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segunda-feira, setembro 21, 2015

Papéis para decidir o jogo: 'Foi gol!' ou 'Não foi!'

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Outro dia registrei aqui as bizarrices do futebol paulista nos anos 1930, na transição do amadorismo para o profissionalismo, com jogos em que os juízes ou se recusavam a seguir apitando ou eram substituídos na marra, jogadores abraçavam o adversário ao sofrer um gol bonito, o árbitro interrompia a partida para que dezenas de chapéus atirados ao gramado fossem retirados, atletas substituídos no 1º tempo voltavam depois, um outro que atuava como bandeirinha entrava para reforçar um dos times e jogadores expulsos podiam ser substituídos. Tais situações são descritas no "Almanaque do São Paulo", publicação independente de José Renato Sátiro Santiago Júnior e Raul Snell Júnior. Pois agora fui presenteado com outro livro sobre a mesma época, "História do futebol em Pernambuco", de Givanildo Alves (Editora Bagaço, 1998, 2ª edição revista e ampliada). Não por acaso, a obra também traz uma série de causos bizarros dos primeiros tempos do futebol disputado nos campos de Recife.

Um dos melhores ocorreu no campeonato pernambucano de 1931, quando o Náutico não podia perder nem empatar um jogo contra o forte Torre, extinto clube apelidado de "Madeira rubra" (tinha uniforme completamente vermelho) e que naquela época já havia ganho os estaduais de 1926, 1929 e 1930. Porque, caso empatasse ou perdesse, o Timbu (apelido do Náutico motivado pela cachaça) recolocaria na disputa pelo título o arquirrival Sport, que já estava praticamente eliminado. Acontece que, para aquela partida decisiva contra o Torre no estádio dos Aflitos, marcada para 29 de novembro de 1931, vários jogadores desfalcariam o Náutico e, como o adversário era tecnicamente superior, a possibilidade de vencê-lo era remota. Foi então que, três dias antes do compromisso, Eládio de Barros Cavalho (foto), um dos diretores do clube, do qual seria presidente por diversas vezes entre 1948 e 1964, surpreende: "Deixem comigo".

Na véspera do jogo, um sábado, Eládio Carvalho chega aos Aflitos por volta das cinco horas da tarde. Chama "seu" Adolfo, responsável pelo campo, e ordena: "Arranje um serrote". Sem qualquer cerimônia, o diretor do Náutico faz com que o velho empregado do clube abra um buraco no pé de uma das traves, que eram de madeira, e serre a parte que fica enterrada no chão. "Com uns vinte vaivém, o travessão superior fiou penso e o poste lateral ruiu", narra o livro. No dia seguinte, o jornal Diário da Manhã estampa ofício dirigido pelo Náutico ao presidente da Federação Pernambucana, Virgílio Maia:
"No intuito de salvaguardar a sua responsabilidade, o Clube Náutico Capibaribe apressa-se a comunicar a V.S., o acidente que acaba de se verificar em seu campo de desportos. No momento em que o encarregado do campo procedia a reparos em um dos postes laterais do gol, sucedeu o mesmo ruir, em virtude do mau estado de conservação da parte enterrada, inteiramente carcomida pela umidade. Dada a hora adiantada em que isso se verificou, impossibilitando a substituição do madeiramento em mau estado, quer nos parecer não ser possível terminar o serviço necessário a tempo de se realizar o jogo marcado, para nosso campo, o que comunicamos para os necessários fins."
A partida não acontece, como o Náutico queria, mas os jornais não engolem o tal "acidente". Na segunda-feira, 30 de novembro, o Diário de Pernambuco comenta: "Causou estranheza nos círculos esportivos o caso do adiamento do jogo Náutico x Torre, em face das circunstâncias em que se revestiu: adiamento processado à última hora, com espaço limitado de tempo para ser impossível uma providência urgente". Apesar de o jogo ter sido adiado, e de o Náutico ter conseguido vencer o Torre, por 1 x 0, o Santa Cruz foi o campeão daquele ano. Mas, para os alvirrubros, o mais importante foi que o rival Sport não terminou a competição nem entre os quatro primeiros...

Mas antes disso, no Campeonato de 1930, ocorreu o fato mais surreal descrito pelo livro. No dia 13 de julho, no estádio da Avenida Malaquias, o árbitro Antonio Gaeta apita o clássico Santa Cruz x Sport, que vence por 1 a 0. Faltando menos de cinco minutos para o fim do jogo, o "Cobra Coral" pressiona pelo empate. "Júlio Fernandes estira um passe a Lauro, que entra na área do Sport e passa a bola a Carlos", conta o livro. "O atacante desfere um chute violentíssimo (...). A bola entrou no ângulo, tocando no varão de ferro, que estava fora do lugar, saindo por um rasgão da rede". Forma-se a confusão. "Sinceramente, não vi se foi gol", confessa o árbitro, enquanto é cercado pelos jogadores dos dois times. Pressionado a tomar uma decisão e já xingado e ameaçado, Gaeta passa a fazer opções esdrúxulas. Primeiro, pergunta se havia sido gol a uma criança. "Vou invocar o testemunho de um inocente", diz, como se a "justificativa" convencesse ou tivesse algum respaldo.

"A bola não entrou, seu juiz", garante o garoto (que torce para o Sport, óbvio!). Os jogadores do Santa Cruz se revoltam. O juiz, então, tenta outra saída (estapafúrdia): "Bem, aqui está um policial, um homem da lei. Ele vai decidir". O guarda, que não perde um jogo do "Cobra Coral", logicamente crava que a bola entrou. Dessa vez são os jogadores do Sport que se exaltam e ameaçam o juiz. O pau quebra entre os torcedores nas arquibancadas. "Não tendo mais para quem apelar", prossegue o livro, "o confuso árbitro chama os jogadores para o centro do campo. ' - Bem, vou tomar a última decisão. Vou fazer um sorteio. Num pedaço de papel, boto: 'Foi gol!'; noutro, 'Não foi!'". Incrédulos, os jogadores dos dois times nem comentam a sugestão, abandonando o gramado. A partida foi anulada e remarcada para a semana seguinte, quando o Santa Cruz venceu o Sport por 3 a 2.


segunda-feira, março 30, 2015

A inesgotável criatividade nordestina

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'Ão, ão, ão, Caça-Rato é seleção!'
Depois que o atacante Flávio Caça-Rato foi apelidado como CR 7 pela torcida do Santa Cruz, pois, além de ter as mesmas iniciais, também usava o número de camisa do atual melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, os nordestinos voltaram a aplicar sua inesgotável criatividade no futebol. No fim de semana, foram definidos os semifinalistas da Copa do Nordeste: o Bahia enfrentará o Sport, e o Ceará, o Vitória. Mas o melhor é que esse torneio, habitualmente conhecido como Nordestão, foi apelidado agora, pelos torcedores, de Lampions League (Liga do Lampião), que brinca com o nome da principal competição europeia.

