de saída de bola e de contra-ataque, como era a da Libertadores de 2012, voltou. E voltou mais forte, na minha opinião. Se Guerrero tivesse jogado, creio que o prejuízo sãopaulino teria sido maior. Uma injustiça Tite não ter assumido a seleção.

SEM NOÇÃO - Entrar com uma formação nunca testada, com três volantes, num clássico dessa importância, foi uma pisada na bola incontestável de Muricy Ramalho. Michel Bastos na lateral também foi algo "sem noção", bem como as substituições feitas. O resultado foi que o São Paulo praticamente não deu um chute a gol, sequer, e Cássio saiu com o uniforme limpo. Mas quero, aqui, concordar com a observação do colunista Marcio Porto, do jornal Lance!: o time teria perdido o jogo com qualquer formação titular, pois não sabe o que fazer quando pega a bola. E o Corinthians sabe. Muito bem.

TRÊS ZAGUEIROS - O São Paulo não sabe o que fazer porque não tem saída de bola. Quando Rogério Ceni não dá chutão lá pra frente, ele toca para a zaga ou para os volantes, que não têm opção alguma a partir daí. O motivo é que o time não tem laterais de ofício, mas "alas", que ficam lá na frente, isolados, esperando a bola. Quando os adversários anulam Souza e Ganso (palmas para Ralf e Elias!), a equipe de Muricy "desaparece". Foi o que aconteceu. Por isso, o São Paulo deve voltar a jogar com três zagueiros, para ter opções de saída de bola e de ligação com os "alas", além de compactar mais a defesa com o meio e o ataque. Foi assim que o time ganhou quase tudo entre 2005 e 2008. E, de lá pra cá, os títulos sumiram. Com três zagueiros, o São Paulo finalizou 19 vezes contra o Bragantino. Ficou nítido que, com dois na zaga e dois "alas", Muricy não irá a lugar algum.


terça-feira, novembro 25, 2014

Nos últimos 50 confrontos contra rivais, São Paulo perde para Corinthians e Santos e só supera Palmeiras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Terminado o último clássico paulista do ano, entre Santos e São Paulo, decidi fazer um levantamento sobre os 50 últimos jogos do Tricolor contra seus três maiores rivais. Com base nos dados do site ogol.com.br, segue aqui o levantamento:

São Paulo x Corinthians - Últimos 50 jogos
15 Vitórias / 17 Empates / 18 Derrotas

Duas coisas me faziam pensar que a diferença de vitórias favorável ao Corinthians fosse muito maior: o fato de nas últimas 26 partidas o São Paulo só ter vencido 4 vezes (!) e a série interminável de eliminações para o rival em competições "mata-mata". No período analisado, de junho de 2000 para cá, o Alvinegro despachou o Tricolor nada menos que cinco vezes: na semifinal da Copa do Brasil de 2002, na decisão do Torneio Rio-São Paulo de 2002, na decisão do Paulistão de 2003, na semifinal do Paulistão de 2009 e na decisão da Recopa Sul-Americana de 2013. Por outro lado, o primeiro jogo desta série de 50 foi justamente o da volta na semifinal do Paulistão de 2000, quando o São Paulo eliminou o rival pela última vez num "mata-mata". Mas o que diminuiu a vantagem do Corinthians nesta série recente foi o período de quase quatro anos sem vencer o Tricolor, entre 2003 e 2007. Depois disso houve um "massacre" corintiano, fechando a conta com os 3 x 2 no primeiro "Majestoso" disputado no Itaquerão.

São Paulo x Palmeiras - Últimos 50 jogos
23 Vitórias / 16 Empates / 11 Derrotas

A série dos últimos 50 confrontos contra o Palmeiras começa em maio de 1999, época em que a parceria do rival com a Parmalat atingiu a glória máxima com a conquista da Libertadores. Porém, quando a multinacional abandonou o Alviverde, no ano seguinte, o clássico "Choque-Rei" desequilibrou em favor do São Paulo. Tudo bem que, no período, o Palmeiras ainda eliminou o Tricolor nas oitavas-de-final da Copa João Havelange (Brasileirão) de 2000 e na semifinal do Paulistão de 2008. Mas o São Paulo deu o troco nas quartas-de-final da Copa do Brasil de 2000, nas semifinais do Torneio Rio-São Paulo de 2002 e, principalmente, nas oitavas-de-final das Copas Libertadores de 2005 e de 2006. Porém, a fragilidade do Palmeiras nestes últimos 14 anos, desde a saída da Parmalat, é evidente. No período, o Alviverde foi rebaixado duas vezes no Brasileiro, em 2002 e 2012 (e ainda segue ameaçado na competição de 2014), e amarga desvantagem de apenas 11 vitórias contra 23 do São Paulo nos últimos 50 duelos entre os dois.

São Paulo x Santos - Últimos 50 jogos
18 Vitórias / 10 Empates / 22 Derrotas

O histórico dos últimos 50 clássicos "San-São" tem um "turn point" muito nítido, ou, como cantaria Beth Carvalho, uma "hora da virada" - e talvez não só em relação a este confronto, mas na própria história do Peixe. Foram as oitavas-de-final do Brasileirão de 2002, quando o Santos, classificado em 8º lugar, eliminou o favorito São Paulo, 1º na disputa do turno único, com duas vitórias inapeláveis. Ali, o Alvinegro Praiano mudava de foco, priorizando a "molecada" e passando a dominar o futebol paulista (ganhou 5 Paulistas, 2 Brasileiros e 1 Libertadores de lá pra cá). Muito diferente do time recheado de "medalhões" (Carlos Germano, Rincón, Dodô) que perdeu a decisão do Paulistão de 2000 para o São Paulo, no início destes últimos 50 clássicos entre os dois times. Além de eliminar o Tricolor no Brasileirão de 2002 e na Sul-Americana de 2004, o Santos ainda despacharia o rival por três anos consecutivos na semifinal do Paulistão (2010 a 2012), quando sagrou-se tricampeão. Frutos diretos das gerações Diego-Robinho e Ganso-Neymar.


segunda-feira, setembro 22, 2014

Luís Fabiano só ganhou de Paolo Guerrero no preço

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Apresentação de Luís Fabiano
Em março 2011, o São Paulo anunciou a (re)contratação do centroavante Luís Fabiano, então com 30 anos, do espanhol Sevilha, pela proibitiva soma de 7,6 milhões de euros, cerca de R$ 19,9 milhões. Já chegou contundido e só estrearia seis meses depois. Neste três anos e meio, jogou 134 vezes e marcou 75 gols, o que dá 0,55 gol por partida, em média. Conquistou um mísero título, o da Copa Sul-Americana de 2012, longe de ser protagonista (marcou apenas um gol). Sempre que o São Paulo chegou a um momento decisivo, Luís Fabiano sumiu em campo ou estava fora por suspensão ou contusão. Está fora da seleção brasileira desde 2012.


Apresentação de Paolo Guerrero
Em julho de 2012, o Corinthians contratou o centroavante peruano Paolo Guerrero, então com 28 anos, do alemão Hamburgo, pela oportuna soma de 3 milhões de euros, aproximadamente R$ 7,5 milhões. Chegou em forma e estreou dias depois de ser apresentado. Neste dois anos e três meses, jogou 99 vezes e marcou 35 gols, o que dá 0,35 gol por jogo, em média. Conquistou três títulos, sendo o grande protagonista do maior deles, o Mundial de Clubes de 2012, quando fez os gols das duas vitórias por 1 a 0. Venceu ainda o Paulistão de 2013 e a Recopa no mesmo ano, marcando gol na primeira partida decisiva. É titular da seleção peruana.


