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segunda-feira, julho 27, 2015

Pato emPata com Paulo Lumumba

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Lumumba também fez 29 gols pelo São Paulo
Informação "relevante": com a confirmação de que o gol da vitória do São Paulo sobre o Cruzeiro ontem foi mesmo de Alexandre Pato (depois de o 4º árbitro ter apontado Carlinhos como autor e voltado atrás), o atacante chegou a 29 tentos marcados com a camisa do Tricolor e empatou, na 80ª posição do ranking histórico dos artilheiros do clube, com Paulo Lumumba. Para quem nunca ouviu falar nesse jogador (o que é mais do que provável), o gaúcho Paulo Otacílio de Souza (1936-2010) jogou pelo time do Morumbi nas temporadas de 1960 e 1961 e também atuou por Grêmio e Fluminense. Assim como Pato (até agora), Lumumba não ganhou título algum pelo Tricolor.

Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube
Atleta pertencente ao Corinthians, Alexandre Pato está emprestado ao São Paulo até dezembro deste ano e, assim, pode alcançar outros jogadores que passaram pelo clube recentemente no ranking dos artilheiros do Tricolor: Hugo, bicampeão brasileiro em 2007 e 2009, e que está livre no mercado depois de passagem pelo Vitória, fez 31 pelo time do Morumbi, e está logo a frente, em 79º lugar. Lucas, atualmente no Paris Saint Germain, fez 33 e está empatado com o hoje comentarista Caio Ribeiro na 75ª colocação. Outra figurinha carimbada, Souza, campeão paulista, da Libertadores, Mundial e tri-brasileiro na década passada, e que também está sem clube após abandonar o Caxias-RS, marcou 35 gols pelo São Paulo é o 67º no ranking.

Reinaldo, que estava no Inter de Lages
Em atividade tem ainda o hoje corintiano Danilo, com 36 gols pelo São Paulo (63º colocado no ranking do clube), o Hernanes, da Internazionale de Milão, que, assim como Dario Pereyra, marcou 38 vezes pelo time do Morumbi (ambos estão na 58ª posição), o Diego Tardelli, que está na China, e o Grafite, que voltou agora ao Santa Cruz, ambos com 39 gols (empatados com Cafu no 55º lugar), e Reinaldo, ex-Santos e Internacional, que jogou pelo Inter de Lages-SC no 1º semestre, com 41 gols com a camisa sãopaulina (52º lugar). Um pouco mais a frente tem Kaká (que passou pelo São Paulo em 2014, a caminho do Orlando City) e Marcelinho Paraíba (Joinville), ambos com 51 gols pelo São Paulo, na 39º colocação; o Borges, da Ponte Preta, com 55 gols (32º); e o Dagoberto, do Vasco, com 61 (30º lugar).

Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho
E dois jogadores que estão fechando o ciclo no São Paulo ainda podem avançar nesse ranking até o fim do ano. O primeiro é Rogério Ceni, que fez 129 gols e é o 10º maior goleador da história do clube - e, com muita sorte, poderia alcançar Maurinho (1933-1995), que fez 136, ou o lendário Leônidas da Silva (1913-2004), que marcou 144 vezes. O segundo é Luis Fabiano, atual 3º colocado no ranking, com 205 gols, e que - muito dificilmente - alcançará o 2º, Gino Orlando (1929-2003), que fez 233 gols, ou o artilheiro máximo do São Paulo, Serginho Chulapa, que fez 242. Como hoje é muito raro um jogador - que não seja goleiro - passar dez temporadas no mesmo clube, como Chulapa, é bem provável que sua marca se eternize. Afinal, Luis Fabiano "subiu no telhado"...

DA SÉRIE 'MAS... JÁ VAI?' - Depois de ir e não ir, o atacante Jonathan Cafu acabou "fondo" para o portentoso Ludogorets, da Bulgária, numa transação em que o São Paulo ficará com menos da metade do valor apurado. A debandada de atletas do Morumbi neste meio de ano reflete a crise financeira enfrentada pelo clube e sugere que todos no elenco, de titulares a reservas, estão acionando seus empresários para tentarem pular fora do "barco furado". No entanto, para além da falta de grana, a saída do Cafu (genérico) é mais um exemplo inegável das "cabecices" da diretoria quando tenta reforçar o ataque da equipe. Além de Jonathan Cafu, que fez apenas 12 jogos (e 1 gol), o clube acabou de emprestar o prata-da-casa Ewandro (que jogou só 22 vezes e fez 2 gols pelo profissional do São Paulo) e, no ano passado, teve passagem-relâmpago de Pabón (18 jogos e 2 gols). Agora a aposta é em Wilder Guisao, que estava encostado no mexicano Toluca. Ou seja: nada de novo no front...


quinta-feira, dezembro 13, 2012

Nós é que agradecemos, Lucas

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POR MORITI NETO

12 do 12 de 2012. Data inspiradora dos místicos. No entanto, nesta quarta, no Morumbi, na realidade concreta dos são-paulinos, não foi o 12 o número mágico a trazer boas energias. A senha para alegria e emoção vestia a camisa sete. E só precisou de um tempo para cumprir roteiro digno de decisão. Lucas fez de tudo em 45 minutos: gol, assistência. Agredido com chutes, pisão e cotovelada, o garoto de 20 anos teve frieza de veterano e desmontou os adversários do Tigre da Argentina, que apostavam num duelo mental baseado na violência e intimidação.

