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quinta-feira, julho 16, 2009

Pelo 3º ano seguido, brasileiros perdem na final da Libertadores

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O Estudiantes de La Plata venceu o Cruzeiro em pleno Mineirão nesta quarta-feira, 15. Os 2 a 1 repetiram o que parece ser uma sina para equipes brasileiras desde 2005. Em todas as finais de Libertadores nesse período havia a presença de brasileiros.

Títulos para equipes nacionais só vieram nas duas vezes em que ambos os competidores eram do país (em 2005 e 2006, quando São Paulo e Atlético-PR e Inter e e São Paulo disputaram a decisão).

Já que estamos no momento das contas, nos últimos 10 anos, havia brasucas em oito. Se esticar para duas décadas, em 15 havia brasileiros. A capacidade dos times conseguirem se aproximar do caneco não tem se concretizado em título.

Foto: VipComm/Divulgação

O jogo

O Estudiantes saiu perdendo aos doze minutos do segundo tempo, com um chutaço do volante Henrique que desviou em Desábato. Quinze minutos depois, o empate. Mesmo sem partir para o tudo ou nada, os argentinos conseguiram igualar com Gáston Fernándes aos 27. Segundo a Bodega Cultural, isso se dava quando o locutor da Globo, Galvão Bueno, anunciava as presenças dos governadores e pré-candidatos tucanos à presidência José futebol e política não se misturam Serra e Aécio Neves. Mais quinze se passaram e Mauro Boseli aproveita a bobeada da defesa azul para colocar os visitantes em vantagem. E dá-lhe retranca.

Sem o título, o treinador do Cruzeiro merece aplausos por levar a equipe até as finais. Mas permanece como promessa de treinador consagrado. Dias depois da última leva de demissões de treinadores de times da série A do Brasileiro, talvez não baste a promessa.

Alterado às 8h30

quinta-feira, junho 25, 2009

Racismo não é - ou não deve ser - coisa do futebol

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Jogo de Libertadores, quente, um jogador argentino chama um negro de "macaco". Não, essa não é a partida entre São Paulo e Quilmes, em que Grafite foi ofendido por Desábato. Aconteceu novamente ontem, na partidaça entre Cruzeiro e Grêmio, cujo alto nível técnico foi ofuscado pela ofensa racista de Máxi Lopez contra Elicarlos.

O pior de tudo foi a reação por parte do Grêmio. Um verdadeiro escarcéu para evitar que o atacante tricolor fosse depor na delegacia e, em meio a isso, um festival de besteiras ditas por diretores e pelo técnico Paulo Autuori. Falou o comandante: "Nós já vimos esse filme. Já vimos esse filme em São Paulo e não deu em nada. Muita gente apareceu, acabou tudo como acaba no Brasil, porque não é nada, é apenas um jogo de futebol. Acho que nós temos que preocupar com coisas muito mais sérias, nosso país precisa ser mais sério nas coisas".

Mas a afirmação de que "temos que nos preocupar com coisas muito mais sérias" e algo intrigante. Racismo não é sério, Autuori? Então o que é? Uma partida de futebol? A desfaçatez chegou ao nivel extremo com o diretor André Krieger, que afirmou: "Ele (Máxi Lopez) disse que não fez nada e que nem sabe o que significa 'macaco'". Quando ouvi isso lembrei na hora da torcida do Boca "saudando" Pelé na final da Libertadores de 1963, aos gritos de "Pelé hijo de puta, macaquito de Brasil". Claro que ele não sabe o que significa o termo...



Curioso que um diretor gremista (nao peguei o nome dele, a declaração foi dada à Rádio Gaúcha) foi na mesma linha, dizendo, inclusive, que o "garoto" (Elicarlos) deveria estar preocupado com a repercussão disso entre os "colegas" já que ninguém gosta de ter fama de dedo-duro. Ou seja, ele deve ficar quietinho e não denunciar, mesmo que seja vitima de um crime. Bela lição a do dirigente...

Além disso, agora há a tática de intimidaçao, ao se afirmar que se criou um "clima hostil" para o jogo de volta. Além de passar a mão na cabeça do atacante, que poderia se desculpar pelo que falou, os dirigentes dão a entender que nada farão para evitar qualquer reação da torcida contra Elicarlos. Perdem a oportunidade de exercer um papel educativo, raro no futebol mundial e principalmente no brasileiro, e marcar posição contra o racismo, fingindo que ele não existe e que é "coisa do jogo".

Outro argumento contestável é o de que a provocação faz parte do futebol, por isso ele pode chamar o adversário de "macaco". Misturam-se as coisas. Claro que provocação faz parte de qualquer esporte e acontece até na mesa de bilhar ou no jogo de truco. Mas existe um limite e o racismo extrapola isso. Tratar esse tipo de ofensa como algo normal ou que sempre aconteceu é um tipo de raciocínio similar ao dos senhores de escravo de tempos idos. "Eles sempre foram escravos, porque tem que mudar?". Ainda bem que os tempos mudam, e resta ao futebol reconhecer isso e colaborar para que a praga racista seja extinta.

Em tempo: a reação de Vágner quando escuta a ofensa, tomando as dores de Elicarlos, é mais que nobre. Há alguns motivos que levam alguém a ficar indignado e estes, certamente, são mais importantes que o futebol.

terça-feira, junho 23, 2009

Armações do amor

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Não sou dos mais cinéfilos. Comédia romântica, então, tá longe de ser dos meus gêneros favoritos. Por causa disso, jamais havia ouvido falar de Armações do amor, filme estrelado por Mattew McConaughey e Sarah Jessica Parker. Segundo a sinopse, a película conta a história de um homem de 35 anos que não quer sair da casa dos pais, e estes contratam uma moça que luta para convencê-lo do contrário. Certo, certo.