Guerrero decidiu o clássico de ontem
Como se vê, Luís Fabiano só ganhou de Paolo Guerrero no preço. Até nos clássicos entre São Paulo e Corinthians em que os dois se enfrentaram em campo, o retrospecto é melhor para o peruano. Em 2013 e 2014, os dois estiveram juntos no gramado em 7 das 9 partidas disputadas entre os rivais. Guerreiro venceu 4 desses clássicos, empatou 2 e perdeu 1. Fez 2 gols - e decisivos: abriu o placar nos 2 a 1 da 1ª partida final da Recopa, em 2013, e garantiu a vitória de ontem no Brasileirão. Luís Fabiano, portanto, perdeu 4 vezes jogando contra Guerrero, empatou 2 e venceu só 1. Também fez 2 gols, ambos em 2014: um na vitória por 3 x 2 no Paulistão e outro no 1 x 1 pelo Brasileiro.


Luís Fabiano perdeu pênalti em 2013
No geral, o desempenho dos dois centroavantes também é oposto nos Majestosos. De 2012 pra cá, Luís Fabiano disputou 8 clássicos contra o Corinthians, com 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas. Marcou 4 gols. No mesmo período, Guerrero jogou 9 partidas contra o São Paulo, vencendo 4 vezes, empatando 3 e perdendo 2 (fez 3 gols). Luís Fabiano não ganhou nenhuma partida decisiva contra o rival, tendo papel preponderante, aliás, na semifinal do Paulistão de 2013, quando o jogou terminou sem gols e, na cobrança de pênaltis, o camisa 9 foi um dos que desperdiçaram cobranças que eliminaram o São Paulo e garantiram o Corinthians na decisão (seria campeão contra o Santos).


Na hora de decidir, Guerrero, como dito, abriu o placar na primeira partida contra o São Paulo na final da Recopa, em julho de 2013. O Corinthians venceu as duas partidas e foi campeão. Eis o resumo de duas contratações. Uma, certeira. Outra... deixa pra lá.


TODOS OS CLÁSSICOS DE LUÍS FABIANO E GUERRERO

26/08/2012 - Corinthians 1 x 2 São Paulo (Brasileiro, 1º turno)
Luís Fabiano fez 2 gols e foi substituído por Casemiro.
Guerrero não jogou.

02/12/2012 - São Paulo 3 x 1 Corinthians (Brasileiro, 2º turno)
Luís Fabiano não jogou.
Guerrerro abriu o placar e foi substituído por Jorge Henrique.

31/03/2013 - São Paulo 1 x 2 Corinthians (Paulista, 1ª fase)
Luís Fabiano jogou os 90 minutos e não marcou.
Guerrero não marcou mas saiu para entrada de Pato, que fez o gol da vitória.

05/05/2013 - São Paulo 0 x 0 Corinthians (Paulista, semifinal)
Luís Fabiano jogou 90 minutos e perdeu cobrança na decisão por pênaltis.
Guerrero saiu para entrada de Pato, que converteu pênalti decisivo e eliminou rival.

03/07/2013 - São Paulo 1 x 2 Corinthians
(Recopa, 1º jogo decisivo)
Luís Fabiano jogou os 90 minutos e não marcou.
Guerrero jogou os 90 minutos e fez o 1º gol da vitória.

17/07/2013 - Corinthians 2 x 0 São Paulo (Recopa, 2º jogo decisivo)
Luís Fabiano jogou os 90 minutos e não marcou.
Guerrero não marcou e saiu para entrada de Pato.

28/07/2013 - Corinthians 0 x 0 São Paulo (Brasileiro, 1º turno)
Luís Fabiano não jogou.
Guerrero não marcou e saiu para entrada de Pato.

13/10/2013 - São Paulo 0 x 0 Corinthians (Brasileiro, 2º turno)
Luís Fabiano não jogou.
Guerrero não jogou.

09/03/2014 - Corinthians 2 x 3 São Paulo (Paulista, 1ª fase)
Luís Fabiano jogou os 90 minutos e fez o 2º gol sobre o rival.
Guerrero entrou no lugar de Renato Augusto e não marcou.

11/05/2014 - São Paulo 1 x 1 Corinthians (Brasileiro, 1º turno)
Luís Fabiano jogou os 90 minutos e fez o gol de empate.
Guerrero jogou os 90 minutos e não marcou.

21/09/2014 - Corinthians 3 x 2 São Paulo (Brasileiro, 2º turno)
Luís Fabiano jogou só o 1º tempo e não marcou.
Guerrero jogou os 90 minutos e fez o gol da vitória.



segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Descobriu a pólvora

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"A gente vem jogando mal, cara."

Muricy Ramalho, após o clássico sem gols contra o Santos, no Morumbi, ao justificar a decisão de colocar Paulo Henrique Ganso no banco de reservas (com toda razão, aliás).

E assim o São Paulo completou 12 clássicos - contra Corinthians, Palmeiras e Santos - sem vitória, desde o longínquo dezembro de 2012 (desde lá, foram sete derrotas e cinco empates).

Pois é, Muricy, que bom que você 'descobriu a pólvora' e, enfim, percebeu que o time (time?) vem jogando mal, muito, muito mal. Desde 2009 - eu acrescentaria...

segunda-feira, outubro 14, 2013

Rogério Ceni é 'álibi' perfeito para Juvenal Juvêncio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ceni lamenta e rivais vibram: de ídolo a vilão
Sábio o ditado que observa que pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube. No São Paulo de 2013, que vive talvez a pior fase de toda a sua história, e por culpa indiscutível da desastrosa gestão do presidente Juvenal Juvêncio, o dito popular se encaixa com presteza. Depois de perder o quarto pênalti seguido na temporada, no último minuto do clássico contra o Corinthians, deixando escapar 2 pontos que valeriam ouro na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, o goleiro Rogério Ceni deu mais um passo em direção ao abismo de ser considerado o maior vilão em caso de queda pra Série B. Porque muitos times caem pela falta de 2 ou 3 pontinhos salvadores e, por isso mesmo, tanto a torcida são paulina como (principalmente) os adversários vão apontá-lo como o grande responsável se a tragédia se confirmar. Ou seja, seria o "álibi" perfeito para livrar a cara do "criminoso" Juvenal.

É simbólico: Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo, o capitão, o mais experiente e já anunciou sua aposentadoria justamente no mês de dezembro, correndo o risco de deixar como "legado" para o clube a inédita segunda divisão. E como, depois que Marcelinho Carioca pendurou as chuteiras,  ele passou a ocupar o posto de jogador mais odiado do Brasil, o rebaixamento faria a alegria de milhões de torcedores de outros times, notadamente dos corintianos, que hoje comemoram a desgraça de Ceni, no clássico, como se tivesse sido o gol da vitória. Sábio também foi o comentário de André Rizek na SporTV, após o 60º e último Majestoso da carreira de Rogério Ceni: "O pênalti, que para mim não existiu, foi péssimo para o goleiro do São Paulo. Porque o empate já era o resultado mais justo até ali, levando em conta que o Tricolor jogou melhor o primeiro tempo e o Corinthians teve as melhores chances na etapa final, e Ceni podia ter passado sem essa".