De cara, era possível perceber que o menino faria da partida o momento mais importante de sua vida profissional até então. Desde o primeiro minuto, chamava o jogo, pedia a bola e se movimentava pelo campo todo. No meio, pelas pontas. Armava, mas também marcava, dividia. Aliás, comportamento padrão. Ele não se limita a atacar. Auxilia constantemente no combate.
Quando o Tricolor, apesar das entradas duríssimas do maldoso time argentino, já ganhava a maioria das disputas de bola e executava boas trocas de passes, o personagem da noite, após pivô de William José e tentativa de finalização de Jadson, tirou, de esquerda, do goleiro Albil e inaugurou o placar. Eram 22 minutos da primeira etapa.
O gol desarticulou as linhas de pancadaria, digo, de marcação, do Tigre. De novo, aos 27, o camisa sete brilhou. Serviu Osvaldo, impedido por centímetros (lance dificílimo para a arbitragem), dar um toque preciso por cobertura. Título definido.
Só que o papel fundamental de Lucas não pararia por aí. Ele provocaria os adversários a ponto de tirá-los de vez do prumo. Sem violência. Na bola e na sutileza. Aos 37, o lateral Orban deu-lhe uma cotovelada que fez jorrar sangue do nariz. Ainda assim, o meia, apesar da agressividade adversária e da mansidão do árbitro chileno Enrique Osses, seguiu insinuante.
Na saída ao intervalo, sutilmente, o são-paulino mostrou o algodão ensanguentado àquele que o havia agredido. Mais que o suficiente para o Tigre colocar de vez no jogo a violência que o caracterizou desde o primeiro confronto, disputado semana passada, na Bombonera.
Acima de qualquer coisa, Lucas sempre quer jogar. E intensamente. A marca do menino neste ano é de 76 jogos, 59 pelo São Paulo e 17 na seleção brasileira. Não teve uma expulsão sequer. Não ficou fora por contusão. Que reúne agilidade, velocidade, resistência, conclui movimentos com precisão, além de não cair em qualquer trombada, era sabido. Porém, as capacidades de concentração e compromisso se mostraram bem acima da média. Negociado desde julho por R$ 108 milhões com o Paris Saint Germain da França, jamais se poupou. Disputou cada partida como se estivesse recém-saído da base. E é, sem dúvida, o principal responsável, dentro de campo, tanto pela conquista continental como pela bela campanha no segundo turno do Campeonato Brasileiro.

Durante a comemoração do título, Lucas pegou o microfone. Na rápida declaração à torcida, foi espontâneo nas palavras como é nos dribles. “Eu amo esse clube. Esse título é de vocês. Vou voltar pra defender essa camisa maravilhosa e comemorar muitos títulos. Obrigado por tudo”. Imagina, moleque do gol. Nós é que agradecemos.

A confusão
Este texto tem a intenção de enaltecer a atuação de um jovem ídolo que, além de jogar muito, fez a última atuação pelo time do São Paulo neste ciclo. Tomara, seja só a primeira passagem de Lucas pelo Tricolor. Além disso, o companheiro Glauco analisou bem os problemas na ação amadora da direção são-paulina em certos aspectos.
Contudo, impossível não dizer que os argentinos usaram, em demasia, o recurso das faltas e foram de uma violência injustificável nos gramados de La Bombonera e Morumbi. Não estou entre os que consideram faltas duras como “algo do jogo”. Se fossem, não seriam passíveis de punição com bolas paradas, advertências e expulsões. Equipes como o Tigre fazem o que fazem para compensar a fraqueza técnica e por que contam com arbitragens coniventes. As duas opções não são bonitas de ver.

sexta-feira, novembro 30, 2012

Boas novas, Tricolor?

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POR MORITI NETO

Já mais do que sabida a passagem do São Paulo às semifinais da Copa Sul-Americana, este escriba precisava, para voltar a publicar, de uma desculpa melhor – aos leitores e companheiros do Futepoca – do que uma análise do jogo com a Universidad Católica do Chile. A superação de tal bloqueio, além da fama nem tão justa de que são-paulino só dá as caras em momentos decisivos, dependia de um fato sintetizador do momento Tricolor. E não é que a partida serviu?        

O que se viu no 0 x 0 do Morumbi na noite desta quarta-feira, foi um retrato claro da mudança de postura são-paulina em relação a tempos bem recentes. É clara a evolução do time se tomados como comparação os tempos de Leão, Adílson Batista e até Carpegiani.

Sofrendo com a falta de padrão e, consequentemente, sem condições técnicas para um bom jogo coletivo, o São Paulo, desde 2010, se arrastava e dependia de lampejos individuais. Na mão contrária, o Tricolor de Nei Franco é bem resolvido como equipe. Não transfere a posse de bola ao adversário. É compacto. Avança quando perde a redonda. Reduz os espaços dos rivais. Mesmo atuando contra uma retranca fortíssima, por vezes bem violenta, como a da Católica, abafa a saída e rouba o esférico rapidamente.

