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Destaques
segunda-feira, dezembro 05, 2011
Hoje posso ser insuportável
Corinthians Pentacampeão Brasileiro: mais um título do Magrão
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A Fiel Torcida, maior patrimônio futebolístico do Brasil, acompanhou o gesto. Ali, estava selado o destino do campeonato. Os jogadores não se permitiriam deixar Sócrates partir sem essa homenagem. A torcida não os deixaria parar. Nada podia ser feito por Palmeiras ou Vasco.
Mas bem que eles tentaram. Nervoso, o Corinthians recuou demais, sofreu pressão e deu várias chances à principal arma do adversário. Se você vai jogar contra o Santos, coloca alguém pra marcar o Neymar. Se é contra o Flamengo, tenta anular Ronaldinho Gaúcho. Contra o Palmeiras, busca desesperadamente não dar faltas próximas da área para a batida mortífera de Marcos Assunção. Foram dez no primeiro tempo, quatro no segundo. Sem inspiração, rendeu apenas uma bola na trave em cabeçada de Fernandão, afastada pelo espírito do Doutor – e pelo fato, não menos místico, de que o grosso centroavante já havia feito no primeiro turno seu gol contra o Corinthians. Fosse um tosco estreante, ela teria entrado.

A primeira etapa foi toda alviverde. Na segunda, o Timão adiantou um pouco suas linhas e conseguiu umas chances. Jorge Henrique cavou a expulsão de Valdívia, compensada pouco depois pelo árbitro ao mandar Wallace para o chuveiro, confirmando o equívoco de Tite ao lançar o zagueiro no lugar do suspenso Ralph. Mas o treinador confiou em seu taco: sacou William para a entrada de Chicão, também de volante.
Faltando dois minutos para o fim, a notícia fez a Fiel explodir. Vasco e Flamengo empataram no Rio, acabando com as chances vascaínas. O Corinthians sagrava-se Campeão Brasileiro de 2011, o quinto título do Time do Povo. A cidade de São Paulo, o estado, o país entravam em festa. E o Doutor Sócrates mereceu justa homenagem.
domingo, dezembro 04, 2011
Se Alexandre Kalil acha que seu Atlético entregou o jogo...
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Exemplar do grupo que está na "elite" dos dirigentes do futebol |
Já passou da hora dos cartolas serem minimamente responsáveis. E a torcida (de todos os times) deveria cobrar deles, ao invés de ficar tomando conta da vida particular dos jogadores e reclamando da arbitragem.
E a irônica torcida cruzeirense "homenageou" Cuca, o técnico do Galo, que treinou o rival mineiro nas primeiras cinco rodadas do Brasileirão. Veja aqui.
Latuff, Sócrates e Corinthians campeão
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Claro que sequei! Mas dá pra ficar feliz por alguns grandes amigos que tenho e que torcem pelo Corinthians. E feliz pelo Doutor.
E o Tite, esculachado diversas vezes nesse Futepoca, calou a boca de muita gente...
Charge do Latuff, original aqui.
segunda-feira, novembro 28, 2011
Sem responsabilidade, Palmeiras atrapalhou o São Paulo
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Foi por 1 a 0, goleada, que o Palmeiras venceu o São Paulo. Sem responsabilidade, foi mais fácil jogar futebol. Mas foi sem grande futebol, também. O time está muito melhor do que na média dos jogos do segundo turno. O suficiente para merecer a vitória mínima sobre o Tricolor, no Pacaembu.
Ao contrário do que acreditava este secador, o Corinthians não se sagrou campeão com uma rodada de antecedência. O centro da rodada foi o gol no último minuto pelo Vasco. A indústria de fogos de artifício agradece a Diego Cavallieri, porque tanto alvinegros paulistas quanto cariocas – e seus simpatizantes espalhados pelo território nacional – gastaram seu arsenal bélico entre o fim de uma partida e o gol aos 45 minutos da outra.
Foi mais legal do que o jogo entre Palmeiras e São Paulo em que pouco se conquistava, muito se atrapalhava...
A dependência alviverde em relação a Marcos Assunção relembrou o final de 2010. Manter o jogador significa uma notícia boa: manter uma arma ofensiva. Mas também uma ruim: o "risco" de chegar a 2012 sem outras opções. Claro que é uma ironia.
domingo, novembro 20, 2011
Sobre o Bahia, 2 a 0 livram Palmeiras da degola em ano para esquecer
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A segunda vitória do Palmeiras no segundo turno aconteceu na antepenúltima rodada. Foi contra o Bahia, em Salvador, por 2 a 0. Ter como trunfo – alívio? – estar matematicamente livre de riscos de rebaixamento é quase inacreditável para um time que terminou a primeira metade de partidas no Brasileirão 2011 em sexto. Agora, 12º.
Foram nove partidas do alviverde sem vencer. O feito anterior havia sido alcançado contra o Ceará. Aconteceram oito empates e sete derrotas no segundo turno. Antes, registravam-se apenas quatro revéses e outras oito igualdades.
O Palmeiras é o time que mais terminou partidas com o mesmo número de gols que o adversário: 16 ocorrências. Depois, entre aqueles que tiveram de se contentar com a triste máxima de que "o empate é um bom resultado" está o também decadente Flamengo, com 15. (tudo bem, o despencar palestrino é sem igual, quase sem precedentes, de modo que não dá pra comparar com o que sofrem os rubro-negros.)
