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... mas é bom torcer pra um time que não entrega pra prejudicar rival. Acreditem, é sim!
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Wellington e Carlinhos: fora do Flu? |
Chegamos à terceira rodada do Brasileirão e, apesar do campeonato ainda estar em estágio embrionário, seria possível fazer algumas previsões, não fosse a temida janela de transferência para Europa, que, começando por Neymar, já está sacudindo os bastidores de diversas equipes. Só para citar alguns dos clubes que terão suas equipes enfraquecidas, o Fluminense pode ser devastado com as possíveis saídas de Wellington Nem, Carlinhos e Samuel, enquanto o Botafogo pode perder Jefferson e Dória, este para o Cruzeiro. O Atlético-MG já está se despedindo de Bernard, o Corinthians deve negociar Paulinho, Internacional pode vender Damião, e o Grêmio deve ficar sem Fernando.
A verdade é que, mesmo com baixas sensíveis, estas devem ser as equipes que não farão apenas papel de figurantes em 2013. Particularmente, aposto nos times do Rio de Janeiro, que vêm mostrando sua superioridade nos últimos anos, com três títulos contra apenas um de São Paulo. Por falar em quantidade de títulos, abro aqui um parêntesis para dizer que vou restringir a comparação feita nesta dissertação a RJ e SP. Esta área de abrangência faz-se necessária em razão dos demais estados estarem há anos luz de distância no que tange à quantidade de títulos brasileiros. Os únicos que interrompem a dobradinha RJ/SP e fazem alguma graça a cada 10 anos são os times de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com três e cinco títulos, respectivamente. Títulos de times dos demais estados acontecem com menos frequência que a passagem do cometa Halley pela órbita da Terra.
Flamengo iniciou 'sequência carioca' em 2009
Apesar do RJ levar vantagem recente, historicamente SP leva a melhor. Se considerarmos apenas a era pós 1971, os times de Sampa conquistaram 18 títulos, enquanto os cariocas levantaram 13 canecos (maldito Bangu, que perdeu nos pênaltis a decisão para o Coritiba em 85...). Entretanto, se levarmos em conta a nova regulamentação da CBF, que passou a considerar campeão brasileiro todo e qualquer time que tenha vencido um torneio nacional meia-boca entre 1959 e 1970, onde em algumas ocasiões o “campeão” precisou disputar apenas quatro partidas, a diferença aumenta: SP 28 x 15 RJ. Sejam honestos, “paulistada”! Equiparar um título conquistado no atual formato do Campeonato Brasileiro com os do século passado, listados abaixo, é uma afronta!
Jornal paulista noticiando conquista do Santos após disputar 4 jogos
1960 – Palmeiras (quatro jogos, três vitórias e um empate)
1963 – Santos (quatro jogos, quatro vitórias)
1964 – Santos (seis jogos, cinco vitórias e um empate)
1965 – Santos (quatro jogos, três vitorias e um empate)
1966 – Cruzeiro (oito jogo, sete vitórias e um empate)
Estes torneios deveriam, no máximo, com muita boa vontade, terem a equivalência de uma Copa do Brasil. Se assim fosse, a diferença entre RJ e SP seria reduzida. Placar moral: SP 24 x 15 RJ. No duelo entre capitais, onde seriam descartados os títulos de Santos (8) e Guarani (1), o jogo está empatado: SP 15 x 15 RJ. Confesso que comecei a simpatizar com a visão por este prima. E para ratificar minha aposta nos times do RJ para este ano, apesar de ainda ser cedo, basta olharmos a tabela de classificação. Temos dois cariocas e um paulista no G4, sendo que o Fluminense tem um jogo a menos, tendo portanto a possibilidade de se tornar líder. Enquanto isso, na outra ponta da tabela, temos um paulista e nenhum carioca no Z4. Mero acaso?
Guarani, primeiro time do interior a vencer o Brasileirão, há 35 anos
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Gol de Paulinho salvou jogo fraco do Timão (Daniel Augusto Jr./Ag Corinthians) |
O palmeirense precisa de alento. Mas tem motivos de sobra para o desespero. O Futepoca prefere, então, de forma democrática, oferecer tanto alguns fios de esperança aos alviverdes que compartilham a lanterna dos afogados na tabela quantos motivos para novas troças dos torcedores rivais.