Outro ponto que chama atenção é o intenso uso das pontas. Lucas, pela direita, e Osvaldo, na esquerda, contando, respectivamente, com os apoios do surpreendente Paulo Miranda e de um redivivo Cortez, atacam forte e marcam os laterais adversários, sem a baboseira do cansaço para seguir na produção ofensiva.

Os cabeças de área combatem, saem jogando e atacam. Aliás, Wellington é daquele jogador que contribui demais no acerto de uma equipe. Depois da volta dele, fora o óbvio ganho no poder de marcação, Denílson passou a render melhor, já que saiu da função de primeiro homem no meio e foi para a posição onde fica mais à vontade, a de segundo volante.

Por tudo isso é que a contenda da noite de quarta serve a este impontual fazedor de textos. Na atuação contra os chilenos, que garantiu a ida do São Paulo a uma decisão internacional depois de seis anos, a equipe escondeu a bola do adversário. Circulou-a. Trabalhou em campo grande com a posse dela e encurtou os espaços.

Boas novas?

Faltou o gol. Porém, o problema não foi de criação, mas de finalização. Muitas oportunidades foram perdidas no Morumbi, algo que ocorreu até em maior escala no Chile. O que alivia é que isso parece questão de treino de fundamento ou de falta de inspiração dos finalizadores. Não é um problema coletivo, como era praxe há poucos meses.

Por outro lado, preocupa o excesso de chances desperdiçadas e as dificuldades que isso traz quando o assunto é futebol. No caso do adversário de quarta, a falta de qualidade técnica impunha que os chilenos ficassem postados atrás e esperassem a bola salvadora.  Contra um time razoável ofensivamente, o castigo a quem perde tantos gols é mais provável.

De qualquer forma, mesmo esse jogo sem gols, somado a belas apresentações recentes, como contra Botafogo, Palmeiras e Vasco, pelo Brasileiro, e os dois jogos contra o Universidad de Chile, pelas quartas da Sul-Americana, mostraram qualidade e padrão que os são-paulinos clamávamos há tempos. Alvíssaras?     

quinta-feira, setembro 29, 2011

A nova posição de Ronaldinho Gaúcho

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Vi apenas o segundo tempo do jogo e, pelos “melhores momentos” do primeiro, parece que cheguei junto com o futebol. Meus colegas, mais competentes que eu, podem analisar o jogo, em post ou nos comentários. Eu mesmo queria só apontar algumas coisas que me impressionaram.

Primeiro a posição do Ronaldinho Gaúcho. Ele agora está se esmerando na arte de dar dribles fantásticos na antemeia-esquerda, ou anteponta, sei lá que nome tem aquela região do campo. Com o Neymar de ponta-esquerda e o Cortez apoiando na ala, o Gaúcho ficou recuado driblando e dando bons passes por ali, antes do meio campo, na sinistra, mais ou menos entre a quina da própria área e a linha central. E até que funcionou, porque justamente não tumultuou a zona de ação do Neymar.

Os dois gols brasileiros mostraram que há esperança no nosso futebol, pois foram gols de equipe, em que a bola foi ficando mais redonda a cada patada que recebia. O primeiro foi impressionante, a começar pelo drible inicial do Cortez, que de algum modo dá a velocidade e a inspiração para que a jogada continue, os toques perfeitos de Borges e Danilo, e no meio disso tudo, desde o início da jogada, cruzava o Lucas, que quando pega a bola numa posição dessas é mortal.


O segundo foi novamente uma limpada de terreno do Cortez, e o passe perfeito do Diego Souza para a, digamos, “trombada-arte” do Neymar, aquela jogada em que todo mundo se atrapalha e ele está ali para dar o toque que precisava.

Foram jogadas em que prevaleceu a qualidade. Chega a inflar o coração, mas aos poucos está parecendo que esta geração não vai deixar alternativa ao técnico da seleção senão investir no jogo bem jogado, pra frente, ágil e preciso. Mesmo que uns não queiram, certas verdades são irrefreáveis, pois se mostram com tamanha evidência que fica impossível reverter.

Será que as defesas brasileiras amadureceram? Será que agora já sabemos o que é defender e poderemos voltar àquela que acreditamos ser a vocação nacional, o futebol bonito, ofensivo, diagonal, oblíquo, imprevisível, elástico?

Simbolicamente, foi o Ronaldinho Gaúcho – que é artista mas sempre foi jogou mais pras câmeras que pro resultado, e de qualquer maneira é de uma geração em que os volantes é que eram “a alma” do time – que recuou e deu lugar deixou a dianteira pra molecada. E é gostoso ver isso acontecer diante da Argentina, mesmo que desfalcada, e mesmo tendo depois que ouvir o Galvão Bueno pela vigésima vez dizer que “ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muuuuuito melhor”, o que é o óbvio.

Ou será que sou eu que fui tomado de um acesso de otimismo num joguinho pouco mais que medíocre? Olha que eu nem bebi, que eu tô me curando de uma conjuntivite. Deve ser o colírio antibiótico.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Falta craque, falta sistema

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Por Moriti Neto

Pode ser problema meu, mas não entendo o esquema do São Paulo. Se é que existe algum. Não percebo jogadas de ataque ensaiadas, passagens pelos lados, pouca gente chuta a gol (como se ganha um jogo sem chutar em gol?).