É verdade que a retaguarda é a terceira melhor, atrás apenas do líder Corinthians e do vice, Vasco. Mas os 42 gols marcados são melhores apenas do que Atlético-PR (38), Bahia (40) e Cruzeiro (40). O terceiro pior. Até os lanternas Avaí (44) e América-MG (48) estão melhor na frente.
Com uma queda tão abrupta e pronunciada, o Palmeiras não conseguiu vencer nenhum time por duas vezes no campeonato. Nas duas rodadas que faltam, só poderia alcançar o feito contra o Corinthians, já que empatou com o São Paulo no Morumbi. Mas as chances de bater de novo o líder que tem uma mão e meia no caneco são parcas pelo que os times vêm apresentando em campo. Carimbar a faixa de campeão dos adversários pode ser consolo? Nenhum.
O Murtosa até avisou que não seria fácil. Mas essa mediocridade toda reflete a capacidade ímpar que o clube e o time tiveram de manter-se em crise permanente. Dentro do elenco ou contaminado por trapalhadas e disputas internas da diretoria, uma após outra, as instabilidades fazem de 2011 um ano para esquecer. Ou para lembrar na hora de não repetir a fórmula. Só não foi pior do que 2003, é claro.
Mesmo assim: ufa!
Ah, os gols deste domingo, 20, foram de Ricardo Bueno – o do empresário atrapalhado – e de Marcos Assunção. Valdívia até jogou bem, mas não salvou seu ano improdutivo.
quinta-feira, novembro 17, 2011
Sono coletivo e soberba: a deposição do “soberano”
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Por Moriti Neto
É de perder a paciência a mania dos são-paulinos de pensar na Libertadores em tempo integral. O que mais escutei ontem, antes do jogo contra o Atlético Paranaense, que venceu por 1 x 0, na Arena da Baixada, foi a cantilena de que, ganhando, o São Paulo daria passo largo rumo à competição continental de 2012. Tenha dó. O torcedor, hoje, tem muito mais preocupações essenciais do que se classificar ao “sonho de consumo”.
Quando vi o time escalado com Rogério, Jean, Xandão, Rodolpho e Cícero; Denílson, Wellington, Carlinhos Paraíba e Lucas; William José e Fernandinho, bateu desânimo até para acompanhar a partida.
Era uma equipe, de novo, sem laterais, com o agravante de Cícero não marcar nada e ter um veloz Guerrón, autor do gol da vitória atleticana, pela frente (ô, Leão, não entendi). Zaga perdida, Xandão é limitadíssimo, e Rodolpho, como o próprio admitiu, está “balançado” por uma oferta da Juventus da Itália que não se concretizou (continue jogando assim, meu filho, que nem o Juventus da Mooca vai te querer). Armação zero (novidade...), com Lucas sem ter com quem jogar. Ataque inoperante, com William José, que não finaliza nem prepara, e Fernandinho, na eterna tentativa de jogada – e só tentativa mesmo – para virar e escapar dos defensores pela esquerda.
Com essa formação, veio o esperado, o repetitivo. O sono coletivo que caracteriza o Tricolor nesta temporada. Um elenco razoável, enaltecido por alguns como ótimo e exageradamente diminuído por outros, que não deu liga. Rogério salvando o time de goleada, Casemiro desperdiçando mais uma oportunidade, conseguindo ser mais sonolento que os demais, Dagoberto, no banco, fora de mais um jogo no campo do clube que o revelou (agora com mais motivos do que nunca), e a prova de que o problema são-paulino não é o treinador; Leão parece tão perdido quanto Carpegiani e Adilson Batista.
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Panela velha é que faz comida boa? |
No final, derrota antevista. Outro insucesso do time que jamais empolgou em 2011, que não fez um só jogo irrepreensível no ano, que como a escrita de não ganhar na Arena da Baixada, manteve a regra de não jogar nada no returno do Brasileiro.
Esqueçamos Libertadores. É hora de reaprender a montar verdadeiras equipes e respeitar a Copa do Brasil.
Ganhamos do Ceará!
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O Corinthians sofreu, levou pressão, passou raiva, deu raiva em seus torcedores, mas venceu o Ceará em Fortaleza de goleada: 0 a 1. Meio gol a mais do que o necessário para dar um passo importante na briga com o Vasco pelo Campeonato Brasileiro. O autor do gol foi Cachito Ramires, que veio para o banco de reservas após longa estada no departamento médico e entrou no segundo tempo pra resolver a parada. Mas boa parte dos créditos da vitória precisam ir para a conta do goleiro Júlio Cesar, o contestado.
Tite tem umas coisas, como diria o pessoal do jornalismo Vando, que são, assim, muito dele, sabe? Por exemplo, ele acredita muito naquela história de ganhar dentro de casa e empatar fora. Mas muito mesmo, tanto que procura não quebrar a mística e arriscar, quem sabe, uma vitória fora de São Paulo. Bota todo mundo pra trás e 0 a 0 é um baita de um lucro. Assim, levamos um baita, mas um baita sufoco do Ceará no primeiro tempo, período em que não chutamos uma bola decente sequer para o gol do Vovô.