Semifinalistas rebaixados Ceará e Avaí – 2011 Vitória – 2010 Coritiba – 2009 | Semifinalistas que não estavam na Série A Corinthians - 2008 Brasiliense – 2007 Ipatinga – 2006 Paulista e Ceará – 2005 Santo André, XV de Novembro, Vitória (rebaixado) – 2004 Brasiliense – 2002 |
Ano | Pontos | Time | Aproveitamento |
---|---|---|---|
2011 | 43 | Cruzeiro | 37,7% |
2010 | 42 | Atlético-GO | 36,8% |
2009 | 46 | Fluminense | 40,4% |
2008 | 44 | Náutico | 38,6% |
2007 | 45 | Goiás | 39,7% |
2006 | 44 | Palmeiras | 38,6% |
2005 | 51 | Ponte Preta | 40,4% |
2004 | 51 | Botafogo | 37,0% |
2003 | 49 | Paysandu | 35,5% |
Foi no Rei das Batidas, na zona oeste de São Paulo, onde assisti a três jogos da rodada. Com os também futepoquenses Maurício e Nicolau. No mesmo Rei das Batidas onde figuras como Mouzar Benedito e tantos outros alunos da USP se graduaram etílico-estudantes, três aparelhos de televisão sintonizaram três partidas diferentes de futebol pelo Campeonato Brasileiro. Alucinante efeito da TV por assinatura. Viva!
Da esquerda para a direita, o primeiro televisor mostrava o São Paulo enfrentando o Coritiba no Morumbi. No segundo aparelho, o Figueirense recebia o Palmeiras, no Orlando Scarpelli. A terceira estação era dedicada ao que se tornaria o melhor jogo da competição até aqui (e provavelmente até o final da edição 2011) entre Santos e Flamengo, na Vila Belmiro.
Palmas, palmas
Antes de qualquer comentário sobre as partidas em si, cabe uma nota sobre a reação de torcedores e secadores. Dada a profusão de gols (nove na peleja entre rubronegros cariocas e alvinegros da Baixada Santista; e sete entre o tricolor paulista e o alviverde da capital paranaense), a reação de cada agremiação ficou marcadamente destacada.
A cada um dos três primeiros gols do Peixe, santistas gritavam, urravam de orgulho pela volta de Neymar, Ganso e Elano – ainda que os dois primeiros gols tenham sido anotados por Borges. Depois, quando o Flamengo empatou o certame, os secadores celebraram, com exclamações igualmente primevas.
Quando, quase na reta final das partidas, o Palmeiras deixou seu gol da vitória sobre os catarinenses, veio o grito mais sufocado da noite. Como se ninguém ali, entre palmeirenses ocultados por tantos ecrãs brilhantes, acreditasse de verdade que, depois de uma derrota para o Fluminense, pudesse vir uma vitória fora de casa.
Muito, muito antes de o time de Luiz Felipe Scolari conseguir a sorte grande, vieram três gols do São Paulo.
Diferentemente dos tentos conferidos pelas demais equipes, o que se viu no democrático Rei das Batidas foi uma reação digna de lordes. Quiçá de gente indiferenciada. Nem bem se esboçaram gritos e logo veio uma sequência de aplausos.
Aplausos, simples e singelas aclamações com palmas. Sem palavras, sem gritos, sem interjeições nem palavras de baixo calão. Nem mesmo um convencional "chupa, coxa"; nada de "vai, tricolor". Só palminhas.
Inconformado, reprovei: "É tênis isso aqui?"
Foi coincidência, mas os são-paulinos presentes construíram sua posição de um jeito bem diferente dos demais torcedores. Nos três gols do Coritiba, os secadores – com menção honrosa para os corintianos – celebraram especialmente a participação de Bill em dois do escores conferidos pelos paranaenses. Ninguém cogitou só aplaudir, reação atípica e despropositada. Ninguém menos os tricolores. Vai entender...
Resultados
O jogo entre Santos e Flamengo merece caixa alta. O Jogo foi bom. Primeiro tempo que termina 3 a 3 merece nota de rodapé nos autos do futebol mundial. Se foram abertos três de vantagens e o empate foi cedido, já pode haver menção no texto sobre a história do ludopédio no período. Quando termina 5 a 4 para o time visitante que saiu perdendo, exige-se intertítulo e discriminação dos detalhes.
Que partida! Ainda mais porque Neymar jogou muito e fez dois. A zagua rubro-negra é pior do que a do Paraguai, mas como jogou o atacante santista!
São Paulo e Coritiba foi menos emocionante e teve desfecho menos feliz para este secador que escreve. Os 4 a 3 pró-time da casa foram suficientemente enervados para os torcedores que se deslocaram ao Morumbi. Com um pouco mais de esforço, os curitibanos poderiam ter atrapalhado mais um pouco a equipe de Adílson Batista. Dagoberto parece estar jogando mais do que em qualquer outra temporada anterior, mas o time oscila horrores durante os 90 minutos.
