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Existem múltiplas
e diferentes formas de emoções e de dores negativas, como a
vaidade, a arrogância, a inveja, a ambição, a cobiça, a
pusilanimidade etc.
Mas, entre todas,
o ódio e a cólera são considerados os mais funestos, porque
representam os maiores obstáculos ao desenvolvimento da compaixão e
do altruísmo e porque destroem a virtude e a tranquilidade do
espírito.
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Claudinei não gostou. Nem eu (Ivan Storti/Santos FC) |
Era
esse ensinamento que o Dalai-Lama vertia em seu livro Todos os
dias – 365 meditações diárias era o recomendado para o
leitor no dia 6 de setembro. E foi com sua lembrança em mente que
olhei para o rosto do arqueiro reserva Vladimir, desolado após mais
uma finalização lusa quando o jogo estava três a zero contra o
Santos. Tinha atribuído ao atleta alcunhas pouco generosas,
adjetivos algo chulos, palavras que não se pronunciam nas homilias.
Afinal, ele falhou nos três gols tomados e passava uma sensação de
morte iminente no torcedor toda vez que a bola chegava perto da área.
Tudo
bem, não jogava desde 2011, pensei, o desculpando com toda postura
zen que consegui manter. Mas tem goleiro que passa tempos sem atuar e
faz papel melhor. Mas ele não teve uma proteção decente, foi
prejudicado por uma péssima atuação defensiva do lateral Cicinho e
do capitão Edu Dracena que, não satisfeito com sua bela
performance, entregou os pontos ao dizer que o Santos tinha que
pensar em 2014. Sinceridade demais no momento errado.
E
era preciso ser meditabundo, quase sorumbático, para compreender
Claudinei Oliveira. O treinador é jovem, tem um belo futuro pela
frente, mas oscila demais junto com seu time. Não possui em mãos um
elenco brilhante ou mesmo numeroso, mas inventa em excesso quando não
é necessário e altera a equipe com substituições que vão da
superlotação de volantes à abundância de atacantes em menos de 90
minutos. Em geral, sempre sem ligação no meio de campo, fazendo a
equipe piorar quando já não está bem. Difícil obter padrão
assim.
É
necessário ter paciência com o time em transição. Mas nem sempre
vai ser fácil segurar a língua. O fato é que os dois últimos
resultados mostraram o cenário atual do Brasileirão: o Santos é
mais arrumado que o São Paulo, e menos que a Portuguesa, bem armado
por Guto Ferreira, treinador que fez trabalhos interessantes também
na Ponte em 2013 e no Mogi em 2012. Durante a peleja, deu um
“prestenção” (verbal) em Claudinei, que reclamava da
arbitragem. O santista, ao que parece, resmungou se calou. Eu também.
E desisti ali.
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