Cássio salta para fazer umadefesa antológica
De qualquer forma, três observações são pertinentes: 1) Ceni bateu o pênalti por ordem de Muricy Ramalho, porque continua sendo o atleta com melhor aproveitamento nos treinos (mas é outra coisa ter que converter numa situação real de jogo, com o estádio lotado, no último minuto de jogo e com o rebaixamento mordendo seu calcanhar); 2) Cássio merece todos os méritos, pois fez uma defesa antológica, saltando só no último milésimo de segundo, depois que o goleiro do São Paulo bateu na bola; 3) Muricy observou muito bem que o problema de Ceni está somente na cobrança de pênaltis, porque embaixo das traves segue fazendo uma temporada excelente (ontem fez mais duas grandes defesas, em chute de Romarinho e cabeçada de Paulo André). No mais, para mim, o empate não foi tão ruim. Eu estimava a conquista de 6 ou 7 pontos na sequência contra Cruzeiro, Corinthians, Náutico e Bahia. Ganhamos 4 e temos 6 em disputa.

O esquema com três zagueiros é o ideal, pois os laterais são fracos na marcação e ficam mais liberados no ataque. Muricy conseguiu arrumar a defesa, o que era mais preocupante (nos últimos jogos o time tem tomado poucos gols; mesmo contra Goiás e Grêmio, perdeu pela diferença mínima). Falta, agora, melhorar as finalizações. Com Luís Fabiano e Osvaldo em péssima fase, sobrou para os pouco eficientes Aloísio e Ademilson essa árdua tarefa. Welliton entrou no fim, ontem, e nada fez. Por isso, chegou a hora de Ganso, Jadson, Lucas Evangelista ou quem jogar no meio chamar a responsabilidade e arriscar mais no rebote, chutando de longe, como elemento surpresa. Missão espinhosa, pois parece que o mesmo nervosismo que bate em Rogério Ceni nas cobranças de pênalti atrapalha os homens de frente quando o time cria boas chances de "matar" o jogo. Enfim, sintomas de desespero que já vimos tantas vezes em times "grandes" que brigam para não cair.

Melhor pensar no pragmatismo: mais 4 vitórias e o "UFA!" tão almejado... Vamo, São Paulo! Vamos à luta, pois ainda há 30 pontos em disputa.


MALES QUE VÊM PARA 'BEM'- O  lamentável quebra-pau entre a torcida sãopaulina e a polícia, ontem, deve render - com justiça - punição para o Tricolor, provavelmente com a perda de mando de campo. Curiosamente, isso pode ser "benéfico" para o time de Muricy Ramalho (entre aspas, lógico). Porque, nessa péssima campanha no Brasileirão, das 12 derrotas sofridas, simplesmente 7 ocorreram dentro do Morumbi. Jogando em casa, com a pressão da própria torcida e a obrigação de partir para o ataque, o time se atrapalha mesmo quando faz boas partidas, como aconteceu contra o Grêmio, e se dá mal. Fora de casa, fechado atrás e partindo só no contra-ataque, obtém resultados importantes, como as vitórias sobre o Vasco (concorrente direto na zona da degola) e o Cruzeiro. Não sei onde o São Paulo mandaria os jogos, em caso de punição. Só sei que o Morumbi não tem sido aliado, nesse calvário. Pelo contrário.

domingo, julho 07, 2013

Deu Claudinei Oliveira no duelo de interinos OU Problema do São Paulo não é o técnico

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Durval levou a melhor sobre Luís Fabiano (Ivan Storti/LANCEPress)
O Santos conseguiu uma boa vitória por 2 a 0 contra o São Paulo, fora de casa, e mostrou que pode ser uma boa insistir no técnico interino Claudinei Oliveira (ou transformá-lo em auxiliar de um eventual novo treinador). Na segunda etapa, o treinador decidiu o jogo ao colocar em campo os garotos Giva - que abriu o placar - e Pedro Castro, somando-os a Leandrinho, Neilton e Gustavo Henrique. Este último anulou completamente o centroavante Luís Fabiano e comprovou que a nova safra de moleques da Vila pode, com alguma lapidação, mostrar resultados bem consistentes. Pontos positivos, também, para o goleiro Aranha, que impediu com duas defesas de cinema que o São Paulo abrisse o placar no primeiro tempo, quando teve o domínio da partida; e para Montillo, meia que teve lampejos dos bons tempos de Cruzeiro.

O São Paulo, derrotado novamente em pleno Morumbi (onde já havia perdido para o Goiás), mostrou que, definitivamente, seu problema não é treinador. Milton Cruz, que comandou interinamente o clube após a demissão de Ney Franco, na sexta-feira, até tentou imprimir um toque pessoal: colocou Ganso como ponta-esquerda e desviou Osvaldo para o lado oposto do ataque, com Jadson centralizado na armação e Luís Fabiano na frente. Foi triste ver Osvaldo perder todas as bolas para o veterano Léo e Ganso praticamente não pegar na bola, consolidando-se, cada vez mais, como um peso morto no time e candidato ao banco de reservas com todos os "méritos". Luís Fabiano e Osvaldo perderam gols feitos no primeiro tempo, Jadson perdeu outro no início da segunda etapa e o ditado "quem não faz, toma" prevaleceu...

Mas é gritante a RUINDADE do time do São Paulo. A zaga pesada, lenta e mal posicionada formada por Lúcio e Rhodolfo conseguiu tomar dois gols de cabeça de jogadores que não deveriam superá-los em estatura (pelo menos isso). Rodrigo Caio levou um baile na lateral-direita tricolor, de onde vieram os cruzamentos para os gols. Juan é NULO na lateral-esquerda. O volante Wellington está virando motivo de piada no meio. Denílson, Ganso e Luís Fabiano praticamente não entraram em campo. Aloísio, Maycon e Ademilson não servem sequer como opções no banco de reservas. O locutor radiofônico Nilson César definiu muito bem: Ney Franco fez milagres com esse time enquanto o comandou. Arrisco dizer que 80% dos atletas que ali estão não deveriam nunca ter vestido a camisa do São Paulo - nem em teste.

Qualquer um que venha, Paulo Autuori (o mais provável) ou Muricy Ramalho, terá um imenso "abacaxi" nas mãos. Porque terá que trocar toda a zaga: Lúcio, Rhodolfo, Tolói e Edson Silva são tenebrosos, absolutamente inaproveitáveis. Porque terá, além da (ainda) incógnita Clemente Rodríguez, Reinaldo (que era vaiado recentemente no Sport) e o grosso Juan na lateral-esquerda. Terá que ser virar com o hediondo Douglas e os esforçados Rodrigo Caio e Mateus Caramelo na lateral-direita. Porque suas "opções" como volantes são Denílson (mediano), Wellington (ruim), João Schmidt (fraco) e Maycon (lento e improdutivo). Porque será obrigado, como todos os antecessores, a escalar o NULO Paulo Henrique Ganso. Porque terá Aloísio, Ademilson, Lucas Evangelista, Roni e Negueba no banco, quando pensar em mexer no ataque.

Ou seja: pesadelo. E, enquanto Juvenal Juvêncio for o presidente, NADA mudará. Mais vexames virão. Mais "reforços" inúteis chegarão. E mais técnicos serão trocados, ao sabor dos inevitáveis fracassos.




domingo, março 31, 2013

E o São Paulo perdeu jogando bem!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dois chavões, daqueles bem batidos, servem para descrever com precisão o que foi a derrota do São Paulo por 2 a 1 para o Corinthians, no Morumbi: "quem não faz toma" e "clássico é decidido num erro". Sem vencer um clássico no ano (perdeu por 3 a 1 para o Santos e empatou sem gols com o Palmeiras), o time de Ney Franco desta vez jogou bem, com marcação consistente no sistema defensivo, boas subidas dos laterais e troca de passes envolvente no ataque. Melhor: foi assim o jogo todo, coisa muito rara de se ver no São Paulo. Infelizmente, como diz o primeiro chavão futebolístico, o Tricolor não conseguiu fazer o segundo gol ainda no primeiro tempo, após abrir o placar com Jadson e criar várias chances no ataque, e viu Danilo acertar um chute belíssimo, no ângulo, para empatar o clássico.