O Tricolor é um time confuso. E toma gols no meio da confusão. E perde pontos preciosos, principalmente no Morumbi. E joga com duzentos volantes, atletas de estilo parecido, como mandante ou visitante.

Certo que ontem, contra o Grêmio, no Olímpico, a equipe foi até mais aplicada do que quando atua em casa. Foi um jogo tenso, com um adversário batendo forte desde o início. Entre os problemas, faltam duas coisas essenciais ao São Paulo. Bolas menos quadradas no setor de meia cancha e um jogador responsável por fazer a referência na área, que possa ser acionado pelos rápidos e habilidosos Lucas e Dagoberto.

Adilson Batista tem as opções para resolver isso. Se quiser uma referência ao estilo mais pivô, o sujeito que sabe dominar bem a redonda e preparar com categoria para quem chega, o nome pode ser Rivaldo. Com ele, ainda teria o bônus de um homem de qualidade na finalização. Numa faixa mais restrita de campo, o veterano precisaria correr pouco. Outra possibilidade seria investir no jovem Henrique, dar pelo menos três partidas diretas ao garoto. É a opção mais próxima em estilo do tão aguardado Luis Fabiano.

Em qualquer uma das escolhas que fizesse, Adilson ganharia a solução para o outro problema: o da falta de qualidade no meio. Lucas seria recuado para a posição de origem, onde rende mais. O 7 são-paulino não é o típico meia-armador, mas é disparado o jogador mais talentoso do elenco, que pode levar a bola até os atacantes com mais frequência e eficiência.



Nos tempos em que dirigia o São Paulo – e quando pegou elencos até mais limitados que o atual, como o de 2008, ano em que foi tricampeão brasileiro – Muricy Ramalho dizia que, como não há muitos craques atualmente, o time precisa estar bem treinado para produzir bom resultado. Parece que isso está faltando ao Tricolor.

quinta-feira, setembro 08, 2011

Mais que mil

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Por Moriti Neto

Quarta-feira, 7 de setembro de 2011. Feriado de Independência. Portão 15 do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Caminhamos até o setor da arquibancada amarela. Este escriba é familiarizado com o ambiente. Para a esposa, Viviane, grávida de cinco meses, é a primeira vez. A filha mais velha, Luara, do alto de seus oito anos, está no templo pela segunda oportunidade, mas ainda não gritou gol ao vivo e a cores, já que só viu um São Paulo 0 x 0 Palmeiras, em 2009. Gerações diferentes movidas pelo mesmo motivo: ver um personagem.
Quem disse que a torcida tricolor não lota o Morumbi?
Contudo, não é um jogador qualquer. Longe disso. Como atleta, ele é incontestável. Goleiro, capitão, líder, ganhador de títulos, batedor de recordes. Um homem tricampeão nacional, vencedor de Libertadores, campeão mundial de clubes com uma das atuações individuais mais brilhantes da história recente do torneio. Artilheiro. Capaz de fazer muitos gols. Sendo o emblemático, o número cem, em cima do maior rival. Um homem que possibilita ao torcedor, no prazo de seis meses, ver a marca do centésimo tento e de mil jogos com a camisa do clube que ama. Milhar completo aos 21 anos de serviços prestados. Ele é cem. Ele é mil. Ele é Ceni.

As homenagens são várias, mas a maior está na presença dos torcedores. 63 mil pessoas estão no Morumbi. O São Paulo e Ceni são grandes. A torcida, idem. E mostra força. É o recorde de público do Campeonato Brasileiro, algo que dificilmente será quebrado.

A bola rola contra o tradicional, mas combalido Atlético Mineiro. Aos 25 segundos de jogo, um relâmpago faz explodir a massa. Lucas, a maior revelação são-paulina dos últimos anos, arranca e marca um belo gol. Era o começo dos sonhos num dia especial.

No entanto, aos 10, volta à cena a realidade desta estranhamente equilibrada competição. O Galo, com Réver, de cabeça, empata. Surgem alguns xingamentos, mas são rapidamente abafados por um uníssono tricolor. A torcida dá espetáculo. Não para um segundo. Canta e apoia o time incondicionalmente. Quase todo o estádio passa o jogo de pé.

Até o final da etapa inicial, o São Paulo tem algumas chances – em chutes longos – de desempatar. Não consegue. Esperamos ansiosamente o segundo tempo. No intervalo, pedidos por Rivaldo.

Os times retornam dos vestiários. E Ceni está lá. Incentivando os companheiros. O São Paulo vai ao ataque. Cria pouco de efetivo, até que Dagoberto, em ótima jogada individual e arremate longo, faz 2 x 1. Nova explosão. Abraços e sorrisos incontidos disparam pelas arquibancadas.

Cícero sai, Rivaldo, aplaudidíssimo, está em campo. O Tricolor evolui. Trabalha melhor a bola e tem oportunidades de ampliar. O Atlético corre bastante, mas não ameaça claramente a meta do mandante. Ceni não faz uma defesa difícil na partida.


O zagueiro Leonardo Silva, do Galo, é expulso por falta violenta em Carlinhos Paraíba. Com isso, o São Paulo tem chance de se impor de vez e ampliar, o que não ocorre. Henrique substitui Lucas e Casemiro sai para dar lugar a Jean. O time, apesar de muita disposição, ainda mostra defeitos destacáveis. São muitos velocistas e pouca inteligência. Falta a referência de ataque. Mas, não é dia para debater problemas.

