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quarta-feira, dezembro 25, 2013

Efeito retardado OU Resultado premonitório

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Só agora, 20 dias depois, é que me toquei: ao conhecer o Maracanã, em setembro deste ano, assisti com meu pai justamente um confronto entre Fluminense e Portuguesa. E os cariocas venceram. DE VIRADA...

segunda-feira, dezembro 09, 2013

E o São Paulo salvou Criciúma e Coritiba

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Por incrível que pareça, o São Paulo, que iniciou o 2º turno do Campeonato Brasileiro na 18º colocação, precisando de pelo menos dez vitórias para conseguir escapar da Série B, livrou-se da ameaça com quatro rodadas de antecedência e terminou a competição como uma espécie de "Papai Noel", "presenteando" três pontos tanto para o Criciúma quanto para o Coritiba, o que foi decisivo para se salvarem. O time de Muricy Ramalho perdeu para os dois pelo mesmo placar de 1 x 0 e da mesma forma, sem demonstrar qualquer vontade de reagir. Nas duas ocasiões, depois de tomar o gol logo no início do primeiro tempo, "parou" de jogar, como se os jogadores sãopaulinos dissessem aos adversários: "Já está bom pra vocês? Tudo certinho? Assim resolve? Beleza, então vamos aguardar o apito final". E assim foi feito.

Com isso, caíram dois cariocas. E olha que o São Paulo, depois de livrar-se da Série B, ajudou primeiro o Fluminense, ao colocar um time reserva para o jogar no Maracanã e tomar um gol do zagueiro Gum no fim do segundo tempo. Não adiantou nada: o time de Dorival Júnior perderia para o Santos e empataria com o Atlético-MG nas rodadas seguintes e complicaria de vez suas chances de permanência na Série A. O rebaixamento do campeão brasileiro de 2012 dá ao torcedor sãopaulino a real noção de como o abismo esteve próximo este ano. Escapamos por quatro míseros pontos! A diferença entre São Paulo e Fluminense foi que o (incompetente) Juvenal Juvêncio teve um surto de consciência e trocou de técnico logo após o fim do 1º turno, enquanto a Unimed insistiu mais tempo com Vanderlei Luxemburgo.

Ali, naquele momento, o Fluminense estava na 15ª posição, com 22 pontos - apenas quatro a mais que o tricolor paulista. A diretoria achou que dava pé mantendo tudo como estava. Depois de uma derrota para o Corinthians, que completou sequência de nove jogos sem vitória, Luxemburgo foi demitido. Com apenas cinco jogos pela frente, Dorival assumiu com duas vitórias e deu esperança à torcida. Talvez, se tivesse assumido o time uns cinco jogos antes, teria tido melhor sorte. Talvez. Assim como o Vasco, que demorou muito para contratar Adilson Baptista - e também caiu. Agora, teremos no Brasileirão de 2014 três clubes de Santa Catarina (Criciúma, Chapecoense e Figueirense) e apenas dois cariocas (Botafogo e Flamengo). Com a queda da Ponte Preta e a volta do Palmeiras, os paulistas permanecerão com cinco times.





segunda-feira, dezembro 02, 2013

Cenas que ninguém faz questão de ver OU 'Vem, mon amour, vem fazer Flu-Flu...'

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Tem muita gente urubuzando o Fluminense (principalmente a urubuzada flamenguista) para que o clube, campeão brasileiro de 2012, despenque para a Série B na última rodada do nacional deste ano. Muita dessa "secação" decorre de uma das maiores e mais vergonhosas viradas de mesa do nosso futebol, quando a famigerada Copa João Havelange, que substituiu o Brasileirão no ano 2000, alçou o time das Laranjeiras injustamente para a Série A, quando, como campeão da Série C no ano anterior, deveria mesmo era ter disputado a segundona.

A queda para a Série C em 1998, aliás, ficou marcada por uma promessa do veterano Renato Gaúcho, que garantiu desfilar pelado caso o clube confirmasse o rebaixamento. O time caiu e - felizmente - o jogador não cumpriu com a própria palavra. Pois agora, 15 anos depois, quando o Fluminense está na beira do abismo da Série B, outra "personalidade" faz ameaça idêntica. Sérgio "Vem Fazer Glu Glu" Mallandro decreta: "Se o meu Flusão cair, eu vou andar na orla de Copacabana de fio dental." Acho que agora muita gente vai mudar de ideia e torcer para o Flu escapar...

segunda-feira, novembro 25, 2013

Rogério Ceni supera Pelé mas São Paulo só empata

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Sem mais nada para ganhar ou perder no Brasileirão, o São Paulo botou o time titular contra o Botafogo, no domingo, para um "treino de luxo" antes da "missão impossível" de quarta-feira, quando jogará a segunda partida da semifinal da Copa Sul-Americana e terá que reverter derrota de 3 x 1 para a Ponte Preta, jogando fora de casa. E começou bem: logo de saída, sufocou o time carioca e abriu o placar com Aloísio. Mas voltou a perder muitos gols (acertou três bolas na trave) e cedeu o empate em mais uma lambança da defesa. No segundo tempo, com novas substituições polêmicas de Muricy Ramalho, ainda tomou pressão do Botafogo. O resultado final foi mesmo 1 x 1. O time peca demais tanto no ataque quanto no setor defensivo, o que desestimula qualquer sãopaulino a acreditar numa reversão espetacular contra a Ponte.

Digno de nota foi que o goleiro Rogério Ceni finalmente ultrapassou Pelé e tornou-se o jogador que mais vezes entrou em campo com a camisa de um mesmo clube brasileiro: 1.117 partidas. Além de Pelé (que jogou 1.116 vezes pelo Santos), a lista inclui Roberto Dinamite (1.110 jogos pelo Vasco), Ademir da Guia (901 pelo Palmeiras), Júnior (857 pelo Flamengo), Valdomiro (853 pelo Internacional) e Pepe (750 pelo Santos), entre outros. A marca histórica pode ser a última façanha de Rogério Ceni como profissional pois, se o São Paulo não conquistar a Sul-Americana e não se classificar à Libertadores de 2014, o goleiro deverá mesmo pendurar as chuteiras no mês que vem. Como está cada vez mais difícil um jogador permanecer muito tempo num só clube, esse recorde possivelmente vai durar muitas décadas.

Agora, vamos à batalha contra a Ponte. Aconteça o que acontecer, o São Paulo deve começar a pensar, imediatamente, na próxima temporada. O rebaixamento passou muito perto este ano e, se o elenco não for completamente reformulado, 2014 pode trazer novo drama. De qualquer forma, Muricy parece fortalecido, mesmo com o fracasso na Sul-Americana. Bola pra frente. Vamo, São Paulo!


segunda-feira, novembro 18, 2013

E até que o 'Expressinho' não fez feio...

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Depois de salvar o São Paulo do rebaixamento para a Série B, Muricy Ramalho se deu ao luxo de colocar um time reserva para enfrentar o Fluminense no Maracanã, ontem - uma situação que nenhum sãopaulino acreditaria ser possível há apenas dois meses, quando o time se debatia para sair da zona da degola. Dessa vez, quem se debate é exatamente o Fluminense, que, com o novo técnico Dorival Júnior, está conseguindo vitórias importantes na luta para permanecer na Série A. Foi o que aconteceu ontem: depois pressionar os paulistas o jogo todo, os cariocas conseguiram o gol da virada e dos fundamentais três pontos aos 43 minutos do segundo tempo, em cabeçada do zagueiro Gum após cobrança de escanteio. Pra (não) variar, falha de marcação e de posicionamento de Rafael Tolói, que prova, a cada atuação, que seu lugar é mesmo o banco de reservas (ou então, fora do clube). Registre-se: aos 27 da segunda etapa, portanto, 16 minutos antes de fazer o gol salvador, Gum, que já tinha cartão amarelo no jogo, deu um carrinho violento em Lucas Evangelista, que partia em direção ao gol do Flu. O juiz poupou o segundo cartão e, com isso, manteve o futuro "herói da partida" em campo. Sinal de que o "Expressinho" do São Paulo não fez feio, ou seja, resistiu bem ao time titular carioca e quase segurou o empate.

Da molecada que entrou jogando, o volante João Schimidt, que deu assistência (de calcanhar) para o primeiro gol do jogo, do atacante Welliton (o melhor do time de Muricy), foi o que mais se destacou. Improvisados nas laterais, o zagueiro Lucas Silva se perdeu no nervosismo e acabou substituído no intervalo pelo lateral-direito de ofício Mateus Caramelo e o meia Lucas Evangelista, pela esquerda, acabou facilmente envolvido pelos adversários. Mas isso foi uma aposta de Muricy Ramalho e o fiasco pode ser debitado na conta dele. O treinador sinalizou, porém, que não confia nos laterais reservas, nem em Caramelo e muito menos no argentino Clemente Rodríguez (ambos devem ter se tocado que não estarão no elenco em 2014). Outros que podem acionar seus empresários, em busca de clubes interessados, são o já citado zagueiro Rafael Tolói, o tosco volante Fabrício e o improdutivo atacante Osvaldo, há sete meses (!) sem marcar gol. Mesmo não sendo tão dispensável, o zagueiro Edson Silva também pode estar com os dias contados, pois o São Paulo provavelmente vai reforçar a zaga. O mesmo acontecerá com Wellington, que já teve propostas do exterior, se o clube trouxer um ou mais volantes. Enfim, Muricy prova para a diretoria, em partidas como essa, que metade do elenco não tem utilidade.

