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sexta-feira, março 20, 2009

Cristina Kirchner quer mudar TV na Argentina para garantir transmissão de jogos de futebol

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A presidente da Argentina Cristina Kirchner enviou ao congresso do país um projeto de lei para reduzir a concentração midiática. A legislação atual é do tempo da ditadura. Além de reduzir o número máximo de concessões públicas detidas por uma mesma pessoa ou grupo, a nova Lei de Serviços de Comunicação Audiovisuais inclui restrições ao controle de mais do que 35% do mercado de TV aberta. As empresas de telefonia poderiam ter autorização para entrar no mercado de TV paga. Mas o ponto mais importante para ser debatido (pelo menos no Futepoca) é o que envolve a transmissão de jogos de futebol de interesse nacional na TV aberta.

Foto: Casa Rosada/Divulgação


O pesquisador Santiago Marino analisou a peça no observatório Direito à Comunicação, destacando a reserva de um terço das licenças para agentes sem fins lucrativos – enquanto atualmente existe apenas a comercial – e concessões para redes de rádio e TV públicas para os governos de províncias e municípios.

A grita foi muito rápida, apesar de a previsão é que os debates durem três meses antes da votação. Coincidentemente é o período de eleições parlamentares. A oposição acredita que o anúncio é só um factóide para chamar a atenção do eleitorado por um lado, e ameaçar a mídia do outro. Ainda não localizei, na blogosfera argentina, o termo "media golpista".

O principal prejudicado, o grupo O Clarín, possui 24 concessões pelo território argentino e 70% do mercado de TV a cabo. A empresa teria de ser fatiada para atender às medidas. Embora ainda não tenham se manifestado publicamente, executivos de empresas do setor e parlamentares ligados a elas já manifestaram, em off, que a linha da disputa vai se dar na comparação do Casal K com Hugo Chávez. Em 2007, o presidente venezuelano não renovou a concessão de TV da RCTV.

Futebol
Um importantíssimo ponto diz respeito à intervenção estatal nos contratos de direitos de transmissão de jogos de futebol. Atualmente, a maior parte das partidas ficam restritas aos canais a cabo, "um negócio que impede a felicidade do povo", nas palavras de Gabriel Mariotto, interventor no Comité Federal de Radiodifusión (Comfer). Seriam criadas "as medidas necessárias para garantir o direito universal – por meio de comunicação audiovisual e sonora – aos conteúdos informativos de interesse relevante e aos encontros futebolísticos ou outro gênero ou especialidade".

É a noção de que assistir futebol gratuitamente é um direito dos cidadãos, ao qual se dedica todo o oitavo capítulo. Os conteúdos de "interesse" têm definição vaga, mesmo quando o assunto é o esporte bretão, já que não se especifica quais partidas e de quais campeonatos ou nacionalidades poderiam ser transmitidos. Caso a detentora dos direitos de transmissão se recusar a pôr o jogo no ar de graça, outras emissoras podem fazê-lo, desde que arquem com os custos estabelecidos pelas entidades esportivas. Isso quer dizer que se, por conluio ou falta de concorrentes, ninguém bancar, continua sem futebol.

O presidente Lula, ao criar a rede de TV pública (TV Brasil), chegou a propor que o canal transmitisse, em canal aberto, jogos do futebol europeu. Na China, isso não deu certo sob alegação de excesso de violência.

Para ler a proposta na íntegra, clique aqui.

sexta-feira, março 14, 2008

Sobre transmissões de jogos pela TV

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Só complementando o post de ontem do Edu ("Notas sobre a Rede Globo"), transcrevo da coluna "Apito Inicial" do Lance! de hoje:

Reis da tela - Sem a presença do Corinthians, os demais clubes grandes ganharão maior espaço nas transmissões do Brasileiro-08. O São Paulo lidera o número de transmissões previstas em TV aberta: 13. O Palmeiras, que vem logo a seguir com 11 partidas, será o clube com mais jogos transmitidos no primeiro turno - somadas as transmissões a cabo.

Controle remoto - Já na TV fechada, o Santos lidera a previsão de transmissão de jogos na primeira metade do Nacional. Dez dos primeiros 19 jogos do time da Vila serão transmitidos por canais a cabo.


Ps.: Ainda sobre a edição de hoje do Lance!, sugiro que todos os futepoquenses e simpatizantes dêem uma olhada na matéria que abre a página 27. Não dou detalhes porque merece um post – e do Glauco, de preferência. Parabéns a todos!

quinta-feira, março 13, 2008

Notas sobre a Rede Globo

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1. Assisti ao (horroroso) Corinthians 1 x 0 Rio Preto. Se o tal Big Brother já me causava nojo desde sempre, foi com perplexidade vomitiva que vi o intervalo da partida, o Cléber Machado entrevistando aquelas criaturas do "BBB", desprovidas de cérebro, enquanto qualquer amante do futebol queria ver apenas futebol. O investimento da Globo nesse programa pernicioso, assistido com um tesão decrépito por muitas pessoas, é nojento. Segundo o Houaiss, nojento é o "que provoca nojo, repugnância; asqueroso, repulsivo".

2. O horário do futebol na quarta-feira global é excludente. Outro dia um amigo meu, corintiano, veio me dizer que o Santos "comprou" o horário do Sportv, já que os jogos do Peixe são sempre transmitidos pelo canal a cabo do sistema Globo, o próprio (ou a própria?) Sportv. Ora, e qual foi a última partida do Peixe transmitida pelo canal aberto dos Marinho? Foi Santos 0 x 0 Palmeiras, dia 20/01. Um jogo que nem entra na conta do Santos, mas na do Palmeiras. Quer dizer, o Santos não tem mais vez na TV aberta. A torcida do Santos, que, se está de bem com o time, lota o Pacaembu num jogo contra o Juventus, lota o Morumbi num jogo de Libertadores, e divide o Morumbi com a Fiel numa decisão Santos x Corinthians, não tem vez na Globo. Em vez de ficar protestando contra Émerson Leão, que deveria ser apoiado, a torcida do Santos deveria ser mais política e protestar contra o que realmente tem a ver. O povão santista que não tem TV a cabo simplesmente não vê o Santos jogar.

3. Não se vê mais comentário sobre futebol. Temos que agüentar um tipo como Arnaldo César Coelho falar interminavelmente sobre arbitragem, como se o futebol se resumisse a erros e acertos de árbitros. É, repito, nojento. E, se você põe na Band, fica difícil. Entre Globo e Band, é uma escolha entre o profissionalismo escroto e o amadorismo mentecapto.