Os 2 x 1 levam o Tricolor à liderança, ao menos até que se saiba o resultado de Corinthians e Flamengo, nesta quinta. Porém, a partida é muito mais do que isso. É dos momentos mágicos que fazem a paixão independer de títulos. Ceni saúda e é reverenciado nos quatro cantos do estádio. É a vitória de um grande clube. É a vitória de um mito. E, para este pai e torcedor, vale mais que mil. É o orgulho de compartilhar com a geração que me é seguinte a história tão bela de uma camisa em três cores e a alegria de saber que mais um torcedor está por chegar.

domingo, junho 19, 2011

Recorde do São Paulo e show de Rogério Ceni

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Nunca antes na História desse modelo de Brasileirão disputado por pontos corridos, a partir de 2003, um clube havia ganho os cinco primeiros jogos. Pois esse recorde foi alcançado neste domingo pelo São Paulo, com a vitória por 2 a 0 sobre o Ceará, em Fortaleza, gols de Marlos e Lucas. Com isso, o time chegou a 15 pontos, nove gols feitos e só um sofrido. Mas a primeira derrota esteve perto de acontecer, não fosse o show do goleiro Rogério Ceni, que pegou um pênalti quando o jogo estava zero a zero e fez, pelo menos, mais meia dúzia de defesas muito difíceis nas duas etapas. Uma atuação para comprovar que, além de maior artilheiro entre os goleiros do mundo, é também um dos maiores na função, em todos os tempos.

Mesmo com o ótimo desempenho do São Paulo, é preciso reforçar que faltam longínquas 33 rodadas e que o time, de elenco sofrível e vários titulares no departamento médico, passará agora por um longo período sem Lucas, que disputará a Copa América pela seleção principal, e Casemiro, William, Bruno Uvini e Henrique, que vão ao Mundial Sub-20. Carpegiani segue sem laterais, pois desconhece a existência de Edson Ramos, trazido por Rivaldo, e mantém o improvisado Jean na direita (que sempre rende mais na função de origem, como volante que sobe ao ataque) e o fraco Jean na esquerda. Xandão dá sustos na zaga e Luís Fabiano, que ainda não estreou, só tem os esforçados e pouco eficientes Henrique e Wiliam como opções. Porque, para mim, Dagoberto e Fernandinho são pontas. E Lucas também cai pelas laterais, assim como o reserva Ilsinho.

O único meia "clássico" do elenco é o velho Rivaldo, que dificilmente será titular. Casemiro pode ser o que o Hernanes foi, um volante clássico que chega à frente e faz gols. Atrás, Wellington faz o mesmo que Josué, marca forte, desarma e faz a ligação com o(s) meia(s). Luiz Eduardo está perfeito como zagueiro e merece ser titular, ao lado de Rhodolfo (Alex Silva saiu, Miranda sai no fim do mês e Xandão é opção de banco ou quando o técnico põe três zagueiros). Carlinhos Paraíba parece ter perdido espaço e, se isso se confirmar, o São Paulo renovará com Rodrigo Souto, que ameaçou pegar o boné. Também tem Zé Vítor pra posição.

Ou seja, não é um elenco forte ou ideal, mas, num campeonato com tantos times sofríveis, dá pra brigar na faixa dos dez primeiros. Acho que está no mesmo nível, em termos de elenco, de Fluminense, Grêmio, Vasco, Flamengo - mas conta com a vantagem de estar revelando vários bons moleques. Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG também estão quase nessa faixa. Entre os mais fortes, mesmo enfrentando má fase, Cruzeiro e Internacional têm conjuntos melhores de valores individuais, assim como o Corinthians, que já segue bem. E o Santos, que ninguém se iluda, vai dar trabalho, mesmo se vencer a Libertadores. Afinal, a qualidade de seu time é bem superior a mais de dois terços dos participantes do Brasileirão. Aguardemos, pois.

domingo, maio 22, 2011

São Paulo 2 a 0. E bola pra frente

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Outro dia, em comentários de um post, o Glauco concordou comigo que, até certo ponto, o Santos de Muricy Ramalho tem sido dependente de Neymar. Hoje, assistindo a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Fluminense, ficou claro que o Tricolor também é, de certa forma, dependente de Lucas (foto). A diferença é que Neymar costuma resolver mais que o sãopaulino, na minha modesta opinião. Basta observar partidas decisivas disputadas por um e outro e contar quantas vezes um ou outro "chama o jogo" pra si. Até hoje, indiscutivelmente, Neymar ganha essa disputa.

No gramado de São Januário, como era de se esperar, o mandante Fluminense partiu pra cima do time paulista. Deco perdeu dois gols, um deles incrível. E os cariocas exploravam sem dó a maior deficiência do São Paulo: as laterais. Juan, definitivamente, não pode ser titular - e, por isso mesmo, a saída e Junior Cesar é inexplicável. Após o "desastre" da eliminação da Copa do Brasil e do circo armado por Rivaldo, Carpegiani e, principalmente, Juvenal Juvêncio, o time sãopaulino parecia apático, inofensivo.