Lampião, o 'Rei do Cangaço'
A frescagem repercutiu lá fora e, numa reportagem do correspondente Tales Azzoni para a Associated Press, os estrangeiros foram informados que o apelido do torneio nordestino faz "referência a Lampião, um conhecido e popular herói local da década de 1920, que permanece simbólico à região". Ao lado do cearense Padre Cícero e do pernambucano Luiz Gonzaga, o também pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, completa a tríade de nordestinos míticos. Considerado o "Rei do Cangaço", seu apelido deriva da lenda espalhada por seus comandados de que ele era capaz de atirar tão rápido que o cano da espingarda se "iluminava", de tão aquecido.

Camiseta criada pelos torcedores
Voltando à Copa do Nordeste, o apelido Lampions League pegou de tal forma que, além do gibão de couro na cabeça, muitos torcedores estão indo ao estádio com camisetas ostentando o nome fictício da competição. E, para completar a (maravilhosa) "esculhambação", foi composto e gravado até um tema para a "Liga", com típicos instrumentos nordestinos, cuja versão emenda o hino oficial da competição Europeia. Até me lembrei da paródia de "Quero voltar pra Bahia", de Paulo Diniz, que um cunhado meu cantava nos anos 1970: "Eu já falei pra minha tia/ Eu vou jogar de beque no Bahia". Bahia que pode conquistar a sensacional Lampion's League.


OUÇA O 'HINO' DA LAMPIONS LEAGUE:




sexta-feira, maio 24, 2013

Série B 2013 dá pontapé inicial hoje à noite

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Por Série Brasil 

Hoje (24), à noite, começa a Série B 2013 com quatro partidas. Amanhã, outras seis completam a rodada daquela que promete ser uma das mais equilibradas edições da competição nos últimos anos, pelo menos na disputa de três vagas, já que muitos dão o acesso do Palmeiras como certo.

Tal favoritismo alviverde tem base em um fator simples: a diferença de poderio econômico do Verdão em relação aos rivais. Em termos de direitos de transmissão de TV, por exemplo, o Palmeiras vai receber R$ 80 milhões; o Sport, R$ 20 milhões, enquanto os outros 18 clubes receberão R$ 3 milhões cada. De acordo com estudo da Pluri Consultoria, os atletas que vão tentar levar a equipe paulista à elite têm um valor estipulado em R$ 121,4 milhões, quase três vezes mais do que o segundo colocado no ranking, o Sport, cujos jogadores valem R$ 42,6 milhões. Os elencos dos clubes que disputam a Série B de 2013 valem € 224 milhões (R$ 583 milhões), colocando o campeonato na 25ª posição entre as competições nacionais mais valiosas do mundo.

Sport, um dos favoritos (Wagner Damásio/Site Oficial)
Ainda segundo a Pluri, os plantéis que mais se valorizaram em relação ao ano passado foram os do Paraná, 66%; Joinville – que fez grande campanha em 2012, com um 6º lugar –, 50%, e Bragantino, 48%.

Mas claro que não é só o dinheiro ou um plantel com jogadores caros que decide quem vai disputar a Série A em 2014. Se fosse assim, o Palmeiras sequer teria caído... No entanto, é inegável que alguns times saem na frente na competição. Levantamento feito pelo G1 com jogadores que vão disputar a Série B mostra que os favoritos são justamente aqueles que caíram em 2012. Os 343 boleiros ouvidos tinham que apontar os quatro times que subirão e o Palmeiras foi indicado por 86,6% deles. Na sequência, Sport, com 69,1%; Figueirense, 41,4%, e Atlético-GO, 36,7%.

A Série B ainda tem outra peculiaridade nessa edição. Depois da 6ª rodada o torneio para por conta da Copa das Confederações. É um período de um mês no qual os times podem se reforçar, treinar, fazer pré-temporada e mudar ainda mais o rumo.

A geografia da Série B

São Paulo é o estado que tem mais clubes na disputa, cinco: Palmeiras; São Caetano, que foi quinto colocado em 2012 mas amargou um rebaixamento no estadual de 2013; Oeste, campeão da Série C; Bragantino, que disputa sua sexta temporada na Série B (só perde para o Azulão, que está na sétima); e Guaratinguetá, que lutará para permanecer na Segundona em 2014.

O segundo estado com mais representantes é Santa Catarina, que tem quatro times na disputa e que devem vir fortes: Figueirense, Avaí, Joinville e Chapecoense. Minas tem o Boa e América; o Ceará vem com Icasa e Ceará; o Rio Grande do Norte traz ABC e América. Sport representa Pernambuco; Paraná, o estado homônimo; Atlético, Goiás; ASA, Alagoas; e o Paysandu não só representa o Pará como também é o único time da região Norte.

As partidas da sexta-feira

Dois jogos abrem o torneio de 2013 às 19h30. O Oeste de Itápolis recebe o Avaí e no Anacleto Campanella o São Caetano pega o Ceará. O Boa enfrenta a Chapecoense às 21h50 e, no mesmo horário, o Paysandu comemora a volta à Série B contra o ASA. Amanhã (sábado, 25), duas partidas em Santa Catarina. O Figueirense pega o América-RN e o Joinville enfrenta o Bragantino, ambos os jogos às 16h20. No mesmo horário, O Icasa joga contra o Sport e o Palmeiras estreia no Novelli Junior, em Itu, contra o perigoso Atlético-GO, vice-campeão goiano. O ABC dá o pontapé inicial na Série B jogando com o Paraná e o Guaratinguetá pega o América-MG, partidas que ocorrem às 21h e fecham a rodada.

Saiba mais sobre a Série B no Série Brasil

sexta-feira, março 15, 2013

Ney Franco comerá ovo de Páscoa no Morumbi?

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Retranca improvisada queimou o técnico
O São Paulo passou mais um vexame na Libertadores ontem, perdendo na Argentina por 2 a 1 para o mesmo Arsenal (pior time do grupo) com quem havia empatado sofrivelmente na semana passada, em pleno Pacaembu. Dessa vez, a derrota nem foi o maior prejuízo - até porque, mesmo que pareça praticamente impossível, o Tricolor ainda tem chance de passar às oitavas-de-final pelas próprias pernas. O pior, para o time, foi constatar como o técnico Ney Franco está perdido, isolado e sem moral. Ao escalar três zagueiros pela primeira vez nos oitos meses em que dirige a equipe, desfigurou totalmente qualquer esquema ou tática. Libertadores é torneio de tiro curto, com partidas decisivas, onde não há lugar para testes. Os três zagueiros, que nunca tinham jogado juntos, bateram cabeça e falharam mais do que o habitual de quando atuam em dupla. O meio-campo praticamente não existiu, só observou. Os laterais reviveram os piores pesadelos da torcida. O ataque não rendeu. O time não jogou nada. E, com justiça, perdeu.