Por que falo sobre isso? Porque esse filme será exibido pela TV Globo para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro às 21h30 dessa quarta-feira. No horário tradicional do futebol. Quando Grêmio e Cruzeiro jogarão pelas semifinais da Libertadores.

Não quero aqui iniciar aqueles intermináveis debates sobre se a Globo (ou outras emissoras de grande porte) dão menos bola para o futebol dos outros estados e só valorizam o que venha do "eixo do mal". Quero, agora, discutir outra coisa: será mesmo que os públicos paulista e carioca não gostariam de ver um importante jogo como esse unicamente porque não há uma equipe desses estados em campo? Será que os telespectadores, tão habituados com o futebol naquele horário do dia, receberão bem o tal Armações do Amor amanhã?

Curioso é pensar que a Globo é uma empresa de ponta e, portanto, não costuma dar pontos sem nó. Se está optando por isso, acredito eu que tenha recebido algum retorno de pesquisas prévias.


De qualquer modo, não me desce. Principalmente se lembrarmos que a Libertadores é exclusividade global - ou seja, o duelo entre gaúchos e mineiros não poderá ser exibido pela Bandeirantes, ficando, portanto, de fora da TV aberta amanhã.

Com isso acaba não havendo outra alternativa senão recorrer aos sites que transmitem jogos pela internet... e, se alguém por acaso assistir a Armações do Amor e gostar, me dá um toque. Pode ser que eu venha a alugar o filme para vê-lo algum dia. Mas, pô, amanhã não!

sexta-feira, junho 19, 2009

Com gol no ângulo e outro de pênalti, Cruzeiro despacha o São Paulo

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Eram 23h29 no relógio do micro-ondas. Mais ou menos 30 vozes foram ouvidas, vindas de apartamentos diferentes de prédios vizinhos, gritando impropérios dirigidos aos são-paulinos. Como de praxe, os secadores sugeriam todo tipo de escatologia como prática dos torcedores derrotados. Era a terceira vez que aquele mar de berros ocorria, em um coro meio tosco, cuja única manifestação publicável foi:

– Chora Bambi, eliminado! – leia-se "eliminadô".

O São Paulo está fora da Taça Libertadores da América, assim como o Palmeiras. O Cruzeiro venceu o Tricolor paulista por 2 a 0 em pleno Morumbi, resultando em vaias da torcida e pressão por vir sobre a comissão técnica. Como não assisti a partida nem sou são-paulino, deixo as análises da partida para quem é de direito. Vi os gols, o primeiro um chute no ângulo – exu forquilha? – e outro de pênalti.

Tombo das empáfias
A quinta-feira também marcou a derrota da Itália sobre o Egito na Copa das Confederações. Em comum entre os times nos campos de São Paulo e de Joanesburgo, na África do Sul, há muito pouco em comum.

Qualquer comparação entre as forças dos times e mesmo estilos de jogo seria um exercício delirante da minha parte. Mesmo o peso das derrotas também é distinto. No torneio de clubes continental, o segundo revés nas quartas-de-final é sinônimo de eliminação, ao passo que os italianos ainda estão na fase de classificação.

A única semelhança é o efeito que isso produz nos secadores – ou pelo menos em parte deles. É que os campeões do mundo na Alemanha tomaram um toco em grande atuação do goleiro egípcio El Hadary.

E mesmo anunciada, a eliminação do São Paulo também é um certo tombo na empáfia dos torcedores tricolores. Parte deles tende a vir com o tom blasé, fingindo indiferença. Outra parte reage como torcedor normal.

Aqui, a contragosto, eu apontaria outra queda que me é dolorosa, mas também derrubou uma figura arrogante. Vanderlei Luxemburgo é apontado por parte dos torcedores como o vilão da eliminação alviverde. Agora, só com o Brasileiro pela frente, o treinador diz que tinha avisado que a equipe era jovem e que o certo era o planejamento ser voltado à Libertadores de 2010. Ele reconheceu o amadurecimento dos atletas, mas manteve que o motivo de o Palmeiras não estar nas semifinais é aquele.

É ruim a eliminação do meu time, o Palmeiras. É bom ver o triunfo de importância ainda incerta do Egito. Melhor ver o São Paulo eliminado. Mas os tombos em um intervalo curto são interessantes.

Viajei?

quinta-feira, junho 18, 2009

Sem gols no Uruguai, Palmeiras é eliminado

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No topo do Futepoca deveria estar a vitória do Corinthians na primeira partida da Copa do Brasil por 2 a 0 no Pacaembu. Mas esse não foi o único fato lamentável do meu ponto de vista da noite de quarta-feira, 17. Muito mais trágica foi a desclassificação do Palmeiras da Libertadores.

Faltaram gols no estádio Centenário de Montevidéu na partida entre Palmeiras e Nacional. Faltaram para o time brasileiro, que precisava tirar o zero do placar para avançar na Taça Libertadores. O empate em 1 a 1 conquistado pelos uruguaios no Palestra Itália dava vantagem no critério de desempate de gols marcados como visitante.

Se há um motivo para a desclassificação do Palmeiras não foi o pênalti não marcado a seu favor no fim do primeiro tempo. Obviamente, o problema foi o gol sofrido em casa. A vantagem de não precisar marcar desde que não sofresse gols foi bem administrada pelos uruguaios.



Mesmo com esse cenário, esfriar a cabeça é dureza.

Poderia ter baixado o exu forquilha em algum jogador do Verdão aos 45 do segundo tempo para achar um gol milagroso. O fato de ter mandado bolas no travessão e conseguido criar suas chances não resolve.

Para o Parmerista Conrado, Vanderlei Luxemburgo errou duas vezes. Primeiro, ao manter o esquema com três zagueiros por tempo demais precisando vencer. Depois, por tirar Willians para pôr Armero. Tendo que remar no Brasileiro, ele pede a saída do treinador.