Até que Lucas resolveu acordar. E, por tabela, despertou a equipe. A jogada do primeiro gol começou com ele, passou por bela assistência de Casemiro e terminou com Dagoberto enchendo o pé e estufando a rede. Sua comemoração, aos berros, me pareceu um ato de "exorcismo" dos demônios que assolaram o Morumbi a partir da derrota para o Avaí. E, de fato, acabou a apatia, a sonolência. O time passou a jogar bola, perdeu vários outros gols no primeiro e no segundo tempo, até Lucas (sempre ele) sair driblando toda a defesa adversária para fazer um golaço e fechar o placar.

No final, num gesto de "diplomacia", Carpegiani botou Rivaldo em campo. Pra ele mostrar, novamente, que não tem condições de ser titular e nem de jogar um tempo inteiro. Muito lento e, quando pega a bola, trata de se livrar dela o mais rápido possível. Tudo bem: é uma opção para entrar nos 10 ou 15 minutos finais, quando o time ganha por diferença de dois gols ou mais. De resto, ainda é muito cedo para saber o que esperar de um longo campeonato, onde muita coisa vai mudar. Mas a reação do time, a partir do gol de Dagoberto, deu um certo alívio. Bola pra frente!



Uruca ou previsível?
E, assim como corintiano Adriano, o badalado Luís Fabiano também passou a faca no tendão. Vai demorar muito pra voltar aos campos. Que ele estava bichado, todo mundo sabia. Mas a extensão do problema foi escamoteada ao máximo pela diretoria do São Paulo. Acho impossível que não soubessem que essa cirurgia poderia ser necessária. A diretoria do Sevilla também devia saber, por isso não botou muita dificuldade no negócio. Agora é esperar e, literalmente, PAGAR pra ver. Luís Fabiano é mais velho que Adriano, vai fazer 31 anos, mas não tem o mesmo histórico de "baladeiro" e indisciplinado. Se voltar ainda este ano, continua sendo muito bem vindo. Henrique e William José ganham chance de mostrar serviço.

quinta-feira, abril 07, 2011

Cenas da Arena Barueri

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Por Moriti Neto


Se não foi um show de técnica e habilidade, a partida de ontem entre São Paulo e Santa Cruz, pela Copa do Brasil, na Arena Barueri, foi rica em elementos dramáticos. O Tricolor Paulista só eliminou o valente time pernambucano depois de muita correria e já no fim da segunda etapa.

O São Paulo começou bem. Como era de se esperar, tomou o controle do jogo, apostando na movimentação de Dagoberto, Fernandinho e Lucas. Os três deslocavam-se constantemente e buscavam aproximação para tabelas rápidas, o que incomodava a defesa do Santa.

Contudo, não foram a velocidade e o toque de bola que abriram o placar, inaugurado quando Dagoberto, aos 8 minutos, bateu falta e o zagueiro Rhodolfo, bem colocado, desviou de cabeça, colocando longe do alcance do bom goleiro Tiago Cardoso.

Pouco tempo depois, Fernandinho levou uma pancada na perna direita e a equipe perdeu as saídas ofensivas pela esquerda. Marlos entrou. E, claro, o índice de produtividade do ataque caiu. Atabalhoado, o jogador erra quase tudo que tenta, porque tenta sempre o mais difícil. Fora isso, ainda atrapalhou Lucas, pois passou a atuar pelo mesmo lado que o camisa 7, que acabou por mudar de posicionamento.

Assim, o time passou a ter problemas para ligar meio e ataque, forçava os chutões e abusava dos passes errados. Porém, o zagueiro pernambucano André Oliveira, autor da falta que originou o tento são-paulino, fez pênalti infantil ao esticar o braço para derrubar Dagoberto e foi corretamente expulso, pois já tinha amarelo.



Era a chance de ir para o intervalo mais tranqüilo. Rogério Ceni cobrou a penalidade, mas inventou de bater “a Djalminha”, diversamente do que está acostumado, e o arqueiro rival teve condições de praticar a intervenção. Para mim, o goleiro/artilheiro/capitão/mito foi arrogante ao tentar, num momento decisivo, um artifício que não lhe é comum.

O segundo tempo começou e, o já antes recuado Santa Cruz, com um a menos, montou um ferrolho. Até o bom atacante Gilberto pouco passava do meio de campo. O São Paulo era detentor quase absoluto da posse de bola, mas a efetividade era mínima (não esqueçamos, Marlos estava em campo). Quando Carpegiani viu o problema, substituiu Casemiro por Ilsinho e Alex Silva por William José, coisa que deveria ter feito na volta dos vestiários. Considerando que o adversário estava com 10 atletas e se daria por satisfeito com a ida aos pênaltis, não havia necessidade de subir para a etapa final com três zagueiros e dois volantes.

Como era óbvio, Ilsinho passou a ser opção pela direita, procurando abrir o jogo, e William começou a puxar marcadores para fora da área pernambucana. Dessa forma, os dois conseguiram uma tabelinha em belo passe do atacante, finalizado com um disparo do ala/meia para as redes e selaram o 2 x 0 que garantiu a classificação.