A terceira televisão ligada mostrou o jogo menos interessante da rodada. Pior para os catarineses, porque para o Palmeiras foi tudo bem. A vitória mínima veio arrancada, com gol marcado por Maurício Ramos, em um bate-rebate daqueles. Visto isoladamente, o gol seria só mais um. Mas numa quarta-feira em que assistiram-se a 16 balançadas de reda, a trombada do zagueiro verde fica até feia.
Se a gente for comparar com o que foi o terceiro gol do Santos, por Neymar, é melhor nem comentar. Então, melhor não ladear o que é diferente e só celebrar a habilidade onde ela existe: nos pés do santista, nos dos flamenguistas e na frigideira do cozinheiro que mandou uma calabresa na cachaça pra mesa.
Que rodada.
O tempo falta nesta segunda-feira, 11, para uma análise pormenorizada dos 3 a 0 impingidos pelo Palmeiras diante do Santos, no domingo, 10. A vitória sobre um time de Muricy Ramalho, que já me calou com títulos, é divertida, mas também enganosa.
Além de não ter Neymar, não ter Paulo Henrique Ganso nem Elano – e ter um meio de campo e um ataque frágeis, que quase nada criaram, os problemas da equipe desfalcada estenderam-se à retaguarda. A marcação alvinegra pelo seu lado direito – o esquerdo do ataque verde – foi terrível. A ponto de Luan (eu escrevi "Luan") ter deitado e rolado.
O atacante-volante palmeirense foi alvo constante da torcida até decidir algumas partidas. Ele continua em boa fase, mas não é um grande armador. Pelo papel que cumpre na equipe, é mesmo difícil achar argumentos para sacá-lo do time.
Mas o evento é destacado apenas para ressaltar o quanto a margem de gols, construída toda na primeira etapa, pode dar a impressão de que o time é melhor do que de fato é. Maikon Leite caiu bem no time, mas não lhe veste bem o uniforme de salvador da pátria.
As oscilações da equipe de Luiz Felipe Scolari são regra no Campeonato Brasileiro. O time está estruturado e pode continuar sonhando com a condição de azarão para disputar uma vaga na Libertadores de 2012. Mas nem favorito a isso pode ser considerado.
Falta, inclusive, certezas sobre a condição de nomes como Valdívia e Kléber. Contundidos, o primeiro já voltou aos gramados pela seleção chilena. O segundo, parece, está louco para sair e ter aumento de salário. Com ambos, as possibilidades seriam melhores. Sem eles, resta a dúvida e a esperança no treinador.
Feitas as ressalvas, eu espero ter outra dessas apresentações enganosas na próxima rodada, quando o Palmeiras enfrenta o Flamengo. O vice-líder está invicto. Mas mais importante do que isso: é comandado por Vanderlei Luxemburgo.
Vencer Muricy é legal. Vencer Luxemburgo, seria ainda mais legal. Eu torço.
Não é que Luan decida, o pé dele é que anda quente. Um jogo depois de perder para o Ceará e na estreia do ex-santista campeão da Libertadores da América Maikon Leite, o Palmeiras venceu por 2 a 0 o Atlético-GO no Canindé.
Tudo bem, a chulapa do Maikon Leite também é aquecida. Primeiro, porque ele marcou um e jogou bem em sua primeira partida como titular. E, de que outra forma explicar a corrida em diagonal desempenhada por Márcio Araújo? O aplicado porém limitado volante carregava a camisa 100 – número de partidas em que atuou com o manto alviverde – demonstrou habilidade incomum e deu um passe para o estreante que carregava a 7.
O segundo foi de Marcos Assunção, de pênalti sofrido por Gabriel Silva. O lateral-esquerdo protagonizou menos lances ofensivos do que seu colega da direita, Cicinho. O 2, com o estreante, promoveu momentos interessantes para o torcedor. É que um ala e um atacante aberto fazem bem para o ataque.
Luan pouco fez, mas participou da movimentação do ataque. Wellington Paulista quase marcou, com bola na trave e tudo. Se os rumores sobre a ida ao Cruzeiro ou a Internacional de Porto Alegre se confirmarem, é capaz de o jogador, contratado para ser o homem-gol, abandone
O resultado foi bom diante do time de PC Gusmão. Muito diferente de 2010, quando o Palmeiras perdeu as duas partidas no Campeonato Brasileiro e o jogo de volta na Copa do Brasil (no qual foi desclassificado nos pênaltis).
Foi a vitória de número 500º da história do Palmeiras em competições nacionais reconhecidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – somando Taça Brasil (de 1959 a 1967), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (de 1967 a 1970) e Brasileirão pós-1971.
Marcos Assunção não acertou. Luan não jogou, suspenso. Kléber não ganhou o jogo. Wellington Paulista não mostrou ainda a que veio. E a defesa mandou avisar que não é tão sólida como parecia. Resultado: Ceará venceu o Palmeiras por 2 a 0 em Fortaleza.