Para deixar claro que parte do parágrafo acima é perseguição minha com o treinador, é preciso dizer que boa parte do elenco corintiano está num bagaço danado, principalmente Liedson e Danilo (artilheiro e assistente principais no torneio). Junte a isso a suspensão de Paulinho e as jornadas horrorosas de Leandro Castán e Fábio Santos e temos a receita para o desastre. Se ele não veio, além da bela participação do goleirão, deve ter algum mérito para Tite. Tanto que na segunda etapa, o time melhorou, com a entrada de Morais (Morais!) e o supra-citado Ramires.
O empate do Vasco em 1 a 1 com o Palmeiras deixou o Timão abrir 2 preciosos pontos de vantagem na briga. Agora, dos 3 jogos que faltam, se ganhar 2 e empatar 1 levanta o caneco. Sábado tem Atlético Mineiro no Pacaembu, a parada em tese mais fácil. Depois, o inspirado Figueirense em Santa Catarina e o clássico com o Palmeiras. Vai, Corinthians!
segunda-feira, novembro 14, 2011
Ceará 2 X 3 Santos - Os reservas resolvem
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Primeiro, disseram que o Santos ia "entregar" para o Botafogo, para prejudicar um rival. Não aconteceu. Depois, iria facilitar pra o Vasco, para prejudicar o mesmo rival. Não que perder para o clube carioca fosse algo anormal, mas gostam de falar... E o Santos ganhou. Com a decisão de Muricy Ramalho de enviar a Fortaleza seus reservas e dar uma justa folga aos jogadores titulares do time que mais viajou na temporada (em especial o Joia Neymar, que jogou mais que quase todas as equipes da Série A no ano), mais chiadeira. Mesmo com suplentes, o Santos ganhou. Como bem disse o Garambone:
O goleiro Aranha também foi decisivo ao defender um pênalti cobrado por Marcelo Nicácio. Àquela altura, a partida estava empatada em dois a dois e, na sequência da jogada perdida, Diogo fez um bonito gol. Aliás, ele participou de lances importantes, deu assistências e, quem sabe, esse tento lhe dê mais confiança para recuperar um pouco do futebol que mostrou há muito tempo, quando jogava na Portuguesa. Por enquanto, periga nem ir disputar o Mundial do Japão, mas aproveitou finalmente uma oportunidade dada.
E o Brasileirão segue. O Cruzeiro agradece e o Ceará, com a moral baixa e agora no Z-4, pega o Corinthians no meio de semana. Até o fim do Brasileirão, provavelmente mais chororô sobre "entregas" de outros times, "falta de comprometimento" e numseiquelá, numseiquelá, numseiquelá (aliás, como foi no ano passado, lembra?). O pessoal, definitivamente, precisa arranjar assunto, pelo menos quando falar do Santos...
Quase vitória, mas empate
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O que falta para o Palmeiras reencontrar-se com a vitória? Se livrar de atacantes que não querem mais atuar diante de desmandos e trombadas de cartolas? Apostar no conjunto de talentos menores em vez de habilidosos que rendem pouco na temporada? Sair na frente no marcador? Abrir dois gols de vantagem?
Nenhum dos itens acima permitiu ao alviverde outrora imponente alcançar três pontos em uma partida só. O jejum de vitórias se prolongou contra o Grêmio, em Porto Alegre, no domingo, 13. Vencendo por 2 a 0 até metade do segundo tempo, o time de Luiz Felipe Scolari cedeu a igualdade. Jogou como quem venceria, mas tomou um gol de apagão da defesa e outro que exigiu alguma dose de azar – ou sorte do atacante tricolor.
O detalhe é que o Grêmio jogou mal, muito mal. O Palmeiras sem Henrique por opção, sem Valdívia na seleção (do Chile), sem Kléber nem Lincoln por exclusão (do elenco) não foi brilhante. Foi só melhor do que um adversário em tarde sem qualquer capacidade inspiradora. Mas empatou.
São nove jogos sem vitória. É a pior campanha do segundo turno. A ameaça de descenso permanece e o Vasco, que luta por título, é o adversário. São esparsas as chances de evitar que chegue a 10 o número de rodadas sem conseguir somar pelo menos um gol a mais do que os sofridos.
Ai, ai. Vem o desespero machucando o coração? Não vou mentir...
segunda-feira, novembro 07, 2011
Resumo da péssima fase e os 15 pontos que salvam
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Por Moriti Neto
Difícil falar do São Paulo sem apelar às mesmices sobre mau momento, jogos fracos e apatia (que resulta em tremedeira) no Campeonato Brasileiro. Também é quase impossível dar algum ineditismo à análise dos erros da diretoria são-paulina capitaneada por Juvenal Juvêncio (arrogante e, ao menos hoje, desarticulado politicamente, sendo o segundo item consequência do primeiro).
O vexame da derrota contra o Bahia não se caracteriza pelo resultado em si. No futebol, tem dessas coisas, principalmente num campeonato tão oscilante e vacilante do ponto de vista técnico. O líder Corinthians – na reta decisiva e com 40 mil torcedores a favor – perder do América, inevitavelmente rebaixado e pior time da competição, com apenas quatro vitórias em 32 jogos, é sintoma disso. O que não pode é o São Paulo cometer tantos erros crassos numa partida.