Rifado pelos atletas - O fracasso ao improvisar uma retranca contra um time fraco - e de segundo (ou terceiro) nível - queima os créditos que Ney Franco ainda tem com a torcida, que, em sua maioria, aprova o trabalho mostrado principalmente no fim do ano passado. Só que muito mais grave do que isso foram os sinais de que o técnico está perdendo o respeito do elenco. Ainda no Brasil, pouco antes de entrar no avião, Paulo Henrique Ganso rifou a cautela excessiva do treinador, que fez vários treinos secretos, ao entregar para um jornalista que não seria titular na Argentina. E isso porque no domingo, no clássico contra o Palmeiras, ele já havia saído xingando em altos brados, na cara do técnico, ao ser substituído. Situação semelhante aconteceu com Lúcio, ontem: saiu correndo para o vestiário e não olhou pra trás quando foi sacado, no segundo tempo, e nem esperou a equipe no vestiário, preferindo se isolar ostensivamente no ônibus.

Rifado pelo presidente - Para complicar ainda mais esse clima de isolamento, Ney Franco, que parece visivelmente nervoso, acuado e pressionado, se enrolou ao dizer que seu trabalho é "nota 10" em uma entrevista após o jogo contra os palmeirenses. Ao comentar a declaração, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, canelou dizendo que dá nota 8... Até quis consertar, observando que aumentaria a nota do técnico para 9, se o time ganhasse do Arsenal em Avellaneda. Como perdeu, o conceito do técnico deve ter baixado pra 7 ou 6, num esforço de otimismo. E o horizonte de Ney Franco se mostra ainda mais sombrio. Como liderar o Paulistão não vale nada para a diretoria, a bóia de salvação será uma - improvável - classificação para a próxima fase da Libertadores. Um time que em dois jogos não conseguiu vencer o medíocre Arsenal dificilmente vencerá o The Strongest em La Paz e o azeitado e embalado Atlético-MG na capital paulista.

Com atletas afrontando o técnico publicamente e o presidente do clube afirmando que nem o Papa conseguiu garantia de ficar no cargo, há uma grande chance de o Coelho da Páscoa não encontrar Ney Franco no Morumbi para entregar sua encomenda...


Ps.1: Há que se considerar, em defesa de Ney Franco, que treinar o São Paulo, com Juvenal Juvêncio como presidente, não deve ser coisa das mais agradáveis. Aliás, para usar um termo do técnico Leão, deve ser bastante desagradável. Além desse episódio de nota 10 ou nota 8, o atual treinador já trocou farpas com o fiel escudeiro de Juvenal, João Paulo de Jesus Lopes, e dá mostras de que só escala (o inoperante) Ganso por pressão da diretoria, que pagou caro pelo jogador e o deseja na vitrine. Mais centelhas para esquentar o óleo sob a frigideira que embala Ney Franco.

Ps.2: Falando em Leão, ele se envolveu nessa semana em polêmica justamente contra o foclórico ex-patrão Juvenal Juvêncio. Primeiro, o cartola-mor do São Paulo afirmou que a segunda passagem de Leão pelo Morumbi foi "uma barbaridade" - no sentido pejorativo, mesmo. "A gente comete essas coisas assim. É um bom sujeito, mas não quero trazer mais ele, não", disse Juvenal à Fox Sports, em meio a gargalhadas. Aproveitando o Conclave que escolheu o Papa, Leão também resolveu brincar e disse que Juvenal deveria imitar Bento XVI e renunciar ao cargo.

Ps.3: Juro que esse post quilométrico acaba aqui! (se é que alguém teve paciência de ler alguma coisa...) Não posso falar em Emerson Leão sem citar um episódio nebuloso ainda não comentado pelo Futepoca, a revelação do presidente do Sport, Luciano Bivar, de que pagou para o volante Leomar ser convocado pela seleção brasileira em 2000. Lembro que, na época, a convocação pegou todo mundo de surpresa. Mas como Leão, técnico da seleção, tinha feito um belo trabalho no Sport pouco antes, e com Leomar como homem de confiança em campo, pareceu plausível. Agora, a batata assou. Leão disse que Bivar "devia ser preso". Mas não escapou de ser convocado pelo STJD, junto com Antônio Lopes, seu auxiliar técnico na época, para dar explicações. Outra pizza?

domingo, novembro 04, 2012

Vitória do Bahia afunda mais o Palmeiras e traz Lusa pro baile

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O Bahia derrotou agora à noite, no Canindé, a Portuguesa por 1 a 0. O tento foi de Souza, um dos últimos espécimes do chamado centroavante-centroavante, aos 32 do segundo tempo. Diones chutou de fora da área e o veterano goleiro Dida tentou encaixar, dando o rebote para o ex-atacante do Corinthians.

Assim, os baianos chegaram a 40 pontos e estão empatados com a própria Portuguesa, que volta a estar ameaçada pelo espectro da Série B. A diferença entre os dois são três tentos de saldo em favor dos lusitanos. Ambos ainda estão quatro pontos à frente do Sport, primeiro time na fila para sair da degola.

Já o Palmeiras, que empatou com o Botafogo em um jogo que beirou o inacreditável, dadas as chances desperdiçadas pelo nervosismo alviverde, está com 33, sete atrás de Bahia e Portuguesa. Precisa de uma reta de chegada perfeita para escapar da Série B. Para se ter uma ideia do tamanho da superação, é só lembrar que os palestrinos conquistaram sete pontos nas últimas seis rodadas, exatamente o número de pontos que o distancia da salvação, e o mesmo desempenho do Figueirense, virtual rebaixado e penúltimo colocado no Brasileirão.

O Sport, rival mais próximo do clube paulista, vem em uma difícil caminhada de recuperação, tendo feito nove pontos nas últimas seis rodadas, contando com a vitória de hoje contra o Vasco, 3 a 0 em São Januário. Os vascaínos têm a segunda pior campanha do returno e vem de seis derrotas seguidas.

Embora estejam a quatro pontos da zona fantasma, Bahia e Lusa têm motivos de sobra para se preocupar, levando-se em conta o desempenho recente. A Portuguesa não marca gols há quatro partidas e nas últimas seis fez somente quatro pontos. Os baianos fizeram cinco em meia dúzia de rodadas.