O alviverde teve mais posse de bola, mais chances de vencer, mais volume de jogo. Mas poucas boas oportunidades. Os donos da casa resolveram. Com um gol a oito minutos, com Washington, e outro de Thiago Humberto aos 46 ainda da etapa inicial, sobrou ao Verdão correr atrás. Sem sucesso.
Cicinho teve de sair ainda no primeiro tempo para Patrik entrar e melhorar o poder ofensivo. Depois, Lincoln deixou o gramado para Adriano Michael Jackson deixar o Palmeiras com três atacantes de ofício, mas sem capacidade para decidir. Vinícius mostrou-se mais disposto do que Wellington Paulista, mas não foi suficiente.
Ficou fácil para o Corinthians, (infelizmente) o protagonista da rodada, comemorar.
Diante do banho de realidade da rodada, que se esfrie a cabeça para o jogo de quinta-feira, contra Coritiba.
O melhor ataque do Campeonato Brasileiro é um time comandado por Luiz Felipe Scolari. Difícil de acreditar. Tudo bem que precisamente a metade deles foi marcada num jogo só, o deste domingo, 19. Foi com dois de Luan, dois de Kléber e um contra que se deu a sova de 5 a 0 impressa pelo Palmeiras sobre o Avaí no Canindé, pela quinta rodada com campeonato brasileiro.
Segunda posição, com um ponto a menos do que o Corinthians (que tem um jogo a menos) e do que o Figueirense; quatro a menos do que o São Paulo. Bem melhor do que este torcedor imaginaria, mas ainda nada definitivo para um campeonato que percorreu 13% de suas partidas.
Quando o Palmeiras tomou a sova do Coritiba, pela Copa do Brasil, Marcos, o Goleiro, descartou qualquer chance de o time se classificar porque não havia obtido vantagem de seis gols em ninguém havia muito tempo.
Não foi neste domingo que o Palmeiras chegou a tão larga margem, mas foi quase. Considerando-se o time profissional, a última vez que o número cinco desenhou-se do placar a favor do Verdão foi em março, na Copa do Brasil, contra o Comercial-PI, no Pacaembu. E os piauienses ainda fizeram um de honra.
O feito não é apenas coletivo, mas contou com brilho individual, já que o contestado e pouco amado Luan foi o melhor em campo. Além de fazer Aleks buscar o esférico no fundo das redes por duas vezes, ainda deu passe para outro. Jogou muito. Não é papo de torcedor dizer que nem parecia o camisa 21 que normalmente entra em campo. Pelo menos não da linha do meio de campo pra frente -- pra trás, na marcação, ele continuava alerta.
Consta que a torcida não havia se convencido sobre as qualidades que só Felipão via nele. Até hoje, quando gritou o nome do atacante-volante. E tudo isso na primeira partida em que Kléber atuou ao lado de Wellington Paulista, no que seria a formação ofensiva preferida de cartolas e mesmo do palmeirense-padrão. Impressionante.
Só não foi mais impressionante do que a comoção da massa para que Marcos batesse o pênalti sofrido por Lincoln aos 45 minutos da etapa final. O camisa 30 acabou batendo, evitando contornos humilhantes para uma simples -- embora rada -- goleada alviverde. Ele não quis sacanear o goleiro catarinense ("ia parecer que eu tava pisando", disse o arqueiro).
Como não é todo dia que "sobra" um pênalti para o Palmeiras -- porque não é todo dia que o Verdão faz mais gols do que o mínimo necessário -- provavelmente o atleta de 38 anos, santificado há uns 12, não vai ter muitas oportunidades de fazer gols antes de encerrar a carreira. Mas a gente torce.
O Palmeiras jogou bem e conseguiu mais margem até do que vantagem futebolística. É que o Avaí teve pelo menos três boas chances de marcar no primeiro tempo -- Marcos defendeu. O alviverde paulistano viu atuações raras de Luan e de Cicinho, além da volta de Lincoln. Tá bom.
O Palmeiras empatou com o Internacional de Porto Alegre pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Foi 2 a 2 no Beira-Rio o segundo empate fora de casa, e o Palmeiras continua sem perder na competição. Com oito pontos, está entre os três primeiros na classificação.
Numa partida com dois gols contra, o Palmeiras chegou a estar em vantagem, depois de virar o jogo, mas cedeu a igualdade aos 45 minutos do segundo tempo. Por isso, poderia ter trazido mais do que o pontinho que colheu em Porto Alegre. Mas o sufoco oferecido pelo Colorado seria um castigo maior do que o merecido para o time comandado por Paulo Roberto Falcão.