Denis, o goleiro, voltou a falhar ao bater roupa no primeiro gol do Fluminense, mas o treinador o poupou e creditou o erro à falta de ritmo de jogo. Porém, é certo que será muito difícil que o efetivem como titular, caso Rogério Ceni confirme a aposentadoria. O clube está de olho no goleiro rival de ontem, Diego Cavallieri, transação que, se for concretizada, eu considero um grande acerto. O que preocupa, desse time considerado reserva, é Jadson. Não é nem sombra do jogador que iniciou o ano "voando baixo", comandando o meio de campo, dando assistências e fazendo gols - o que o levou a disputar a Copa das Confederações pela seleção brasileira. Talvez a fé cega da diretoria e das comissões técnicas em Paulo Henrique Ganso, forçando sua escalação mesmo quando ainda não estava bem, tenha desanimado Jadson, que percebeu que não era prioridade. Curiosamente, Osvaldo, que também chegou à seleção e começou o ano dando show, "desapareceu" no mesmo período. Se o boato de que o São Paulo vai apostar na vinda do veterano Zé Roberto - que encerra seu contrato com o Grêmio em dezembro - se confirmar, acho que Jadson vai forçar saída para outro clube. O que é uma pena, pois é bom jogador, apesar da má fase atual. Mas confiro nas decisões de Muricy Ramalho. Vamo, São Paulo!


quinta-feira, novembro 14, 2013

Enfim, UFA! Muricy merece uma estátua no Morumbi!

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Muricy chora após a vitória contra a Portuguesa: torcida sempre grita seu nome
No DVD "Soberano 2", o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, repete duas vezes a frase "Eu vi a coisa ruim!" (assista aqui, a partir de 15:53) quando fala sobre o sufoco que o time passou contra o Al Ittihad, em 2005, na primeira partida do Mundial de Clubes. Pois entre junho e agosto de 2013, por culpa exatamente de Juvenal, eu e milhões de sãopaulinos também vimos "a coisa ruim" - talvez como nunca antes na história do clube! É por isso que a vitória de ontem por 2 x 0, contra o Flamengo, que alçou o São Paulo aos 49 pontos, 1 acima do patamar de segurança estimado pelo matemático Oswald de Souza para livrar completamente um clube da ameaça de cair para a Série B do Brasileirão, deve ser comemorada como um título (e, curiosamente, na mesma data em que o Cruzeiro sacramentou a conquista do torneio). Digam o que quiserem, mas, nos 63 dias de sua terceira passagem pelo São Paulo, entre 10 de setembro, quando foi apresentado e já comandou o primeiro treino, e 13 de novembro, quando venceu o Flamengo, o técnico Muricy Ramalho operou um verdadeiro MILAGRE. Ele merece uma estátua gigante, na porta do Morumbi!

Juvenal expurgou atletas, desautorizou Ney e precipitou a crise
Eu digo milagre porque, muito além das fraquezas e deficiências do elenco, o time do São Paulo estava completamente destroçado emocional e psicologicamente naquele início de setembro, após uma sequência destruidora de derrotas e vexames iniciada no revés contra o Goiás, pelo Brasileirão, em pleno Morumbi, e que atravessou de forma implacável os comandos de Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori. Tudo dava errado, por mais que os treinadores ou os jogadores se matassem em campo. Era um time apático, cabisbaixo, entregue. Concordo que não era tão ruim quando aparentava ser, afinal, no primeiro semestre, chegou às fases de mata-mata do Campeonato Paulista e da Libertadores. Mas foram exatamente as eliminações simultâneas nessas duas competições que levaram Juvenal Juvêncio a precipitar o São Paulo no abismo ao tomar a decisão intempestiva e burra de expurgar seis jogadores para o temível exílio em Cotia (Cañete, Cortez, Fabrício, Henrique Miranda, Luiz Eduardo e Wallyson) - sem critério aparente, afinal, Lúcio, Douglas, Osvaldo e outros que já estavam em péssima fase foram poupados. Aquilo foi o início da enorme crise que quase levou o clube à Série B.

Com a brutal interferência, numa só tacada, Juvenal desvalorizou publicamente atletas de forma totalmente desnecessária, instaurou a insegurança no elenco e, pior, tirou toda a autoridade de Ney Franco. O resultado era previsível e só questão de tempo. Quando Ney foi demitido, a maionese desandou mais do que se imaginava que desandasse. Pior: mesmo com a torcida pedindo nas arquibancadas o então desempregado Muricy, a diretoria resolveu economizar e trouxe Autuori, que não mostra um serviço digno de nota há muito tempo e que deixou o Vasco em uma situação crítica. Para complicar, a sequência de derrotas no Brasileirão (ainda mais humilhantes porque a maioria acontecia no Morumbi) embolou com o passeio tranquilo do Corinthians sobre o time na decisão da Recopa Sul-Americana e na inoportuna excursão para Europa e Ásia, onde cada revés derrubou ainda mais a confiança do time e contribuiu para aumentar a pressão da própria torcida e a zombaria dos adversários. Autuori perdeu 10 dos 17 jogos que comandou! O time que perdeu para o Coritiba na última rodada do 1º turno parecia um bando de defuntos.

A vitória contra o Cruzeiro, no Mineirão, foi a mais inimaginável
E o cadáver seguia com velocidade inegável para o cemitério da Série B. Nem o mais otimista dos otimistas poderia sequer conceber, em delírio, que Muricy, resgatado por Juvenal quando o desespero atingiu o ponto máximo, poderia fazer o São Paulo reagir de forma tão espantosa como aconteceu! Logo de cara, fez o primeiro milagre: três vitórias seguidas, contra Ponte Preta, Vasco e Atlético-MG. O segundo milagre: tirou o time da zona de rebaixamento. E o terceiro: emendou nova sequência de vitórias difíceis, importantes e mesmo inimagináveis principalmente contra o virtual campeão (na época) Cruzeiro, em pleno Mineirão, mais Vitória, Bahia (também fora de casa), Internacional (idem) e Portuguesa. Em 15 partidas pelo Brasileirão, Muricy somou 31 pontos, muito mais do que os 18 conquistados em todos os 19 jogos do 1º turno, e fez o inquestionável milagre de tirar o time da apavorante 18ª colocação na tabela para a atual 7ª posição! Repito: milagre. Maior, na minha opinião, do que o da arrancada do 2º turno de 2008, quando Muricy tirou 11 pontos de desvantagem e ganhou o título na última rodada.

Mas é claro que, por trás do milagre, está o famoso "aqui é trabalho, meu filho!" de Muricy. Ele mudou muita coisa no time, além de recuperar a confiança e a tranquilidade no clube: confirmou a defesa com três zagueiros, com Rodrigo Caio como líbero para ir à frente quando o time tem a posse de bola; fixou Paulo Miranda como lateral-direito e mandou o improdutivo Douglas para a meia-direita; barrou Fabrício (o favorito de Autuori) e "ressuscitou" Maicon para dar apoio a Paulo Henrique Ganso; tirou (corajosamente) Jadson, Osvaldo e Luís Fabiano do time e deu moral para Aloísio e o até então encostado Ademilson. O resultado foi muito melhor do que o esperado. Para quem (como eu) achava que, se o São Paulo conseguisse escapar do rebaixamento, isso aconteceria só na última rodada, no sufoco, Muricy livrou o time da tragédia inédita muito antes disso - o que permite o luxo de poder dar atenção e centrar forças na reta final da Copa Sul-Americana. Por conta do treinador, a torcida sãopaulina vive um alívio impensável há meros dois meses. Aconteça o que acontecer na Sul-Americana, já podemos soltar muitos rojões!

Time grande cai! O campeão Fluminense está na beira do abismo
Finalizo registrando o que eu aprendi com aquela que tenha sido, talvez, a maior crise da história do São Paulo Futebol Clube: ao contrário do que bravateia nossa torcida, time grande cai, sim! Dessa vez nós demos sorte, muita sorte. Não duvido nada de que outra temporada semelhante a essa resulte na queda para a Série B. O Corinthians escapou "raspando" em 2006 e caiu no ano seguinte; o Fluminense foi campeão em 2012 e está perigando cair, somente um ano depois. O Brasileirão é muito nivelado e ninguém está a salvo. O bom retrospecto do São Paulo no campeonato, a partir da instituição dos pontos corridos, iludiu muito os torcedores. Nenhuma estrutura, dinheiro, elenco ou mesmo um treinador como Muricy podem garantir com 100% de certeza que um time nunca vá ser rebaixado. "A bola pune", como professa outra frase conhecida do treinador sãopaulino. Má fase todo clube passa e, se ela for muito longa ou coincida com uma temporada muito nivelada e equilibrada dos adversários, dará em rebaixamento, sem dúvida. Um dia a casa cai. Só que, hoje, respiramos aliviados! Obrigado, Muricy! E vamo, São Paulo!


segunda-feira, novembro 11, 2013

Ponte e S.Paulo levam 3x0 a dez dias de se enfrentarem

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Ganso jogou descansado contra
o Atlético-PR e nada produziu
 (Foto: Felipe Gabriel/Lance!Press)
Ponte Preta e São Paulo farão a primeira partida das semifinais da Copa Sul-Americana no dia 20 de novembro, com mando do time da capital (uma semana depois acontecerá o jogo da volta, em Campinas). Coincidentemente, as duas equipes foram derrotadas ontem, na 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, por placar idêntico: a Ponte levou 3 x 0 do Vitória em casa, mesma contagem aplicada pelo Atlético-PR sobre o Tricolor lá no Paraná. A diferença é que, faltando apenas 5 jogos e 15 pontos em disputa no torneio nacional, o time pontepretano ocupa a penúltima colocação na tabela, com apenas 34 pontos e sério risco de rebaixamento. Já os sãopaulinos, com 46 pontos, estão "mais ou menos" livres da ameaça de cair para a Série B - pois tem matemático que crava 48 pontos como patamar mais seguro.