Confira os quatro últimos jogos dos quatro times que parecem estar disputando às avessas duas vagas do rebaixamento, lembrando que Cruzeiro e Ponte, com 43 pontos, correm algum risco de rebaixamento.


Portuguesa


Botafogo (fora)

Grêmio (casa)

Internacional (fora)

Ponte Preta (casa)


Bahia


Cruzeiro (fora)

Ponte Preta (casa)

Náutico (casa)

Atlético-GO (fora)


Palmeiras


Fluminense (fora)

Flamengo (fora)

Atlético-GO (casa)

Santos (fora)


Sport


Figueirense (fora)

Botafogo (casa)

Fluminense (casa)

Náutico (fora)

domingo, maio 27, 2012

Em jogo difícil de assistir, Santos não sai do zero com o Sport

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O Santos não fez como em sua primeira partida, quando contou somente com reservas em campo. Mas a lista de ausências peixeiras na peleja contra o Sport era notável, a começar por Neymar e Rafael, ambos na seleção brasileira, e Ganso, em recuperação de uma artroscopia. Além deles, Elano foi poupado, Léo, herói do meio de semana, também ganhou folga para visitar o filho; Borges de Dimba continuam contundidos, assim como o lateral Fucile. O resultado de um confronto entre um time sem criatividade no meio de campo e ataque contra um visitante que jogou na defesa o tempo inteiro só podia ser 0 a 0.


Foi a terceira partida do ano em que o Peixe não fez gol. Mas o jogo deve ter servido para Muricy fazer algumas observações. Galhardo saiu sentindo dores, ainda no primeiro tempo, mostrando que os dois atletas que vieram do Flamengo estão em condições físicas precárias, pra ser bondoso (David Braz, em sua estreia, saiu lesionado e deve ficar fora entre 30 e 45 dias). Maranhão entrou em seu lugar e deixou evidente a razão do treinador improvisar Henrique na lateral direita. Além de perder de forma bisonha uma oportunidade de gol no primeiro tempo, não conseguiu fazer um cruzamento razoável para a área.



Outro que decepcionou foi Felipe Anderson. Tem habilidade, o que já foi dito aqui, mas foi precipitado e, mesmo jogando com mais liberdade, em boa parte do tempo no setor em que Neymar gosta de fazer a festa, não foi bem. Aqui, é preciso recorrer ao mestre Tostão, que diferencia técnica e habilidade: a técnica é o conjunto dos fundamentos como passe, drible, finalização, domínio etc, e a habilidade é o uso da técnica frente a um obstáculo. Se o jogador aprimorar a técnica (o que também pode incluir a noção de posicionamento tático), sua habilidade vale mais. Fica a dica para Felipe Anderson, que é um dos postulantes à vaga aberta por Ganso no meio de campo peixeiro. Não dá pra se fiar apenas em lampejos.

Gérson Magrão, outro que disputa um lugar na meia, ainda não está com o o ritmo de jogo ideal. O elenco segue carecendo também de uma opção veloz no ataque, algo que Richely não foi no ano passado, nem o garoto Tiago Alves, emprestado para o Boa Esporte há poucos dias. E, para um clube que se reforçou visando suprir os desfalques que sabia que teria no Campeonato Brasileiro, começar com dois empates contra equipes que dificilmente brigarão pelo topo da competição é algo a se preocupar.  

sexta-feira, maio 07, 2010

Sem "superclubes", Série B tem veteranos como atração

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Vinte clubes vão disputar a partir de hoje as quatro vagas para a Série A de 2010. E, claro, também evitar o descenso para a Série C. Mas, deixando os acacianismos de lado, neste ano o campeonato não conta com nenhuma das equipes que fazem parte das maiores torcidas do país como o Vasco, em 2009, e o Corinthians em 2008.

Nem por isso a disputa deve ser menos interessante, principalmente pelo equilíbrio que deve prevalecer. Times de tradição e torcida apaixonada como o Bahia – fora da elite do futebol desde 2003 – e os recém-rebaixados Sport e Náutico prometem lotar estádios e fazer duelos acirrados. Os paulistas são maioria (seis clubes) e os torcedores lusos estão confiantes na volta da Portuguesa, quinta colocada em 2009.

Durante o certame, jogadores conhecidos do público desfilarão nos gramados. O América-MG, por exemplo, tem três jogadores que já se destacaram no futebol mineiro e com passagens em outros clubes daqui e de fora. O interminável Euller, 39 anos, ex-Filho do Vento, tem a companhia de Fábio Junior, 32, no ataque e de Evanílson, 35, na lateral-direita. Flávio, goleiro de 39 anos campeão brasileiro pelo Atlético-PR em 2001, tem na reserva o ex-Corinthians e Cruzeiro Gléguer, 33. E o santista que acompanhar a partida do time de Mauro Fernandes contra o Bragantino de Marcelo Veiga vai topar com dois ex-zagueiros peixeiros: Preto, 31 anos, do lado das Alterosas, e André Astorga, 29, de passagem recente e apagada na Vila Belmiro, que está na equipe de Bragança junto com outro ex-peixeiro, o atacante Lúcio, 35 primaveras.

No Centro-Oeste, o Brasiliense conta com presenças célebres como Iranildo, 33 anos, em sua terceira passagem pelo time, e Aloisio Chulapa, 35, campeão mundial pelo São Paulo em 2005. O Vila Nova-GO tem o glorioso atacante Roni, 33 anos, ex-Fluminense, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Goiás, Atlético-MG, São Paulo etc etc etc. Outros trintões são o ex-gremista Rodrigo Gral, de 33 anos, do Bahia; o multi-lateral Cesar Prates, 35, contratação do Náutico e o lateral-meia Athirson, 33, que ainda vem fazendo bonito na Lusa.

Mas se o quesito for figurinhas carimbadas do futebol brasileiro, o ASA dá uma chance a uma delas: o meia-atacante Ciel, 28 anos, célebre por confusões envolvendo álcool e quetais. Antes de ir para o Fluminense, em 2008, o atleta havia sido afastado quatro vezes no Ceará por ter chegado embriagado aos treinamentos. Depois da rápida passagem pelo clube carioca, foi para o América-RN onde se envolveu em nova querela com uma garota de programa, foi preso e dispensado do clube. Já em Portugal, nova dispensa do Paços de Ferreira, supostamente por outro caso de embriaguez e em 2010 jogou o estadual alagoano pelo Corinthians local. Agora vai?