Eu tenho trauma da última vez que o treinador esteve no time. Ou melhor, da última vez em que ele deixou o clube, em 2002. Há todo tipo de diferença entre os cenários, mas tendo a considerar que Luxemburgo provocaria mais dano ao deixar o emprego do que permanecendo nele. Talvez se inventasse (errasse) menos na escalação fosse um começo.

É triste.

sexta-feira, maio 29, 2009

Empate com o Nacional azeda a vida do Palmeiras

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O placar de 1 a 1 no Palestra Itália frustrou os torcedores do Palmeiras. Apesar de ter saído na frente diante do nacional com gol de Diego Souza, o time sofreu o empate do Nacional do Uruguai, e precisa vencer ou empatar por mais de dois gols para não se despedir da Libertadores da América.

A classificação dramática na fase de grupos e nas oitavas parece ter dado confiança excessiva ao elenco, que demorou a conseguir criar boas chances. Outra forma de ver é repetir o discurso de que o esquema tático estava errado, o que poderia ser reforçado com o fato de duas substituições terem sido feitas ainda na primeira etapa.

Foi aí que aconteceu a estreia do atacante Obina que se mostrou solícito. A produção pode ser considerado surpreendente para quem participou de dois treinos e – assumida e notoriamente – está acima do peso. Só não é mais surpreendente do que ele já ter jogado. O atacante chegou como contratação "interessante", na definição do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que ainda tentou blindar o atleta, assumindo a responsabilidade por sua chegada. Marquinhos veio no começo da temporada como quem ia arrebentar e nem tanta disposição ele mostra.

Os dois atacantes foram a campo nos lugares de Fabinho Capixaba e Souza, ainda na etapa inicial. Realmente melhoraram o time, que havia entrado em um 3-5-2. Obina correu, deu carrinho e tomou amarelo. Para alguns, foi dos melhores do time, o que é assustador e ajuda a entender o resultado. Marquinhos caiu pela ponta, correu, mas segue em má fase.

Diego Souza fez o gol, aos 10 do segundo tempo. É quem pode resolver as coisas em campo, já que o camisa 9 Keirrison anda desligado demais. Cleiton Xavier continua a ter, aparentemente, mais importância de marcação do que de criação. Não necessariamente por uma questão tática, mas nem sempre ele produz jogadas ofensivas decisivas – e muito menos chutes de longa distância na forquilha – ao passo que se mostra um terceiro volante bem mais regular.

Eis aí o erro da escalação do início de jogo, deixar o camisa 10 como único responsável pela criação, já que o meia com a camisa 7 estava improvisado no ataque, como explica o Parmerista.

Vanderlei Luxemburgo desistiu de pressionar depois que o técnico do Nacional, Geraldo Pelusso, ensaiou ampliar a retranca, tirando um atacante e colocando um volante. O treinador do time da casa arrancou o apagado Keirrison para entrada do volante Jumar. Será que o 1 a 0 era tão bom para ser mantido?

O gol foi uma punição dura. Aos 35, parecia que o Palmeiras já ouvia o eco do apito final, como se achasse que tudo tinha se cumprido e bastava fazer jogo de cena. Depois, foi atacar de qualquer jeito, mas já sem resultado.

No vestiário, após o jogo, os uruguaios eram só folia. Um oxo resolve a vida deles. A dificuldade para marcar, superada apenas aos 10 da etapa final, aliada ao vacilo da defesa mostram que as coisas azedaram para o lado alviverde. As partidas contra o Colo Colo e contra o Sport foram fichinha comparado ao que ainda vem pela frente.

quinta-feira, maio 28, 2009

Um bom Cruzeiro e São Paulo

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Foto UAI/Estado de Minas











Na falta dos sampaulinos do Futepoca, que estão todos se exilando para beber na Europa, cabe a um secador do Cruzeiro escrever sobre o jogo de ontem.

Foi uma das melhores partidas do ano, com muita correria, jogadas, defesas dos goleiros e um resultado relativamente justo, porque goleiro também joga e Fábio ontem fez duas ou três defesas memoráveis. Aliás, junto com Ramires, Kléber e Jonathas, é um dos jogadores essenciais desse time. A boa notícia, para um atleticano como eu, é que pelo menos o Ramires já vai embora.

Venho acompanhando menos o time do São Paulo, mas ontem chamou a atenção o fato de o Hernanes não estar jogando nada. Não aparece, erra passes inacreditáveis, não marca etc. Jorge Vagner também fez uma partida muito ruim. Com os dois mal, mais a ausência de Rogério, explica-se boa parte do mau início de ano dos tricolores.

Para a partida de volta, basta ao São Paulo ganhar de 1 a 0 por conta do gol feito fora, mas o problema é não tomar nenhum gol do rápido ataque do time azul.

sábado, maio 23, 2009

O “Bombonerazzo”

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Por compromisso de trabalho estava em Montevidéu, mas não pude acompanhar a partida entre Boca Junior e Defensor pela TV. Após saber do resultado, saí para jantar e provocava a conversa com os motoristas de táxi, com os garçons e ouvia as conversas nas mesas ao lado.

Em todos, mesmo os que torcem para Peñarol ou Nacional (que fazem clássico no  domingo no estádio Centenário), a alegria estava estampada nos rostos porque a rivalidade com os argentinos é maior que as querelas clubísticas.

Houve quem disse que se havia feito história ao ganhar de 1 a 0 e desclassificar o Boca em plena Bombonera. Exageradamente, a comparação era com o Maracanazzo, a vitórias dos uruguaios sobre o Brasil em 1950, em pleno Maracanã, na final da Copa do Mundo. Aliás, em breve escreverei post aqui no Futepoca sobre como esse jogo é cultuado até hoje no Uruguai, considerada “a partida do século”.