Duas vezes na frente do placar, os são-paulinos tomaram gol de Souza quando os baianos fizeram 1 x 1, depois de Wellington, num golaço, marcar o primeiro do Tricolor Paulista. Souza, aquele de Goiás, Flamengo e Corinthians (foi até artilheiro de Brasileirão, em 2006) deu um baile em João Felipe. Não só no lance do tento anotado, em que tomou um corte seco, de cair sentado. Enquanto esteve em campo, o zagueiro permitiu que o limitadíssimo centroavante fizesse o que bem entendesse.
Alguns detalhes, no entanto, davam certa esperança ao torcedor. Lucas, que não jogava nada fazia tempo, deu o ar da graça. Fez boa etapa inicial e, na segunda, instantes após o empate do Bahia, acertou um belo chute, no ângulo de Marcelo Lomba. Outro golaço. 2 x 1.
Não demorou que uma jogada começada em cobrança de falta chegasse aos pés de Cicero, improvisado na ala-esquerda, e terminasse em novo bom chute. A bola bate nas duas traves baianas antes de entrar. O jogo parece resolvido, indicando que a torcida comemoraria três pontos depois de oito rodadas, quem sabe até com condições reais de brigar por “objetivos maiores”.
Só que se os treinos de repetição de Emerson Leão deram alguma confiança para os atletas chutarem, o “tratamento de choque” proposto pelo técnico (com perdão do trocadilho) resultou num curto-circuito em Salvador.
Assim que tomou o terceiro, Joel Santana colocou os meias Lulinha e Nikão – algo que deveria deixar os são-paulinos mais tranquilos. Contudo, logo de cara, o primeiro fez o gol número dois do mandante, justamente depois de jogada do segundo.
O São Paulo sumiu de campo. Apagou. E viria a desmoronar com novo empate do Tricolor de Aço, com gol de cabeça do baixinho volante Fahel, que ninguém no sistema defensivo paulista marcou.
Sem reação, tremendo como um time principiante, a virada era questão de tempo contra o time do Morumbi. E ela veio com jogada de Nikão (de novo!) que um assustado Luiz Eduardo tratou de empurrar para o próprio gol.
Daí em diante, foi de doer ver a postura medrosa dos jogadores são-paulinos, que perderam quase todas as divididas. Ainda que o adversário estivesse com “um a menos”, já que o contundido volante Fabinho se arrastava em campo, os visitantes fugiram do jogo.
Cansaço, contusão e erro de Leão
Quando tomou o segundo gol, Leão preparava o banco, pensava substituições. Antecipado por Dagoberto e João Felipe, continuando a perder todas para Souza, que alegaram cansaço e pediram para sair, o técnico pôs Marlos e Rodrigo Caio. Errou nas duas mexidas.
Colocar Marlos era arriscado demais, pois o jogador erra quase tudo que tenta, ainda que em jogos tranquilos. Numa partida de forte pressão, a perspectiva de falha aumenta severamente.
Na entrada do volante Rodrigo Caio como zagueiro, Leão errou também. Não porque o garoto fosse incapaz de executar a função, mas tinha Denílson à disposição e, em momento tão claudicante da equipe emocionalmente, apostar na experiência seria prudente.
Além disso, para coroar a péssima jornada: azar e mais incompetência. Em poucos minutos, Rodrigo Caio torceu o joelho. Foi examinado pela equipe médica que atestou que o menino poderia voltar ao gramado, algo desmentido pelos instantes seguintes que forçaram Leão a trocá-lo por Denílson.
A atuação bizarra resume a fase são-paulina que deixa o time perto de recorde negativo e evidencia uma campanha digna dos piores do returno. O Tricolor está nove rodadas sem saber o que é vitória na competição. Na história dos brasileiros, só foi pior em 1996, quando passou dez jogos sem ganhar. Nos últimos nove confrontos da atual edição, obteve 21% de aproveitamento. No total do segundo turno, a coisa fica em 36%. Como observei em post anterior, índice de candidato ao rebaixamento.
Numa análise fria, depois de três temporadas de tantos erros, culminando nesta, com quatro técnicos diferentes no comando do São Paulo, não são os 15 pontos que restam a disputar no Brasileiro a alegria são-paulina. São os 15 conquistados no começo do campeonato, ainda com Carpegiani, que nos salvarão da briga para não cair. Dureza.
Nordeste legal
Independentemente do resultado e dá fase ruim do clube de coração, é legal demais ver a torcida do Bahia e o clima contagiante do nordeste num estádio cheio. No sábado, a torcida baiana deu espetáculo e, de fato, impulsionou o time. É cedo ainda, mas a vitória sobre o São Paulo é combustível moral para o Tricolor de Aço permanecer na Série A. Assim como o Ceará, que venceu o Avaí fora de casa e deu um passo fora da zona de descenso, e quem sabe o Náutico, bem na Série B, os baianos são garantia do futebol visto como festa.
segunda-feira, outubro 31, 2011
Corinthians 2 x 1 Avaí: Virada na raça afasta tragédia e retoma liderança
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O Corinthians jogou mal contra o Avaí na tarde deste domingo, num Pacaembu cheio e que recebeu horas de chuva brava durante a partida. Jogou mal, sofreu um gol fruto de jogada em (difícil) impedimento, teve um zagueiro expulso, por, no mínimo, um baita excesso de rigor. Cenário propício para uma tragédia – que não se consumou. O Timão virou a partida no segundo tempo, na raça e na coragem, levando ao delírio uma torcida encharcada. Jogo difícil e mais um passo na briga pelo título, esse de grande valor anímico. Até porque, com o empate arrancado pelo São Paulo contra o Vasco, no Rio, voltamos para a liderança, o que significa depender apenas das próprias pernas – e de uma ajudinha dos deuses, claro.