Foi um jogo bom, com disposição defensiva e de contra-ataques de ambos os lados. E um primeiro tempo parelho. O Palmeiras atuou com uma desenvoltura de deixar torcedor animado. Não que tenha sido superior aos gaúchos, mas parece que o paralelo 30 fez bem aos humores guascos de Luiz Felipe Scolari, e as investidas do time funcionaram mais bem do que em episódios anteriores.
Os gols contra foram anotados da etapa final. Pelo volante do Palmeiras Márcio Araújo, aos cinco, foi um golaço de deixar Oséas e os corintianos com inveja. para o Inter; e pelo zagueiro do vermelho Rodrigo, aos nove, para o alviverde. Aos 21, Luan acertou o tom do contra-ataque em lançamento de Marcos Assunção, fintou e acertou o canto para levar os paulistas à frente. Até perto dos 40, o time da casa teve pouca força. Depois, conseguiu o empate.
Marcos Assunção respondeu por ainda mais chances de gol do Palmeiras. No primeiro tempo, foram quatro. No segundo, cruzou para um gol e deu passe para outro – uma virada de jogo incrível, que em nada tira méritos de Luan no drible e no chute preciso entre as pernas do goleiro Renan.
Jogos entre Inter e Palmeiras despertam neste torcedor lembranças contraditórias, de um jogo em que é possível ganhar, mas de repente pintam surpresas. No deste domingo, a estranheza foi de ver os visitantes mandarem tão bem, até se fecharem demais de deixaram os adversários crescerem. Vai entender.
Fica mesmo a sensação de que poderia ter sido melhor. Mas foi bom ver futebol jogado, com lampejos de habilidade.
O Palmeiras está na primeira posição do campeonato brasileiro quando ainda não se completaram os jogos da terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Para que isso continue assim até a próxima semana, seria necessária toda uma cobinação de resultados. O que precisaria para isso seguir assim até daqui 35 rodadas, é melhor não responder.
Feita uma reflexão pessimista sobre o estado do futebol apresentado pela equipe de Luiz Felipe Scolari, cabem comentários sobre o que foi apresentado na vitória contra o Atlético-PR, por 1 a 0, no Canindé. Foi o segunda soma de três pontos em três jogos. Como houve um empate na semana passada, a equipe mantém-se invicta. E terá o forte Inter em Porto Alegre como próximo adversário.
O placar mínimo foi alcançado a 30 minutos da etapa final em cobrança de escanteio de Marcos Assunção para o volante Chico cabecear. Foi um placar magro contra um time que não marcou nem pontos nem gols no campeonato. E só saiu depois que Rômulo foi expulso, aos 12, por falta fora do lance em Kléber.
Embora as faltas e cobranças de tiro de canto sejam um ponto forte do time, momento de esperança para a torcida que canta e vibra, foi o primeiro gol alcançado dessa forma no campeonato. Isso quer dizer um de três, já que a equipe não marcou por mais do que isso em cada uma de suas partidas. Na temporada, foram oito dos 52 marcados – 15%.
Vale frisar que é comum as mesmas cobranças no primeiro pau resultarem em nada mais do que uma rebatida da zaga rival. O tento conferido pode ser uma esperança de que o treinamento, se não ruma à perfeição, pelo menos permite algumas melhoras.
Pelas minhas contas, foram quatro jogadas oriundas de faltas cobradas pelo camisa 20, mais dois chutes diretos à meta paranaense do mesmo jogador. Outras sete oportunidades pintaram com a bola rolando, entre jogada individual do lateral Cicinho, tabela de Kléber com Gabriel Silva e trombadas do camisa 30.
Há ou não dependência de cobranças, chutes e cruzamentos de Marcos Assunção? Metade das chances foram criadas assim. É um tipo de jogada que acontece mais vezes em um jogo. Mas o time precisa mais de Kléber para criar jogadas com a bola rolando. Com Luan e Patric atuando como meias, a "conquista" de um escanteio quando a equipe vai à linha de fundo, ou de uma falta como desfecho de um contra-ataque, permitem criar mais perigo.
Em outras palavras, até para ter escanteios e faltas, precisaria de mais criação.
Assim, a passadinha pela liderança não aumenta esperanças. Nem esconde limitações. Só é bom e, por isso, a gente aproveita.
No confronto entre os ex-Palestra Itália em Sete Lagoas-MG, Cruzeiro e Palmeiras empataram em 1 a 1. O time da capital paulista ficou em quinto lugar na tabela.O resultado na segunda rodada do campeonato Brasileiro foi bom para os visitantes alviverde-limão-siciliano, mas poderia ter sido um pouquinho melhor se a defesa estivesse mais concentrada e atenta.