Voltando ao “Bombonerrazzo” desta semana, o diário El País uruguaio (www.elpais.com.uy) lembra que o feito do Defensor foi a primeira derrota do Boca na Libertadores deste ano e a primeira vez que uma equipe uruguaia ganhou na Bombonera pela taça continental.
 
Sobre a crise que se abateu sobre o time argentino, vale a capa do Olé, que teve o título "No hay Defensores", em que afirma ter acabado um ciclo, do treinador Carlos Ischia e de alguns heróis de "ontem", de uma equipe que fez história. No mesmo texto fala-se, também com o exagero de uma letra de tango, que a eliminação foi o maior fracasso do time na era moderna.

Agora, é o Estudiantes de La Plata que está no caminho do Defensor. Quem faz sua aposta?

terça-feira, maio 12, 2009

Um sufoco para poder reafirmar: Marcos é O Goleiro

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Phjunkies/Flickr
Quando acabou, talvez o certo teria sido eu sair pela janela e responder ao vizinho de duas semanas atrás gritando:

– Marcos, Marcos, Marcos!

Merecia.

O Palmeiras tomou um sufoco durante os 90 minutos de jogo na Ilha do Retiro. A pressão do Sport começou aos dois minutos, seguiu aos oito, avançou aos 17, aos 27, aos 30... O mesmo no segundo tempo até sair o gol de Wilson, aos 36. Os dez minutos finais foram menos dramáticos do que eu imaginava, o que foi suficientemente trágico. Até Sandro Goiano deu passe para Paulo Baier quase marcar.

No total, se o Palmeiras mandou duas bolas perigosas em direção ao gol foi muito: retranca total e muito trabalho para Marcos. A decisão foi para os pênaltis.

Além de entrar com muita gente de defesa em campo, Vanderlei Luxemburgo tirou Diego Souza para pôr Willians, Keirrison para entrar Ortigoza e Mozart para a vaga de Souza. Tem uma dose de azar e de erro, mas se pode dizer que o treinador palmeirense acabou cavando a derrota no tempo regulamentar, porque foi depois de passar por Wendel que o volante recém-contratada chegou atrasado e saiu o gol. O azar continuaria nos pênaltis, já que Mozart ainda errou a primeira cobrança. Muito mais grave foi a saída do camisa 7, que significou abdicar ainda mais de jogar futebol e atacar. Vai ver que ele leu a bobagem que escrevi sobre tirar o Diego Souza. Ou teve um apagão.

Depois de desperdiçar a primeira cobrança, os zagueiros Marcão e Danilo e o lateral-esquerdo Armero, foram os batedores que converteram. Nenhum homem de frente para esse momento decisivo. No mínimo, é curioso. E claro que, nesse caso, as esperanças não poderiam recair sobre outro jogador.

"Com 36 anos, toda defesa é difícil, sempre dói alguma coisa", declarou O Goleiro à reportagem de TV depois do jogo. Desse jeito, ele pegou três dos quatro pênaltis batidos pelo Sport. Para mim, tá bom.

O Palmeiras deve sua vaga às quartas-de-final a Marcos. Luxemburgo deve também muita coisa – quiça seu emprego – ao camisa 12. Vale lembrar deste jogo e deste aqui também.

Poderíamos passar sem essas
Na coletiva – que costumo evitar de ouvir para não ficar revoltado com as perguntas à là levantador de vôlei –, o treinador preferiu criticar Guilherme Beltrão, vice-presidente do Sport que o chamou de decadente e arrogante, a comentar o jogo. Será que ele está mais preocupado com a estratégia para não ter que explicar para a mídia esportiva por que tirou Diego Souza do que com a tática em campo?

Beltrão realmente facilitou a vida de quem precisava motivar seu time. Mas para quem ganhou nos pênaltis, era melhor ter deixado o cartola falando sozinho. Ou deixado para a torcida responder com o tradicional: "E-li-mi-na-do!" Se ficar por aí, tudo bem. É complexo senão frágil transferir automaticamente a tensão entre as torcidas para esse tipo de comportamento.

Vale lembrar que não é o primeiro dirigente do clube de Recife com quem Luxemburgo troca farpas. Além de já já ter intercambiado recados "carinhosos" com o próprio Beltrão, Romero Monte Cunha, ex-diretor, só não foi agredido fisicamente pelo técnico em maio de 2008 porque foi contido por seguranças palestrinos. Teria sido patética a tentativa.

Empate
Depois de reclamar tanto, segue a contagem. Vanderlei Luxemburgo empatou o histórico de confrontos com o treinador do Sport, Nelsinho Baptista. Cada um tem agora 11 vitórias diante do outro, e 14 empates. Tem mais dois ainda este ano pelo campeonato brasileiro.

Vizinhança
Não sei se foi a memória dos corintianos da decisão da Copa do Brasil de 2008, mas a vizinhança esteve especialmente atenta ao jogo nesta terça-feira. No gol do Sport, a comemoração foi quase igual à vibração dos palmeirenses quando Marcos pegou o terceiro pênalti – isso na hora, porque os secadores permaneceram apreensivos nos minutos seguintes, enquanto os alviverdes estão gritando até agora. Mais uma vez os secadores trabalharam.

sexta-feira, maio 08, 2009

Mexicanos desistem e São Paulo passa às quartas da Libertadores sem jogar

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A cantada e decantada gripe suína vitimou os times mexicanos na Libertadores. Chivas e San Luis simplesmente desistiram da competição depois de São Paulo e Nacional do Uruguai terem enviado ofício à Conmebol se negando a disputar as oitavas no país "contaminado". Agora o Tricolor espera o adversário que virá do confronto entre Cruzeiro e Universidad do Chile. Ou seja, Cruzeiro.