A partir dali, iniciou-se a série chiliques. Renatinho, do Santa Cruz, numa jogada que não levava perigo, deu uma pancada em Ilsinho e foi expulso. Everton Sena, competente carrapato de Lucas nos dois jogos, tomou o vermelho. Só que o camisa 7 são-paulino também foi para o chuveiro. No momento, parecia não ter feito nada que justificasse a expulsão, mas a cena que protagonizou ao sair de campo, chorando pela exclusão que achou injusta, foi de lascar. A verdade é que os dois jogadores passaram a partida se provocando e trocando empurrões e, ao que tudo indica, o árbitro se encheu.

Agora vem o Goiás, que eliminou a Ponte Preta. O São Paulo tem muito a melhorar para enfrentar adversários de melhor nível que o Santa Cruz. Provavelmente, contará com Luis Fabiano, mas não terá o quase imprescindível Lucas que, aliás, para continuar com esse status, deve se adaptar a marcações cerradas de jogadores e árbitros, já que se tornou uma grande atração.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, abril 04, 2011

'Só' um golaço

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O jogo de ontem entre São Paulo e Mirassol, em Barueri, deu sono. Os dois times jogaram mal e quase nada criaram, mas a equipe da capital conseguiu fazer o suficiente para vencer por 1 a 0 e garantir a vice-liderança da competição, um ponto atrás do Palmeiras. Porém, esse "suficiente" foi uma obra-prima do garoto Lucas. Tomara que um décimo dessa inspiração dê as caras novamente na quarta-feira, no (perigoso) jogo de volta contra o Santa Cruz, pela Copa do Brasil.

quinta-feira, março 24, 2011

Com e sem Lucas: a diferença pelos números

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Por Moriti Neto



A estas alturas do dia pode ser chover no molhado discutir se Lucas fez falta ao São Paulo na derrota para o Paulista de Jundiaí. No entanto, vou tentar me fundamentar em números – com o auxílio de levantamento feito pelo diário de esportes Lance! –, pois é aí que a diferença de rendimento do time com e sem o camisa 7 se mostra gritante.

Começa que, com o meia, são seis vitórias e um empate. Portanto, Lucas ainda não perdeu nos jogos pelo São Paulo em 2011. Atuou sete vezes e está invicto. Depois de sua chegada da seleção sub-20, onde foi figura destacada na conquista do Sul Americano da categoria, a campanha são-paulina melhorou sensivelmente, somando-se Campeonato Paulista e a única peleja disputada na Copa do Brasil, contra o Treze da Paraíba. Já sem o garoto, a coisa fica em cinco vitórias e quatro derrotas.

Quando o jogador fez a primeira partida pelo clube no Paulista, o Time da Fé ocupava o quarto lugar na competição. Antes de atender a convocação de Mano Menezes e partir para Londres, onde será disputado, no próximo domingo, o amistoso entre as seleções de Brasil e Escócia, a equipe figurava na liderança, que foi perdida justamente sem ele, em Jundiaí.

Se observarmos a média de gols anotados pelo São Paulo no ano, também se percebe crescimento com Lucas em campo. Sem o atleta de 18 anos, a média do Tricolor é de dois gols por jogo. Com ele, a média sobe para 2,2.

Pode ser só coincidência, mas até o número de gols que a equipe toma, mesmo com o jogador fazendo parte do setor ofensivo, muda radicalmente. Com Lucas, apenas um tento em sete partidas. Sem o jogador, foram nove gols em nove jogos. Talvez porque a bola passe mais tempo no campo do adversário e/ou o esquema fique mais sólido e compacto com um homem que transite bem com a redonda, além de recompor rapidamente quando o time a perde. É possível, ainda, que os adversários se preocupem mais com a marcação, perdendo algo da capacidade de ataque.

Finalizando assim, o que seria apenas conjectura, com o auxílio dos números, ao menos pode se tornar hipótese.

PS: Aos que dizem que os são-paulinos só escrevem pro Futepoca na vitória, cá estamos eu e o Marcão num momento nem tão feliz (ainda que discordando sobre a ausência do Lucas). Espero que depois da próxima rodada, possamos postar textos sobre quebra de jejum e – quem sabe? – o centésimo gol.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

domingo, fevereiro 13, 2011

Dois comentários sobre o São Paulo F.C.

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Primeiro: O meia Lucas marcou três gols e deu duas assistências na goleada do Brasil sobre o Uruguai por 6 a 0, ontem, quando conquistamos o título do Sulamericano Sub-20. Resta saber se a promessa vai virar realidade ou se é só fogo de palha.

Segundo: O atacante Dagoberto participou dos três gols na estreia de Rivaldo, quando o time venceu o Linense, depois ficou fora na derrota contra o Botafogo e, hoje, deu passes para dois gols na vitória sobre a Portuguesa. Coincidência?

quarta-feira, agosto 11, 2010

A nova seleção por quem entende do riscado

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Eram 28 minutos do primeiro tempo quando Neymar completou de cabeça cruzamento com açúcar e com afeto de André Santos e abriu o placar contra os Estados Unidos na estreia da Seleção Brasileira convocada por Mano Menezes. No bar, os manguaças se animaram.

“Esse era o time da Copa!”, bradou um. “O Dunga perdeu a chance de entrar para a história”, vaticinou o filósofo. “Entrou como um dos piores”, disse um mais exaltado. “Como deixou esse moleques de fora?”, inquiriu um quarto, indignado.

