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terça-feira, abril 02, 2013

Palmeiras mostra raça contra o Tigre e ganha esperança na Libertadores

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Merecida comemoração palmeirenses (Foto: Nelson Almeida/AFP)

O Palmeiras recebeu o horroroso Tigres das Argentina e venceu por 2 a 0 na noite desta terça-feira, no Pacaembu. Vitória certamente facilitada pelo pouquíssimo futebol que os hermanos conseguiram passar pela fronteira disfarçado de pancadaria pura. Mas os principais elementos do triunfo alviverde foram a raça e a entrega do desfalcado time, que não perdeu nenhuma dividida.

O destaque foi o garoto Vinícius, que exemplifica a situação bizarra que o Palmeiras superou no jogo. Ele entrou no jogo logo no começo, após a contusão do titular Patrick Vieira. Quer dizer, titular é jeito de falar, já que o Verdão jogou com uma boa meia dúzia de desfalques. Mas o fato é que Vinícius entrou e, do alto de seus 19 anos, resolveu o jogo com duas assistências para os gols de Charles e Caio.

Na zaga, chamou a atenção de meus corintianos olhos a boa atuação do improvisado Marcelo Oliveira. Volante de bom passe quando apareceu na base alvinegra, tornou-se lateral-esquerdo pelas necessidades dos clubes onde passou. Agora, encontra nova função na zaga, com desarmes precisos e noção de cobertura.

A boa vitória acendeu as combalidas esperanças dos palmeirenses espalhados pelo mundo. Que dizer então dos perto de 20 mil que compareceram ao Pacaembu. Até grito de olé teve.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Nós é que agradecemos, Lucas

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POR MORITI NETO

12 do 12 de 2012. Data inspiradora dos místicos. No entanto, nesta quarta, no Morumbi, na realidade concreta dos são-paulinos, não foi o 12 o número mágico a trazer boas energias. A senha para alegria e emoção vestia a camisa sete. E só precisou de um tempo para cumprir roteiro digno de decisão. Lucas fez de tudo em 45 minutos: gol, assistência. Agredido com chutes, pisão e cotovelada, o garoto de 20 anos teve frieza de veterano e desmontou os adversários do Tigre da Argentina, que apostavam num duelo mental baseado na violência e intimidação.

De cara, era possível perceber que o menino faria da partida o momento mais importante de sua vida profissional até então. Desde o primeiro minuto, chamava o jogo, pedia a bola e se movimentava pelo campo todo. No meio, pelas pontas. Armava, mas também marcava, dividia. Aliás, comportamento padrão. Ele não se limita a atacar. Auxilia constantemente no combate.
Quando o Tricolor, apesar das entradas duríssimas do maldoso time argentino, já ganhava a maioria das disputas de bola e executava boas trocas de passes, o personagem da noite, após pivô de William José e tentativa de finalização de Jadson, tirou, de esquerda, do goleiro Albil e inaugurou o placar. Eram 22 minutos da primeira etapa.
O gol desarticulou as linhas de pancadaria, digo, de marcação, do Tigre. De novo, aos 27, o camisa sete brilhou. Serviu Osvaldo, impedido por centímetros (lance dificílimo para a arbitragem), dar um toque preciso por cobertura. Título definido.
Só que o papel fundamental de Lucas não pararia por aí. Ele provocaria os adversários a ponto de tirá-los de vez do prumo. Sem violência. Na bola e na sutileza. Aos 37, o lateral Orban deu-lhe uma cotovelada que fez jorrar sangue do nariz. Ainda assim, o meia, apesar da agressividade adversária e da mansidão do árbitro chileno Enrique Osses, seguiu insinuante.
Na saída ao intervalo, sutilmente, o são-paulino mostrou o algodão ensanguentado àquele que o havia agredido. Mais que o suficiente para o Tigre colocar de vez no jogo a violência que o caracterizou desde o primeiro confronto, disputado semana passada, na Bombonera.
Acima de qualquer coisa, Lucas sempre quer jogar. E intensamente. A marca do menino neste ano é de 76 jogos, 59 pelo São Paulo e 17 na seleção brasileira. Não teve uma expulsão sequer. Não ficou fora por contusão. Que reúne agilidade, velocidade, resistência, conclui movimentos com precisão, além de não cair em qualquer trombada, era sabido. Porém, as capacidades de concentração e compromisso se mostraram bem acima da média. Negociado desde julho por R$ 108 milhões com o Paris Saint Germain da França, jamais se poupou. Disputou cada partida como se estivesse recém-saído da base. E é, sem dúvida, o principal responsável, dentro de campo, tanto pela conquista continental como pela bela campanha no segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Durante a comemoração do título, Lucas pegou o microfone. Na rápida declaração à torcida, foi espontâneo nas palavras como é nos dribles. “Eu amo esse clube. Esse título é de vocês. Vou voltar pra defender essa camisa maravilhosa e comemorar muitos títulos. Obrigado por tudo”. Imagina, moleque do gol. Nós é que agradecemos.