Após vetar os jogos na terra de Zapata, a Confederação Sul-Americana de Futebol havia voltado atrás graças às garantiaas dadas pela Federação Mexicana de Futebol (FMF) de que a epidemia está controlada.

No ofício tricolor, segundo Uol, o clube brasileiro alegou que "o risco a que se expõem os atletas do São Paulo Futebol Clube e sua Comissão Técnica não configura mera suposição". Disse também que haveria problemas para o time voltar ao Brasil, já que teria que cumprir exigências das autoridades brasileiras, possivelmente uma quarentena. Não sabia que pessoas que voltam do México tem que passar por quarentena na volta ao Brasil. Talvez nem as autoridades sanitárias brasileiras saibam... A argumentação poderia ser melhorzinha, diretoria sãopaulina.

Depois que provocações baratas e bairristas fizeram um jogador mexicano tossir em um rival, parece que a tal gripe reforça mesmo preconceitos. Sarkozy chegou a sugerir que se proibissem voos da União Europeia para o México e o vice-ministro da Saúde de Israel, para evitar citar a denominação "suína" (o porco é considerado um animal impuro no judaísmo), sugeriu que a doença mudasse de nome para "gripe mexicana", parece que os hermanos da América do Norte vão sofrer mais com a discriminação do que com a doença em si.

Perguntar não ofende: porque ninguém sugere suspensão de voos e quetais para os EUA, já que comprovadamente diversos casos da doença na Europa - e um no Brasil - foram trazidos por gente que foi pra terra do tio Sam?

Atualização, 19h12: a Conmebol quer que a disputa das oitavas seja feita em partida única, nas casas de São Paulo e Nacional. Os mexicanos já avisaram que não topam, mas reviravoltas podem vir, já que esse imbróglio já teve inúmeras idas e vindas.

quarta-feira, maio 06, 2009

Viva o Coalhada! Palmeiras vence o Sport

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Lancenet

Com um gol do atacante paraguaio Ortigoza de cabeça, o Palmeiras venceu o Sport por 1 a 0 na primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores. Em cobrança de falta de Cleiton Xavier, o herói da classificação, o sósia do Coalhada, personagem do humorista Chico Anísio colocou o time paulista a um empate da classificação. Ortigoza sofreu a falta que deu origem ao tento palestrino e resultou no segundo cartão amarelo de Hamilton.



Escrevendo assim, parece pouca coisa. A vitória do alviverde na Ilha do Retiro na primeira fase da competição teve como destaques, de um lado, a aplicação dos visitantes e, de outro, o fato de que para o Sport o jogo não era de vida ou morte. Também por méritos defensivos do Palmeiras, o time da casa não conseguiu criar abafa na ocasião. Agora será tudo diferente.

Espero que Marcos saiba do que está falando e que o Palmeiras realmente tenha aprendido a jogar a Libertadores. Mas é claro que não basta saber o que é necessário, falta realizar.

Jogo
O jogo não foi simples, ao contrário foi uma luta de boxe repleta de estratégia e aplicação. O time entrou errado, com Pierre, Cleiton Xavier, Marquinhos e Diego Souza no meio e Keirrison e Willians no ataque. Bem ofensivo no papel, mas não funcionou.

O único reforço para as oitavas-de-final da Libertadores, foi Mozart, e nenhum reforço mais. Ele estreou no segundo tempo, no lugar de Marquinhos, praticamente perseguido pela torcida, ao mesmo tempo em que o autor do gol entrava no posto de Willians. A mexida, no papel, foi tirar dois meias-atacantes para colocar um atacante nato e um segundo volante. Nada de ofensiva no papel, mas funcionou melhor porque o paraguaio entrou bem.

No primeiro tempo, Keirrison havia mandado mais uma bola na trave. Diego Souza fez o mesmo, de cabeça. Talvez com mais tranquilidade, o placar pudesse ser mais favorável. De qualquer forma, a decisão iria para o Recife e é pedreira. E antes disso, ainda tem a estreia do time no Brasileirão, contra o Coritiba, o mesmo adversário de 2008.

DataFutepoca
Pelos cálculos do DataFutepoca (DataBar teria mais apelo), são 35 partidas em que os treinadores se enfrentaram do banco de reservas. Foram 11 vitórias de Nelsinho Baptista, 10 de Luxemburgo e 14 empates. Ainda valeria a pena uma recontagem.

sábado, maio 02, 2009

Muricy dá outra espetada em Luxemburgo

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Mais uma vez, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho (foto), não perdeu a chance de dar mais um cutucão no colega de profissão Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras. Depois de opinar polemicamente que "a Libertadores é mais fácil que o Brasileirão", Muricy deu a irônica justificativa:

"A Libertadores é mais fácil de ganhar do que campeonato de seis meses com pontos corridos. Não depende muito do técnico, mas sim de o Xavier (Cleiton, jogador do Palmeiras) acertar um chute do meio-de-campo."

Ps.: Falando em Libertadores, a gripe suína fez com que a Conmebol adiasse o jogo de ida do São Paulo contra o Chivas Guadalajara, pelas oitavas de final, em uma semana. O México é o foco original da doença e, por isso, a partida não será realizada lá. Nesta semana, as autoridades sanitárias de Bogotá (Colômbia) e Santiago (Chile) proibiram a recepção do jogo. Tudo indica que será disputado no Uruguai ou no Paraguai.

quinta-feira, abril 30, 2009

Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!