E fica a recomendação: quem quiser acompanhar a Série B de 2010, acess o Série Brasil e siga no Twitter.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Palpitagem geral sobre o Corinthians

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Não tem muito que falar da derrota do Corinthians para o Sport, nesse domingo, em Recife. O time já está num ritmo meio de férias, o que se soma à desorganização causada pela chegada de novos jogadores. O Leão, que não tem nada com isso, fez seus gols, marcados por dois ex-corintianos, aliás – fiquei preocupado quando entrou o lateral Fininho...



Como não dá mais pra ser campeão (o que sem dúvida diminuiu meu ânimo de escrever), o foco fica na observação dos jogadores e montagem do time. Das últimas partidas, algumas informações podem ser extraídas.

Elias – Já ficou claro que Elias não serve para jogar na meia. Funciona muito melhor de segundo volante, quando vem de trás e recebe menos marcação. Prefiro ter um excelente segundo volante que um meia mais ou menos.

Ataque – Ronaldo, por óbvio, faz muita falta e é decisivo. Ao seu lado, Jorge Henrique é o motor do time ofensivamente. Sem ele, ou quando não está em jornada inspirada, como ontem, a coisa desanda. Contra o Grêmio (2 a 1 para o Timão, não comentado neste fórum), melhor partida do time nos últimos jogos, houve uma mudança de leve no posicionamento de JH. Jogou um pouco mais recuado, armando o jogo vindo da ponta, chamando mais a atenção e permitindo a Elias jogar mais livre. O time rendeu mais.

Neófitos – Edno não funcionou como centroavante, mas mostrou qualidade de movimentação e visão de jogo. Errou muitos passes, talvez por fala de entrosamento, mas também por ter tentado, muitos passes de primeira. Se a bola queimar menos nos pés, vai melhorar.

O argentino Defederico jogou pouco até agora, mas parece que sabe das coisas. Drible curto, bom passe, se movimenta bem. Está tentando fazer o papel de meia centralizado, mas acaba caindo um pouco para os lados.

Sobre os dois e qualquer outra contratação, tenhamos nós torcedores alguma paciência. Tem cara que chega mandando bem, outros que demoram para decolar, e tem, sem dúvida, os que não dão certo e ponto. Mas que se dê algum tempo antes de sair crucificando alguém. Vejam o caso de Júnior César, no São Paulo, contratado no início do ano, que só foi render no Brasileiro.

Esquema tático – Para manter o seu amado 4-2-3-1, Mano Menezes depende de um meia centralizado, que consiga desacelerar o jogo e fazer a bola rodar. Os candidatos são Defederico e Edno, talvez Edu. Acho que o ex-jogador da Lusa tem mais chances de se encaixar nessa função, se conseguir diminuir seu ritmo e cadenciar mais o jogo.

Se não achar esse cara, o treinador pode precisar mudar o esquema. Eu vislumbrei o time num 4-3-3 do estilo do Barcelona, com Elias e Edu como meias que marcam, e Jorge Henrique ou Defederico armando o jogo de uma das pontas, mais ou menos como JH fez contra o Grêmio. Outros falam de um 4-3-1-2, com Defederico centralizado servindo Ronaldo e JH (ou Edno, ou Dentinho).

Elenco e carências – O fato é que temos hoje mais opções no elenco e bons jogadores irão ficar no banco. Como no Brasil se disputa campeonatos concomitantes por boa parte do ano, convém. Se no meio e ataque temos os já citados, na defesa Paulo André se mostrou opção muito boa, bem como Balbuena nas laterais.

Falta, sem dúvida, um lateral-esquerdo. Marcelo Oliveira vai melhor que Marcinho, mas está longe de resolver. Escudero está voltando de contusão e Mano já avisou que colocará o argentino para jogar, já que ele é o único lateral de ofício do elenco. Adversários, tremei.

Segue também a busca por um reserva Ronaldo. Dos candidatos atuais, o melhorzinho parece ser Bill, que pelo menos corre bastante. De resto, por mais que se possa melhorar em muitas posições, creio que as limitações de grana vão deixar por isso mesmo.

Tem gente que ainda sonha com Riquelme, Deco ou um craque desse tipo para a meia. Não creio, mas se vier, bato palmas.

segunda-feira, agosto 31, 2009

E o Sport perdeu dois pontos no Mineirão

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Se alguém tem algo a reclamar no empate entre Galo e Sport, ontem, no Mineirão, é o time pernambucano. Teve chances de marcar pelo menos três gols, gol anulado e deveria ter saído com os três pontos. Com o empate, perdeu dois.


Difícil falar o que vem acontecendo com o time do Atlético. Há desfalques sim, mas a explicação está, principalmente, no fato de as principais peças pararem de jogar. Tardelli e Éder Luís não conseguiram fazer uma jogada sequer. A defesa, com Welton Felipe e Werley, se desestruturou com as saídas por contusão dos volantes Jonilson, Serginho e Márcio Araújo.

Roth teve de apelar mais uma vez para garotos, inclusive o lateral direito Felipe, de 17 anos. Mas fazer o que se o elenco não segura a onda, problema do próprio Galo, os adversários não têm nada a ver com isso.

Contra op Inter, na quarta, no Beira Rio, sei lá que time joga. Se estrearem, o Corrêa e o Jorge Luiz teremos, pelo menos, banco. Se não, será de novo um festival de meninos contra um Inter que, parece, resolveu jogar.

As perspecticas são sombrias, mas, para variar, estarei torcendo até o último minuto, mesmo com uma possível goleada dos colorados. E domingo vou a Santo André, mesmo que seja para sofrer. Atleticano não desiste nunca, mas sofre (ufa)...

segunda-feira, agosto 17, 2009

Vitória tricolor com garra e bons presságios

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Por Moriti Neto

Pouco antes do jogo, o grito do manguaça que passava na rua prenunciava: “o campeão voltou!”. E o São Paulo, diante do Sport do Recife, na Ilha do Retiro, na última rodada do turno do Brasileirão (em que começou muito mal), ainda que não tenha feito uma exibição de gala tecnicamente, demonstrou aplicação aos montes. No final da partida, veio a recompensa, vitória por 2 a 1, a sexta seguida, em oito jogos de invencibilidade.

No primeiro tempo, mesmo sem Jean e Dagoberto, suspensos, o Tricolor foi melhor e, Washington, aos 24, recebeu assistência de Borges para fazer o justo 1 a 0. O São Paulo marcava muito e não deixava o adversário atacar, além disso levava perigo nos contra-golpes.