Comentando sobre meu time, o São Paulo, até entendo a desculpa de Muricy Ramalho ao dizer que devia ter poupado os que jogaram quarta-feira passada na Colômbia. É o velho artifício de jogar a responsabilidade no preparo físico, no cansaço e nunseiquelá. Mas é questionável: Ademilson não jogou nem 45 minutos contra o Atlético Nacional, assim como os quase homônimos Wellington e Welliton. Outros dois que jogaram ontem nem entraram na partida da Sul-Americana e estavam plenamente descansados: Ganso e Osvaldo. Ou seja, quase metade dos jogadores de linha. Reconheço que Muricy conseguiu vitórias milagrosas fora de casa nos últimos 40 dias, a principal e mais surpreendente contra o líder Cruzeiro, a mais heróica contra o Bahia e a não menos importante contra o Internacional.

Só que tudo isso, mais as vitórias decisivas dentro de casa contra Vitória e Portuguesa (o Náutico não conta, pois é surrado por todo mundo) e a progressão paralela na Copa Sul-Americana fizeram muitos sãopaulinos saírem um pouco da realidade e imaginarem briga pelo G-4 no Brasileirão e Ganso na seleção brasileira. Menos, menos. O Muricy achou um jeito - eficiente - de o São Paulo jogar, mas é um jeito pensado e estruturado sob medida para um time sofrível e irregular. Repito isso pela enésima vez (que o time é fraco) porque tenho certeza que, se permanecer no cargo, o treinador vai tentar fazer uma mudança radical no plantel. A defesa conseguiu um importante reforço (Antônio Carlos) e uma grata adaptação (Rodrigo Caio), mas comete falhas infantis em TODOS os jogos, mesmo nas vitórias. E, quando entram, Rafael Toloi e Edson Silva desafiam a resistência de sãopaulinos cardíacos.

Os volantes (Maicon, Denílson e Wellington) não são nenhuma Brastemp. Os laterais (Paulo Miranda improvisado, Douglas e Reinaldo) também estão muito longe de integrarem o planejamento ideal de qualquer treinador brasileiro. No meio, a exceção: Ganso titular e Jadson reserva são, sim, boas opções. Já no ataque, Luís Fabiano está abaixo do mínimo aceitável e Aloísio e Ademilson podem até estar atravessando uma boa fase juntos, mas são apenas medianos; isso me parece consenso. Portanto, levar uma invertida de 3 x 0 do Atlético-PR, mesmo placar sofrido contra o Santos, ou perder dos bons Grêmio e Goiás (todas essas derrotas já com Muricy no comando), para mim é normal. Nenhuma tragédia nisso, nem precisa ficar arrumando desculpas. Esse time do São Paulo, com tanta gente no máximo "esforçada", já fez muito mais do que podia. Merece os parabéns.

Aliás, depois de atingir 46 pontos e respirar um pouco mais aliviado, é natural que o time dê uma relaxada no torneio nacional. Na Sul-Americana, creio que o time vai encarar uma pedreira contra a Ponte, ainda mais com o segundo jogo fora. Mas Muricy me parece seguro e com elenco nas mãos, além de prestígio com a diretoria. Fora isso, ganhou a torcida. O fim de ano para os sãopaulinos está sendo muito melhor que a encomenda. E pode surpreender mais. Vamo, São Paulo!


segunda-feira, novembro 04, 2013

Vitória salvadora e algumas observações sobre o S.Paulo

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Muricy Ramalho merece uma estátua no Morumbi. O que ele conseguiu fazer em míseros dois meses pode ser considerado, sim, um milagre. A vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa levou o time aos 46 pontos e praticamente o salvou do rebaixamento no Campeonato Brsileiro (embora matemáticos mais pessimistas insistam na necessidade de mais um ou dois empates). Isto posto, gostaria de fazer algumas observações sobre três "verdades" - ou melhor, opiniões - hegemônicas na mídia que, de forma alguma, considero procedentes.

1 - 'Trabalho' de Paulo Autori
Dizem que Muricy só continuou o trabalho implantado por Paulo Autuori. Discordo. Muricy mudou o esquema de jogo, passou a atuar com três zagueiros ("inventando" Rodrigo Caio como líbero), encostou na reserva Osvaldo, Jadson e Fabrício (o "homem de confiança" de Autuori), oficializou Ganso como único homem criador no meio de campo (e mais adiantado), recuperou Maicon e Ademilson e fez o time ser eficiente na bola parada. O que fez Autuori? Dez derrotas em 17 jogos. Isso resume tudo.

Esta "louvação" à Paulo Autuori leva à minha segunda discordância. A mídia "comprou" - ou, pelo menos, não se dignou a contestar - a afirmação de Rogério Ceni de que o legado de Ney Franco foi "zero". Mentira. O trabalho de Ney no 2º turno do Brasileirão de 2012 foi semelhante ao de Muricy agora, com a diferença (crucial, claro) de que ele não pegou o time ameaçado de rebaixamento. Mas, pela primeira vez em quatro anos, montou um time muito bem definido e competitivo. Autuori fez algo parecido?

2 - Trabalho de Ney Franco
Ney "inventou" um ataque com dois pontas e um centroavante, classificou o clube para a Libertadores após dois anos e ganhou um título depois de quatro temporadas na "fila". Não é pouco (não mesmo!). Mas o que aconteceu em 2013? As velhas e desastrosas interferências de Juvenal Juvêncio: Lúcio já veio como titular absoluto e bagunçou a defesa; Ganso, sem condições, teve a escalação forçada e bagunçou o meio; ninguém repôs a ponta com a mesma característica de Lucas, o que bagunçou o ataque.

Pra piorar, Cortez, que havia feito um segundo semestre de 2012 tão brilhante que recebeu uma proposta internacional (recusada) de R$ 18 milhões em dezembro, SUMIU de uma hora pra outra, de forma inacreditável e inexplicável - o que bagunçou a lateral tanto na defesa quanto no apoio ao ataque. Outro azar de Ney: a grave contusão de Negueba, que poderia fazer a função de Lucas (com muito menos qualidade, claro, mas com mais propriedade). Por tudo isso, não culpo Ney Franco. Pelo contrário.

3 - 'Cobras criadas'
Tem uma outra coisa que o camarada Glauco observou logo no início de 2013 e que faz todo o sentido, a de que o São Paulo tinha muita "cobra criada" (leia-se: Rogério Ceni, Lúcio e Luís Fabiano), ou seja, jogadores que peitam técnico e formam panelinhas internas, e que Ney Franco não é um técnico acostumado a lidar com isso. Talvez seja por esse motivo que ele não se dê tão bem em times "grandes". Autuori chegou e barrou Lúcio. Agora, Muricy faz o mesmo com Luís Fabiano. É sintomático.

Por fim, a terceira "verdade" que vem sendo apregoada pela mídia, sobre a "motivação" que voltou ao elenco com Muricy Ramalho. Trata-se de meia-verdade. O que acontece é o seguinte: desde que Muricy saiu, em 2009, nenhum treinador teve pleno comando do time. Juvenal sempre se meteu e desautorizou publicamente quase todos eles. Alguns exemplos: a imposição de Rivaldo à Carpegiani, a "desescalação" de Paulo Miranda de um jogo comandado por Leão, a imposição de Lúcio à Ney Franco.

4 - Desautorizações de Juvenal
Todos esses episódios minaram o poder dos técnicos sobre o elenco, afinal, ficou claro que eles não mandavam nada perto de Juvenal. E a pior desautorização ocorreu justamente com Ney Franco, quando, logo após as eliminações do Paulista e da Libertadores, Juvenal expurgou seis jogadores para a "Sibéria" de Cotia e reabilitou o renegado Juan. Isso NINGUÉM da mídia se lembra de dizer, mas foi ali o início da inevitável crise sãopaulina. Ali, todo jogador passou a ter MEDO da diretoria.

Foi então que, quando o navio já tinha feito água a ponto de ficar só a ponta do mastro para fora, e visivelmente sem condições de reagir, Juvenal se tocou (ou foi pressionado pelo seu grupo político a se tocar) e telefonou para Muricy. Eu imagino que o treinador tenha feito uma única EXIGÊNCIA: "Juvenal, eu encaro. Mas você não interfere em nada!". E assim foi feito. Prova disso é que Juvenal desapareceu da mídia. Muricy não veio com "motivação", mas sim com AUTORIDADE. E resolveu.

5 - Muricy quer autoridade permanente
Agora, com o sucesso alcançado, Muricy dá a entender que sua continuidade no São Paulo não é tão certa quanto parece. A mídia especula que o problema é dinheiro. Na minha opinião, não é o caso. O que Muricy teme é que, passada a tormenta, Juvenal assuma novamente a postura de déspota e volte a interferir desmedidamente no trabalho da comissão técnica. A começar pelas contratações para 2014, que, se Muricy não tiver liberdade para vetar, serão novamente desastrosas. Esse é o "nó" da questão.