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O jogo do Corinthians tinha acabado e a transmissão da TV aberta passou para os dez minutos finais do tempo regulamentar de Palmeiras e Colo Colo. O zero a zero davam a vaga para o time chileno, que tinha vantagem de saldo de gols. Nem sempre os grupos da morte são tão de matar. Aos 41 minutos e 42 segundos da segunda etapa, o desespero jã tomava conta do time depois de uma partida bem jogada, mas sem efetividade. Duas bolas na trave no primeiro tempo não valem gol. E eram 10 em campo, porque o zagueiro Marcão havia sido expulso.

Então, o camisa 10, jogando como segundo volante, pega a bola na intermediária, finta o zagueiro e arrisca um chute que ele não vai acertar tão cedo. Tão cedo, realmente não precisa. Cleiton Xavier colocou a bola no ângulo esquerdo do arqueiro Munhoz.

Em meio aos gritos de gol da vizinhança, o mais exautado sai à janela e resume:

– Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!


Era o que bastava. O Colo Colo ainda perdeu duas chances claras de gol, Marcos, o Goleiro teve de sair em cada escanteio batido, e o placar foi assegurado. A vitória simples era o que bastava para mudar a configuração do grupo. Ao fim da partida, os jogadores chilenos se reúnem no centro do gramado e parecem não acreditar.

É por essas coisas que o futebol é genial. Melhor quando é a favor do nosso time.

Em tempos de gripe suína, estou me contendo para evitar as piadas abaixo da crítica.

Sorte e acerto
Vanderlei Luxemburgo arriscou ao escalar três zagueiros, Wendel e Souza no meio e Diego Souza no ataque. Arriscou um esquema muito defensivo. Mas se deu bem, porque o time entrou aplicado, mandou duas na trave. Depois, era seguir sua própria cartilha (ou sua própria mesmice): sai o lateral, entra um meia-atacante, Willians, no caso. Depois, tirou Diego Souza, zonzo depois de uma trombada em campo. Pierre, contundido, deu lugar a Evandro, não conta.

E teve muita sorte, porque um chute daqueles é antiesquema tático. 

Só sei que quando o Kléber Machado começou a elogiar o treinador, eu deixei a TV sem som até acabar o jogo. Recomendo.

Bom para os brasileiros
Com isso, os cinco times brasileiros se classificaram para a próxima fase da Libertadores. Não quero dizer com isso que eles sejam "o Brasil na Libertadores" e muito menos que os torcedores de outros times devam torcer por essas equipes. Mas é melhor.

No grupo 7, o Grêmio é dono da melhor campanha, mas todos os outros brasileiros, à exceção do Palmeiras, são primeiros de seus grupos. Sport, no 1, Cruzeiro, no 5, São Paulo, no 4. Como ainda faltam quatro partidas, realizadas nesta quinta, e as chaves das oitavas-de-final são definidas por pontuação entre primeiros e segundos, não é possível saber a combinação.

quinta-feira, abril 23, 2009

O enigma Dagoberto

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O São Paulo continua jogando de forma apática e sonâmbula, mas, mesmo assim, conseguiu virar o placar ontem à noite, em pleno Morumbi, e derrotou o América de Cali por 2 a 1, classificando-se em primeiro lugar no seu grupo da Copa Libertadores. A surpresa foi Dagoberto (foto), que engatou a quinta marcha no início do segundo tempo e perdeu vários gols antes de fazer os dois da vitória. Muito aquém daquilo que a imprensa dizia quando o Tricolor o contratou, o atacante até que teve boa participação nos títulos brasileiros de 2007 e principalmente de 2008, mas nunca justificou sua fama. Nos dois anos de São Paulo, Dagoberto fez apenas 17 gols (o mesmo tanto que o manguaça Adriano fez em seis meses de clube, em 2008). Jogou a maior parte do tempo na reserva e longe de empolgar a torcida. Até ontem.

Com os dois gols, sendo o primeiro a conclusão de uma jogada individual do volante Jean e o segundo de bunda (isso mesmo, de bunda) após uma rebatida bizarra do goleiro colombiano Mesa, o atacante foi ovacionado pelos 23 mil sãopaulinos no estádio, que haviam gasto a maior parte do jogo vaiando merecidamente a equipe. A atuação de Dagoberto tem a ver com uma nova aposta de Muricy Ramalho. Sem Zé Luís e Arouca, o técnico escalou o atacante ali, como uma espécie de meia direita - mais ou menos o que Jorge Wagner faz pela esquerda, só que este tem Júnior César, um lateral de ofício, para cobrir a retaguarda - e Dagoberto não tem ninguém. Não por outro motivo, Parra abriu o placar para o América justamente pelo setor direito, o mesmo pelo qual o Tricolor vem sofrendo os gols mais previsíveis das últimas temporadas. No segundo jogo da seminfinal do Paulistão, contra o Corinthians, Ronaldo arrancou livre justamente por ali, contra um Rodrigo com freio de mão puxado. Aliás, a zaga bateu cabeça novamente ontem, comprovando que, por mais esforçado que seja, André Dias faz muita falta.

A aposta em Dagoberto pela direita ainda é um enigma, mas pode ser interessante caso Zé Luís volte ao time como lateral recuado e Muricy retome o esquema com dois zagueiros. Assim, teríamos uma espécie de 2-4-2-2, com Miranda (ou Rodrigo) e André Dias na zaga, Zé Luís, Jean, Hernanes e Júnior César na linha central, Dagoberto e Jorge Wagner no meio, caindo pelos flancos, e Borges e Washington na frente - apesar da temporária má fase dos dois. É um padrão tático estranho e arriscado, mas pode funcionar caso os laterais protejam bem a zaga e Jorge Wagner tome a mesma iniciativa que Dagoberto tomou ontem. Porém, penso que dois titulares correm sério risco de perder a posição: Bosco, que parece estar meio sem ritmo de jogo, e Hernanes, para quem a seleção brasileira e as propostas européias fizeram muito mal. O grandalhão Fabiano, que já fez uma (ótima) partida no gol do São Paulo, contra o Fluminense, no Maracanã, e o volante de origem Arouca são opções interessantes para essas posições. Só que o mais importante é que Muricy terá uma boa folga para treinar jogadas e recuperar os contundidos.

terça-feira, abril 21, 2009

Vitória sobre a LDU para se apegar à calculadora e mudar de assunto

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Na penúltima partida pela fase de classificação da Libertadores da América, o Palmeiras venceu a LDU no Palestra Itália por 2 a 0, placar do segundo tempo. Depois do empate diante do Sport na semana passada, o time foi para sete pontos, e fica na segunda posição do grupo até amanhã, quando os pernambucanos enfrentam o Colo Colo em Recife. O resultado praticamente eliminou a atual campeã do torneio.