Na segunda etapa, a coisa mudou. Os pernambucanos voltaram dispostos a pressionar e conseguiram abafar os paulistas, pressionando a saída de bola. Com a expulsão de Miranda, aos 24, a pressão aumentou, mas o índice de passes e cruzamentos errados no ataque do Leão era impressionante. E, apesar dos tricolores não usarem os contra-ataques com a mesma contundência do primeiro tempo, foi Washington quem meteu uma bola na trave, aos 35. Wilson, atacante do Sport, foi expulso logo depois. Porém, o São Paulo voltou a ficar com um a menos. Dessa vez, com a exclusão de Renato Silva, numa falta boba. Sem zaga, a equipe tomou o gol, aos 39, e a torcida pernambucana se empolgou Tudo indicava um sufoco nos minutos finais e, o empate, naquelas alturas, parecia lucro.

Eis que, aos 48, Júnior César fez grande jogada pela direita e deu um passe do tipo “faz o gol meu filho” para Hugo, de cabeça, completar para as redes de Magrão. Enfim, se o São Paulo não atuou tão bem tecnicamente como nos jogos anteriores, esbanjou garra e demonstrou organização tática, merecendo os três pontos.

Embora eu reconheça que é muito cedo para concordar com o grito do manguaça de antes da partida, não dá para negar que a ótima sequência, a queda significativa da diferença de pontos para o líder e a vitória nos acréscimos com nove em campo deixaram a sensação de que o Tricolor aprendeu mesmo a jogar na fórmula de pontos corridos e tem elenco para ser campeão. Justifica-se, então, o entusiasmo.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

sexta-feira, agosto 07, 2009

Grêmio para o Palmeiras de Muricy, vantagem é de 3 pontos

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O Palmeiras empatou com o Grêmio em 1 a 1 no Palestra Itália. Foram os primeiros dois pontos perdidos por Muricy Ramalho na terceira partida no comando da equipe. Foi também a terceira partida consecutiva em que o time foi capaz de balançar uma única vez as redes adversárias.

São três pontos de vantagem sobre o Goiás, segundo colocado, e quatro sobre o Atlético-MG, que tem um jogo a menos. Poderia ser pelo menos cinco. Mas na quinta-feira, o Grêmio estava do outro lado.

Cleiton Xavier e Maxi Lopes marcaram os gols aos 28 e aos 30 do primeiro tempo. Por Marcos, o Goleiro, o Palmeiras não levou a virada nos minutos seguintes. Por falta de pontaria no segundo tempo não garantiu a vitória.



Com Marcão no lugar de Armero, o time teve menos força na esquerda. Faltou um pouco mais de eficiência e concentração para vencer a partida, especialmente no início do jogo, antes do gol, e na etapa final.

Falta arroz com feijão para se considerar o time engrenado na liderança.

Na parte de baixo
O Fluminense mandou 5 a 1 sobre o Sport e entregou aos pernambucanos a lanterna do Brasileirão. Foram 11 partidas em dois meses sem vitória até os cariocas reencontrarem a fórmula: fazer mais gols do que sofrê-los. Parece mais fácil do que na prática.

Apesar da boa apresentação de Kieza e Roni, a vitória não garante muita coisa ao vice-lanterna. O jogo dos desesperados na 17 rodada não é referência.

domingo, agosto 02, 2009

Quando as coisas vão bem, até gol contra mantém liderança

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O Palmeiras venceu o Sport na Ilha do Retiro, em Recife (PE) e mantém a liderança a três rodadas do final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O gol da vitória foi marcado por Bruno Telles contra, em cruzamento de Obina. Foi a segunda vitória consecutiva pelo placar mínimo na segunda partida sob o comando de Muricy Ramalho. Se continuar assim, por mim, tudo bem. O time da casa teve Hamilton expulso antes do único gol do jogo.

Na quinta partida contra os pernambucanos no ano, foi a terceira vitória palmeirense. O Leão (não o Leão) impôs apenas um revés aos alviverdes na temporada, diferente do que ocorreu nas quatro partidas de 2008 (quando o Sport venceu três confrontos). Sem a disputa Nelsinho Baptista versus Vanderlei Luxemburgo e com o rubro-negro na zona de rebaixamento, o embate tem menos complicadores.

Os próximos adversários são Grêmio, Atlético-MG e Botafogo, 10º, 2º e 13º respectivamente. Vencer o primeiro turno seria um importante feito, embora Celso Roth e o Grêmio tenham liquidado com a tradição da era dos pontos corridos.



Em tempo, preocupa saber que o volante Pierre teria proposta para jogar no mundo árabe. A coisa parece mais concreta do que com outros jogadores como Diego Souza e Cleiton Xavier. É curioso pensar o camisa 5 como coração do time como define Muricy. Mas tendo a achar que falta maior fariam os outros meias citados.

Mas como os clubes precisam vender jogadores para fechar as contas do ano, surge a figura do torcedor de negociações. Por um lado, ele quer que o time tenha um troco para se reforçar, mas ressente a perda de figuras importantes que nem sempre são repostas à altura.

segunda-feira, julho 27, 2009

E o Sport, hein?

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A notícia tem um quê de previsibilidade: Émerson Leão foi demitido, hoje pela manhã, do comando do Sport. A princípio, são duas as causas do bilhete azul dado ao técnico. A primeira é o mau desempenho do treinador - foram 10 jogos no comando do time, com cinco derrotas e apenas duas vitórias. A outra é uma suposta "insubordinação" de Leão, que teria recusado a contratação do veterano Marcelo Ramos, já definida pela diretoria do clube (isso te lembra algo?).

Agora o Sport correrá atrás do seu terceiro técnico do ano. O time começou 2009 com Nelsinho Baptista à frente da equipe. Após a eliminação da Libertadores e uma briga com atletas, Nelsinho caiu e Leão assumiu. O ex-goleiro tinha como background boas passagens anteriores pelo time pernambucano - vale lembrar que ele era técnico do Sport quando foi chamado para comandar a seleção brasileira, em 2000.

Curioso é ver que agora, correndo atrás de técnicos, o Sport volta a ser um time "normal". Trocando treinadores a cada resultado ruim, tentando achar um jeito para jogar uma boa bola, e, até segunda ordem, se esforçando para escapar do rebaixamento. Difícil imaginar que o rubro-negro faça coisa melhor nesse Brasileirão.

Tal condição é bem diferente do que o Sport sugeria no começo do ano. Recapitulando: o time iniciava 2009 com o cartaz de ser o campeão da Copa do Brasil, com uma Libertadores pela frente, com um técnico mantido no cargo há mais de um ano... já falava de se consolidar como "a força do futebol do Nordeste", "oposição ao eixo Rio-São Paulo" e por aí vai...