Mas Muricy "ganhou" o elenco e é ídolo da torcida. Espero que Juvenal Juvêncio tenha BOM SENSO e leve isso em consideração.




terça-feira, outubro 29, 2013

Alex, o 'língua de trapo', critica Roger 'chinelinho'

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Sydney, 2000: Alex (10) faz o
gol da vitória sobre o Japão e é
abraçado pelo reserva Roger
Depois de escancarar para o jornal Lance!, em agosto, que "quem realmente cuida do futebol brasileiro é a Globo" (leia e veja o vídeo aqui) - o que, apesar de ser uma obviedade, foi a primeira vez que um jogador teve peito pra dizer isso em alto e bom som (e a prova de que incomodou foi que o próprio presidente de seu clube, o Coritiba, rebateu a afirmação) -, o veterano meia Alex agora resolveu comprar briga com o ex-jogador e hoje comentarista Roger Flores, que trabalha para a SporTV. Em entrevista para a revista Placar (veja vídeo aqui), Alex detonou:

- Eu não vi ele [Roger Flores] falar de mim, ainda, porque eu tô jogando. Então não consigo e também não busquei informação. Mas eu vi o Roger, por exemplo, comentando os jogos do Fluminense. Pô, difícil, cara! Difícil. Porque a gente conhecia o cara, a gente sabia como que o cara se comportava no dia a dia, a gente sabia o tipo de jogador que ele era, a gente sabia até onde podia contar com o cara. Aí você vê ele na televisão. Ele tá batendo forte em alguns jogadores, tá batendo forte. Mas, coisas que de repente ele veja hoje, não tem o sentimento mais de jogador, porque ele não tem, ele perdeu, hoje ele tá do outro lado, ele não é mais vidraça, ele é uma das pedras, e fala com a mesma irresponsabilidade que os outros falavam, entendeu? E eu não tô falando de mim, porque eu não vi, entendeu? Como eu tô jogando, eu não sei se ele comentou jogo nosso ou não, porque também tô cagando, tô nem aí pra isso. Mas eu tô falando de jogos que eu tava vendo e ele tava comentando. Então fala-se com a mesma irresponsabilidade de um outro cara.

Deco: 'Como se ele treinasse.'
Alex, que jogou com Roger pela seleção brasileira nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, defendeu o também recém-aposentado meia Deco: "Aí ele [Roger] vem falar do Deco na televisão. Não dá pra falar dele. Quando o Deco jogava, a gente tinha de bater palma pra ele no fim do jogo”. Em abril deste ano, na SporTV, Roger afirmou que os jogadores do Fluminense “não treinavam muito e, por isso, erram muito passes”. Deco, que ainda não tinha pendurado as chuteiras, rebateu: “Como se ele treinasse muito”. Roger também disse, na TV, que o volante Edinho, do Fluminense, “precisaria de um [revólver calibre] 38 para matar uma bola”. A afirmação pegou tão mal que foi um jogador de outro time, Renato Abreu, que na época jogava pelo Flamengo, quem defendeu o colega criticado:

- Não costumo ver jogos pela TV, então ainda não vi o Roger comentando. Mas uma das maiores decepções que temos é quando ouvimos alguém que já jogou bola falando esse tipo de coisa [piada com o revólver calibre 38]. Uma coisa é o cara que nunca jogou bola, mas quem já esteve dentro das quatro linhas sabe como é difícil a nossa situação. Existem críticas construtivas, que temos que ouvir mesmo. Mas críticas direcionadas, como essa, incomodam. Assim como o domínio pode até não ser o forte de determinado jogador, o Roger também tinha suas deficiências. Ficamos surpresos quando acontece algo desse tipo com um cara que já jogou.

Roger no Timão: 'chinelinho'
Antes, em fevereiro, Roger já havia causado polêmica ao dizer que em estádio vazio fica mais fácil para jogador "dar migué": “O jogador tem posição em campo, mas naturalmente ele busca o espaço que sente mais à vontade. Mas com o técnico falando ali perto em um estádio sem a torcida, não dá para dizer que não ouviu” (leia aqui). Ou seja, presume-se que ele entendia muito bem e usava o "truque" quando jogava... E o curioso é que, em sua passagem pelo Corinthians, entre 2005 e 2008, Roger ganhou o apelido de "Chinelinho", pois vivia no Departamento Médico. Recentemente, a torcida do Corinthians até o comparou a Alexandre Pato, por um pênalti perdido nas cobranças contra o Figueirense, em 2005, que ajudou a desclassificar o Timão da Copa do Brasil. Sobre o apelido, Roger afirmou à Fox Sports (veja o vídeo aqui) que foi "um bobo" que inventou:

- Isso é uma das coisas que me fizeram estudar jornalismo. Acho que tem muito brincalhão falando de futebol, muita gente pouco preparada, que não sabe como as coisas acontecem dentro do time profissional. Foi um bobo que lançou isso aí, quando eu tava no Corinthians, quando eu quebrei a minha perna. E depois de quebrar a perna eu tive que acelerar pra poder voltar a jogar mais rápido, porque a gente ia disputar uma Libertadores. Eu tinha sido eleito o melhor jogador do campeonato em 2005 e aí, com essa aceleração, acontecem outros problemas. Se você não se recupera bem de uma lesão muito grave e volta antes do esperado, certamente você tem outros tipos de lesões, muitas vezes musculares. Isso aconteceu comigo e um bobo lançou esse apelido aí, que ele colocou em mim. Mas se você for contar, em pouco mais de dois anos que eu estive no Corinthians, eu fiz mais de 100 jogos.

Sem querer dar razão ao Alex ou ao Roger, a picuinha me parece remeter a uma questão maior: a tal liberdade de imprensa, que para muitos significa liberdade de achincalhar e ofender à vontade. Tudo bem, futebol é um assunto que, para o povão, não pode ser sisudo ou muito técnico. Logo, os comentaristas (que, para mim, são palpiteiros remunerados), em sua maioria, usam linguagem coloquial, descontraída e "de beira de gramado". No caso dos que são ex-jogadores, muitas vezes até chula (Neto, da TV Bandeirantes, é um dos que costumam extrapolar). Do outro lado, a maior parte dos jogadores de futebol também costuma ser "dodói" e refratária a qualquer tipo de crítica. Para mim, tudo se resume em "falar com propriedade". Se fosse pra falar que fulano não consegue "matar" uma bola, eu buscaria uma seleção de imagens comprovando isso. Se fosse pra falar que tais e tais jogadores não treinam, só acompanhando todos os treinos ou com fonte em on de alguém do clube falando. Caso contrário, é tudo palpite ou insinuação. Que dá margem para que muitos, como o Alex, contestem. Enfim, "quem fala o que quer ouve o que não quer".

segunda-feira, outubro 28, 2013

Juiz, Aloísio e Clemer dão vitória ao São Paulo

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Se a nova passagem de Muricy Ramalho como técnico do São Paulo tivesse que ser resumida em apenas uma característica, esta seria a capacidade de superação. Neste ano, tanto com Ney Franco quanto com Milton Cruz e Paulo Autuori, o time se abatia assustadoramente toda vez que tomava um gol. Se saía atrás no placar, fatalmente perdia o jogo. Agora, a postura é outra: o time luta, não desiste, não abaixa a cabeça. Nas últimas duas partidas, tomou muitos gols (5), mas conseguiu fazer mais (7). Ontem, em Caxias do Sul, o espírito "brigador" da nova "era Muricy" deu as caras novamente na vitória por 3 a 2 sobre o Internacional.

Mas deu as caras, também, o tal "apito amigo". Aloísio estava impedido no primeiro gol do São Paulo, mas nem o bandeirinha Luiz Antonio Muniz de Oliveira nem o árbitro Péricles Bassols se dignaram a invalidar o lance. E aos 32 minutos do segundo tempo Jorge Henrique sofreu pênalti mas o juiz marcou a falta fora da área, impediindo o que poderia ter sido o terceiro gol do Inter. Porém, os dois pênaltis a favor do São Paulo, ambos sobre Ademilson, foram marcados corretamente. E Aloísio, autor de todos os gols do Tricolor, converteu ambas as cobranças com maestria e mostrou por que deve preterir Rogério Ceni nisso.

Essa é outra característica da nova gestão de Muricy: Ademilson, Aloísio, Ganso, Reinaldo e mesmo Douglas têm se arriscado mais a invadir a área adversária driblando, o que favorece finalizações perigosas ou intervenções faltosas dos adversários. No mais, além do juiz e de Aloísio terem sido decisivos para mais uma importantee vitória sãopaulina, o técnico Clemer, do Inter, também colaborou - ao tirar do jogo o meia Alex na segunda etapa, justamente quando ele começou a aparecer com perigo no ataque, mandando uma bomba na trave e logo em seguida obrigando Rogério Ceni a fazer mais uma defesa complicada.

O São Paulo chegou a 43 pontos. Faltam mais 4 ou 5 para comemorar o milagre de escapar de um rebaixamnto que nunca na história esteve tão perto. Muricy vai merecer, com toda justiça, uma estátua no Morumbi. Vamo, São Paulo!


segunda-feira, outubro 21, 2013

Aos trancos e barrancos, rumo ao alívio final...

