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quinta-feira, março 11, 2010

Defender tudo bem, mas desistir de ganhar não dá

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Jogo fora de casa, Libertadores, 2.600 metros de altitude, empate em 1 a 1. Aos 46 minutos do segundo tempo, com 3 de acréscimo já anunciados pelo árbitro, o visitante tem um escanteio pra cobrar. Bola na área pra ver se arranca um golzinho mágico, certo? Errado, pelo menos na estratégia do Corinthians de Mano Menezes. Jorge Henrique cobrou curto para Souza, que enrolou com a bola e jogou nas pernas do zagueiro para ganhar outro escanteio. E tome mais enrolação.

Esse é o símbolo do empate desta quarta-feira entre Corinthians e Independiente de Medellín, em Bogotá. Pela primeira vez nesse ano, a postura do time de Mano Menezes conseguiu furar o bloqueio de meu otimismo e me irritar profundamente.

O time foi para a partida fora de casa com uma estratégia declarada: não deixar o adversário jogar. Até aí, não sou entusiasta, mas respeito a cautela. Mas não sabia que também estava no pacote desistir de tentar ganhar o jogo.

A escalação já deixava clara a intenção. Com Alessandro machucado, Mano colocou Marcelo Mattos na lateral, coisa que nunca antes havia ocorrido. Aproveitou e sacou Tcheco do time e montou o meio de campo com Ralph, Elias, Jucilei e Danilo. Praticamente só volante. E o único meia ajudava a marcação, bem como o incansável Jorge Henrique.



Assim, o Corinthians passou boa parte do jogo tocando bola de lado, sem arriscar nada, e sem ser muito ameaçado pelos donos da casa. Cozinhou o jogo em fogo lento até que, numa jogada fortuita, uma bola desviada enganou Chicão e caiu no pé de César Valoyes, que abriu o placar para o Independiente, aos 30 do segundo tempo.

E essa é minha crítica a todas as retrancas do mundo: você se mata para evitar que as jogadas sejam construídas e pode ter 100% de sucesso nisso, mas tem coisas que não dá pra controlar. O atacante estava impedido? Foi por acaso que a bola enganou Chicão? Felipe quase defendeu? Pois é, essas coisas acontecem, especialmente quando você recua e faz o adversário jogar no seu campo.

Enfim, atrás no placar, Mano desfez sua barreira humana, colocando Morais no lugar de Mattos (Jucilei foi para a lateral) e Dentinho no lugar de Danilo (cansado). Para completar, sacou o inoperante Ronaldo e colocou Souza, que pelo menos corre. Percebam que eu não faço questão que Ronaldo corra. Ele pode muito bem jogar parado e fazer a diferença, mas o problema é que ontem não acertou nem passe de três metros. Faz parte, mas é bom o Gordo acordar.

O time acelerou, passou a jogar no campo do Independiente e chegou ao empate com um golaço de Dentinho, de fora da área, aos 40 minutos. Aí, o Timão foi pra cima pra virar, certo? Errado. Fiel a sua proposta de (não) jogo, segurou o empate até o fim, culminando com a palhaçada de JH e Souza nos minutos finais.

O time é líder de seu grupo na Libertadores, com 4 pontos. Tem uma vitória em casa e um empate fora, bons resultados. Mas é bom achar logo um jeito de jogar antes que o caldo entorne.

A hístória se repete?

No ano passado, no dia 12 de março, eu escrevia sobre vitória do Timão contra o São Caetano no Paulista. O clima era diferente, com a recente estréia de Ronaldo, que vinha fazendo gols e empolgando. O time ainda vacilava, sem encontrar uma formação ideal, mas parecia que as coisas estavam mais perto de se acertarem.

Por outro lado, após o empate contra o Santo André, na semana seguinte, o Maurício escrevia sobre a tendência do time de se contentar com pouco. O trecho a seguir mostra o clima do nobre autor então e também um pouco do meu hoje: “Entendo que o Mano Menezes tenha que ter cuidado e avançar passo a passo, na medida das pernas. Mas se não começar a puxar a responsabilidade da moçada de ganhar e bem os jogos, de mostrar que futebol se faz partindo pra cima e querendo o gol, vamos continuar patinando em jogos terríveis como este.”