Nessa toada, de aguardar o São Paulo em seu campo e sair no contra-ataque, o Corinthians venceu o jogo. Pato sofreu pênalti (justo) e cobrou para definir o marcador. Esse foi o segundo chavão do jogo: um erro que deu a vitória ao adversário, numa partida equilibrada. Rafael Tolói, que atrasou na fogueira para Rogério Ceni, até poderia ser apontado como "vilão". Mas ele jogou muito bem e não merece a pecha. Acontece - simples assim. O tal "vilão", aliás, poderia ter sido o próprio Ceni, que deu uma furada bisonha num chute de perna direita, na pequena área, mas conseguiu consertar. Paciência. Se considerarmos que o resultado não altera a situação do São Paulo no campeonato, temos um terceiro chavão: "perdeu quando podia". Mas é claro que perder para o Corinthians sempre é ruim...

Buenas, entre mortos e feridos, além da boa atuação do time nas duas etapas e da segurança de Paulo Miranda e Carleto pelas laterais (setores mais fracos do time), salvou-se a bela exibição de Paulo Henrique Ganso. É claro que está a anos-luz daquele meia cerebral que encantou a torcida santista em 2010, mas essa foi, de fato, sua primeira ótima partida com a camisa sãopaulina. Correu muito, chamou a marcação, tocou de primeira, rápido, armando o jogo, procurando os atacantes. Parece que acordou pra vida - o que é uma ótima notícia, às vésperas de um jogo tão decisivo quanto o que fará contra o The Strongest, na Bolívia, pela Libertadores. Falta ao São Paulo, neste momento, maior poder de finalização. Se Luís Fabiano não jogará, Osvaldo e Aloísio precisam, com urgência, passar giz no taco.


Maratona majestosa - O primeiro Majestoso do ano - apelido do confronto entre Corinthians e São Paulo desde os anos 1940 - foi apenas aperitivo para uma série que pode atingir 9 partidas em 2013: três pelo Paulistão (se os dois times se cruzarem novamente na fase mata-mata), duas pela Libertadores (idem anterior, considerando, porém, que a situação do Tricolor está bem complicada nesta competição), duas pelo Brasileirão e mais duas pela decisão da Recopa Sulamericana (título decidido entre os campões da Libertadores e da Sulamericana). No histórico do Majestoso, segundo a Wikepedia, os dois rivais paulistanos se enfrentaram 313 vezes a partir de 1930, com 116 vitórias alvinegras, 100 tricolores e 97 empates. O Corinthians marcou 456 gols e o São Paulo, 439.

domingo, março 10, 2013

Clássicos refletem o tédio que é o Paulistão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não sou contra os estaduais, mas o Paulistão, definitivamente (e há muito tempo, aliás), deve ser total e completamente reformulado. Não que o Campeonato Carioca, por exemplo, seja modelo de alguma coisa - até porque, tirando os quatro grandes clubes daquele Estado, resta pouca coisa, enquanto aqui temos Ponte Preta, Botafogo e Mogi Mirim para embolar os primeiros lugares da tabela. Mas vejam a diferença: no mesmo fim de semana em que Santos e Corinthians fizeram um dos piores confrontos da História dos dois times, as semifinais do 1º turno do estadual do Rio proporcionaram aos torcedores dois jogaços, o movimentado Vasco 3 x 2 Fluminense, no sábado, e o eletrizante Botafogo 2 x 0 Flamengo, no domingo. Uma semana depois, a mesma coisa: enquanto São Paulo e Palmeiras repetiram o modorrento zero a zero de seus principais rivais, o Botafogo fez uma ótima partida contra o Vasco, pela decisão da Taça Guanabara, e venceu com um gol no final do segundo tempo, obrigando o rival a pressionar - e os torcedores a prenderem a respiração - até o apito final do juiz, literalmente.

O resultado disso? Aqui, o público some. Santos x Corinthians atraíram 17 mil torcedores e São Paulo x Palmeiras, 18 mil. Enquanto isso, no Rio, 39 mil acompanharam a final da Taça Guanabara - e, ainda que apenas 22,7 mil tenham pago para isso, esse número também é maior do que o dos clássicos paulistas. Bom, não adianta chorar o Estadual derramado - ou demorado. É nítido que Corinthians, Palmeiras e São Paulo estão muito mais interessados na Libertadores, o que só ocorre com o Fluminense no Rio. Mas isso não é desculpa. A Federação Paulista de Futebol faz com que os grandes daqui enfrentem o Estadual como um fardo, um incômodo, um obstáculo indesejável. Se pelo menos a fase de grupos fosse menor, passando para uma fase mata-mata tipo "melhor de três", a partir das oitavas-de-final, tenho certeza que veríamos jogos menos entediantes do que os dessa 1ª fase, que, a cada ano, aborrece mais. São Paulo e Palmeiras até tentaram mostrar algum serviço no segundo tempo, mas ficou nítida aquela postura, na cara dos atletas, de "Ah, isso não vale nada, mesmo...". Clássico com placar em branco é a cara do Paulistão. "Divirtam-se":


Ps.1: Totalmente justa a expulsão do Lúcio. Como disse o Glauco, ele está jogando só com o nome.

Ps.2: Totalmente injusta a reclamação de Ganso, ao ser substituído. Não está jogando nada. Nada.

Ps.3: Rodrigo Caio foi o melhor em campo, pelo São Paulo. Luís Fabiano perdeu gol feito e sumiu. 

domingo, março 03, 2013

Santos 0 X 0 Corinthians - clássico quase centenário, sem nada de bom (visão santista)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Belo lance... (Divulgação/SantosFC)
Jogo fraco, fraco... Por mais que se diga que a marcação prevaleceu e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá, a partida entre Santos e Corinthians no Morumbi foi bem ruinzinha de ver, ainda mais (imagino eu) pra quem não torcia pra nenhuma das duas equipes. O final de Flamengo e Botafogo, transmitido pela Vênus Platinada, foi mais emocionante do que os 90 minutos do clássico de São Paulo. Talvez isso faça com que a Federação dominante hoje no futebol brasileiro reflita acerca de seu campeonato. Bobagem, não vai mudar nada...

Bom, o Santos entrou sem Renê Júnior, suspenso, e também sem Miralles, contundido. Já os visitantes em sua cidade vieram sem os laterais Alessandro e Fábio Santos, com Edenílson e Igor nos respectivos postos, com mais obrigações defensivas do que ofensivas na maior parte da peleja.
Nos dez minutos iniciais, só deu Santos, coisa rara em jogos do Timão, que costuma pressionar os adversários no início. Algumas triangulações pela canhota com Léo, Cícero e Arouca davam a impressão de que se tratava de uma equipe portenha, tal qual o Boca nas priscas eras de Bianchi, mas ilusão durou essa nona parte do jogo. Era o Alvinegro Praiano desentrosado e dependente de jogadas individuais que tem feito o peixeiro sofrer desde o segundo semestre de 2012.