A confusão
Este texto tem a intenção de enaltecer a atuação de um jovem ídolo que, além de jogar muito, fez a última atuação pelo time do São Paulo neste ciclo. Tomara, seja só a primeira passagem de Lucas pelo Tricolor. Além disso, o companheiro Glauco analisou bem os problemas na ação amadora da direção são-paulina em certos aspectos.
Contudo, impossível não dizer que os argentinos usaram, em demasia, o recurso das faltas e foram de uma violência injustificável nos gramados de La Bombonera e Morumbi. Não estou entre os que consideram faltas duras como “algo do jogo”. Se fossem, não seriam passíveis de punição com bolas paradas, advertências e expulsões. Equipes como o Tigre fazem o que fazem para compensar a fraqueza técnica e por que contam com arbitragens coniventes. As duas opções não são bonitas de ver.

Duas certezas sobre a final da Copa Sul-Americana

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Não se sabe e talvez nunca se saberá o que de fato aconteceu nos vestiários do São Paulo. A única certeza é de que houve uma briga entre seguranças privados do clube e jogadores e comissão técnica do Tigre. Se foi emboscada, quem começou, se a PM agiu de forma correta e se os argentinos exageraram sobre o que ocorreu, provavelmente vai ser daqueles mistérios incorporados ao futebol que vão gerar lendas e versões em profusão.

Mas há duas certezas sobre a final de ontem. A primeira é que, após um início tenso, o São Paulo colocou a bola no chão e dominou o jogo. Fez dois gols (um deles, irregular, a bem da verdade) e os rivais praticamente não ameaçaram o gol de Ceni. O Tricolor foi, realmente, soberano, justificando não só a diferença de tradição dos dois times como a distinção técnica dos dois elencos. Nada que justificasse, claro, a declaração tosca de João Paulo de Jesus Lopes que disse que até “há quinze dias nunca tinha ouvido falar” do Tigre. Só confirmou dois esteriótipos: o de que cartolas não costumam dar declarações muito sagazes e que torcedor só afirma a grandeza de seu time diminuindo os rivais (o que é um contrassenso, aliás).

Mas a segunda certeza é que, embora tenha sido gigante em campo, o São Paulo agiu como um clube mediano no tratamento dispensado aos argentinos, como mostra essa matéria na página eletrônica da ESPN. Aos fatos: o ônibus que trouxe os jogadores do Tigre foi atacado por torcedores que estavam aglomerados no estádio, quatro janelas foram quebradas por pedras e latas arremessadas.

Além disso, os atletas não puderam fazer o reconhecimento de gramado no dia anterior à peleja, como está previsto no regulamento da Conmebol. Cerca de 40 minutos antes do início da final, o os jogadores foram impedidos de aquecer no gramado, e forçaram a entrada depois de discutirem com seguranças do clube. A justificativa foi a de que o gramado precisava de “descanso” depois dos shows da Madonna. Ora, se não havia condições de se cumprir o que o regulamento exigia, porque não mandar o jogo em outro estádio, como no Pacaembu? Durante o jogo, já com a vantagem, ainda no primeiro tempo os gandulas são-paulinos sumiram das laterais, mais uma mostra daquilo que muito se condena quando acontece lá fora contra equipes brasileiras. Mas quando é aqui...