Depois de um primeiro tempo fraco, o time da casa achou um gol em um lance estranho envolvendo o goleiro Cevallos e o zagueiro Marcão, autor do tento, logo aos 3 minutos. A trombada pareceu falha, mas o arqueiro saiu contundido.

Diego Souza, mais lúcido depois da lambança do fim de semana, teve atuação razoável, fez o segundo gol aos 37. Keirrison perdeu pelo menos três chances de gol. Lenny só correu, ainda não entendi por que é a primeira opção de ataque do treinador na ausência de Willians.

Com a vitória, são mantidas as esperanças alviverdes na Libertadores como forma de não tornar o primeiro semestre catastrófico. A desclassificação do Paulista é da vida, acontece. A eliminação na fase de classificação do continental é bem mais complicado.

Então, calculadora na mão. Se o time de Nelsinho Baptista perder em casa para o Colo Colo, o que é pouco provável, o Palmeiras precisará vencer os chilenos em Santiago e torcer para que a desclassificada LDU impeça uma vitória ampla do Sport que reverta o saldo de gols. Em caso de empate ou vitória do tetracampeão pernambucano amanhã, o Verdão dependerá apenas de si para ter a vaga – de si é jeito de falar, depende de o ataque funcionar, a defesa não dormir, da providencia divina e do imponderável.

Se minhas contas estiverem certas, o melhor para os palmeirenses é torcer pelo rival brasileiro amanhã. Ou não assistir ao jogo e refazer as contas depois.

"De novo?", quatro vezes

O primeiro repeteco visto na partida foi a formação tática, o retorno ao 3-5-2 ao entrar em campo, e mudança no segundo tempo, tirando o lateral-direito Fabinho Capixaba. Foi o único dos "de novo?" sem um fim trágico.

Quem entrou para pôr o time para frente foi Marquinhos, protagonista de uma falta em Bolaños. O equatoriano revidou com uma cabeçada que por pouco não vira o segundo pega-pra-capar em dois jogos consecutivos no Palestra Itália. Ambos foram expulsos. Segunda quase repetição, desta vez de sábado.

Com Marquinhos fora, Luxemburgo não queria correr riscos, e tratou de recompor a zaga deixar a retaguarda com Sandro Silva. O lateral/volante passou cinco minutos em campo até avançar pela esquerda, ser derrubado e cair de mau jeito, deslocando o ombro. Foi diferente, mas também em um tombo que Edmilson fraturou o cotovelo. Triste semelhança.

Quatro minutos depois, ao marcar o segundo gol do Palmeiras, Diego Souza saiu feliz e contente. Tirou até a camisa para festejar o que poderia ser a forma de evitar a fama de mau. E levou cartão amarelo como Wilson e Kleber já na mesma competição. Seguiu passos para um lado não muito astuto.

sexta-feira, abril 17, 2009

É o cara!

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Com o gol marcado na derrota por 2 a 1 para o Independiente de Medellín, na quarta-feira, André Lima (foto) chegou ao honroso posto de 255º maior artilheiro de toda a história do São Paulo Futebol Clube: já são cinco gols (cinco gols!) em dez meses no elenco. No ranking, ele se igualou a nomes ilustres como Araken Patuska, Edcarlos, Éder Luís, Francisco Alex, Matosas, Mazinho Loiola, Neto (aquele mesmo, que hoje é comentarista), Ricardinho (outro ex-corintiano), Sarará e Válber, entre outros. Realmente, André Lima pode se felicitar por ter galgado tão disputado panteão! Um mito! Mas, falando especificamente sobre o São Paulo, que ainda não conseguiu confirmar a primeira posição de seu grupo na Libertadores, para ter vantagem na próxima fase, muitas dúvidas esquentam a cabeça de Muricy Ramalho. Wagner Diniz provou, no último jogo, que não tem condições de assumir a lateral-direita. Foi substituído pelo garoto Wellington, que não fez feio. O problema é que os dois volantes que vinham jogando improvisados na posição como titulares, Zé Luís e Arouca, estão machucados e não retornam tão cedo. Outra dor de cabeça: Renato Silva fez uma péssima partida na zaga e Rodrigo também não ajudou muito. Aislan é mediano, mas não serve para o time principal. Pior: além de suspenso da segunda partida semifinal do Paulista, por expulsão, André Dias se contudiu no mesmo dia que Rogério Ceni. E o meio-campo, tão ineficaz contra o Corinthians, é mais preocupação. Hernanes sumiu na semifinal, Jorge Wagner falhou duas vezes (no lance da expulsão de André Dias e do gol da vitória do Corinthians) e, contra o Independiente, Jean jogou muito mal, assim como as opções (?) Hugo e Richarlyson. No ataque, Borges perdeu um gol feito na cara de Felipe, no domingo, e Washington quase não pegou na bola. A coisa tá feia. Resta confiar em André Lima, este sim, um craque incontestável. Só o Muricy não vê...

quinta-feira, abril 16, 2009

Um a um para o Magrão

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A secagem funcionou, o ataque do Palmeiras não.