Logo, o Corinthians equilibrava as ações e o Peixe passava a postar nos passes longos, nas bolas mal conduzidas por jogadores que têm como característica justamente conduzir a bola. Arouca, Montillo, Neymar... Não, não dá pra transpor um time que joga de forma compacta na intermediária, como o Corinthians, assim, a não ser que um deles esteja inspirado. Mas nenhum deles estava. Arouca, na fase regular de sempre; Neymar, com atuação discreta como em todo o ano de 2013. Alguém vai lembrar: “Ah, mas Neymar é o artilheiro da equipe no ano”. Verdade, ele, como os filmes de Woody Allen, é bom até quando é ruim. Mas hoje, como em outros jogos do Alvinegro no ano, foi só ruim. Simulou uma penalidade e tomou cartão amarelo justamente, tentou lances sozinho e não conseguiu ser diferente. Montilo é uma desculpa para Muricy não ser crucificado em praça pública, já que nenhum clube do Brasil (e de fora) desaprovaria a contratação do argentino que vem jogando abaixo da crítica, não só do esperado. Felipe Anderson entrou no segundo tempo e foi melhor que o portenho no pouco tempo em que atuou.

Na etapa final, o Corinthians chegou mais vezes perto do gol, mas Guerrero não justificou a fama goleadora, perdendo uma oportunidade incrível perto de Rafael, que até foi bem no jogo, ao contrário das partidas pregressas. Mas foi Cássio que fez a defesa do clássico, em falta de Marcos Assunção, que ainda pegou a trave.


André foi uma nulidade, como vem sendo partida sim, quase outra também. Faltou ousadia a Muricy para colocar Giva antes, mas vá lá, é compreensível. Ambas equipes estavam mais preocupadas em não perder do que em vencer, essa é a leitura que se pode ter da partida, cada qual por seus motivos. 

A essa altura do Paulista, que não vale muita coisa, não dá nem pra dimensionar o valor de um clássico que vai se tornar centenário no meio do ano. Aliás, hora dos dois clubes combinarem ações em conjunto para valer a data, não?

segunda-feira, abril 25, 2011

Que venham os clássicos!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os chamados "quatro grandes" clubes não tiveram muita dificuldade para vencer seus adversários nas quartas-de-final do Paulistão, em jogos únicos, e agora teremos dois clássicos nas semifinais: São Paulo x Santos e Palmeiras x Corinthians. Não vi os jogos do sábado, apenas os gols do santista Neymar, na Vila Belmiro (que despachou a Ponte Preta, por 1 a 0), e dos corintianos Liédson e Willian, no Pacaembu (que eliminaram o Oeste, por 2 a 1). Por isso, como não vi nem os melhores momentos dessas partidas, não tenho como comentá-las. Ontem, como agora tenho acesso a um canal fechado, pude ver tanto a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre a Portuguesa como a de 2 a 1 do Palmeiras sobre o Mirassol.

Sinceramente, eu esperava mais da Portuguesas. Seus atacantes foram facilmente anulados pela defesa tricolor, que estava desfalcada de Alex Silva e, com meia hora de jogo, também perdeu o cabeça de área Rodrigo Souto. Mesmo sem Lucas, machucado, a linha de ataque com Marlos e Ilsinho se alternando nas pontas deu resultado: o primeiro lançou Jean, que cruzou para Ilsinho fazer 1 a 0, no primeiro tempo. Na etapa final, Marlos deu lugar a Luiz Eduardo, que atuou como falso lateral direito, e a Lusa foi pra cima. Rogério Ceni fez um milagre em cabeçada a queima-roupa e, quase no fim, o São Paulo encaixou um belo contra-ataque e Ilsinho rolou para Dagoberto fechar o placar.

Eu vi jogadores do São Paulo sendo puxados pela camisa, dentro da área, pelo menos três vezes - mas o juiz ignorou. Creio que pelo menos um desses pênaltis poderia ter sido marcado. Quanto ao jogo do Palmeiras, Valdívia marcou um senhor golaço e, depois disso, o time tirou o pé e deixou o Mirassol empatar. No início do segundo tempo, o time se esforçou só um pouquinho e matou o jogo, em outro belo chute de fora da área, dessa vez de Márcio Araújo. Mas o que me chamou a atenção foi a generosidade da arbitragem com o palmeirense Danilo, que no primeiro tempo deu um chute na coxa de um adversário, sem bola e na pura maldade, e só tomou o amarelo. Pior: na segunda etapa, pisou a perna de outro adversário caído, perto da marca de escanteio e na cara do bandeirinha. E nem o segundo amarelo ele tomou.

Linha do tempo
Como hoje é dia 25 de abril, lembremos dois clássicos que vão se repetir nas semifinais, e que ocorreram há 18 anos e há quatro décadas, respectivamente:


Santos 1 x 0 São Paulo (Campeonato Paulista - 25/04/1993)




Corinthians 4 x 3 Palmeiras (Campeonato Paulista - 25/04/1971)

domingo, março 27, 2011

O centésimo dele no centésimo deles

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quando o técnico sãopaulino Paulo César Carpegiani afirmou, na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 de seu time sobre o Corinthians, que Rogério Ceni "é um predestinado", ele pode até ter repisado um lugar comum. Mas ninguém vai negar que se trata de uma grande verdade. Há 14 anos, quando assumiu o posto de goleiro titular do São Paulo e marcou seu primeiro gol na carreira, contra o União São João de Araras, Ceni jamais imaginaria que um dia pudesse chegar ao 100º gol, e justamente contra o Corinthians, carimbando a festa do 100º aniversário do rival (foto: site SPFC). Parece conta, ou melhor, conto de mentiroso. Mas, por incrível que pareça, é a mais cristalina realidade!

Caso o goleiro já tivesse feito seu milésimo jogo com a camisa tricolor, marca que dificilmente será quebrada no futuro, ou mesmo que esse gol tivesse garantido um título numa decisão, seria a melhor oportunidade possível para encerrar a carreira. Mas o goleiro garante que cumprirá o contrato até 2014 - e quer mais troféus antes disso. Porém, mesmo que não cumpra esse objetivo, o feito de hoje, em Barueri, já o coloca entre os imortais do São Paulo e do futebol brasileiro e mundial. Vale ressaltar que, dos 100 gols, 56 foram de falta. Desconheço o número de gols de falta de especialistas como Pelé, Zico, Neto ou Marcelinho Carioca, por exemplo. Mas, para qualquer atleta de linha, em qualquer lugar do mundo, marcar 56 vezes dessa forma é muita coisa. Tratando-se de um goleiro, é um fato assombroso. E mais: ele agora é um dos 17 únicos jogadores que marcaram 100 ou mais gols com a camisa do São Paulo, em 75 anos de História do clube. Igualou-se ao meia Renato, o "Pé Murcho".

