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quinta-feira, outubro 03, 2013

Com um a menos, Santos supera São Paulo por 3 a 0 e sonha com G-4

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Citando o Conselheiro Acácio, toda partida tem momentos que podem ser cruciais, mudando seu rumo e fazendo o torcedor pensar “se não fosse aquele lance”... No clássico entre Santos e São Paulo, na Vila Belmiro, depois do tento marcado por Edu Dracena* na primeira etapa aos 22, Alison foi expulso aos 42. Até então, o Peixe finalizava mais que o rival e chegava a exercer um relativo domínio, mas os visitantes se animaram e foram atrás do empate na etapa inicial. Em chute de Rodrigo Caio, Aranha rebateu e Douglas quase marcou o que seria o empate aos 47, mas perdeu.

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Thiago Ribeiro fez contra seu ex-time (Foto SantosFC)
Esse poderia ser um lance crucial, já que a igualdade daria mais confiança ao São Paulo. Mas não foi ali, ao menos para o Alvinegro, que se deu o lance decisivo. Com um a menos, a aposta de qualquer torcedor era que Claudinei Oliveira reforçaria sua fama defensivista, colocando outro volante no lugar de um dos dois atacantes, repondo a ausência de Alison. Afinal, o time tinha entrado com três volantes e um lateral no meio contra o Atlético-MG, só alterando a forma de jogar quando já perdia a partida. Mas, dessa vez, o treinador não recuou mais do que deveria.

Formou sim duas linhas de quatro para se resguardar, mas não abriu mão do contra-ataque como em outras ocasiões no Brasileiro. Manteve Thiago Ribeiro, atacante que penou de forma solitária contra o Galo, mas que soube ser ágil e preciso quando recebeu bola de Cicinho, aos 15, para marcar o segundo do Santos no clássico.

Mesmo com um a menos, a partir desse momento o jogo de nervos favoreceu o time santista. O Tricolor, sem confiança e nem técnica, não conseguiu furar o bloqueio peixeiro e ainda tomou o terceiro gol em nova jogada de Cicinho pela direita, com finalização de Léo, aos 45. Outro ponto que chama a atenção é o fato do veterano ex-lateral e hoje meia ter entrado bem mais uma vez, assim como na peleja contra o Internacional. Deveria ser mais aproveitado na equipe.


Claudinei reagiu, e bem, à pressão, em uma semana na qual, de forma pouca sutil, foi chamado de técnico sem “t” maiúsculo. Após a vitória, pode conseguir mais tranquilidade para dar um padrão à equipe que não oscile entre ter três volantes e um atacante em um jogo, terminando com três atacantes e um volante. Ou conseguir piorar o ritmo de uma partida ao colocar quatro atacantes em campo quando está atrás no placar, como aconteceu contra o Botafogo. Variações durante uma partida são normais, mas quando são bipolares mostram que se errou em algum momento, ou no início, ou no meio. O sonho da Libertadores ainda está de pé, mas o Santos vai precisar do seu treinador confiando mais em si mesmo, já que a confiança dos jogadores parece que já tem.
*Com 17 gols, Edu Dracena está a três de igualar Alex como maior zagueiro-artilheiro do Santos.

domingo, setembro 15, 2013

Santos perde invencibilidade de mais de um ano na Vila Belmiro

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Há algum tempo se falava muito entre comentaristas políticos sobre um tal “liturgia do cargo”. Significava, grosso modo, que um presidente da República deveria respeitar certos protocolos e rituais, assim como ministros, deputados, senadores, juízes do Supremo etc e tal, para fazer jus e honrar a função. 

No Santos, a camisa que abrigou o maior jogador da História deveria merecer algum respeito. Claro que provavelmente nunca vai haver alguém que chegue perto do Rei, mas pelo menos o dez poderia ser um meia ofensivo. Outro dia, um volante-volante, Alan Santos, entrou no gramado com a camisa sagrada. Hoje, Renato Abreu entrou com ela. Não podia dar certo.

Não sei se foi a heresia que castigou a equipe ou se a esquizofrenia do pragmático Claudinei Oliveira. Sim, pois este deixou o retranquismo de lado quando estava atrás do placar na etapa final. De um meio de campo com dois volantes, Alison e Renato Abreu, e outro par de meias quase volantes, Cícero e Leandrinho, passou a certa altura para uma equipe com quatro atacantes. Não, não podia dar certo...

O Santos criou mais e jogou melhor no primeiro tempo. Thiago Ribeiro, mesmo mostrando um indisfarçável cansaço, perdeu duas chances, uma delas preciosa como a desperdiçada diante do Flamengo já no fim da última partida. Gabriel, titular, afobado, até levou perigo, mas fez opções erradas demais, cenário que se tornaria uma constante na sua atuação no tempo final. E foi por não ter acompanhado a descida do lateral rival Júlio César, função incumbida a ela por Claudinei, que saiu o gol carioca na etapa inicial.

Depois do tento de Elias, aos 38, o Peixe nada fez. No intervalo, esperava-se ao menos uma substituição do treinador santista na meia, onde dois jogadores estavam perdidos: Renato Abreu e Leandrinho, este, com deficiência crônica de passe, o que é crucial no sistema de jogo peixeiro. Mas o treinador não mexeu... E foi castigado.

Aos 10 da etapa final, mais uma vez Elias marcou. Quem puder ver a “movimentação” de Renato Abreu no lance nem precisa acompanhar o resto da peleja pra saber o quanto o técnico se equivocou ao não tirá-lo antes. Saiu três minutos depois, para a entrada de Neílton. Cícero, sempre ele, artilheiro da equipe, fez um belo gol aos 21 e até deu a impressão de que o Santos poderia empatar ou até virar. Mas o time foi alterado novamente. Saiu Alison, aos 24, um dos melhores do time, para a entrada de Arouca, que voltava de contusão. Dois minutos depois, finalmente Leandrinho deixou o gramado para dar lugar a Everton Costa.

Time ofensivo, com quatro atacantes. Onde? O problema da equipe era o meio de campo, setor castigado pela falta de inventividade desde a saída de Montillo, contundido,contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Testou-se, sem muito afinco, Léo Cittadini e Pedro Castro na função em jogos anteriores. Léo, que deixou a lateral pra se tornar meia, até entrou bem no segundo tempo contra o Internacional, mas não parece opção válida para Claudinei. Assim, resta a ciclotimia: ou entra um meia quase volante ou um atacante. Deu no que deu.

As substituições mataram o Santos, que não conseguiu articular uma jogada ofensiva que prestasse. Um exemplo acabado do que não fazer para tentar ganhar uma partida. Tranquilo, o Botafogo até foi dispersivo nos contra-ataques, mas estava confortável com o ataque esquálido do time da Vila. Se não forçou, foi porque não precisou.

Claro que se deve levar em conta a quantidade de jogos em pouco tempo, mas a interferência do treinador hoje foi decisiva para que a equipe não fizesse quase nada na segunda metade do segundo tempo e fosse tão frágil no meio de campo na etapa inicial. Além disso, uma quebra de mais de um ano de invencibilidade na Vila Belmiro também dói mais no torcedor. É pragmatismo demais pra quem se acostumou a sonhar.