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quinta-feira, agosto 26, 2010

Épico

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O Santos x Grêmio de ontem será daqueles jogos de que lembraremos por anos e anos. Não tanto pela importância da partida em si - a não ser que o Santos seja campeão e/ou o Grêmio rebaixado, e assim esses três pontos farão uma diferença danada - mas sim pelas circunstâncias do jogo.

Quando a partida ainda estava pegando no tranco, o Grêmio abriu o placar. Fábio Santos (de apagada passagem pela Vila) recebeu ótima bola e fez ótimo também cruzamento para Borges, que tocou para as redes com muita qualidade.


(E aí cabe um parênteses: esse foi o quarto ou quinto gol neste Brasileirão que o Santos leva de "quase impedimento". Sabe aqueles lances em que, na primeira olhada, parece que o jogador está numa banheira danada, mas depois verifica-se que há alguém dando condição? Então. Quando uma coisa começa a acontecer repetidas vezes, é hora de tratá-la como algo a ser consertado.)

O fato é que o gol gaúcho acabou não modificando muito o panorama da partida. Via-se um Santos com maior qualidade e potencial para criação de jogadas perigosas, mas talvez "respeitando" demais o adversário. O que parecia um erro - a instituição Grêmio FBPA é digna de todo o respeito do mundo, mas os 11 atletas que Renato Portaluppi mandou a campo ontem, nem tanto. O Santos poderia imprimir mais pressão, trazer para si o controle da partida.

Na segunda etapa, a peleja seguiu a mesma toada. Até que o Santos empatou, após um pênalti sofrido por Zé Eduardo e batido de maneira perfeita - e séria! - por Neymar.

O jogo a partir de então ficou aberto. E, dos 35 minutos em diante, chegou a dramaticidade que justifica o título do post.

Primeiro Alex Sandro, lateral que substituía Léo, recebeu dois cartões de maneira infantil e foi para o chuveiro mais cedo. Depois, Neymar invadiu a área e sofreu pênalti. Foi para a cobrança novamente. E, novamente, bateu sério - mas não fez o gol por conta de uma defesa magistral de Victor. O Grêmio se encheu de moral e foi para cima. Bolas alçadas na área, escanteios com o time todo subindo para tentar o cabeceio, pressão da torcida, mas nada do gol.

Até que aos 48 do segundo tempo, num contra-ataque rápido, Neymar chutou, Victor rebateu e Rodriguinho, de longe, fez o gol que selou a segunda vitória seguida do Santos.



O jogo de ontem deixou claro que o Santos está, no mínimo, interessado em lutar pelo título nacional. Se vai ser campeão ou não, é outra história. No sábado o Santos encara o desesperado Goiás, no Pacaembu. Tem tudo para alcançar o terceiro triunfo consecutivo. E deixar claro que Fluminense, Corinthians e cia têm mais um adversário na busca pelo Campeonato Brasileiro.

2 comentários:

Glauco disse...

E temos um jogo a menos. Quando passou o pênalti perdido pelo Neymar na emissora que não deixa mais a Band transmitir um jogo diferente do seu, teve gente comemorando. Cedo demais, pelo jeito.

Bom que o Dorival está conseguindo manter o time voltado para a competição, mesmo com vaga na Libertadores. seguindo a toada, podemos dar trabalho.

Marcão disse...

Naquela de "não precisamos de nada", o Santos pode, sim, levantar esse caneco. Exatamente porque não tem pressão da torcida, levantou duas taças no ano e já está na Libertadores. Ainda tem muita água pra rolar para Fluminense e Corinthians.