Não repetirei, aqui, as loas que toda a imprensa tecerá sobre Rogério Ceni durante essa semana - e com absoluta justiça. Quero frisar, somente, que no clássico deste domingo pelo Paulistão ele também reforçou sua condição de um dos melhores goleiros do país em atividade, apesar de seus 38 anos, pois praticou pelo menos três defesas fundamentais para a garantia da vitória sãopaulina (salvou milagrosamente uma bola no pé de Liédson, tirou com a ponta dos dedos, no contrapé, um arremate de Jorge Henrique, e defendeu espetacularmente, com o pé, uma meia bicicleta de Liédson). Dessa forma, foi a figura principal de um duelo que marcou o fim do tabu de 11 jogos sem vitória do São Paulo contra o Corinthians. E o 100º gol foi o que garantiu o triunfo. É preciso dizer mais alguma coisa? Sim: vida longa a Rogério Ceni! Parabéns!

sexta-feira, março 25, 2011

Majestoso tem equilíbrio só no Paulistão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Corinthians e São Paulo fazem, no próximo domingo, o 168º confronto válido por um Campeonato Paulista. E até aqui, em 167 jogos disputados durante 75 anos nessa competição, há equilíbrio: foram 58 vitórias dos alvinegros (235 gols marcados), 55 dos tricolores (242 gols) e 54 empates. Já no placar das decisões disputadas entre os dois clubes na competição, também há apenas uma ligeira vantagem corintiana, com vitórias nas finais de 1938, 1982, 1983, 1997 e 2003. Os sãopaulinos, por sua vez, triunfaram nas decisões de 1957, 1987, 1991 e 1998. Mas os alvinegros ainda despacharam os rivais em quartas ou semifinais nas edições recentes de 1993, 1999, 2001 e 2009, entre outras. Na semifinal de 2000, deu São Paulo.

Porém, se há equilíbrio especificamente na disputa do Paulistão, o retrospecto geral mostra que "majestoso", mesmo, é o Corinthians. Desde 1936, ano do primeiro confronto, são 290 jogos, com 111 vitórias alvinegras (424 gols marcados), 87 tricolores (390 gols) e 92 empates. A primeira partida foi um amistoso disputado no Parque São Jorge em 22 de março de 1936, com vitória do Corinthians por 3 a 1. E o último clássico ocorreu no Brasileirão, em 7 de novembro de 2010, com placar de 2 a 0 para os corintianos. O alvinegro não perde para o São Paulo há mais de quatro anos e no domingo defenderá um tabu de 11 jogos, 7 vitórias e 4 empates.

Além do tabu, o clássico terá também a expectativa pelo possível 100º gol de Rogério Ceni, de acordo com a contagem sãopaulina (a Fifa não reconhece dois gols marcados em amistosos). Do outro lado, o goleiro Julio César tentará se manter invicto e não vazado pelo Tricolor, pois, nos dois clássicos que disputou, o Corinthians venceu por 3 a 0 e por 2 a 0. Vamos relembrar, na sequência, alguns dos jogos marcantes entre os dois clubes, exclusivamente pelo Campeonato Paulista:

Corinthians 1 x 1 São Paulo (23 e 25/04/1939) - Primeira vez que o São Paulo disputava a decisão de um estadual, o de 1938, com a competição sendo estendida até o início do ano seguinte. A vitória por 1 a 0, gol de Mendes logo aos 2 minutos de jogo, garantia o troféu. Mas a partida teve que ser interrompida 20 minutos depois, por causa de forte chuva, que obrigou o adiamento do resto do jogo para dali a dois dias. Na volta, Carlito (foto) empatou e deu o título ao Corinthians, que sagrava-se bicampeão invicto. Os sãopaulinos disseram que o gol foi feito com a mão.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (29/12/1957) - Quase duas décadas depois, os rivais voltaram a se enfrentar em uma final do Paulistão. O clima era tenso. Na primeira fase, quando empataram por 1 a 1, o corintiano Alfredo quebrou a perna em lance com o sãopaulino Maurinho. Dias depois, Luisinho, o "Pequeno Polegar" do Parque São Jorge, encontrou o artilheiro tricolor Gino na rua e lhe deu uma tijolada. No entanto, comandado pelo veterano Zizinho (foto), pelo ponta-esquerda Canhoteiro e pelo técnico húngaro Bella Gutman, o São Paulo venceu a decisão.

Corinthians 1 x 1 São Paulo (17/12/1967) - Na década de 1960, o São Paulo optou por despejar todo o seu dinheiro na construção do estádio do Morumbi, relegando o time de futebol ao décimo plano. Foram anos terríveis, com jogadores idem. Mas o jejum de dez anos sem título esteve muito próximo de ser quebrado em 1967. Na última partida, a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians garantia a faixa de campeão. Porém, aos 45 do segundo tempo, Benê (foto) empatou para o rival e obrigou o São Paulo a disputar um jogo desempate com o Santos de Pelé. O Tricolor perdeu por 2 a 1.

São Paulo 1 x 0 Corinthians (13/09/1970) - Completo o estádio do Morumbi, o São Paulo voltou a priorizar o futebol e contratou o canhotinha Gérson, campeão na Copa do México, o tricampeão paulista pelo Santos Toninho Guerreiro e os uruguaios Pablo Forlán e Pedro Rocha. Em um Paulistão disputado por pontos corridos, a quebra do jejum de 13 anos sem títulos veio com uma vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, em Campinas. Mas a verdadeira festa aconteceria na última rodada da competição, no Morumbi lotado, com uma vitória sobre o rival Corinthians, gol do ponta-esquerda Paraná (foto).

Corinthians 3 a 1 São Paulo (12/12/1983) - O São Paulo era bicampeão paulista e tinha três jogadores que disputaram a Copa de 1982 como titulares pela seleção brasileira, Valdir Peres, Oscar e Serginho Chulapa. Mas o Corinthians, além do "doutor" Sócrates, tinha Casagrande (foto), Zenon, Biro Biro, Ataliba e outros jogadores que marcariam a chamada "democracia" no Parque São Jorge. A vitória em pleno Morumbi deu o primeiro título àquele grupo, e o bicampeonato viria em cima do mesmo São Paulo, no ano seguinte. Os tricolores só voltariam a vencer uma decisão contra o rival em 1987.

São Paulo 3 x 0 Corinthians (08/12/1991) - Depois de perder a decisão do Brasileiro de 1990 para o Corinthians, o São Paulo se via obrigado a dar o troco na disputa do título paulista do ano seguinte. E, logo na primeira partida, o meia Raí (foto) chamou a responsabilidade para si e arrasou o rival, fazendo três gols e liquidando a fatura (no jogo de volta, o time do técnico Telê Santana só segurou o empate sem gols e levantou a taça). O Corinthians voltaria a conquistar um Campeonato Paulista jogando contra o São Paulo somente em 1997, com um empate em 1 a 1 no jogo decisivo.

Corinthians 5 x 0 São Paulo (10/03/1996) - As pessoas ainda comentavam o acidente de avião que matou todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas, uma semana antes, quando o Corinthians literalmente atropelou o São Paulo na primeira fase do Paulistão, em jogo disputado em Ribeirão Preto. O "animal" Edmundo (foto) fez dois dos cinco gols naquela que ainda é a maior goleada do clássico. Souza, Róbson e Henrique completaram o placar contra o time recém-assumido por Muricy Ramalho, após a doença que havia afastado Telê Santana do futebol, em janeiro.

São Paulo 3 a 1 Corinthians (10/05/1998) - No primeiro jogo da decisão, o Corinthians do técnico Vanderlei Luxemburgo venceu por 2 a 1 e a imprensa falou em "nó tático" sobre o São Paulo de Nelsinho Baptista. Irritado, o técnico tricolor sacou Dodô do time e botou Raí, que tinha voltado naquela semana da França e disputaria sua primeira partida no retorno ao Brasil. Resultado: o veterano mandou na decisão, fez o primeiro gol e deu o passe para França (foto) fazer o segundo - o atacante ainda faria outro, após passe de Denílson, que se despediu do São Paulo naquele dia.