Eu sempre digo que encher muito a bola de "planejamento e profissionalismo" no futebol é algo que não me desce. Afinal, o senso comum chama de "planejado e profissionalizado" o time que mostra resultados em campo. O julgamento recebe a mão inversa - olha-se os resultados e aí se atribui o rótulo de "organizado". A imprensa daqui do Sudeste - que não acompanha o dia-a-dia do Sport - cansou de encher a bola dos pernambucanos em 2008, tratando o clube justamente como "planejado", principalmente pela manutenção de um novo técnico. Agora, que o Sport muito provavelmente passará o resto do Brasileirão lutando contra o rebaixamento, atacará a "falta de planejamento" do clube.

Será que não é mais negócio ver o dia-a-dia de uma equipe antes de fazer esse tipo de análise?

sexta-feira, julho 17, 2009

Time de Mano bate o do Leão

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Não deu para o Leão do Norte, que bem que deu trabalho no Pacaembu, e o Corinthians garantiu mais três pontos no Brasileirão. Mas diferente da campanha do Paulista e da Copa do Brasil, em que o Corinthians conquistou uma regularidade marcante – que lhe valeu a pecha de "frieza" –, o campeonato está mostrando que vai acontecer na modalidade "com emoção".

Mais ou menos aos dez minutos de jogo, eu estava no carro a caminho da casa de um amigo que acionou o Pay Per View, quando chega a mensagem no meu celular: "cadê você? o Sport já fez 1x0". 20 minutos depois, enquanto eu me perdia nas ruelas da Praça da Árvore, toca o telefone: "E aí, desisitiu? O Gordo já fez dois de cabeça! E o goleiro do Sport ainda fez um milagre".

Cheguei no intervalo, a tempo de assistir os melhores momentos. O gol do Sport foi um belo cruzamento, mas uma marcação totalmente falha no meio da área, e o atacante colocou de cabeça, no canto esquerdo do gol (esquerdo de quem entra, que fique claro), com perfeição. O primeiro gol do Ronaldo foi de um cruzamento perfeito de André Santos para o Gordo que estava no segundo pau (sem qualquer insinuação, hein). Aliás, posso queimar a língua, mas aposto que ainda vou ver futepoquenses elogiarem nosso lateral esquerdo, ele está evoluindo muito, a olhos vistos – e talvez seja o mais forte candidato a ser vendido ao final da temporada. O segundo gol foi um cruzamento da direita; o mais impressionante do gol foi a maneira como o Gordo se desmarcou, como bem apontou meu camarada Macari: um movimento e se colocou atrás do zagueiro, totalmente livre para concluir o lance.

O segundo tempo, que começou com pressão e muitas jogadas perigosas do Timão. Quem fez o terceiro foi Cristian, com um torpedaço de meia distância, daqueles que ele costuma engavetar, mas desta vez desviou na zaga e matou o goleiro no lance.

Com 3x1 e o Corinthians sobrando em campo, e empolgados pelas performances de meu filho Chico – aquele que viveu o episódio com o palmeirense no ônibus –, que dançava e pulava alucinadamente ao som de "Aqui tem um bando de loucos, loucos por ti Corinthians", entoado por nós mesmo, velhos amigos que há muitos anos não se juntavam para um jogo, subimos nos saltos da arrogância. Nosso papo era "vai ser 8 a 2", "eu aposto 7 a 2", "só não vai ser 8 a 2 porque o Felipe não vai deixar passar o segundo" e por aí fomos. E o Chico pulando e pulando, e correndo de um lado pro outro.

Sentindo o clima que emanava da Praça da Árvore, Mano Menezes decidiu pôr reservas pra jogar – coisa que ele vai ter mesmo que fazer, para esse pessoal sentir a aspereza do gramado. Entrou, por exemplo, o Moradei, para os protestos dos manguaças, que unanimemente o consideram uma negação. O fato é que não éramos os únicos a perder o foco em nosso delírio. O time em campo também dispersou. E em duas falhas da marcação o Sport empatou (CORREÇÃO SÓBRIO: NO SEGUNDO GOL, FELIPE BATEU ROUPA FEIO, NÃO FOI TANTO FALHA DA MARCAÇÃO).

Puta merda, começamos a tomar pressão, num jogo que parecia fácil, fácil. Um jogador do Sport foi expulso por um segundo amarelo, uma "braçada" na cara do Marcelinho, outro reserva que entrou. (Olha gente, posso estar enganado com um nome ou outro, mas ver jogo, apostar e cuidar de um molequinho pilhado ao mesmo tempo dá nisso. CORREÇÃO SÓBRIO: QUEM LEVOU A BRAÇADA FOI MORADEI, QUEM FOI EXPULSO FOI O GUTO) O sportista tinha tomado o primeiro amarelo no início da partida.

Pouco depois, lá pelos 35 minutos, foi a vez de Moradei fazer o seu "gol cala-a-boca". Num perigoso ataque do Corinthians, sobrou uma bola na meia direita. Moradei ajeitou e bateu com muita curva, e a bola foi perfeita para o canto esquerdo do goleiro. Chico pulando de novo, nós gritando e agora apostando no "9 a 3". Faz parte, torcida brasileira...




A defesa desfalcada

Tanto neste jogo quanto no outro contra o Grêmio, o Corinthians mostrou como depende da segurança de sua defesa. É na defesa que o Timão impõe a sua "frieza" e mostra que o osso é duro. Dominando as jogadas por ali, tira a virilidade do ataque adversário, e aí começa as séries de bons passes que também caracterizaram esse time em outras partidas. No jogo anterior, faltaram os dois titulares da zaga, neste, estava Chicão, mas não William.

O bom deste jogo é que o Corinthians mostrou que pode ser um time que faz mais gols do que leva. Ou seja, mesmo com maior fragilidade na defesa, é capaz de criar e concluir lances de gol. Contra o Grêmio, aconteceu que nem Douglas, nem André Santos, nem Elias, nem Dentinho fizeram uma boa partida. O Timão não criou e Ronaldo ficou isolado. Mas os 3x0 em Porto Alegre foram, a meu ver, uma ensacada perdoável, pois não deixou de seu um jogo pra viver a ressaca após o título da Copa do Brasil, que havia sido passado adiante depois da grande apresentação diante do Fluminense.

Mas, não adianta, o Corinthians tem que fortalecer sua zaga reserva, para que possa substituir com dignidiade a titular e não abalar o esquema de Mano Menezes. Mas não é fácil repor a destreza da dupla Chicão e William – muito bem apoiados por Alessandro, André Santos e Cristian. Todos esses atletas estão jogando muita bola.

