Destaques

quinta-feira, setembro 01, 2011

Quase uma clínica de reabilitação

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Por Moriti Neto

Corra, Rivaldo, corra!
Sem sustos, companheiros. O título do post não remete ao ocaso das experiências de um manguaça. No entanto, é impossível afirmar que não se refira a um “final”. Talvez, ao começo do fim do sonho de ver o São Paulo ganhar o sétimo título de campeão brasileiro.          

Tomando cuidado com as delongas, até para não irritar o já chateado torcedor são-paulino com obviedades, a análise que segue, pela repetição de situações mostradas nos últimos tempos, é mais uma “análise de conjuntura” do que simplesmente a história de outra derrota dentro do Morumbi, ontem, contra o Fluminense, por 2 x 1.

Um pouco do mesmo
   
A equipe teve duas alterações em relação ao jogo com o Santos. Na lateral-direita, Jean no lugar de Piris, convocado pela seleção paraguaia. No meio, Rivaldo substituía o suspenso Carlinhos Paraíba.

No começo de jogo, o São Paulo começava com posse de bola, mas a objetividade era baixa. Com sistema de marcação bem definido por Abel Braga, o Fluminense marcava forte, por pressão, e, aos 6 minutos, já assustava. Em jogada de Fred, Ciro obrigou Ceni a fazer boa defesa. O Tricolor das Laranjeiras pressionava a saída dos donos da casa, que não sabiam o que fazer com a redonda. Aos 8 minutos, Wellington salvou o São Paulo de tomar o primeiro gol, travando, no último instante, chute do argentino Lanzini.

E só o Fluminense jogava. Aos 18 minutos, numa falha de marcação do meio de campo são-paulino, a bola sobrou de novo para Lanzini, que dessa vez finalizou sem chances para Rogério. Flu 1 x 0.
 
O visitante se propunha a jogar nos contra-ataques. Contudo, como contragolpear um time que não atacava? O São Paulo não oferecia nenhum perigo ao onze carioca e o   jogo ficou morno até o final do primeiro tempo.

Para a segunda etapa, Adilson Batista voltou com Willian José no lugar de Rivaldo. Não funcionou. O atacante não segurou uma bola no ataque, não deu um cabeceio, nenhum um chute. Nada.

Aos poucos, o jogo se mostrava o mesmo da etapa inicial. No primeiro contra-ataque encaixado pelo Fluminense, gol de Rafael Sóbis, que recebeu passe de cabeça de um desmarcado Fred. Aos 28 minutos, o São Paulo ainda diminuiu. Ceni, de pênalti, fez o de honra.

A coisa poderia ter sido pior. O gol do Tricolor Paulista saiu de falta inexistente marcada em cima de Dagoberto, que se jogou acrobaticamente após o zagueiro Leandro Euzébio dar um carrinho dentro da área. Antes disso, aos 44 do primeiro tempo, Juan deu um tapa no rosto do atacante Fred em frente ao bandeirinha, que preferiu ignorar. Detalhe: o lateral já tinha cartão amarelo. O capitão são-paulino, no fim da partida, para tornar o enredo ainda mais repetitivo, teve a desfaçatez de reclamar com a arbitragem e foi brindado com o cartão amarelo.

15  

O São Paulo, ainda com Paulo César Carpegiani no comando técnico, começou o Brasileiro de forma fulminante. Cinco vitórias seguidas.15 pontos que o time tratou de queimar dentro do Morumbi com uma sequência desastrosa.

Depois da humilhante goleada contra o Corinthians sofrida na sexta rodada, o Tricolor perdeu pontos em casa para Botafogo, Atlético Goianiense, Atlético Paranaense, Vasco, Palmeiras e Fluminense. Nos seis confrontos – três empates e três derrotas – foram exatamente 15 pontos perdidos.




Anfitrião generoso
Curioso é que os adversários citados, exceto o Palestra, subiram de produção e melhoraram as campanhas ao menos temporariamente depois de passarem pelo Cícero Pompeu de Toledo. Vamos ver se o mesmo ocorre com o Flu.

De qualquer forma, para quem procura recuperar-se, aos que necessitam “ganhar moral”, é uma boa passar pelo Morumbi e fazer uma sessão de reabilitação. Venham tranquilos. Vocês serão bem recebidos.

5 comentários:

Nicolau disse...

Po, o Corinthians também deu uma força grande aos de baixo na tabela, rsrs. Moritti, queria saber sua opinião sobre Rivaldo. Devia ser titular? Onde se encaixa? No começo do ano, quando o São Paulo jogava com uma linha de atacantes e meias rápidos (Dagoberto, Marlos e Fernandinho, se bem me lembro) e esperava o retorno de Luiz Fabiano, imaginei Rivaldo de centroavante, finalizando e armando jogadas já dentro da área. Viajei?

Moriti disse...

Estamos dando força pros pequeninos. Pela rodada de ontem e a sapatada que levou do Atlético (GO) parece que o Flamengo quer entrar na onda.

Sobre o Rivaldo, não acho que você tenha viajado. Pensei em algo parecido, meio que o cara fazendo um pivô mais refinado, já que não teria condições físicas de atuar na meia cancha ou mesmo pela esquerda do ataque, onde jogava pelo Barcelona, pois precisaria de velocidade e arranque que não possui mais.

Sei lá, imaginei algo meio Muller nos tempos de Palmeiras, toques de primeira, inteligência e tal. Enfim, o cara jogaria livre no ataque, mas tendo essa responsa de dar qualidade no passe final.

Nicolau disse...

O Giovani fez meio isso na sua última passagem pelo Santos. Enfim, eu aceito o cargo de auxiliar-técnico se te convidarem a dirigir o tricolor, hehe. A comissão começa afinada!

Maurício Ayer disse...

Poxa, Moriti, que convite bacana! Obrigado, cara, vou tentar ir na próxima.

Moriti disse...

Opa! Fechou, Nicolau.

De Marcelo, se você der uma chegada no Morumbi na sexta rodada do returno, creio que vá gostar.