Corinthians 3 x 2 São Paulo (22/03/2003) - Depois de despachar o rival em duas fases mata-mata em 2002, na Copa do Brasil e no Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians voltou a vencê-lo no ano seguinte. Foi a última final de Paulistão que reuniu os dois times, e o Timão de Jorge Wagner (foto), que depois jogaria pelo São Paulo, e de Liédson, que está de volta agora ao Parque São Jorge, venceu as duas partidas decisivas, por placares idênticos, e levantou a taça. A derrota teve sérias consequências no Morumbi, com as saídas de Ricardinho e Kaká logo depois, sob pressão da torcida.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (11/02/2007) - Os sãopaulinos nem desconfiavam, mas aquela seria a última vitória sobre o Corinthians antes de um longo tabu, que já dura mais de quatro anos. Naquele jogo do Paulista de 2007, Lenílson (foto), Rogério Ceni e Leandro fizeram os gols do tricolor. De lá para cá, o Corinthians conseguiu vitórias marcantes, como nas semifinais do Paulistão de 2009. Na primeira partida, Cristian marcou o gol da vitória nos acréscimos. Já no segundo jogo, Ronaldo arrancou do meio campo para fazer um gol fenomenal.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Breves comentários sobre um clássico 'alagado'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

1 - O empate em 1 a 1 entre São Paulo e Palmeiras, para mim, foi muito justo. Sim, o tricolor poderia ter segurado a vitória, mas jogou 35 minutos com um a menos. Não fosse Rogério Ceni, teria perdido. O São Paulo mandou no primeiro tempo e o Palmeiras apertou após a metade da segunda etapa. Resultado merecido por ambos.

2 - Se o Felipão tivesse entrado com Adriano já no início da partida, a situação poderia ter sido um pouco melhor para o Palmeiras. Ele faz exatamente o que Fernandinho vinha fazendo pelo adversário. Não por acaso, foram eles os autores dos dois únicos gols do clássico. E Valdívia até que mostrou bom futebol.

3 - A expulsão de Alex Silva foi corretíssima. Já faz algum tempo que ele se acha acima do bem e do mal. E ainda teve o desplante de dizer, após o jogo: "Se eu soubesse que ia me expulsar, tinha dado uma cacetada para valer". Merece punição. Ainda sobre a arbitragem, só pra registrar: Valdívia deu uma cabeçada em Miranda e pisou no Carlinhos Paraíba e nem levou cartão.

4 - Mesmo jogando com dez, o São Paulo esteve muito mais perto do segundo gol do que de levar o empate. Isso enquanto Dagoberto, Fernandinho e Lucas ficaram em campo. Dois minutos após a entrada de Xandão e Rivaldo, o Palmeiras fez o seu gol. Ficou nítido que era preciso de qualidade para segurar a bola no ataque.

5 - As arquibancadas do Morumbi estão, de fato, mais para parque aquático do que para acomodar torcedores com conforto. Mas o gramado, temos que reconhecer, possui um sistema de drenagem impressionante. Pensei, com toda certeza, que o jogo seria adiado. É preciso checar, porém, o que aconteceu no apagão dos refletores.

sábado, fevereiro 26, 2011

Dois reis novamente em choque

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Como diria nosso amigo Paulo Silva Júnior, que atualmente passa um tempo na Irlanda, "há domingos de Choque-Rei". E amanhã será mais um deles. Se considerarmos o histórico de confrontos a partir de 1936, quando os dois times se enfrentaram pela primeira vez depois da refundação do São Paulo, tivemos até agora 282 jogos, com 100 vitórias do tricolor, 92 do Palmeiras e 90 empates (379 gols sãopaulinos e 366 palmeirenses). A primeira partida, válida pelo Campeonato Paulista, foi vencida pelo então Palestra Itália por 3 a 0, em 25 de outubro de 1936, no Parque Antarctica. Mathias abriu o placar e Rolando marcou mais duas vezes. A última, valendo pelo Campeonato Brasileiro, ocorreu em 19 de setembro de 2010, no Pacaembu, e teve o São Paulo como vencedor, por 2 a 0, gols de Lucas e Fernandão.

Há quem some a esses confrontos, porém, os 14 jogos do período entre 1930 e 1935, durante a - curta - existência do primeiro São Paulo. Foram 6 empates, 5 vitórias palestrinas e 3 sãopaulinas. Isso deixaria os números gerais com 296 partidas, 103 vitórias do São Paulo, 97 do Palmeiras e 96 empates (402 gols tricolores e 389 alviverdes). Neste caso, o primeiro jogo teria ocorrido em 30 de março de 1930, um empate por 2 a 2 no antigo campo da Floresta, pelo Campeonato Paulista - gols de Friedenreich e Zuanella para o São Paulo, e Serafim e Heitor para o Palmeiras. No entanto, como a história do primeiro São Paulo não é agregada oficialmente nem pela diretoria do clube atual, fica ao gosto do freguês a opção por uma das contas.

Mas vale resgatar, aqui, alguns desses confrontos históricos válidos especificamente pelo Paulistão. Clássicos que foram batizados de "Choque-rei" pelo jornalista Tomaz Mazoni, da extinta A Gazeta Esportiva:

São Paulo 6 x 0 Palestra Itália (26/03/1939) - A maior goleada do clássico, em partida válida pelo Paulistão de 1938, que foi disputado até abril do ano seguinte e teve o Corinthians campeão; São Paulo vice. Disputado num obscuro estádio Antônio Alonso, um dos muitos locais por onde o time sãopaulino perambulava antes de comprar o Canindé e, posteriormente, construir o Morumbi, o jogo (foto à direita) teve como artilheiros Armandinho (3), Elyseo, Paulo e Araken. O São Paulo tinha virado time forte poucos meses antes, após uma fusão com o Estudantes, da Mooca. Antes disso, entre 1936 e 1938, em 8 jogos contra o Palmeiras, tinha sido derrotado 7 vezes e empatado uma vez, sem uma vitória sequer.

Palmeiras 3 x 1 São Paulo (20/09/1942) - O famoso jogo em que o Palmeiras entrou pela primeira vez em campo com este nome (foto à esquerda), em vez de Palestra Itália, que foi trocado pelo fato de os italianos serem inimigos do Brasil na Segunda Guerra Mundial (dizem que a diretoria do São Paulo estava entre os que pressionaram a mudança, o que acirrou a rivalidade). Mas a partida ficou marcada, principalmente, pela fuga do São Paulo, que abandonou o gramado do Pacaembu aos 19 minutos do segundo tenmpo, por não aceitar as marcações da arbitragem. Consta que, na súmula, alguém escreveu sobre o time sãopaulino, à guisa de explicação: "Fugiu!". Palmeirenses marcaram com Cláudio, Echevarrieta e Virgílio (contra), e Waldemar descontou para o São Paulo. Com a vitória, o Palmeiras sagrou-se campeão paulista.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (10/11/1946) - Jogo que deu o único título invicto de campeão paulista para o time sãopaulino. E contou com um final emocionante: contundido após dividida mais forte com um palmeirense, o zagueiro Renganeschi passou a "fazer número" na ponta, como se dizia na época, pois substuições durante a partida eram proibidas. Ou seja, na prática, o São Paulo jogava com dez no Pacaembu. Mas, aos 38 minutos do segundo tempo, o mítico goleiro Oberdan Catani espalmou uma bola no travessão e ela pingou na pequena área do Palmeiras; Renganeschi, que vinha mancando e se arrastando justamente por ali, empurrou para o gol (foto à direita). Dos 11 títulos paulistas disputados entre 1940 e 1950, São Paulo e Palmeiras ganharam cinco cada um (a exceção foi o Corinthians, em 1941).