Paradoxalmente, a mesma sensação é a que alimenta meu otimismo. Pois esse mesmo time que patinava numa excessiva preocupação defensiva, foi campeão paulista algumas semanas depois com belíssimas atuações nas finais, consolidando um jeito de jogar que foi o melhor e mais eficiente do país no primeiro semestre do ano passado. Espero que a coisa vá por esse caminho.

sexta-feira, abril 17, 2009

É o cara!

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Com o gol marcado na derrota por 2 a 1 para o Independiente de Medellín, na quarta-feira, André Lima (foto) chegou ao honroso posto de 255º maior artilheiro de toda a história do São Paulo Futebol Clube: já são cinco gols (cinco gols!) em dez meses no elenco. No ranking, ele se igualou a nomes ilustres como Araken Patuska, Edcarlos, Éder Luís, Francisco Alex, Matosas, Mazinho Loiola, Neto (aquele mesmo, que hoje é comentarista), Ricardinho (outro ex-corintiano), Sarará e Válber, entre outros. Realmente, André Lima pode se felicitar por ter galgado tão disputado panteão! Um mito! Mas, falando especificamente sobre o São Paulo, que ainda não conseguiu confirmar a primeira posição de seu grupo na Libertadores, para ter vantagem na próxima fase, muitas dúvidas esquentam a cabeça de Muricy Ramalho. Wagner Diniz provou, no último jogo, que não tem condições de assumir a lateral-direita. Foi substituído pelo garoto Wellington, que não fez feio. O problema é que os dois volantes que vinham jogando improvisados na posição como titulares, Zé Luís e Arouca, estão machucados e não retornam tão cedo. Outra dor de cabeça: Renato Silva fez uma péssima partida na zaga e Rodrigo também não ajudou muito. Aislan é mediano, mas não serve para o time principal. Pior: além de suspenso da segunda partida semifinal do Paulista, por expulsão, André Dias se contudiu no mesmo dia que Rogério Ceni. E o meio-campo, tão ineficaz contra o Corinthians, é mais preocupação. Hernanes sumiu na semifinal, Jorge Wagner falhou duas vezes (no lance da expulsão de André Dias e do gol da vitória do Corinthians) e, contra o Independiente, Jean jogou muito mal, assim como as opções (?) Hugo e Richarlyson. No ataque, Borges perdeu um gol feito na cara de Felipe, no domingo, e Washington quase não pegou na bola. A coisa tá feia. Resta confiar em André Lima, este sim, um craque incontestável. Só o Muricy não vê...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Comentários de um não-sãopaulino sobre um empate inusitado

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Passei o dia esperando que algum dos tricolores do Futepoca escrevesse sobre o empate de quarta-feira diante do Independiente de Medellin, em pleno Morumbi. Desde cedo já estava com meu comentário pronto, independentemente do teor do post que viesse. Como não veio, aí vão meus comentários:

1) Nunca tinha achado o Hernanes cai-cai. No jogo de ontem ele não foi bem, e teve seus momentos de tentar cavar faltas. Engraçado que em outros lances ele se segurava em pé tomando pernada. Vá entender...
2) Quando os meias não jogam o São Paulo é só balãozinho na área.
3) Alguém precisa aprender a marcar a jogada de pivô do Borges, que é muito bem feita, embora nem sempre dê resultado.
4) O Muricy, com razão, não confia em sua defesa neste ano. Caio Ribeiro, comentarista da globo, torceu mais que a vizinhança perto de casa. Mas não entendeu isso.
5) André Dias deveria ter sido expulso. Talvez duas vezes.
6) André Lima também, por um cotovelaço dentro da área.
7) O goleiro paraguaio Aldo Bobadilla foi impecável no jogo todo, até os 48 minutos quando espanou uma bola.



Ficou sem continuidade e bem restrito. Os comentaristas que completem.