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sexta-feira, maio 24, 2013

Série B 2013 dá pontapé inicial hoje à noite

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Por Série Brasil 

Hoje (24), à noite, começa a Série B 2013 com quatro partidas. Amanhã, outras seis completam a rodada daquela que promete ser uma das mais equilibradas edições da competição nos últimos anos, pelo menos na disputa de três vagas, já que muitos dão o acesso do Palmeiras como certo.

Tal favoritismo alviverde tem base em um fator simples: a diferença de poderio econômico do Verdão em relação aos rivais. Em termos de direitos de transmissão de TV, por exemplo, o Palmeiras vai receber R$ 80 milhões; o Sport, R$ 20 milhões, enquanto os outros 18 clubes receberão R$ 3 milhões cada. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, os atletas que vão tentar levar a equipe paulista à elite têm um valor estipulado em R$ 121,4 milhões, quase três vezes mais do que o segundo colocado no ranking, o Sport, cujos jogadores valem R$ 42,6 milhões. Os elencos dos clubes que disputam a Série B de 2013 valem € 224 milhões (R$ 583 milhões), colocando o campeonato na 25ª posição entre as competições nacionais mais valiosas do mundo.

Sport, um dos favoritos (Wagner Damásio/Site Oficial)
Ainda segundo a Pluri, os plantéis que mais se valorizaram em relação ao ano passado foram os do Paraná, 66%; Joinville – que fez grande campanha em 2012, com um 6º lugar –, 50%, e Bragantino, 48%.

Mas claro que não é só o dinheiro ou um plantel com jogadores caros que decide quem vai disputar a Série A em 2014. Se fosse assim, o Palmeiras sequer teria caído... No entanto, é inegável que alguns times saem na frente na competição. Levantamento feito pelo G1 com jogadores que vão disputar a Série B mostra que os favoritos são justamente aqueles que caíram em 2012. Os 343 boleiros ouvidos tinham que apontar os quatro times que subirão e o Palmeiras foi indicado por 86,6% deles. Na sequência, Sport, com 69,1%; Figueirense, 41,4%, e Atlético-GO, 36,7%.

A Série B ainda tem outra peculiaridade nessa edição. Depois da 6ª rodada o torneio para por conta da Copa das Confederações. É um período de um mês no qual os times podem se reforçar, treinar, fazer pré-temporada e mudar ainda mais o rumo.

A geografia da Série B

São Paulo é o estado que tem mais clubes na disputa, cinco: Palmeiras; São Caetano, que foi quinto colocado em 2012 mas amargou um rebaixamento no estadual de 2013; Oeste, campeão da Série C; Bragantino, que disputa sua sexta temporada na Série B (só perde para o Azulão, que está na sétima); e Guaratinguetá, que lutará para permanecer na Segundona em 2014.

O segundo estado com mais representantes é Santa Catarina, que tem quatro times na disputa e que devem vir fortes: Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense. Minas tem o Boa e América; o Ceará vem com Icasa e Ceará; o Rio Grande do Norte traz ABC e América. Sport representa Pernambuco; Paraná, o estado homônimo; Atlético, Goiás; ASA, Alagoas; e o Paysandu não só representa o Pará como também é o único time da região Norte.

As partidas da sexta-feira

Dois jogos abrem o torneio de 2013 às 19h30. O Oeste de Itápolis recebe o Avaí e no Anacleto Campanella o São Caetano pega o Ceará. O Boa enfrenta a Chapecoense às 21h50 e, no mesmo horário, o Paysandu comemora a volta à Série B contra o ASA. Amanhã (sábado, 25), duas partidas em Santa Catarina. O Figueirense pega o América-RN e o Joinville enfrenta o Bragantino, ambos os jogos às 16h20. No mesmo horário, O Icasa joga contra o Sport e o Palmeiras estreia no Novelli Junior, em Itu, contra o perigoso Atlético-GO, vice-campeão goiano. O ABC dá o pontapé inicial na Série B jogando com o Paraná e o Guaratinguetá pega o América-MG, partidas que ocorrem às 21h e fecham a rodada.

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sábado, abril 12, 2008

Atlético (PR), rádios e a experiência de Santa Catarina

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Ainda sobre a intenção do Atlético (PR) em cobrar das emissoras de rádio para utilizarem as cabines de transmissão da Arena da Baixada, é bom lembrar que em Santa Catarina já houve um precedente nesse sentido. Porém, com duas diferenças fundamentais: primeiro, os clubes estavam unidos na peleja, não era uma iniciativa individual; segundo, a exigência para o uso de cabines e acesso ao gramado era a inserção de 900 comerciais por clube nos intervalos. Esse termo, na prática uma permuta, facilitava a vida das menores que já têm como prática isso para vender seus espaços de valor reduzido. Já as grandes estariam pagando de forma direta.