Poderia ter sido pior, é verdade, se Anselmo Ramon, autor do gol cruzeirense, não tivesse desperdiçado uma outra oportunidade bem anterior, ainda antes de o Palmeiras abrir o placar com Luan. Os mineiros tiveram ainda outras oportunidades e deixaram claro que têm jogadores melhores do que o Palmeiras.
Só que o Verdão conseguiu equilibrar a partida por boa parte do jogo – eu arriscaria dizer que por metade do tempo. Em dois momentos do jogo, logo antes de sair o empate e no final do segundo tempo, o domínio cruzeirense se ampliou bastante. A opção de três volantes coloca uma primeira limitação ao time de Luiz Felipe Scolari, que fica com poucas opções até de contra-ataque, já que Patric é o único meia de ofício em campo.
Kléber com sua camisa 30 tem que voltar o tempo todo para tentar construir alguma coisa. Acaba sendo muito marcado e rendendo pouco por não ter ninguém mais adiantado com qualidade para quem passar a bola.
A falta de atenção da retaguarda, especialmente da parte do zagueiro Danilo e dos laterais Cicinho e Gabriel Silva são uma faceta da defesa que não aparecia tanto assim no Campeonato Paulista. Essa limitação pode nem ser nova, mas foi exibida com, digamos, mais clareza na Arena do Jacaré neste domingo.
O destaque positivo da partida do lado palmeirense foi o golaço de Luan. Fraco tecnicamente e pouco efetivo no ataque, ele acertou um chute inédito. A bola rolada por Marcos Assunção tinha açúcar e até quicou no morrinho-amigo para subir uns quatro dedos do gramado e ficar no jeito certo para o petardo de perna esquerda do atacante-volante preferido de Felipão.
A torcida pega no pé do jogador pelas falhas, pelos chutes errados e por não ser um companheiro à altura de Kléber nem esperança de momentos melhores em uma partida. Ele foi o principal alvo das críticas da torcida quando o time tomou a surra do Coritiba pela Copa do Brasil.
Mas o cara acertou um chute daqueles. Eu tampouco sou fã do cara, porém reconheço a plasticidade da jogada. Mas reconheço também que o que me ocorreu instantes depois do gol foi: "Putz, com esse ele cumpriu o contrato inteiro com o Palmeiras".
Se esse pensamento catastrofista tiver alguma pontinha de sentido – o que não é o caso – o cenário pode até ser considerado alvissareiro se Luan continuar no Palmeiras. É que o contrato de empréstimo do jogador termina em junho. Consta que muito cartola não gosta do futebol dele, mas o técnico sim. Felipão considera que, além dos três volantes-volantes ele ainda precisa de um jogador de frente que ajude a compor o meio na hora da marcação.
Facilitaria para a torcida se ele acertasse mais chutes durante os jogos.
Como na transmissão do jogo o comentarista da Globo Walter Casagrande Jr. desafiou a torcida a pichar de novo os muros do Palestra Itália com agradecimentos ao atacante, o Futepoca aceita a ideia. Só que como depedrar o patrimônio alviverde não é uma boa ideia – até porque é melhor gastar o dinheiro da demão de tinta em reforços – vai uma montagem sobre foto "emprestada" de Zanone Fraissat, da Folhapress.
Outro dia, em comentários de um post, o Glauco concordou comigo que, até certo ponto, o Santos de Muricy Ramalho tem sido dependente de Neymar. Hoje, assistindo a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Fluminense, ficou claro que o Tricolor também é, de certa forma, dependente de Lucas (foto). A diferença é que Neymar costuma resolver mais que o sãopaulino, na minha modesta opinião. Basta observar partidas decisivas disputadas por um e outro e contar quantas vezes um ou outro "chama o jogo" pra si. Até hoje, indiscutivelmente, Neymar ganha essa disputa.
No gramado de São Januário, como era de se esperar, o mandante Fluminense partiu pra cima do time paulista. Deco perdeu dois gols, um deles incrível. E os cariocas exploravam sem dó a maior deficiência do São Paulo: as laterais. Juan, definitivamente, não pode ser titular - e, por isso mesmo, a saída e Junior Cesar é inexplicável. Após o "desastre" da eliminação da Copa do Brasil e do circo armado por Rivaldo, Carpegiani e, principalmente, Juvenal Juvêncio, o time sãopaulino parecia apático, inofensivo.
Até que Lucas resolveu acordar. E, por tabela, despertou a equipe. A jogada do primeiro gol começou com ele, passou por bela assistência de Casemiro e terminou com Dagoberto enchendo o pé e estufando a rede. Sua comemoração, aos berros, me pareceu um ato de "exorcismo" dos demônios que assolaram o Morumbi a partir da derrota para o Avaí. E, de fato, acabou a apatia, a sonolência. O time passou a jogar bola, perdeu vários outros gols no primeiro e no segundo tempo, até Lucas (sempre ele) sair driblando toda a defesa adversária para fazer um golaço e fechar o placar.