O destaque foi Emerson, que, voltando de lesão, começou no banco e entrou no lugar de Jorge Henrique. Foi o melhor jogador, como vinha sendo em boa parte dos jogos antes de se machucar. O atacante se mexe muito, procura o jogo, dá opções aos companheiros. Como fez no gol de empate, após belo passe de William, jogador às vezes meio bom, às vezes meio ruim, e que ontem estava mais inspirado.
Liedson também merece os parabéns por ter achado o gol da vitória numa cabeçada improvável. É interessante o senso de colocação do atacante. Em várias jogadas é possível vê-lo procurando um espaço vazio e tentando antecipar aonde a bola deverá cair depois de outras disputas. Nessas, acertou em cheio.
Quem também acertou foi Tite, ao não tirar um atacante para recompor a defesa após a expulsão do zagueiro Leandro Castan. Ao evitar a resposta padrão e optar por recuar Ralf para cumprir a função, o técnico manteve o poder de fogo do time e foi premiado com a virada. Acertou aí, mas errou ao botar Jorge Henrique pra jogar. O baixinho já teve excelentes momentos com a camisa alvinegra, mas não se encontra mais. O bom Edenilson, rápido e com visão de jogo, parece ser uma opção melhora na ausência de Émerson e Alex. E falando em troca de guarda, Welder pode muito bem assumir a vaga de Alessandro. O lateral avança bem, dribla e cruza sempre com perigo.
Na próxima rodada, vamos a Minas Gerais pegar o quase desenganado, mas ainda desesperado, América MG. Entre os problemas, a zaga hoje titular está suspensa, com terceiro amarelo para Paulo André e a expulsão de Castán. Devem vir Wallace e o afastado Chicão, zagueiro mais técnico do elenco, mas que perdeu espaço, segundo consta, por disputas de cunho panelístico com o técnico Tite. Espero que volte com vontade de mostrar que merece a camisa 3.
Entre as boas notícias, podemos ter Emerson, Alex, Danilo e Liedson juntos. São os quatro melhores jogadores do meio pra frente hoje. Os que mostram mais qualidade e têm resolvido a maioria dos jogos. Se um deles não jogar, deve entrar William, que também ajuda. Estamos com um bom elenco, principalmente do meio pra frente. Depois do América, vem outro mineiro, o Atlético, ainda ameaçado pela Série B, mas já mais distante do alçapão. E com melhor futebol (o Palmeiras que o diga), muito graças ao bom Daniel Carvalho. Vai, Corinthians!
domingo, outubro 23, 2011
Flamengo 1 X 1 Santos - Pra variar, Neymar
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Sem Ronaldinho Gaúcho do lado do Flamengo, ainda sem Ganso (que deve estar na reserva na partida contra o Atlético-PR) do lado santista, ninguém duvidava que o astro do embate que nem de perto foi parecido com o do 1ºturno seria Neymar. Ele fez o tento de empate do Santos, em cobrança de pênalti sofrido por Alan Kardec. Ele também passou por marcação tripla, inventou drible, bateu escanteio de três dedos – sendo “xingado” por conta disso pelo goleiro Felipe, que ficou a ver navios no lance -, deu assistência, finalizou de fora da área...
Mas seus colegas de time não o acompanharam. Desta vez, não havia o artilheiro do Brasileirão ao seu lado. Borges, suspenso, não atuou, assim como Léo, mais uma vez, que cedeu lugar a um Durval improvisado como lateral-esquerdo. Difícil imaginar Neymar tabelando com um beque ao seu lado, né? Pois é, não aconteceu isso mesmo. Novamente, a falta de criatividade do meio de campo ficou evidente, ainda mais com a saída de Arouca por contusão no segundo tempo. Ibson, que entrou em seu lugar, continuou não dizendo a que veio; Alan Kardec também não conseguiu ser efetivo na sua função de atacante que volta para armar e Renteria, jogando na função de Borges, foi pouco mais que nulo a maior parte do tempo.
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Só dá ele. Foto Santos FC. |
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Fico comovido com a preocupação do treinador com Neymar, com o Brasil, com a Copa e com tantos outros motivos nobres que devem angustiar a sua alma. Mas a cantilena não é nova. Quando era comandante palmeirense, Luxemburgo disse quase a mesma coisa, com quase as mesmas palavras (aqui). Ou seja, o profexô aparenta ter uma birra muito mal disfarçada com Neymar, atleta mais do que mal aproveitado em sua derradeira passagem pela Vila Belmiro, quando o garoto frequentava mais o banco do que os gramados mesmo tendo sido um dos principais atletas do Santos com o treinador que antecedeu o Luxemburgo. Que tal cuidar um pouco mais do seu time, que periga ficar sem vaga na Libertadores, hein, “profexô”?