Pode-se reclamara da Conmebol, da arbitragem ou do comportamento de equipes rivais de países vizinhos. Mas uma coisa é certa: em certos aspectos, os clubes brasileiros não são nem um pouquinho melhores, ainda que parte da imprensa e da torcida acredite em suas ilusões xenófobas.

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Carta ao “fabuloso justiceiro” e LF já conquistou, sim, algo pelo Tricolor

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POR MORITI NETO
Já tantas horas depois, não há sentido em tecer longos comentários sobre o jogo entre São Paulo e Tigre, na noite desta quarta, na Argentina. Ao menos, no que diz respeito à bola rolando. O que vale analisar é o comportamento de Luís Fabiano. Embora muitos já o tenham feito, alguns com competência em poucas linhas, caso do Menon, o sujeito é uma situação à parte quando se trata de estupidez.
Sim, é isso, LF, o senhor foi de uma estupidez cavalar na expulsão cavada aos 13 minutos do primeiro tempo. Dessa maneira, ficará praticamente fora de toda a decisão da Copa Sul-Americana. Não disputa a final num Morumbi lotado pela torcida do Tricolor Paulista, que não tem uma sensação semelhante – de grande possibilidade de título – faz quatro anos.
O senhor é artilheiro, isso é incontestável, mas disse, depois do jogo, que tentou dar um pontapé no zagueiro Donatti, também excluído, para defender Lucas que, naquela altura, nem no lance estava mais (aliás, Donatti estava na dele e teve menos motivos para ser expulso). Pois bem, campeão dos fracos, o seu “espírito coletivo”, de “defesa dos companheiros”, é fruto de uma visão distorcida da realidade. Lembre-se, para “defender” o garoto, você abandonou a equipe, deixou-a sem referência na área. Mais do que isso: permitiu que os outros atletas são-paulinos permanecessem o restante da partida apanhando, encarando um adversário violento, inclusive o “seu protegido”.
Dessa forma, meu caro, após passar a semana inteira dizendo saber que seria provocado, o “justiceiro”, o cara que “não leva desaforo pra casa”, deu à equipe do Tigre, fraca tecnicamente, munição a uma das poucas armas que tem; a tão falada catimba argentina. Forte para ganhar o duelo psicológico, algo que pode ser imprescindível numa final contra o São Paulo de baixa média de idade.
Claro, eles venceram as brigas mental e emocional. Muito, pois um dos jogadores mais experientes do time brasileiro e ótimo finalizador, o senhor mesmo, o “grande salvador dos mais frágeis”, caiu na provocação do adversário. Parabéns.
O problema é que, além desse ser o maior erro que cometeu na carreira, é igual, no formato, a tantos outros que já fez. E não se trata de condená-lo pelo passado, mas por condições que nunca mudaram, por sua irresponsabilidade, por seu egocentrismo. Sinto-me livre para dizer: LF, o senhor, em momentos decisivos, ou falha tecnicamente ou é expulso. Em ambos os casos, o preparo emocional para decidir se mostra zero.
É um matador, goleador? Sem dúvida. E para por aí. Sempre que seus serviços são chamados em decisões, e não precisa ser necessariamente numa final, o senhor dá um jeito de se furtar da responsabilidade. Não reclame, goleador recordista, quando a torcida lhe chamar de pipoqueiro. Ainda que seja inconsciente, até quando é expulso parece querer fugir. Onde está o compromisso com o coletivo? Inexiste.
Assim, “senhor fabuloso”, iremos, jogadores e torcedores, para cima do Tigre na próxima quarta. E se não teremos a esperança de que, a qualquer momento, o senhor nos fará explodir com o prazer do gol, também não nutriremos o sentimento negativo de que pode ser expulso.
Ganhar ou não o título, difícil saber, até porque os argentinos seguirão apostando no confronto psicológico e mostraram que são bons nisso. Porém, independentemente do resultado, meu caro, tenha certeza, você largou a bucha para a moçada. Férias adiantadas? De novo, parabéns. Já conquistou algo no Tricolor.