No final, num gesto de "diplomacia", Carpegiani botou Rivaldo em campo. Pra ele mostrar, novamente, que não tem condições de ser titular e nem de jogar um tempo inteiro. Muito lento e, quando pega a bola, trata de se livrar dela o mais rápido possível. Tudo bem: é uma opção para entrar nos 10 ou 15 minutos finais, quando o time ganha por diferença de dois gols ou mais. De resto, ainda é muito cedo para saber o que esperar de um longo campeonato, onde muita coisa vai mudar. Mas a reação do time, a partir do gol de Dagoberto, deu um certo alívio. Bola pra frente!
Uruca ou previsível?
E, assim como corintiano Adriano, o badalado Luís Fabiano também passou a faca no tendão. Vai demorar muito pra voltar aos campos. Que ele estava bichado, todo mundo sabia. Mas a extensão do problema foi escamoteada ao máximo pela diretoria do São Paulo. Acho impossível que não soubessem que essa cirurgia poderia ser necessária. A diretoria do Sevilla também devia saber, por isso não botou muita dificuldade no negócio. Agora é esperar e, literalmente, PAGAR pra ver. Luís Fabiano é mais velho que Adriano, vai fazer 31 anos, mas não tem o mesmo histórico de "baladeiro" e indisciplinado. Se voltar ainda este ano, continua sendo muito bem vindo. Henrique e William José ganham chance de mostrar serviço.
É dia 21 de maio de 2011. Dois eventos da maior importância estão agendados e mudam muita coisa.
De um lado, começa o Campeonato Brasileiro de Futebol. Vencida no ano passado pelo Fluminense, a competição repete a fórmula em que 20 clubes na série A brigam pela taça. Papada pelo Coritiba, o implacável, a disputa dá um bis com outros 20 times na série B almejando a ascensão. Na primeirona, batalha-se por três ou quatro vagas na Libertadores, a depender de quem for bem na Copa Sul-Americana, e foge-se de quatro postos de queda. Na segundona, ambicionam-se quatro cadeiras no ascensor. É a competição mais longa da temporada para todos os times envolvidos. O ano não será o mesmo para os apreciadores do ludopédio.
Foto: ChristReturns2011/Wikipedia
Embora ainda não tenha sido sido publicada no site da CBF até o momento em que esse post foi feito(que, mesmo novo, continua com a agilidade de sempre), como bem lembrou o Victor do Blablagol, a entidade finalmente vai reconhecer os títulos da Taça Brasil e do Roberto Gomes Pedrosa, torneios nacionais disputados antes de 1971, como Campeonatos Brasileiros. Agora, a discussão de boteco referente ao título desse post ganha ingrediente "oficial". Pelé foi campeão brasileiro sim, seis vezes, sendo cinco delas seguidas. Ele e outros tantos craques da geração mais gloriosa e técnica do futebol brasileiro, que ganhou três títulos mundiais antes do dito Brasileirão começar a ser disputado.
Assim, Santos e Palmeiras passam a ser oficialmente os maiores campeões brasileiros da História, com oito títulos cada um. Claro que isso ainda vai render debates etílicos e sóbrios por aí, mas, na modesta opinião desse escriba, a decisão é justa, ainda que tardia. Há quem discorde e tem também quem ache que o Robertão se assemelhava mais ao Brasileirão, enquanto a Taça Brasil seria um equivalente à Copa do Brasil da época, como opina Mauro Beting.
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Recorte de jornal de 1963: Santos, bicampeão brasileiro |
Há algumas rodadas, o desânimo entre os torcedores santistas era geral. Pontos perdidos para Corinthians, Palmeiras, Vasco e outros adversários, somados ao fato do time já estar na Libertadores 2011, deixavam tudo claro: o final de 2010 seria uma chata sequência de "amistosos" até a virada do ano, uma espera até que a emoção chegasse com a retomada dos campeonatos no início da próxima temporada.
Mas aí vieram os jogos contra Fluminense, Atlético-PR e Internacional. Uma série de três vitórias, seis gols marcados e nenhum sofrido. A diferença entre o líder reduzida a seis pontos. E a esperança de ver o Santos novamente na briga pelo título. Ainda não é hora de jogar a toalha.
Tal ânimo se justifica ainda mais se levarmos em conta que a vitória de ontem foi sobre um fortíssimo time, também concorrente ao título. Aliás, o duelo entre Santos e Inter poderia receber o apelido de "semifinal antecipada", já que complicaria muito a busca pelo título por parte de quem saísse derrotado.