Nesse momento, após superar certo nervosismo no início, a Seleção mandava no jogo, com intensa troca de passes, posse de bola e ofensividade. Ganso comandava o meio-campo, auxiliado por Lucas, Ramires e Robinho. A bola ia redonda de pé em pé, começando desde a zaga, que contou com segura atuação de Thiago Silva e David Luiz.

Emblemático que o primeiro gol do time renovado seja do garoto santista, com passe do lateral-esquerdo ex-corintiano, que perdeu a vaga na Copa para um improvisado Michel Bastos. André Santos, aliás, jogou mais do que em qualquer outra oportunidade com a camisa canarinho. A única atuação abaixo do esperado, na verdade, veio de um dos remanescentes do time de Dunga, Daniel Alves.

No boteco, a entrega do camisa 7 santista, que joga quase como um meia para permitir a Neymar a liberdade de atacar sem medo, não foi reconhecida. “Robinho está virando coadjuvante”, brada o freqüentador.

As chances de gol perdidas por Alexandre Pato também não passam impunes. “Quem mandou o Pato ter pé de galinha?”, cravou o maldoso. Mas quando o juiz não dá o gol do rapaz, por falta no goleiro, a solidariedade é imediata. “Garfaram o Brasil!”

Cabe a ressalva de um possível desinteresse do selecionado estadunidense. Mas o time de Mano não tomou conhecimento do adversário, que teve umas duas chances de gol, um no nervoso começo, outra no final, em bola alçada na área.

No segundo tempo, a unanimidade sobre o erro de Dunga ao não convocar os garotos da Vila desaparece. “Não, não servia não! Eram muito novos! Agora serve, para jogar na outra Copa”, analisa um comedido. “Tinha que ter levado esse time para a África”, rebate o empolgado.

Aos 46 minutos da primeira etapa, Pato desencanta em belo passe de Ramires (um volante jogando perto da área adversária, coisa interessante), dribla o goleiro e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade, citando o poeta. “Acabou! Se eu sou o técnico mando o time parar, ir embora. ‘Tchau, não quero humilhar não’”. É o filósofo do início da história, animadíssimo com o desempenho do time. “Faz tempo que não vejo um time jogar assim, botar na roda mesmo. Me lembra a Seleção de 82, vai tocando, tocando e de repente está na cara do gol”, avalia. “A gente ficar suspirando porque o Elano se machuca não dá!”, indigna-se.

No segundo tempo, Mano Menezes troca vários jogadores, mas a toada segue a mesma. Domínio completo, diversas chances de gol (foram 21 finalizações durante o jogo), mas ninguém consegue colocar para dentro. Três destaques, um pelo inusitado: o meia Éderson, aquele que ninguém jamais viu jogar, entra no lugar de Neymar. Corre cerca de 40 segundos, tenta um drible na ponta direita, e sai de campo, com uma lesão muscular. “Coitado do moleque”, simpatizam os bêbados.

Os outros dois são obra de Paulo Henrique Ganso, mestre e senhor do meio-campo. Primeiro, mete uma bola na trave em chute de fora da área. Depois, mas perto do final, aplica um elástico num zagueiro gringo e manda a bola para fora. Coisa de quem conhece.

“Imagina quando esse time estiver entrosado”, devaneia um manguaça. Pois é...

quinta-feira, agosto 20, 2009

Dunga convoca Adriano contra a Argentina

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O técnico Dunga divulgou a lista de jogadores convocados para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a Copa 2010. O primeiro será contra a Argentina, em Buenos Aires, no dia 5 de setembro, e o outro no dia 9, contra o Chile, em Salvador.

Veja a lista:

Goleiros - Júlio César (Inter de Milão) e Victor (Grêmio)
Laterais - Daniel Alves (Barcelona), Maicon (Inter de Milão), André Santos (Fenerbahce) e Filipe Luís (Deportivo)
Zagueiros - Lúcio (Inter de Milão), Juan (Roma), Luisão (Benfica) e Miranda (São Paulo)
Meio-campo - Felipe Melo (Juventus), Gilberto Silva (Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Lucas (Liverpool), Elano (Galatasaray), Ramires (Benfica), Júlio Baptista (Roma) e Kaká (Real Madrid)
Atacantes - Robinho (Manchester City), Nilmar (Villareal), Adriano (Flamengo) e Luís Fabiano (Sevilla)

Segue a lógica das convocações anteriores. Adriano é cachaceiro e tudo mais, mas vem marcando gols pelo Flamengo e me parece mais jogador que os outros reservas de Luiz Fabiano – com exceção de Nilmar, talvez, mas as características do Imperador da Manguaça são mais semelhantes às do titular do posto.

A outra novidade foi a convocação de Lucas para a vaga de Kléberson. Eu gosto do ex-gremista, mas queria que jogasse na dele, de segundo volante, tirando Gilberto Silva do time. Creio que Dunga não vai por aí. Com isso, deverá se manter os problemas da seleção com a saída de bola e a criação de jogadas pelo meio.

Segue também a busca por um lateral-esquerdo. André Santos deve continuar com a vaga por enquanto, mas ainda não está garantido. Veja mais comentários nos parceiros Blog do Carlão e Marcação Cerrada.

quinta-feira, agosto 06, 2009

Saideira nº 4

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