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No dia 10 de setembro de 2006, o Corinthians teve dois jogadores expulsos (César e Eduardo) logo nos primeiros 25 minutos de partida contra o São Paulo, no Morumbi. Mesmo assim, segurou o adversário por mais de uma hora de jogo e garantiu o empate sem gols - um feito heroico que ajudou a equipe alvinegra a se afastar da zona de rebaixamento. O São Paulo, do técnico Muricy Ramalho, terminou aquele clássico com inegável sabor de derrota, mas conquistaria o Brasileirão daquele ano. Seis anos depois, o Tricolor passa por situação inversa: vencendo por 1 a 0 em Salvador, perdeu os volantes Denílson (no primeiro tempo) e Maicon (no segundo), expulsos, e segurou a pressão do Bahia até o último apito do juiz. Com isso, o time, comandado pelo mesmo Muricy de 2006, chegou aos 40 pontos, 7 a mais que o Vasco, primeiro na zona da degola, e agora só precisa de mais duas vitórias e dois empates para afastar, com segurança, o fantasma da Série B.

O principal, nesta suada vitória, foi que o time conseguiu trazer a torcida de volta a seu favor. A brava resistência com dois jogadores a menos fez com que os brados de "time de guerreiros" ecoasse no novo estádio da Fonte Nova. Isso é importante nessa reta final, principalmente depois daquela atuação horrorosa na Vila Belmiro, apenas 18 dias antes, quando o São Paulo, apático e entregue, foi goleado por 3 a 0 sem esboçar qualquer reação. Muricy Ramalho realmente deve ter "espinafrado" o elenco depois daquele vexame. E funcionou! O time não toma gols há quatro jogos, o que, além de ser algo inédito nessa (tenebrosa) temporada, trata-se de um verdadeiro milagre! A defesa se acertou com Antonio Carlos e Rodrigo Caio, na formação ideal, e Tolói e Edson Silva, no desespero, tendo Paulo Miranda constante e em boa fase. No meio, ora Wellington ora Denílson dão cobertura para Maicon e Ganso. Este último mostra, enfim, um pouco do que pode fazer.

E assim, aos trancos e barrancos, o São Paulo segue sua tortuosa caminhada em busca do alívio de permanecer na Série A. Contra o Internacional, fora de casa, o time precisa pelo menos pontuar. Um empatezinho já seria bem vindo. Teremos, em casa, quatro chances para conquistar as duas desejadas vitórias: contra Portuguesa, Flamengo, Botafogo ou Coritiba. Fora, além do Inter, o time enfrentará Atlético-PR, Fluminense e Criciúma. Vamo, São Paulo!


quinta-feira, outubro 17, 2013

Missão: mais 3 vitórias e 2 empates em 9 jogos

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O São Paulo fez o dever de casa e ontem, no Morumbi, empurrou o bêbado na ladeir..., digo, bateu o lanterna e praticamente rebaixado Náutico por 3 a 0. Melhor do que isso: Corinthians, Bahia, Fluminense, Coritiba e Criciúma perderam e agora todos estão atrás do Tricolor - que, com 37 pontos (e duas vitórias a mais do que o alvinegro paulistano), chegou à 12ª colocação, 5 pontos acima do primeiro time entre os quatro que ocupam a zona do rebaixamento. O Vasco joga hoje e, se vencer, chegará só a 35 pontos. Considerando que o matemático Oswald de Souza estima um patamar mínimo bem maior, de 48 pontos, para que os times se considerem totalmente livres de cair para a Série B (o cálculo anterior era de 45), baseado no número expressivo de "concorrentes" à degola - atualmente, do 10º colocado pra baixo ninguém pode dizer que está salvo -, o São Paulo precisaria de mais 11 pontos, ou seja, pelo menos 3 vitórias e 2 empates nas últimas nove rodadas.

Só que nada é tão simples ou fácil como pode parecer. Na reta final, o time de Muricy Ramalho terá simplesmente cinco confrontos diretos na linha dos que hoje somam menos de 40 pontos: Bahia (fora), Portuguesa (em casa), Fluminense (fora), Criciúma (fora) e Coritiba (em casa). Os outros quatro jogos serão "pedreiras": Internacional (fora), Atlético-PR (fora), Flamengo (em casa) e Botafogo (em casa). Digo "pedreiras" porque dois deles querem garantir vaga na Libertadores - Atlético-PR e Botafogo - e os outros dois, a exemplo do São Paulo, ainda não atingiram a tal "zona de conforto" dos 48 pontos. Por isso, é fundamental que o Tricolor traga pelo menos 1 ponto de Salvador na próxima rodada, domingo. Depois de somar 7 pontos dos 9 disputados nas últimas rodadas (triunfos sobre Cruzeiro e Náutico e empate com o Corinthians), um empate com o Bahia já será, com trocadilho (in)voluntário, Vitória...


PINTURA DE GANSO - Tudo bem que vencer o combalido Náutico, e ainda mais jogando em casa, é mais do que obrigação não só para o São Paulo como para qualquer outro clube na competição deste ano. O time pernambucano praticamente jogou a toalha. Mas o melhor, na vitória de ontem, foi a consolidação de um padrão de jogo com defesa consistente (não tomou um gol sequer nos últimos três jogos), posse de bola no meio campo e liberação dos laterais para o ataque. E melhor ainda foi outra grande atuação de Paulo Henrique Ganso, que, com a confiança de Muricy Ramalho, vai enfileirando uma sequência de partidas primorosas. No lance do primeiro gol, de Ademilson, Ganso deu um passe de letra para Aloísio. E, aos 20 do segundo tempo, pegou a bola pela esquerda e foi costurando em diagonal até entrar na área do Náutico e marcar uma pintura de gol. Aplausos. Vamo, São Paulo!

segunda-feira, outubro 14, 2013

Rogério Ceni é 'álibi' perfeito para Juvenal Juvêncio

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Ceni lamenta e rivais vibram: de ídolo a vilão
Sábio o ditado que observa que pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube. No São Paulo de 2013, que vive talvez a pior fase de toda a sua história, e por culpa indiscutível da desastrosa gestão do presidente Juvenal Juvêncio, o dito popular se encaixa com presteza. Depois de perder o quarto pênalti seguido na temporada, no último minuto do clássico contra o Corinthians, deixando escapar 2 pontos que valeriam ouro na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, o goleiro Rogério Ceni deu mais um passo em direção ao abismo de ser considerado o maior vilão em caso de queda pra Série B. Porque muitos times caem pela falta de 2 ou 3 pontinhos salvadores e, por isso mesmo, tanto a torcida são paulina como (principalmente) os adversários vão apontá-lo como o grande responsável se a tragédia se confirmar. Ou seja, seria o "álibi" perfeito para livrar a cara do "criminoso" Juvenal.

É simbólico: Ceni é o maior ídolo da história do São Paulo, o capitão, o mais experiente e já anunciou sua aposentadoria justamente no mês de dezembro, correndo o risco de deixar como "legado" para o clube a inédita segunda divisão. E como, depois que Marcelinho Carioca pendurou as chuteiras,  ele passou a ocupar o posto de jogador mais odiado do Brasil, o rebaixamento faria a alegria de milhões de torcedores de outros times, notadamente dos corintianos, que hoje comemoram a desgraça de Ceni, no clássico, como se tivesse sido o gol da vitória. Sábio também foi o comentário de André Rizek na SporTV, após o 60º e último Majestoso da carreira de Rogério Ceni: "O pênalti, que para mim não existiu, foi péssimo para o goleiro do São Paulo. Porque o empate já era o resultado mais justo até ali, levando em conta que o Tricolor jogou melhor o primeiro tempo e o Corinthians teve as melhores chances na etapa final, e Ceni podia ter passado sem essa".

Cássio salta para fazer umadefesa antológica
De qualquer forma, três observações são pertinentes: 1) Ceni bateu o pênalti por ordem de Muricy Ramalho, porque continua sendo o atleta com melhor aproveitamento nos treinos (mas é outra coisa ter que converter numa situação real de jogo, com o estádio lotado, no último minuto de jogo e com o rebaixamento mordendo seu calcanhar); 2) Cássio merece todos os méritos, pois fez uma defesa antológica, saltando só no último milésimo de segundo, depois que o goleiro do São Paulo bateu na bola; 3) Muricy observou muito bem que o problema de Ceni está somente na cobrança de pênaltis, porque embaixo das traves segue fazendo uma temporada excelente (ontem fez mais duas grandes defesas, em chute de Romarinho e cabeçada de Paulo André). No mais, para mim, o empate não foi tão ruim. Eu estimava a conquista de 6 ou 7 pontos na sequência contra Cruzeiro, Corinthians, Náutico e Bahia. Ganhamos 4 e temos 6 em disputa.

O esquema com três zagueiros é o ideal, pois os laterais são fracos na marcação e ficam mais liberados no ataque. Muricy conseguiu arrumar a defesa, o que era mais preocupante (nos últimos jogos o time tem tomado poucos gols; mesmo contra Goiás e Grêmio, perdeu pela diferença mínima). Falta, agora, melhorar as finalizações. Com Luís Fabiano e Osvaldo em péssima fase, sobrou para os pouco eficientes Aloísio e Ademilson essa árdua tarefa. Welliton entrou no fim, ontem, e nada fez. Por isso, chegou a hora de Ganso, Jadson, Lucas Evangelista ou quem jogar no meio chamar a responsabilidade e arriscar mais no rebote, chutando de longe, como elemento surpresa. Missão espinhosa, pois parece que o mesmo nervosismo que bate em Rogério Ceni nas cobranças de pênalti atrapalha os homens de frente quando o time cria boas chances de "matar" o jogo. Enfim, sintomas de desespero que já vimos tantas vezes em times "grandes" que brigam para não cair.