O jogo foi regular em sua primeira metade. O lance de mais brilho foi justamente o gol de Neymar - que teve como origem um vacilo do lateral Kléber, ex-Santos, que perdeu a bola para Danilo. Ele tabelou com Zé Eduardo e Neymar, que com muita categoria fintou os adversários e mandou pra dentro.
Na segunda etapa, alterações relativamente equivocadas do técnico interino (será interino mesmo?) Marcelo Martelotte trouxeram o Inter ao campo do Santos. Mas apesar do Colorado reter mais a posse de bola, não criava chances agudas de gol - zaga e laterais do Santos tiveram atuações irrepreensíveis.
E por pouco o Peixe ainda não ampliou o marcador, em mais de uma oportunidade. Alex Sandro, Neymar e Zé Eduardo cansaram-se de perder gols.
Enfim, Santos 1x0, e a diferença para o Cruzeiro, líder de ocasião, estabelecida em apenas seis pontos. Domingo há um clássico fora de casa, contra o São Paulo; se Neymar e cia vencerem, é hora de considerarmos, mais que nunca, na disputa pelo título.
Fui à Vila Belmiro e assisti ao Santos 1x1 Palmeiras do sábado. E até tive tempo para escrever a respeito, fazer aquela resenha habitual pós-jogo que publicamos aqui no Futepoca.
Mas aí... seria difícil escrever algo diferente do que tenho falado quanto aos últimos jogos. Não dá pra não dizer que esse time do Santos é comum, e o quanto isso é frustrante, dado ao sensacional primeiro semestre e a uma Libertadores da América que temos a disputar no próximo ano.
Então, para não ficar na mesma, seguem os melhores momentos do jogo, e as análises eu deixo para vocês.
Agora não tem mais jeito. Com a derrota de ontem para o Vasco, por 3x1, o Santos decididamente está fora da briga pelo título do Brasileirão. Jogadores, dirigentes e técnicos deixaram o campo com aquele discurso do "enquanto houver chances matemáticas, acreditaremos", mas no fundo todos sabem que não há como reverter a complicada situação na tabela. O Santos tem mesmo que esperar por 2011.
Tudo é muito triste, principalmente pelo que o Peixe fez no primeiro semestre. O Santos foi o melhor time do Brasil na primeira metade do ano. Foi avassalador e conquistou os dois títulos que disputou. E fez com que sua torcida acreditasse que o Brasileirão era um sonho viável.
Mas aí... primeiro vieram as negociações. André e Wesley foram vendidos, e Robinho não pôde permanecer. Depois o azar: num lance aparentemente bobo, Ganso arrebentou o joelho e se ausentou pelo restante da temporada. Por fim, os problemas gerenciais: Neymar e Dorival Júnior brigaram, houve erros de todos os envolvidos, e o Santos perdeu seu treinador.
Não vou ficar reacendendo a história e nem quero dizer que Neymar ou Dorival são vilões. Só deixo registrado que é chato, para o torcedor santista, ter que ouvir coisas como "precisamos de um técnico que tenha tempo para trabalhar", "é hora de montar o time para a próxima temporada", "a coisa tem que ser bem planejado", quando parecia que tudo já estava planejado, já estava montado. É uma reconstrução que, parecia, não teríamos que encarar.
O jogo
Perder sempre é triste. Mas tem aquela história: perder para um time bem montado (como foi para o Corinthians) é mais compreensível do que para um time ruim. O que é o caso do Vasco. O time treinado por PC Gusmão é fraquíssimo, indigno da tradição de tantas equipes boas já montadas no clube da Colina.
Durante toda a partida, seguiu-se um roteiro do Santos com maior qualidade ante um Vasco com mais vibração. E mais acurácia em seus arremates. Foi assim que a equipe cruzmaltina fez 2x0, ainda no primeiro tempo.
O Santos padecia de mais dinamismo no seu setor ofensivo. Marquinhos, decididamente, não pode mais ser titular do Santos. Dá a impressão que ele segue sendo escalado pelo seu caráter e pela liderança que tem no grupo - características legais, mas que não podem servir para determinar que alguém seja titular no Santos. Já Zezinho, inserido entre os titulares... bem, sei lá. Ele deve ser melhor que Pelé nos treinamentos durante a semana. Só isso explica.
Neymar fez a parte dele, se movimentou, mas é difícil fazer chover em um time mal armado. E quando se tem Marcel como centroavante, tudo fica ainda pior.
Agora, o campeonato do Santos será dificultar a vida dos rivais (sábado tem clássico contra o Palmeiras) e ver quem presta e quem não presta no time para 2011. Chato.