Nova derrota do Palmeiras e o fim do mundo
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A nova derrota do Palmeiras, desta vez para o Figueirense, em pleno Canindé, em São Paulo, deixa o torcedor alviverde com pensamento fixo no fim do mundo. Nem é que seja o pior dos mundos perder para o time catarinense com o mando do jogo. Isoladamente, o resultado seria ruim. Ele fica péssimo em perspectiva e deixa a turma com a cabeça em 2012, ano que encerra a produção do calendário maias – o que pode tanto representar o encerramento dos tempos como o momento em que os astrônomos daquele povo cansaram e resolveram parar...
Daí a fórmula do título do post, de rir para não chorar.
Pior do que a nova derrota, do que acumular apenas duas vitórias no segundo turno, do que cair da sexta para a 12ª posição sem esboçar reação, é ver o time jogar tão pouca bola. Jogadores que já tiveram bons ou ótimos momentos, como Maurício Ramos e Henrique, respectivamente, sofrerem tanto para realizar seu trabalho. É de espantar.
Na semana em que Luiz Felipe Scolari venceu a queda de braço para mandar Kléber embora das dependências do Palestra Itália, ficou bem claro que os problemas não se resumem ao camisa 30, outrora gladiador, até capitão da equipe. O time destes últimos meses consegue ser mais limitado do que o de 2010, quando tudo passava pelos pés de Marcos Assunção.
Se não tivesse ido bem no início da competição, se não housessem times tão mal na tabela, este fim de ano seria insuportável para o palmeirense médio. Pensar que, em três anos, o time vai viver o seu centenário demandaria haver um plano de preparação. Construção do estádio à parte, a fragilidade da diretoria para lidar com crises e instabilidades (reformulando: com a capacidade dos cartolas de amplificarem a gravidade das celeumas no elenco e das oscilações de produção do time), ajuda a querer pensar apenas na contagem regressiva para o término da competição.
Perspectiva pra lá de triste.
quarta-feira, outubro 19, 2011
Santos 2 X 0 Botafogo - porque entregar jogo é coisa do trio de ferro...
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Camanducaia, que fez o gol do título de 1995 que não veio pra Vila, e Márcio Rezende de Freitas, maior ídolo do Botafogo depois de Garrincha. |
segunda-feira, outubro 17, 2011
Corinthians ganha do Cruzeiro e aguarda o corredor da vida
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Por Maurício Ayer
Num jogo ruim, com um pênalti mal marcado para o Cruzeiro (e desperdiçado por Montillo) e outro não marcado para nós, o Timão garantiu os valiosos três pontinhos que o mantêm na liderança do Brasileirão. Com o jogo atrasado com o Santos, no meio da semana, Botafogo define sua posição no grid atual. Voltamos à situação das rodadas finais do primeiro turno, com o Corinthians liderando, seguido de perto pelos quatro cariocas. Com o São Paulo perdendo o rumo (e o técnico), são os cinco que devem disputar.
Passado o desafio contra o Inter, no qual o empate não é ruim, entramos no corredor da vida onde temos que fazer valer a posição de líder: Avaí, América-MG, Atlético-PR, Ceará, Atlético-MG e Figueirense, sendo o último o único que não briga para fugir do rebaixamento.
Terminamos então contra o Palmeiras, em fase péssima e por isso mesmo louco para ter a única saída honrosa possível: na última rodada, tirar o título do Corinthians. Mas também, se acontecer o contrário, será pra se acabar de beber.
A esta altura, não dá para esperar grandes modificações. O que vai pesar mais mesmo é a motivação, a concentração, a tranquilidade para recuperar jogadores chave que ainda não estão no seu melhor, como o Liedson. Temos um meio campo funcionando, pelo menos para manter a posse de bola e criar algumas jogadas. Ainda é muito difícil enfrentar defesas fechadas, mas temos jogadores que batem bem de fora da área, como Alex e Willian.
Nosso fraco continua sendo as laterais, com especial destaque para Ramon e sua incrível capacidade de se posicionar bem: ele consegue ser sempre a pessoa errada no lugar certo, recebe a bola e, invariavelmente, a perde. E Alessandro toma muita bola nas costas, está longe de ser um jogador imprescindível. Aparentemente, estamos melhor nas bolas cruzadas na área, sem dúvida nenhuma o ponto que nos devorou mais pontos ao longo do ano, tantos foram os gols de escanteio.
Contra o Bota
Às vezes, na curva dos dias, a gente não consegue escrever sobre momentos importantes. A partida que o Timão perdeu para o Botafogo foi atípica. Com dois tempos opostos, tomamos um vareio no primeiro tempo (e ainda demos azar pelo menos no segundo gol, o que compensa o gol mal anulado que levamos no início) e socamos o pilão no segundo, mas com uma defesa trancada e um goleiro reserva inspiradíssimo, o Bota conseguiu não deixar entrar nada. Ao final, comemoraram mais que final de campeonato, com ares de batalha heroica. Claro que foi um jogo decisivo, mas os pontos corridos são assim.