Melhor pensar no pragmatismo: mais 4 vitórias e o "UFA!" tão almejado... Vamo, São Paulo! Vamos à luta, pois ainda há 30 pontos em disputa.


MALES QUE VÊM PARA 'BEM'- O  lamentável quebra-pau entre a torcida sãopaulina e a polícia, ontem, deve render - com justiça - punição para o Tricolor, provavelmente com a perda de mando de campo. Curiosamente, isso pode ser "benéfico" para o time de Muricy Ramalho (entre aspas, lógico). Porque, nessa péssima campanha no Brasileirão, das 12 derrotas sofridas, simplesmente 7 ocorreram dentro do Morumbi. Jogando em casa, com a pressão da própria torcida e a obrigação de partir para o ataque, o time se atrapalha mesmo quando faz boas partidas, como aconteceu contra o Grêmio, e se dá mal. Fora de casa, fechado atrás e partindo só no contra-ataque, obtém resultados importantes, como as vitórias sobre o Vasco (concorrente direto na zona da degola) e o Cruzeiro. Não sei onde o São Paulo mandaria os jogos, em caso de punição. Só sei que o Morumbi não tem sido aliado, nesse calvário. Pelo contrário.

quinta-feira, outubro 10, 2013

Milagre dos 'santos' Muricy e Willian

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O grosso Douglas marca. Milagre!
Marcio Porto resumiu tudo em seu texto para o jornal Lance!: "Final: 2 a 0, para fazer qualquer cético rever conceitos." Quem acompanha o que escrevo aqui sobre o São Paulo sabe que estou entre os (mais) céticos e confesso: essa vitória contra o Cruzeiro, em pleno Mineirão, foi um milagre! Aliás, um empate já seria um feito heróico. Porque a discrepância entre as duas equipes nem precisa ser comentada, basta comparar suas campanhas. Os mineiros vinham de 12 jogos sem perder no campeonato, simplesmente 11 vitórias e 1 empate, com goleadas de 4 x 1 no Náutico e 4 x 0 na Portuguesa nas partidas imediatamente anteriores. São 58 gols marcados em 27 rodadas e 11 pontos a frente do segundo colocado. E o São Paulo foi lá e anulou o Cruzeiro com excelente marcação no meio e utilizando três zagueiros, que liberaram os laterais para o ataque - não por acaso, foram eles, Douglas e Reinaldo (apesar de o juiz ter anotado o segundo gol como contra de Everton Ribeiro) que decretaram a espetacular vitória do Tricolor. Palmas para o "santo" Muricy Ramalho, que ele merece.

Reinaldo e Ademilson: 2x0. Milagre!
Palmas porque ele teve a clarividência de botar o atacante Welliton no time aos 20 do segundo tempo, quando o Cruzeiro mais pressionava. A substituição abriu caminho para os dois gols. Palmas porque apostou em Ademilson, que teve participação decisiva no ataque - inclusive no lance do primeiro gol, rolando a bola para o chutaço de Douglas, que, guardadas as incomensuráveis proporções, lembrou o lance genial de Pelé ao tocar para Carlos Alberto fechar a goleada do Brasil sobre a Itália, na Copa de 1970. Palmas porque apostou em Maicon para dar cobertura à Ganso, que fez outra grande partida. Palmas porque voltou a utilizar, com sucesso, o esquema "híbrido" de três zagueiros, com Rodrigo Caio compondo o trio quando o time se defendia e indo ajudar no meio quando o São Paulo atacava. Muricy Ramalho merece crédito por esse resultado fantástico. Ele dever ter dado uma "espinafrada" no time, depois da vergonhosa atuação na goleada sofrida contra o Santos, há apenas uma semana. A disposição de ontem foi diametralmente oposta à daquele dia. Mas Muricy não foi o único "santo" no jogo épico contra o Cruzeiro.

Willian perde um gol feito. Milagre!
Assim como na importante vitória sobre o Atlético-MG no Morumbi, quando o lateral-direito Marcos Rocha perdeu um gol absurdamente "feito" na pequena área do São Paulo, o que poderia ter mudado o resultado daquela partida, o Tricolor contou com "ajuda" semelhante de um cruzeirense, ontem. No primeiro tempo, depois de um chute fulminante de Ricardo Goulart, o goleiro Denis espalmou nos pés de Willian, que, com o gol livre e aberto, pegou de canela e acertou a trave. Inacreditável! O histórico da competição comprova que, quando sai atrás no placar, o São Paulo nunca vence (geralmente perde). O gol do Cruzeiro obrigaria o time de Muricy a se jogar no ataque e abrir espaço atrás para o perigoso e eficiente time de Marcelo Oliveira. Portanto, temos que agradecer, também, ao "santo" Willian. Obrigado! E obrigado, Senhor, por ter tido piedade de nós, sãopaulinos (como pedi ontem, no fim do post que escrevi)! Pena que Ganso e Wellington tenham tomado cartão e não possam enfrentar o Corinthians. Mas espero que o esquema com três zagueiros e o ataque com Welliton e Ademilson sejam mantidos. Vai, São Paulo!


quarta-feira, outubro 09, 2013

NÃO vale a pena ver de novo...

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Liédson confere um dos três que marcou no massacre de 2011
No dia 26 de junho de 2011, o São Paulo se preparava para entrar em campo contra o Corinthians, fora de casa, com desfalque de seis titulares: os zagueiros Miranda e Rhodolfo, contundidos, o volante Casemiro, com febre, o atacante Lucas, convocado pela seleção brasileira para a Copa América, o lateral-esquerdo Juan e o volante Rodrigo Souto, suspensos. Sem alternativas, o técnico Paulo César Carpegiani fez várias improvisações com o que tinha no banco de reservas: o zagueiro Luis Eduardo foi preencher buraco na lateral-esquerda, o (então) meia Ilsinho foi deslocado para a lateral-direita, o garoto Bruno Uvini segurou a bomba na zaga junto com Xandão e o também garoto Rodrigo Caio, de 17 anos, fez sua estreia - na fogueira - para compor um trio de volantes junto com Wellington e Carlinhos Paraíba. Depois que este último foi expulso, ainda no primeiro tempo, o Corinthians iniciou a etapa final arrasador e enfiou 5 x 0 no São Paulo, para delírio dos mais de 30 mil torcedores alvinegros que lotaram o Pacaembu. Naquele ano, o time de Tite seria o campeão brasileiro.

Ricardo Goulart já fez 8 gols e vai 'babando' pra cima do S.Paulo
Hoje, 9 de outubro de 2013, o São Paulo se prepara para entrar em campo contra o Cruzeiro, fora de casa, com desfalque de três titulares: o goleiro e capitão Rogério Ceni, suspenso, o atacante Luís Fabiano e o zagueiro Antônio Carlos, ambos contundidos. Outros dois que também são escalados quando estão em condições, o zagueiro Rafael Tolói e o volante Denílson, seguem no estaleiro. Por isso, além de escalar o goleiro reserva Denis (que, na última vez que jogou, tomou um frangaço por baixo das pernas, na derrota por 1 x 0 contra o Milan, na Alemanha), o técnico Muricy Ramalho terá que recuar o volante Rodrigo Caio novamente para a zaga, remendar o meio com o (encostado) volante Fabrício e apostar em dois atacantes que não costumam jogar juntos, Aloísio e Ademilson. É assim que o Tricolor vai à Belo Horizonte enfrentar o líder absoluto do campeonato, 11 pontos a frente do segundo colocado, 58 gols marcados e vindo de uma sequência de 12 partidas invicto (11 vitórias e só 1 empate). O Cruzeiro é praticamente o campeão deste ano. E o Mineirão estará abarrotado...

OH, DEUS, TENDE PIEDADE DE NÓS!!!

segunda-feira, outubro 07, 2013

Se 45 pontos salvam, faltam 5 vitórias (ou 4 e 3 empates)

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Embalado, Cruzeiro deve atropelar o Tricolor
Na luta contra o rebaixamento na Série A do Brasileirão, a gangorra entre São Paulo e Vasco promete alternar novamente as posições dos dois clubes na próxima rodada. Na última quarta-feira o Tricolor perdeu para o Santos e caiu para a 17ª posição, a primeira na zona da degola, e o Vasco tomou o salvador 16º lugar ao derrotar o Internacional. Mas, no final de semana, o time de Muricy Ramalho conseguiu superar dramaticamente o Vitória, com gol polêmico no fim do jogo, e empurrou o Vasco, que empatou com o Flamengo, de volta para o chamado Z-4. Porém, neste meio de semana, os cruzmaltinos enfrentarão o Fluminense, com possibilidade de vitória (afinal, os tricolores cariocas perderam para o combalido Internacional), e o São Paulo vai para o "abatedouro" no Mineirão, contra o embalado - e virtual campeão - Cruzeiro. Depois, no fim de semana, o Tricolor terá mais uma pedreira, o rival Corinthians, contra quem não conseguiu uma única vitória nos cinco clássicos disputados neste ano, e o Vasco tem condições de somar pelo menos um ponto contra o Criciúma, que também está na zona de rebaixamento, fora de casa. Portanto, a situação dos sãopaulinos não é muito favorável, a curto prazo.

