Destaques

Mostrando postagens com marcador Academia Brasileira de Letras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Academia Brasileira de Letras. Mostrar todas as postagens

terça-feira, março 09, 2010

Ê Globo, até quando?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Já estou cansado de discutir a parcialidade da grande imprensa, mas esta foi um pouco demais.


O Brasil entrou com processo na Organização Mundial do Comércio, OMC, ainda no governo FHC, em 2002, por conta de subsídios dos Estados Unidos que dava vantagens indevidas aos produtores estadunidenses de algodão, o que prejudicava os exportadores brasileiros.

Numa rara decisão, a OMC decidiu que o Brasil tinha razão e autorizou que os Estados Unidos fossem retaliados em mais de R$ 800 milhões de dólares.

Ou seja, o Brasil poderá adotar medidas para para onerar produtos norte-americanos com taxas que podem chegar a 100% no imposto de importação, praticamente inviabilizando a compra desses produtos. O que permite maior espaço para produtores nacionais ou para outros países.

E é uma cacetada na política de subsídios a produtos agrícolas, feita pelos EUA e pela Europa. Tanto que os EUA mandaram correndo alguém para negociar.

Explicado isso, vem o motivo do post.

Sabe como o Jornal Nacional deu a "matéria", insinuando que o governo brasileiro vai "aumentar impostos", e que no caso do trigo americano isso pode aumentar os preços dos produtos derivados aqui.

Para provar a "tese", pega uma declaração de uma associação de importadores dizendo que se a produção brasileira não der conta de suprir o mercado, se faltar trigo argentino, aí os preços podem subir.

Se era para manipular, não dava para achar nada melhor. Parece que eles realmente acreditam que todo mundo é Homer Simpson.

Para não dizerem que estou inventando, segue a matéria.

quarta-feira, setembro 02, 2009

Sem ter escrito nenhum livro, Collor é eleito imortal da Academia Alagoana de Letras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


O atual senador Fernando Collor de Mello (PTB) e ex-presidente do Brasil, foi imortalizado na manhã desta quarta-feira, 2. Ele, que ocupará a cadeira número 20 da Academia Alagoana de Letras, nunca publicou um livro mas afirma que está em vias de escrever "A Crônica de um Golpe”, a sua versão de tramoias que lhe arrancaram do Planalto. Já para se candidatar a cadeira de imortal, o senador entregou um amontoado de discursos. Mas o bom mesmo é saber que a a Academia Alagoana de Letras de Alagoas tem tanta vaga, que até quem nunca escreveu um livro tem a sua garantida....

Se já surpreende a imortalidade de Collor, as coisas ainda podem piorar. O poeta Ledo Ivo, único acadêmico alagoano membro da Academia Brasileira de Letras, apoia a indicação nacional de Collor. "Ele tem qualidades para ser indicado e eleito para a ABL", garante Ledo.

E é assim que temos mais um imortal na política, Sarney e Collor, os literatos. O que diria o escritor alagoano Graciliano Ramos em uma situação destas? Talvez isso:

"Bichos. As criaturas que me serviram durante anos eram bichos. Havia bichos domésticos, como Padilha, bichos do mato, como Casimiro Lopes, e muitos bichos para o serviço do campo, bois mansos. Os currais que se escoram uns nos outros, lá embaixo, tinham lâmpadas elétricas. E os bezerrinhos mais taludos soletravam a cartilha e aprendiam de cor os mandamentos da lei de Deus."

(Graciliano Ramos - São Bernardo)