Para explicar mais da experiência de Santa Catarina, o Futepoca conversou com o jornalista Marcos Castiel, do blog do Castiel, que faz a cobertura do futebol do estado. Confira abaixo:

Futepoca - Na sua opinião, o que motivou a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina a tentar trocar espaços comerciais em troca do uso das cabines de rádio?

Marcos Castiel - Esta é uma questão comercial, por um lado; um jogo de poder, de outro. A Associação de Clubes antecipa, de forma abrupta, uma questão que será bastante polêmica num futuro próximo. A relação da mídia com os clubes é uma via de mão dupla, as rádios não vivem sem os clubes, os clubes precisam das rádios. Se houver radicalismo, ambos perdem. Em princípio, é uma atitude que prejudica, ou "amarra", as rádios de menor poder aquisitivo e que, num futuro, pode intensificar o monopólio da informação e concentrá-la em mãos de emissoras mais poderosas.

Todos sabemos que em uma Copa do Mundo, por exemplo, a cobertura, no caso da TV, só é feita por quem compra - e por muito dinheiro - a exclusividade no seu país. Ou, no caso das rádios e jornais, por quem já tem tradição na cobertura, que conquistou, no caso das rádios, sua cadeira cativa. No futuro, o acesso também será cobrado. No caso brasileiro, no entanto, o rádio tem um cunho social, já que a característica de nosso torcedor/consumidor é distintinta do europeu.

Portanto, o monopólio nesta área seria, na conjuntura brasileira, um perigo. Do ponto de vista comercial, o valor agregado de uma transmissão esportiva é muito maior que o simples aluguel de uma cabine. Ronaldinho Gaúcho tem o "gordo" de seus proventos na mídia e não no salário. Assim é o retorno para os clubes, com espaços diários nas rádios. Já imaginou se perdessem tal espaço?. Acho que esta medida, em grandes eventos, seria um filtro, por exemplo, na cobertura de uma final. No cotidiano, vai voltar-se contra o clube.

Futepoca - A questão acabou na Justiça. Houve tentativa de acordo entre as partes? Como está a situação hoje?

Castiel - Houve um acordo anterior à Justiça, em que cada grupo encontrou sua solução para o início da competição. Até hoje, é veiculado nas rádios da Capital pequenas inserções de mídia dos clubes. Não sei os detalhes, mas as emissoras menores aceitaram os termos, as de maior porte negociaram uma fórmula de inserção menos abrangente do que a inicialmente proposta. Preciso contatar o corpo jurídico de ambas as partes para saber detalhes da ação para fazer uma resposta mais fundamentada sobre como está a situação hoje. Até onde sei, há uma liminar favorável às emissoras até julgamento do mérito, mas fico devendo uma resposta mais consistente.

Futepoca - Em média, quantas emissoras fazem transmissão dos jogos do Campeonato Catarinense? Que tipo de prejuízo as emissoras menores poderiam ter com a exigência dos clubes?

Castiel - Na Capital, são três emissoras de rádio, duas AM e uma FM. Em Criciúma, três emissoras AM. Em Joinville, duas emissoras AM. Nas demais regiões, em geral, são duas emissoras (Tubarão, Lages, Chapecó, Itajaí). Nos municípios menores, geralmente uma rádio cobre (Ibirama, Jaraguá do Sul etc). O prejuízo não é formal, no momento. A troca é por mídia. No futuro, estas rádios menores, que não puderem pagar, ficariam alijadas da cobertura, assim como seus ouvintes perderiam o democrático poder de escolha.

Futepoca - Houve uma divisão entre as emissoras grandes e as menores?

Castiel - Houve divisão entre as emissoras. Se houvesse união e ninguém transmitisse os jogos, imagine o prejuízo para os clubes em termos de mídia. Mas imediatamente as rádios menores aceitaram as condições. Não sei as condições com precisão no interior, mas, na Capital, Guarujá e CBN/Diário não aceitaram a medida e, por pouco, não transmitiram os jogos da primeira rodada.

Futepoca - Baseado na experiência de Santa Catarina, você acha que a iniciativa do Atlético Paranaense vai ser exitosa?

Castiel - A iniciativa do Atlético é ousada. Nem certa, nem errada, mas radical. Será fruto, com certeza, de iniciativa judicial pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio. E, conforme, o que ficar definido, pode reverter contra o clube em forma de boicote, já que a iniciativa é individual e, não, coletiva, como em SC. Nesse caso, o clube sairia perdendo, e muito, sem sua exposição na mídia em nível nacional.