Entre 6 times, só o Flu perdeu no Morumbi
Mas, se a previsão dos matemáticos de que 45 pontos salvam da Série B estiver correta, o São Paulo, com 30 pontos, precisaria de mais 5 vitórias nas 12 partidas restantes - ou 4 vitórias e 3 empates (no limite, 3 vitórias e 6 empates). Dos 6 jogos que fará dentro de casa, 3 são bem "indigestos" (o já citado Corinthians, a embalada Portuguesa e o imprevisível Botafogo), 2 podem dar qualquer coisa (o irregular Flamengo e o desesperado Coritiba) e 1 TEM QUE ser vitória, de qualquer jeito (Náutico). Vamos supor que o time de Muricy vença 3 (Flamengo, Coritiba e Náutico) e empate 2 (Corinthians e Botafogo). Seriam 11 pontos, faltando mais 4 para a "salvação". Que teriam que ser conquistados nos 6 outros jogos fora de casa: Cruzeiro, Bahia, Internacional, Atlético-PR, Fluminense e Criciúma. Só que o São Paulo foi derrotado em casa por 5 deles (só venceu os cariocas). Se vencer 1 desses jogos e empatar outro, teríamos os 4 pontos necessários para somar 45, o que garantira permanência na Série A. Mas o time do São Paulo é tão irregular que não dá pra prever...

45 pontos não salvaram o Coritiba em 2009
Pra piorar, o próprio "teto mínimo" de 45 pontos é discutível. Em 2009, o Coritiba caiu exatamente com esta pontuação (e o Fluminense escapou somando 46). No ano seguinte, o nível de  corte foi mais generoso: Flamengo (44 pontos), Avaí (43) e Atlético-GO (42) escaparam. O que ocorreu novamente em 2011, quando o Cruzeiro, com 43 pontos, se salvou - e o Atlético-PR, com 41, caiu. Porém, em 2012, o teto de 45 pontos voltou a ser necessário para salvar a Portuguesa, e o Sport caiu com 41. Ou seja, tudo é muito relativo - e ainda mais num campeonato em que, faltando 12 partidas para o fim, o Vasco, primeiro na zona de rebaixamento, com 29 pontos, está a míseras 2 vitórias de superar os primeiros SETE clubes que estão à sua frente no momento: São Paulo (30 pontos), Coritiba (31), Bahia (33), Goiás, Flamengo, Fluminense e Portuguesa (todos os quatro com 34). Isso mesmo: com 2 vitórias seguidas, o Vasco se igualaria ao Corinthians, com 35 pontos, na 9ª posição. O que significa dizer que, além do Náutico e da Ponte Preta, os mais ameaçados de cair, neste momento (com 17 e 23 pontos, respectivamente), as outras duas vagas para a Série B têm pelo menos 10 "candidatos"! Ou seja, tudo é possível.

Criciúma empata fora com Goiás: reação?
Resumo da "ópera" (bufa): nas duas próximas rodadas o São Paulo deve perder para o Cruzeiro e tentar não perder para o Corinthians, para engatar a reação contra Náutico e Bahia, nos compromissos imediatamente seguintes. Se passar desses quatro jogos com 6 ou 7 pontos, será literalmente meio caminho andado para buscar mais 8 ou 9 pontos na reta final de 8 jogos. Agora, se tropeçar novamente com 2 ou 3 derrotas seguidas, aí vai ficar muito difícil. Porque, além do Vasco, Criciúma e Ponte Preta ainda não jogaram a toalha, e podem engatar reações semelhantes à da Portuguesa (por que não?). Chegar aos 6 jogos finais posicionado na zona da degola favoreceria aquele velho filme de nervosismo, pressão, crise e desespero que provocam erros infantis e derrotas em jogos teoricamente tranquilos, numa espiral inevitável que já vimos o próprio Vasco, o Botafogo, Atlético-MG, Palmeiras e Corinthians serem tragados, sem possibilidade de reação. No sábado, Muricy Ramalho finalmente reconheceu que o elenco do São Paulo é fraco e incompatível com uma competição tão disputada quanto esta. Ainda bem! Alguma lucidez no império "soberano" de Juvenal Juvêncio. O consolo é que outros elencos de times "grandes" também beiram o sofrível. Por isso, resta a fé. Vamo, São Paulo!


segunda-feira, setembro 30, 2013

Sim, sãopaulinos: já é hora de fazer contas

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Depois de três vitórias seguidas, o São Paulo completou a terceira partida sem vencer - duas derrotas pelo Brasileirão e um empate em casa pela Sul-Americana. Assim, os torcedores mais afoitos, que já comemoravam o fim da ameaça da Série B (e muitos chegaram até a acreditar que o time ia brigar por vaga na Libertadores!), puseram as barbas de molho e voltaram a ter pesadelos com o rebaixamento. Cansei de dizer e terei que repetir: o problema do São Paulo não é treinador, o time é que é FRACO. Isso mesmo. Tirando Rogério Ceni, em fim de carreira, Ganso e Jadson, que não rendem tudo o que podem render, e Luís Fabiano, em péssima fase, o resto do elenco é do nível da Série B. Exagero? Alguém acha que algum dos outros 19 clubes da Série A gostaria de contar com Rafael Tolói, Edson Silva ou Antonio Carlos? Paulo Miranda, Douglas, Caramelo ou Lucas Farias? Wellington, Denílson, Fabrício ou Maicon? Lucas Evangelista, João Schmidt? Osvaldo? Aloísio? Silvinho? Negueba? Ademilson? Talvez o Náutico se interessasse por algum deles...


 

Para mim, Muricy perdeu os dois últimos jogos do Brasileirão (que poderiam ter rendido pelo menos um pontinho cada um) porque insistiu nos horríveis Rafael Tolói e Douglas. Com esses dois, a derrota é certa. Mas o melhor - ou pior - dessa história é ver o que o execrado Ney Franco está fazendo com o time do Vitória. Gostaria de saber a opinião do Rogério Ceni sobre isso. Porém, deixando de lado as lamúrias, o sãopaulino tem mais é que pegar a calculadora, analisar os adversários das últimas 14 rodadas e fazer contas. Porque a situação é mais crítica do que parece. Tempos atrás, eu cravei que, entre as seis vitórias que o time ainda precisa para afugentar de vez a Série B, estava a do confronto de ontem, contra o Grêmio. Errei. E isso porque foi, de longe, a melhor partida sob o comando de Muricy Ramalho. O que dá mais medo é essa constatação: mesmo quando rende 100% (ou 120%!) de tudo o que pode render, o São Paulo perde. Porque cria muito, mas não finaliza com precisão. E, a partir de agora, assim como Goiás e Grêmio, ninguém vai perdoar essa falha.

Portanto, vamos ao CALVÁRIO das últimas rodadas - e meus palpites:

02/10 - Santos, na Vila Belmiro (os santistas estão mal, mas o São Paulo não está melhor - previsão otimista de empate)

05/10 - Vitória, no Morumbi (o time de Ney Franco goleou o Atlético-PR lá em Curitiba e virá babando - derrota)

09/10 - Cruzeiro, no Mineirão (esse jogo é uma covardia; Cruzeiro fez 3 x 0 no primeiro turno e vai atropelar - derrota)

13/10 - Corinthians, no Morumbi (sim, os alvinegros estão em crise, mas vitória sobre o rival pode reabilitá-los - incógnita)

16/10 - Náutico, no Morumbi (se o São Paulo não vencer esse jogo, pode começar o planejamento para a Série B - vitória)

20/10 - Bahia, na Fonte Nova (jogo muito difícil, que poderá selar a salvação ou a perdição, mas eu serei otimista - vitória)

26/10 - Internacional, fora/ a definir (o time de Dunga é indiscutivelmente mais forte, mas serei otimista de novo - empate)

02/11 - Portuguesa, no Morumbi (até dez dias atrás, eu cravaria São Paulo na cabeça; agora, serei mais comedido - empate)

09/11 - Atlético-PR, fora/ a definir (gostaria muito que rendesse pelo menos um ponto, mas não vejo possibilidade - derrota)

12/11 - Flamengo, no Morumbi (o time carioca é tão instável quanto o paulista, por isso vou apostar ficha no meu time - vitória)

16/11 - Fluminense, fora/ a definir (com mais um esforço supremo de otimismo, acho que o São Paulo não perde - empate)

23/11 - Botafogo, no Morumbi (nesse jogo eu vejo o time de Muricy com possibilidade de selar a fuga da Série B - vitória)

30/11 - Criciúma, no Heriberto Hulse ("jogo da morte" no Z-4; Deus queira que o adversário já tenha caído! - empate)

07/12 - Coritiba, no Morumbi (se o São Paulo não tiver feito 45 pontos até aqui, será dramático; mas eu confio! - vitória)

