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segunda-feira, outubro 07, 2013

Se 45 pontos salvam, faltam 5 vitórias (ou 4 e 3 empates)

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Embalado, Cruzeiro deve atropelar o Tricolor
Na luta contra o rebaixamento na Série A do Brasileirão, a gangorra entre São Paulo e Vasco promete alternar novamente as posições dos dois clubes na próxima rodada. Na última quarta-feira o Tricolor perdeu para o Santos e caiu para a 17ª posição, a primeira na zona da degola, e o Vasco tomou o salvador 16º lugar ao derrotar o Internacional. Mas, no final de semana, o time de Muricy Ramalho conseguiu superar dramaticamente o Vitória, com gol polêmico no fim do jogo, e empurrou o Vasco, que empatou com o Flamengo, de volta para o chamado Z-4. Porém, neste meio de semana, os cruzmaltinos enfrentarão o Fluminense, com possibilidade de vitória (afinal, os tricolores cariocas perderam para o combalido Internacional), e o São Paulo vai para o "abatedouro" no Mineirão, contra o embalado - e virtual campeão - Cruzeiro. Depois, no fim de semana, o Tricolor terá mais uma pedreira, o rival Corinthians, contra quem não conseguiu uma única vitória nos cinco clássicos disputados neste ano, e o Vasco tem condições de somar pelo menos um ponto contra o Criciúma, que também está na zona de rebaixamento, fora de casa. Portanto, a situação dos sãopaulinos não é muito favorável, a curto prazo.

Entre 6 times, só o Flu perdeu no Morumbi
Mas, se a previsão dos matemáticos de que 45 pontos salvam da Série B estiver correta, o São Paulo, com 30 pontos, precisaria de mais 5 vitórias nas 12 partidas restantes - ou 4 vitórias e 3 empates (no limite, 3 vitórias e 6 empates). Dos 6 jogos que fará dentro de casa, 3 são bem "indigestos" (o já citado Corinthians, a embalada Portuguesa e o imprevisível Botafogo), 2 podem dar qualquer coisa (o irregular Flamengo e o desesperado Coritiba) e 1 TEM QUE ser vitória, de qualquer jeito (Náutico). Vamos supor que o time de Muricy vença 3 (Flamengo, Coritiba e Náutico) e empate 2 (Corinthians e Botafogo). Seriam 11 pontos, faltando mais 4 para a "salvação". Que teriam que ser conquistados nos 6 outros jogos fora de casa: Cruzeiro, Bahia, Internacional, Atlético-PR, Fluminense e Criciúma. Só que o São Paulo foi derrotado em casa por 5 deles (só venceu os cariocas). Se vencer 1 desses jogos e empatar outro, teríamos os 4 pontos necessários para somar 45, o que garantira permanência na Série A. Mas o time do São Paulo é tão irregular que não dá pra prever...

45 pontos não salvaram o Coritiba em 2009
Pra piorar, o próprio "teto mínimo" de 45 pontos é discutível. Em 2009, o Coritiba caiu exatamente com esta pontuação (e o Fluminense escapou somando 46). No ano seguinte, o nível de  corte foi mais generoso: Flamengo (44 pontos), Avaí (43) e Atlético-GO (42) escaparam. O que ocorreu novamente em 2011, quando o Cruzeiro, com 43 pontos, se salvou - e o Atlético-PR, com 41, caiu. Porém, em 2012, o teto de 45 pontos voltou a ser necessário para salvar a Portuguesa, e o Sport caiu com 41. Ou seja, tudo é muito relativo - e ainda mais num campeonato em que, faltando 12 partidas para o fim, o Vasco, primeiro na zona de rebaixamento, com 29 pontos, está a míseras 2 vitórias de superar os primeiros SETE clubes que estão à sua frente no momento: São Paulo (30 pontos), Coritiba (31), Bahia (33), Goiás, Flamengo, Fluminense e Portuguesa (todos os quatro com 34). Isso mesmo: com 2 vitórias seguidas, o Vasco se igualaria ao Corinthians, com 35 pontos, na 9ª posição. O que significa dizer que, além do Náutico e da Ponte Preta, os mais ameaçados de cair, neste momento (com 17 e 23 pontos, respectivamente), as outras duas vagas para a Série B têm pelo menos 10 "candidatos"! Ou seja, tudo é possível.

Criciúma empata fora com Goiás: reação?
Resumo da "ópera" (bufa): nas duas próximas rodadas o São Paulo deve perder para o Cruzeiro e tentar não perder para o Corinthians, para engatar a reação contra Náutico e Bahia, nos compromissos imediatamente seguintes. Se passar desses quatro jogos com 6 ou 7 pontos, será literalmente meio caminho andado para buscar mais 8 ou 9 pontos na reta final de 8 jogos. Agora, se tropeçar novamente com 2 ou 3 derrotas seguidas, aí vai ficar muito difícil. Porque, além do Vasco, Criciúma e Ponte Preta ainda não jogaram a toalha, e podem engatar reações semelhantes à da Portuguesa (por que não?). Chegar aos 6 jogos finais posicionado na zona da degola favoreceria aquele velho filme de nervosismo, pressão, crise e desespero que provocam erros infantis e derrotas em jogos teoricamente tranquilos, numa espiral inevitável que já vimos o próprio Vasco, o Botafogo, Atlético-MG, Palmeiras e Corinthians serem tragados, sem possibilidade de reação. No sábado, Muricy Ramalho finalmente reconheceu que o elenco do São Paulo é fraco e incompatível com uma competição tão disputada quanto esta. Ainda bem! Alguma lucidez no império "soberano" de Juvenal Juvêncio. O consolo é que outros elencos de times "grandes" também beiram o sofrível. Por isso, resta a fé. Vamo, São Paulo!


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