Palmeiras 1 x 1 São Paulo (28/01/1951) - Confronto que ficou conhecido como o "jogo da lama" e que decidiu o Campeonato Paulista de 1950 para o Palmeiras. O São Paulo precisava de uma vitória simples para faturar aquele que seria o primeiro tricampeonato de sua história. E abriu o placar no Pacaembu com o ponta Teixeirinha, logo aos 3 minutos de jogo. Porém, no início do segundo tempo, o Palmeiras empatou com Aquiles - e ficou com o título. Sãopaulinos reclamaram que o palmeirense estava em total impedimento, não marcado pelo juiz inglês Alwin Bradley (que os maldosos apelidaram de Bradelli). A marca do jogo foi a raça dos jogadores palmeirenses, no campo encharcado e enlameado. No intervalo, Jair Rosa Pinto cobrou aos berros (foto) uma reação para obter o empate. Foi dele o passe para o gol de Aquiles.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (27/06/1971) - Famosa partida que decidiu o título paulista de 1971, no Morumbi, com um gol de Toninho Guerreiro para o São Paulo. O lance capital do jogo ocorreu no segundo tempo, quando o atacante Leivinha cabeceou para empatar aquele confronto decisivo. Isso daria novo ânimo para o Palmeiras, que precisava da vitória para conquistar o campeonato. Mas o polêmico juiz Armando Marques anulou o gol, alegando que Leivinha tinha marcado com um - imaginário - toque de mão. Nota-se, na foto à direita, que Leivinha ainda teve a camisa puxada no lance. Revoltados, os jogadores do Palmeiras não tiveram mais a calma necessária para buscar a virada no placar. E o São Paulo sagrou-se bicampeão paulista.

Palmeiras 0 x 0 São Paulo (03/09/1972) - Disputado por pontos corridos, o Paulistão de 72 foi decidido apenas na última rodada, num Choque-Rei que lotou o Pacaembu, como nos velhos tempos. Para o Palmeiras, bastava o empate para ser campeão. Mas o cruel da história é que os dois times estavam invictos, então o São Paulo tornou-se um curioso vice-campeão que não perdeu uma partida sequer na competição. Além disso, o Palmeiras impediu mais uma vez que o rival conseguisse obter seu primeiro tricampeonato. E, mesmo que indiretamente, sem disputar a decisão com o São Paulo, ainda seria campeão em 1993, abortando mais uma vez a sequência de três títulos, depois de os sãopaulinos terem ganho o Paulista em 1991 e 1992.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras (17/06/1979) - O confuso Campeonato Paulista de 1978 só seria definido na metade do ano seguinte, com os "meninos da Vila" (Nilton Batata, Pita, Juari) levantando o caneco pelo Santos. A final foi disputada com o São Paulo, que conquistou a vaga de forma inacreditável. Milhares de palmeirenses já cantavam "Tá chegando a hora" no Morumbi, no final da prorrogação, pois o empate garantia o alviverde na decisão. A torcida sãopaulina, em minoria, começava a abandonar o estádio. Foi então que o lateral Getúlio cruzou uma bola na área e Serginho Chulapa (à direita) cabeceou para cima; a bola descreveu um arco improvável e, mais improvável ainda, caiu dentro do gol. São Paulo classificado, palmeirenses perplexos.

Palmeiras 4 x 4 São Paulo (18/04/1999) - Há quase 12 anos, um Palmeiras comandado por Luiz Felipe Scolari (à esquerda) e um São Paulo por Paulo César Carpegiani se enfrentaram pela primeira fase do Paulistão, no Morumbi. Parece dèjá vu, e tomara que seja, pois o resultado naquela ocasião foi uma chuva de gols. Dodô (2), Serginho e Rogério Ceni marcaram para o tricolor e Galeano (2) e Evair (2) fizeram os gols da igualdade em 4 a 4 num inesquecível Choque-Rei. Naquele ano, o Paulistão ficou com o Corinthians, mas o Palmeiras levantaria a Copa Libertadores. Já o São Paulo, nessa primeira passagem de Carpegiani, passou o ano em brancas nuvens.

São Paulo 2 x 1 Palmeiras (13/04/2008) - A polêmica mais recente entre os dois rivais, no Campeonato Paulista, ocorreu na edição de 2008. Os times se enfrentaram pelas semifinais e, logo na primeira partida, já teve confusão. Naquele semestre, o São Paulo contava com os gols do conturbado "imperador" Adriano. No clássico de ida pelas semifinais, no Morumbi, ele abriu o placar com um gol de mão (foto à direita), que foi validado pelo juiz Paulo César de Oliveira. No segundo tempo, ele ainda faria mais um e, de pênalti, Alex Mineiro diminuiu para o Palmeiras. Mas a partida de volta teria o "troco" dos alviverdes.

Palmeiras 2 x 0 São Paulo (20/04/2008) - Esse foi o "jogo do gás". Num episódio até hoje muito mal explicado, os jogadores do São Paulo ameaçaram não voltar para o segundo tempo da partida, pois um spray de gás pimenta teria sido atirado dentro de seu vestiário. Naquela altura, o time perdia por 1 a 0, gol de Léo Lima em falha bisonha do goleiro Rogério Ceni. Na etapa final, Valdívia marcou o seu e fechou o caixão sãopaulino, com direito a fazer o gesto de "fica quieto" (foto) para Ceni, que havia empurrado seu rosto em um lance de discussão. O Palmeiras, treinado na época por Vanderlei Luxemburgo, conquistaria o Paulistão de 2008, seu título mais recente.

Pois então, Valdívia e Rogério Ceni se reencontram amanhã. E mais um capítulo desse clássico será escrito no Paulistão. Com muitas emoções, esperamos nós.

quinta-feira, novembro 04, 2010

São Paulo ajuda - e enfrenta - o Corinthians

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Provando que, seja lá por que raio de motivo, sempre joga bem contra o Cruzeiro, o São Paulo venceu ontem por 2 a 0, em Uberlândia, e ajudou o Corinthians a ultapassar os mineiros e a assumir a vice-liderança, só um ponto atrás do Fluminense. O que dá contornos de decisão de campeonato para o clássico do próximo domingo, que reunirá justamente os dois rivais paulistas. Se o São Paulo vencer, praticamente elimina as chances do Corinthians. Caso contrário, na minha humilde opinião, ninguém conseguirá evitar que a taça vá para o Parque São Jorge.

Sobre ontem, duas observações: o Cruzeiro poderia ter matado o jogo caso tivesse um centroavante mais eficiente do que o ex-palmeirense Robert, além de a equipe demostrar ser muito "Montillo-dependente", algo semelhante ao que ocorre com o Conca no Fluminense (quando esses gringos não estão inspirados, seus times não vão bem); já o São Paulo venceu num lance de inspiração individual do instável Lucas (foto de Rubens Chiri/SPFC), auxiliado pelo sempre útil Dagoberto. O pênalti em Ricardo Oliveira, convertido por Rogério Ceni, não existiu. Foi fora da área e nem falta foi, ele se jogou.

Para o domingo, espero um jogo digno do último confronto entre São Paulo e Santos. Acho que as equipes vão para o ataque com tudo no Morumbi, pois empate é ruim para os dois. E nessas circunstâncias, e sendo um clássico, é impossível prever resultado. Caindo na vala comum, quem errar menos define a fatura. Espero que Ricardo Oliveira esteja num dia mais inspirado. Porque do outro lado o adversário é muito forte e, inegavelmente, Bruno César é o nome do campeonato. Jogador espetacular. E pensar que disputou a Copinha pelo São Paulo, em 2009, e foi dispensado. Ah, Juvenal, ah, Juvenal...