Vai Corinthians!
sábado, outubro 15, 2011
Para refletir: Neymar e nós
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Foi o companheiro Olavo, que escreve no Escanteio Curto, que repassou o texto que segue abaixo por e-mail. Ele narra um episódio ocorrido depois da partida entre Atlético-MG e Santos, na quinta-feira. E serve para refletirmos um pouco a respeito do estresse e da pressão que jovens e não tão jovens jogadores, técnicos e toda gente do futebol profissional (e de outras carreiras também) sofrem no dia a dia.
Boa parte das vezes não hesitamos em apontar o dedo para eles e exigir o equlíbrio (alô, Tite), a ousadia ou a genialidade que nem sempre conseguimos ter no nosso cotidiano. Talvez a graça da brincadeira seja essa: queremos que eles sejam um pouco ou muito do que não somos ou do que nunca vamos ser. Mas são iguais a nós a maior parte do tempo. E falham como qualquer um.
Atlético-MG e Santos jogaram na Arena do Jacaré, na noite de ontem, pelo Campeonato Brasileiro da Série A. O Galo venceu por 2 a 1, e o atacante Neymar, do Santos, foi expulso, já no final do jogo, por reclamar e ironizar o árbitro da partida. Foi repreendido no vestiário pelo técnico Muricy Ramalho, de forma tão veemente, que deixou o estádio chorando muito.
Eu estava na cobertura do jogo. Depois da partida, me posicionei perto da saída dos jogadores do Atlético, fazendo meu trabalho rotineiro, de entrevistar os atletas e tirar fotos. Cumpri meu trabalho normalmente, como em todas as partidas. Foi quando Neymar saiu do vestiário do Santos, cercado por seis seguranças gigantescos. Truculentos, como boa parte dos seguranças, não todos, claro.
Os guarda-costas foram abrindo caminho com empurrões para escoltar o jogador até o ônibus do Santos. Vendo a desnecessária cena, já que não havia tumulto na porta da Arena do Jacaré, alguns jornalistas - eu, inclusive - fizeram comentários sobre o que viam e sobre Neymar. Coisas do tipo:
- Que cara mala!
- Mas que bosta, pra que isso tudo?
Concordo plenamente que não é nosso papel comentar saída de atletas do estádio, muito menos em voz alta. Não estamos ali pra isso. Mas, de forma alguma, o que fizemos foi provocativo. Prova disso é que não há nenhum registro de tumulto ou queixa contra o pessoal que estava naquela roda. O clima na saída do estádio era o mais tranquilo possível, ainda mais porque o Atlético tinha vencido a partida. O que os fãs de Sete Lagoas queriam era tirar fotos com o jovem craque. Não digo nem por nós, jornalistas. Já estamos acostumados a Ronaldinhos Gaúchos, Romários e Edmundos da vida. Um jogador sair sem falar conosco é coisa rotineira, tanto que ninguém da imprensa mineira portava microfone ou câmera para abordar Neymar.
O que aconteceu a partir daí é que foi surpreendente.
Neymar, ao ouvir nossos comentários, parou e voltou até nossa roda. Digo mais uma vez. Ninguém o provocou, conversávamos entre nós, e ele ouviu porque passou a meio metro da roda. Os seguranças tentaram contê-lo, mas ele insistiu e disse que queria falar comigo. Eu assenti com a cabeça, ele se aproximou. Estendeu a mão pra mim e disse:
- Te peço perdão, cara. Não sou o que você disse. Estou chateado, não quis fazer nada para desagradar você e sua cidade. Me perdoe, por favor.
Espantado, como todos ao meu redor, só tive tempo de balbuciar, antes que ele saísse.
- Tudo bem, cara. Tá desculpado. Esquece.
***
O espanto foi ficando cada vez maior, enquanto Neymar se afastava. Ainda mais porque todos nós sentimos total sinceridade no que o menino disse. Com o rosto inchado de chorar e ainda com lágrimas escorrendo pela face, vimos ali um ser humano, falível e arrependido por erros que cometeu e que cometeram por ele. Claro que a maior parte deles, com sua anuência.
Não deve ser fácil ser Neymar. Não vou aqui cair no lugar-comum de fazer contas sobre seus rendimentos, sua fama, seu trânsito livre em qualquer lugar do Brasil. Se os tem é porque merece, tem talento e trabalhou para isso.
A pressão sobre o moleque é monstruosa. Dirigentes, torcida, patrocinadores, empresários, agentes. É gente demais cobrando, dando palpites e querendo guiar a cabeça dele pra alguma direção diferente. Pra se ter uma ideia, este jogo contra o Galo foi o 59o disputado por Neymar este ano. E ainda tem o restante do Brasileirão e o tão sonhado Mundial de Clubes, em dezembro.
É claro que ele recebe pra isso. E muito bem, por sinal. Mas, a fama e a idolatria de boa parte da juventude brasileira não dão a Neymar o direito de passar por cima de todos nem de se julgar melhor que ninguém. Problemas comuns para nós mortais como contas, prestações e dívidas não fazem parte da vida de Neymar. É exatamente o que eu já disse aqui. Ele fez por merecer tudo o que tem, mas precisa ter prudência para administrar tudo o que é intrínseco a esta fama absurda e sem limites.