Como se vê, desconsiderando o jogo contra o Corinthians, que, para mim, pode dar qualquer coisa, estou REZANDO para que o São Paulo consiga, nos últimos 14 jogos, 5 vitórias (Náutico, Bahia, Flamengo, Botafogo e Coritiba) e 5 empates (Santos, Internacional, Portuguesa, Fluminense e Criciúma) - o que daria 20 pontos, chegando a 47. DEUS QUEIRA! Mas tenho consciência de que, desses palpites, corro o sério risco de me enganar principalmente nos jogos contra Santos, Bahia, Internacional, Portuguesa, Fluminense, Botafogo e Coritiba. Por isso, rezo também para que Náutico e Ponte Preta estanquem suas reações e que Vasco e Criciúma mantenham o ritmo descendente. Porque agora, torcida sãopaulina, só nos resta muita, mas MUITA fé, mesmo... Vamo, São Paulo!

segunda-feira, setembro 23, 2013

SPFR: São Paulo Freguês do Rodrigo

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5/06: Rodrigo decreta o 1 x 0
No mundo como no futebol, algumas coisas mudam, outras permanecem. Um exemplo é a campanha do São Paulo no Campeonato Brasileiro deste ano: logo no início do 1º turno, vitórias contra Ponte Preta e Vasco da Gama e um surpreendente empate, fora de casa, contra o Atlético-MG. Ao contrário do que acontece agora, o técnico daquela época, Ney Franco, não foi nem um pouco festejado pelo ótimo início na competição. E aí veio o Goiás e sapecou 1 x 0 no Tricolor, em pleno Morumbi, com um gol do zagueiro - ex-São Paulo - Rodrigo. Foi o começo de uma longa série de derrotas do time e a primeira vez que a torcida gritou o nome de Muricy no estádio. Ney Franco caiu, o clube passou vexame na Recopa Sul-Americana e numa excursão à Europa e Ásia, afundou na zona de rebaixamento do Brasileirão e derrubou também o técnico Paulo Autuori. Neste cenário caótico, Muricy Ramalho retornou.

22/09: gol de falta de Rodrigo
Início de 2º turno: novas vitórias contra Ponte Preta e Vasco da Gama e, também de forma surpreendente, sobre o Atlético-MG. Dessa vez, ao contrário de Ney Franco, Muricy foi festejado como "milagreiro", "salvador da pátria" e muitos torcedores, insuflados pela mídia esportiva (ah, a mídia esportiva!) já consideravam o São Paulo livre da degola e até com chances de brigar por algo mais, como a Libertadores (!!!). Daí, chega novamente o Goiás, e novamente com Rodrigo, pra colocar os pés dos sãopaulinos no chão: outro 1 x 0, dessa vez no Serra Dourada. Ou seja, a campanha do São Paulo no começo do 2º turno é quase idêntica à do começo do 1º. Mas, se os técnicos não são iguais (no tratamento, afinal Ney Franco saiu como "vilão" e Muricy, faça o que fizer, é "herói"), o time do São Paulo continua o mesmo: fraco. Por mais que - heroicamente! - consiga vitórias aqui e ali. Sim, o time é fraco. E o Goiás provou, duas vezes, que é melhor.

Por estar na estrada (e sem rádio) justamente no horário da partida, não assisti a primeira derrota de Muricy. Mas li, hoje, que Rogério Ceni fez mais dois ou três milagres, como faz em todo jogo, antes de ser punido com o baita azar de empurrar a falta cobrada por Rodrigo para as redes, com as costas (o ex-goleiro Carlos, da Copa de 1986, deve ter dado um meio sorriso fatalista...). Pelo o que dizem, também, apesar do jogo ter sido quase modorrento, o ataque goiano produziu mais e foi recompensado no final. Parece que Welliton desperdiçou boa chance ao perder o ângulo na melhor chance dos paulistas e que, pra variar, Luís Fabiano, Osvaldo e Aloísio não fizeram absolutamente NADA. Mas o comentário é de que a dupla Ganso e Jadson nunca jogou tão bem. Isso é bom. Derrota para o Goiás fora de casa, para mim, já estava computada. Assim como será normal se perder, no campo do adversário, para Cruzeiro, Internacional, Santos ou Atlético-PR.


O São Paulo tem que colocar os pés no chão e conquistar os 18 ou 20 pontos salvadores. E a torcida tem que entender que o time briga pra não cair - e apenas isso. E que, se conseguir, será uma façanha e tanto, considerando a debilidade da equipe. Ganhar do Grêmio em casa é fundamental. Porque, como disse, será difícil evitar derrotas em vários dos confrontos fora de São Paulo, contra os times que seguem fortes no alto da tabela. Chegou a hora de Muricy dar uma "espinafrada" nos (improdutivos) atacantes. E voltar ao 3-5-2, para criar mais chances na frente. Maicon vai voltar e isso dá mais segurança às investidas de Ganso e Jadson. Nem tudo está salvo, mas nem tudo está perdido. É ter calma, reconhecer a própria fragilidade, jogar sério e garantir os pontos dentro de casa. Vamo, São Paulo!

quinta-feira, setembro 19, 2013

Vitória no esquema 'MR': Muricy Ramalho/ Marcos Rocha

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Agora sim! Agora é possível comentar uma partida com trabalho substancial de Muricy Ramalho. Tudo bem que a Ponte Preta, primeira vítima deste segundo turno, venceu o Corinthians ontem; mas isso ocorreu muito mais pela péssima fase do alvinegro paulistano do que pelo futebol do time campineiro, que segue na zona de rebaixamento. E o Vasco, segunda vítima de Muricy, demonstrou que é o saco de pancadas da vez, ao perder novamente em casa, ontem, para o Vitória. Já o Atlético-MG, ao contrário, por mais que não esteja brigando lá em cima no Brasileirão, continua com o time-base que conquistou a Libertadores no primeiro semestre e o fantástico (e perigoso) quarteto ofensivo formado por Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Jô e Fernandinho, que substituiu - e bem - o Bernard. Por isso, o 1 x 0 de ontem no Morumbi, apesar de sofrido, convenceu.

Mas é preciso salientar que outro MR, além de Muricy Ramalho, foi decisivo para a vitória sãopaulina: o lateral-direito Marcos Rocha. Trata-se de um jogador que eu gostaria MUITO de ver com a camisa do meu time. Sempre gostei do futebol desse cara e acho que ele tem grande importância no time de Cuca. Mas ontem, como é passível de acontecer com qualquer bom atleta, ele teve uma noite desastrada: se atrapalhou com o goleiro Victor no lance em que a bola sobrou livre para a cabeçada e o gol de Welliton (num lance muito parecido com o do gol de Amoroso que abriu o placar sobre o Atlético-PR na decisão da Libertadores de 2005) e depois, no lance mais inacreditável, desperdiçou o empate para os mineiros quando ficou com o gol livre, aberto, na pequena área do São Paulo - na sequência de uma linda jogada individual de Jô. Se tivesse marcado, a história seria outra...

O gol de Amoroso na decisão de 2005, contra o Atlético-PR...

...foi semelhante ao do gol de Welliton, contra o Atlético-MG

Por isso, o fator sorte também influiu para a terceira vitória consecutiva de Muricy Ramalho. O que não tira o mérito do treinador, de forma alguma. Ele entendeu, mais do que os antecessores, que o São Paulo tem quatro jogadores de alto nível (Rogério Ceni, Ganso, Jadson e Luís Fabiano) e o resto é bem sofrível. O time não tem laterais decentes e os volantes e zagueiros são bem meia-boca. Assim, o time tomava muitos gols pelos lados do campo e não tinha saída de bola nem ligação segura da defesa com o ataque. Ney Franco confiava em Wellington para sair jogando, sem sucesso. Paulo Autuori elegeu Fabrício, também sem sucesso. Muricy percebeu que os zagueiros do Tricolor não seguravam o rojão quando um dos volantes avançava. Logo, criou um esquema híbrido, com dois "líberos", ou melhor, "zagueiros/volantes".

O novo São Paulo, de Muricy, joga com apenas um zagueiro quando está com a bola (Antonio Carlos, com o lateral-direito/zagueiro Paulo Miranda na sobra) e com três quando ela está com o adversário (Rodrigo Caio volta para compor a zaga e Denílson se transforma em cabeça-de-área). Assim, quando está se defendendo, o time não fica tão exposto nas laterais. E, quando recupera a bola, aparecem três opções para ligar o meio com o ataque: Rodrigo Caio, Denílson e Maicon. Eles conseguem acionar Ganso, pelo meio, ou Reinaldo/ Welliton, pela esquerda, ou Jadson pela direita. E, daí, a bola chega em Luís Fabiano (que, quando perde o lance, tem Jadson e Welliton entrando na área para pegar o rebote). Palmas para Muricy Ramalho! Ele conseguiu o improvável: um esquema pragmático para o limitado São Paulo.

O resultado, mais do que as três vitórias consecutivas, é que o time ainda não sofreu gol neste segundo turno e, mais importante, está criando mais finalizações no ataque. Sim, a defesa continua tomando sufoco quando o adversário resolve reagir, mas agora a gente vê um "sistema de emergência" mais definido, em vez daquele "balaio de gato" que era o time no primeiro turno. Ou seja, temos um esquema defensivo planejado, temos proteção nas laterais (os setores mais carentes do time), temos saída de bola consistente, temos um esboço de funcionamento do ataque. Excelente. É claro que derrotas virão, elas são praticamente inevitáveis num campeonato em que Cruzeiro, Botafogo, Atlético-PR e mesmo o Goiás, sem esquecer Coritiba e Grêmio, estão muito bem. Se perder, é ter calma e paciência. Muricy sabe muito bem o que faz.