Um empate que tira parte do sentido da grande vitória da semana passada sobre o mesmo Sport. Em atuação impecável do goleiro Magrão, o Palmeiras não conseguiu aproveitar o pênalti inexistente a seu favor e a expulsão de Wilson por ter levantado a camisa para mandar recado com outra camiseta por baixo. Até tirar a camisa nos jogos apitados por árbitros brasileiros pode, e na estreia de Kleber pelo Cruzeiro, na própria Libertadores, por exemplo, não houve problema. A crise são as mensagens. É uma orientação da board que dá pano para manga.

Mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo e com alguma dose de pressão, o Verdão não conseguiu furar a retranca armada por Nelsinho Baptista, mais desafiada do que a montada por Vanderlei Luxemburgo na Ilha do Retiro, já que o Sport não chegou a pôr pressão.

Para se classificar, o time agora tem que vencer suas partidas contra LDU e Colo Colo e ainda fazer contas e secar os rivais.

Na prática, foi um a um para o Sport. Ou, mais precisamente, para Magrão.

quarta-feira, abril 15, 2009

Luxemburgo pode encostar, mas não empatar

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A partida entre Palmeiras e Sport de Recife hoje, às 19h45, no Palestra Itália, marca mais um capítulo da disputa entre os técnicos Nelsinho Baptista e Vanderlei Luxemburgo (foto à direita). Segundo o DatAnselmo, com a vitória conquistada pelo alviverde sobre o rubronegro no jogo de ida, no início do mês, os confrontos entre os dois treinadores já são 33, com 11 vitórias de Nelsinho, 9 de Luxemburgo e 13 empates. Ou seja: se o Palmeiras vencer hoje, seu comandamente não conseguirá alcançar o mesmo número de triunfos que o rival, mas diminuirá a diferença para apenas uma vitória. A "briga" entre os dois se acirrou na decisão do Campeonato Paulista de 1990. Nelsinho Baptista, ex-lateral-direito de Ponte Preta (foto à esquerda), São Paulo e Santos, entre outros, era o técnico do Novorizontino. E Vanderlei Luxemburgo, ex-lateral-esquerdo de Flamengo (à equerda, abaixo), Internacional-RS e Botafogo-RJ, treinava o Bragantino, que venceu aquela decisão "caipira". Mais tarde, Nelsinho daria o troco na final do Paulistão de 1998, quando o São Paulo derrotou o Corinthians de Luxemburgo. A rusga entre os dois já rendeu muita polêmica. Me lembro de uma edição do programa "Cartão Verde", na TV Cultura, em que os dois partiram para a baixaria, com Luxemburgo dizendo que o rival "nem tinha jogado bola direito" e Nelsinho rebatendo com um "olha só quem tá dizendo". Hoje não sei se ainda guardam tanto rancor. Alguém viu se eles se cumprimentaram nos últimos confrontos? Bom, mesmo que sim, é inegável que Nelsinho tem mais um objetivo, na partida de hoje, além de devolver a derrota do Sport em Recife. Conseguirá?

quinta-feira, março 19, 2009

Cumprindo o dever (fora) de casa

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Em pé: Miranda, Rogério Ceni, Washington, Renato Silva e Hernanes; Agachados: Rodrigo, Borges, Júnior César, Arouca, Jean e Jorge Wagner

O São Paulo conseguiu uma importante vitória ontem, no Uruguai, e só precisa de mais três pontos para se classificar para a próxima fase da Libertadores. Borges fez o golaço da vitória por 1 a 0 sobre o Defensor, no histórico estádio Centenário. De diferente, no time, apenas a improvisação de Arouca como ala direito, no lugar do contundido Zé Luís (que, por sua vez, é outro volante improvisado de lateral). Rodrigo também entrou na vaga de André Dias, também contundido, mas é uma mudança de praxe. Os titulares, para a Libertadores, serão mesmo: Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Júnior César; Borges e Washington. Não é uma Brastemp, mas me parece melhor que o time que disputou em 2008. A hora da verdade, mais uma vez, será o mata-mata.

Ps.: Um amigo me conta que, no intervalo da transmissão da Globo, houve uma homenagem ao fantástico Pedro Rocha (à esquerda), que foi, de longe, o melhor uruguaio e um dos maiores jogadores da história do São Paulo. Aos 66 anos, parece que está internado para resolver algum problema de saúde. Meu colega disse que ele apareceu comentando, descontraído: "Eu sempre saía para tomar umas cervejinhas com o Muricy e o Terto". Na foto abaixo, do São Paulo campeão paulista de 1975, os três aparecem juntos na linha de ataque.

Em pé: Valdir Peres, Gilberto Sorriso, Samuel, Paranhos, Chicão e Nelsinho; Agachados: Terto, Muricy Ramalho, Serginho, Pedro Rocha e Zé Carlos

segunda-feira, março 09, 2009

Jogou a toalha

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Leio agora pela manhã que o São Paulo foi derrotado por 2 a 0 pelo Mogi Mirim, time que, até outro dia, segurava a lanterna do Campeonato Paulista. Os dois gols foram de um tal Marcelo Régis e a maioria das reportagens diz que o clube paulistano jogou de forma totalmente apática (aliás, com André Lima e Dagoberto no ataque, não espanta que não tenha feito um gol sequer). Depois de perder o clássico para o Santos com o time titular, Muricy Ramalho perdeu o pudor no estadual. Ontem, jogaram garotos da divisão de base como Henrique e Wellington. Tudo bem que Libertadores é prioridade, mas é bom lembrar que, em 2005, foi a conquista do Paulistão que embalou o time rumo aos títulos continental e mundial. Nos anos seguintes, com Muricy, o estadual foi menosprezado. E o São Paulo não venceu outra Libertadores.