***
O episódio de ontem foi minúsculo, presenciado por, no máximo 10 pessoas, se tanto. Mas foi marcante. Não me arrependo hora nenhuma do comentário que fiz ao ver Neymar cercado por um paredão de brutamontes, como se alguém ali quisesse morder sua orelha ou lhe roubar as correntes de ouro. Foi exagero mesmo, foi uma bosta mesmo, com a desculpa pelo termo chulo.
Mas o perdão que ele me pediu, com os olhos cheios d´água, pareceu verdadeiro. E eu espero que tenha sido mesmo. Espero que ele tenha, nem que por um mísero segundinho, percebido que não é, na essência, aquilo que demonstrava ser, ao deixar um ambiente totalmente amistoso, como se fosse para a guerra.
Neymar errou, ao aceitar fazer parte daquele circo ridículo. Nós erramos também, ao não perceber a fragilidade do menino naquele momento. Espero que todos tenham aprendido a lição. Pra mim, foi uma experiência e tanto.
Obrigado Neymar, por ter sido humilde ao me pedir desculpas. Mas, principalmente, muito obrigado aos meus companheiros Igor Assunção, Fábio Pinel, Victor Martins, Felipe Ribeiro e Gustavo Faria, por não deixar morrer em mim o espírito crítico que move o exercício do bom jornalismo, que tento fazer todos os dias.
(O original está aqui)
segunda-feira, outubro 10, 2011
Em jogo fraco como tantos do Brasileiro, Santos bate Palmeiras
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Ao que parece, o Brasileirão acabou para os dois times. Ao Santos, resta recuperar alguns jogadores, entrosar o time e se preparar para o Mundial. Já para o Palmeiras, é preciso mirar algo que parece impossível hoje: um pouco de tranquilidade.
segunda-feira, outubro 03, 2011
Corinthians na briga pelo Brasileirão sem favoritos
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Desfalcado, combalido, “na UTI”, como definiu um jornal após a derrota para o Santos, o Corinthians foi a São Januário com medo de levar uma ensacada do Vasco, líder, embalado, com o “melhor jogador do campeonato da última semana”. Mas não foi nem de longe o que se viu no empate por 2 a 2 desse domingo. Foi um jogo equilibrado, mas em que os visitantes tiveram as melhores chances de marcar.
Surpreendente foi a atuação de Tite. Com dois desfalques fundamentais na frente, Emerson e Liedson, esperava que o treineiro mandasse Danilo para uma das pontas, Jorge Henrique na outra (a com o lateral mais perigoso do adversário) e William para a área brigar com os zagueiros. Pois quão surpreso fiquei eu ao ver um time, bem estranho: William e JH foram ans suas, mezzo meias mezzo atacantes, acompanhando os laterais. Alex e Danilo, na faixa central, tinham mais liberdade para atacar e eram o que de mais próximo o time tinha de atacantes de fato. Uma retranca, sem dúvida, mas que mostrou uma criatividade que eu não esperava de Tite. E que, em boa parte do tempo, funcionou.
No começo, o Vasco chegou com mais perigo, mas nada de grandioso. Até Dedé dar seu nome ao trocentésimo gol sofrido pela defesa alvinegra em jogada de escanteio (era o Chicão, o Wallace ou a organização para esse tipo de jogada que está errada?). Pouco depois, a alegria cruzmaltina diminuiu com um excelente contra-ataque que começou com improvável passe de 30 metros de Ralph para Danilo, que cruzou entre Fernando Prass e a zagueirada para Alex conferir. Tenho certeza que Tite sorriu ao ver sua ideia concretizada de forma tão clara.
O Timão passou a jogar melhor e poderia ter ampliado com Paulinho, que errou uma cabeçada na cara do gol. Mas foi o Vasco que marcou numa cagada do lado esquerdo da defesa paulista, onde Eder Luiz e Fágner, o autor do gol, fizeram estragos. Virou 2 a 1, mas Juninho Pernambucano, o mais lúcido vascaíno, sentiu contusão e saiu, o que era bom presságio.
O segundo tempo foi mais animado, com chances dos dois lados – mas as melhores para o Corinthians. William acertou o pé e mandou um cruzamento na cabeça de Danilo, que empatou. O camisa 7 ainda criaria outras oportunidades e perderia um gol na cara de Prass.Tudo somado, os dois lados podem reclamar que mereciam a vitória. Mas, como já disse William Munny, “isso não tem nada a ver com merecer”. E, se alguém quiser considerar os dois confrontos diretos, o Timão fez 4 pontos contra 1 do Vasco. O que não quer dizer grandes coisas: pontos corridos não são resolvidos só nos jogos centrais. O que se deve comemorar é o fato de o time ter jogado bem mesmo desfalcado. Se continuar encontrando opções desse jeito e mantiver a pegada de decisão nos 11 jogos que faltam, o Corinthians pode aproveitar a tabela aparentemente favorável – cheia de candidatos ao rebaixamento e times em crise, pessoal em tese mais fraco, mas que joga com dez vezes mais vontade. Fato é que seguimos na briga até a última rodada. E outro é que dificilmente o certame se resolva antes dela.
sábado, outubro 01, 2011
Fluminense 3 X 2 Santos - Peixe faz a alegria de mais um carioca
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Neymar, Kardec e Borges. Nem sempre é o Santos quem ri por último |