Fofoca

No final da partida, Leão saiu reclamando da arbitragem e espalhando uma história de que o Mano Menezes teria dito a ele que o juiz segurou o jogo, o que para o Leão seria quase uma confissão de que houve favorecimento. Mano desmentiu a versão e disse que isso de ficar passando adiante conversa é "coisa de lavadeira".

OBS.:
Como viram, fiz algumas correções agora de manhã, digo, no início da tarde, em pleno estado de sobriedade, mas mantive o texto original pra não desdizer quem tenha lido antes.

segunda-feira, julho 06, 2009

Vitória magra para tirar a zica

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O horário (sábado às 18h30), o time e a torcida em si não contribuíram, então não foi surpresa ver a Vila Belmiro recebendo um público inferior a 7 mil pessoas no sábado para a partida entre Santos e Sport. Surpreendente, sim, foram duas coisas: a manifestação de opositores ao presidente santista Marcelo Teixeira, que corajosamente distribuíram a quem se dirigia às arquibancadas dos sócios uma cópia do infeliz comunicado do superintendente peixeiro José Carlos Peres parabenizando o título corintiano na Copa do Brasil, e um bandeirão da torcida que trazia a figura de Michael Jackson mesclado com o distintivo do Santos - que eu, infelizmente, não pude registrar, já que estava sem uma câmera nas mãos.

Falando especificamente do jogo: o Santos entrou em campo com sua formação já clássica, mas com a curiosa presença de Róbson na equipe titular. Ele marcou o gol peixeiro no empate contra o Palmeiras e isso o fez titular da equipe, superando o garoto Neymar e o meia Molina, que era quem habitualmente brigava pela posição com o menino. Há jogadores que só rendem quando entram no segundo tempo, e talvez Róbson seja um deles: não jogou praticamente nada. Claro que não foi só ele. A dupla Roberto Brum - Rodrigo Souto vai se consolidando como um dos maiores problemas do Santos atual (não marca, não cria, não dá opção), os laterais não têm se apresentado bem e o centroavante Kléber Pereira vive uma má fase de impressionar.



Veio o segundo tempo e Róbson nem voltou - Neymar ocupou o seu lugar. O que não chegou a representar uma grande transformação. O Santos continuou apático e, por pouco, não viu o Sport chegar às redes, num incrível lance desperdiçado por Fabiano, aquele mesmo, ex-São Paulo, Atlético-MG e que jogou no próprio Peixe.

A (justa) expulsão de Weldon - também ex-Santos - facilitou as coisas para o Alvinegro, e a redenção veio aos 43 do segundo tempo, com um gol irregular de Paulo Henrique. Se o Santos não merecia ganhar, tampouco o Sport; o 0x0, talvez, seria o placar mais justo e o que "premiaria" as equipes pelas péssimas atuações.


Como torcedor, celebro a vitória e os três pontos que o Santos põe na conta. Subjetivamente, acredito também que esse triunfo pode quebrar um pouco da "zica" que paira na Vila Belmiro. Mas não me iludo com o time, que repete más atuações. E lamento o declínio de nomes como Léo e Madson.

Tem muita coisa para ser corrigida no Santos.

terça-feira, maio 12, 2009

Um sufoco para poder reafirmar: Marcos é O Goleiro

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Phjunkies/Flickr
Quando acabou, talvez o certo teria sido eu sair pela janela e responder ao vizinho de duas semanas atrás gritando:

– Marcos, Marcos, Marcos!

Merecia.

O Palmeiras tomou um sufoco durante os 90 minutos de jogo na Ilha do Retiro. A pressão do Sport começou aos dois minutos, seguiu aos oito, avançou aos 17, aos 27, aos 30... O mesmo no segundo tempo até sair o gol de Wilson, aos 36. Os dez minutos finais foram menos dramáticos do que eu imaginava, o que foi suficientemente trágico. Até Sandro Goiano deu passe para Paulo Baier quase marcar.

No total, se o Palmeiras mandou duas bolas perigosas em direção ao gol foi muito: retranca total e muito trabalho para Marcos. A decisão foi para os pênaltis.

Além de entrar com muita gente de defesa em campo, Vanderlei Luxemburgo tirou Diego Souza para pôr Willians, Keirrison para entrar Ortigoza e Mozart para a vaga de Souza. Tem uma dose de azar e de erro, mas se pode dizer que o treinador palmeirense acabou cavando a derrota no tempo regulamentar, porque foi depois de passar por Wendel que o volante recém-contratada chegou atrasado e saiu o gol. O azar continuaria nos pênaltis, já que Mozart ainda errou a primeira cobrança. Muito mais grave foi a saída do camisa 7, que significou abdicar ainda mais de jogar futebol e atacar. Vai ver que ele leu a bobagem que escrevi sobre tirar o Diego Souza. Ou teve um apagão.

Depois de desperdiçar a primeira cobrança, os zagueiros Marcão e Danilo e o lateral-esquerdo Armero, foram os batedores que converteram. Nenhum homem de frente para esse momento decisivo. No mínimo, é curioso. E claro que, nesse caso, as esperanças não poderiam recair sobre outro jogador.

"Com 36 anos, toda defesa é difícil, sempre dói alguma coisa", declarou O Goleiro à reportagem de TV depois do jogo. Desse jeito, ele pegou três dos quatro pênaltis batidos pelo Sport. Para mim, tá bom.

O Palmeiras deve sua vaga às quartas-de-final a Marcos. Luxemburgo deve também muita coisa – quiça seu emprego – ao camisa 12. Vale lembrar deste jogo e deste aqui também.

Poderíamos passar sem essas
Na coletiva – que costumo evitar de ouvir para não ficar revoltado com as perguntas à là levantador de vôlei –, o treinador preferiu criticar Guilherme Beltrão, vice-presidente do Sport que o chamou de decadente e arrogante, a comentar o jogo. Será que ele está mais preocupado com a estratégia para não ter que explicar para a mídia esportiva por que tirou Diego Souza do que com a tática em campo?

Beltrão realmente facilitou a vida de quem precisava motivar seu time. Mas para quem ganhou nos pênaltis, era melhor ter deixado o cartola falando sozinho. Ou deixado para a torcida responder com o tradicional: "E-li-mi-na-do!" Se ficar por aí, tudo bem. É complexo senão frágil transferir automaticamente a tensão entre as torcidas para esse tipo de comportamento.

Vale lembrar que não é o primeiro dirigente do clube de Recife com quem Luxemburgo troca farpas. Além de já já ter intercambiado recados "carinhosos" com o próprio Beltrão, Romero Monte Cunha, ex-diretor, só não foi agredido fisicamente pelo técnico em maio de 2008 porque foi contido por seguranças palestrinos. Teria sido patética a tentativa.

Empate
Depois de reclamar tanto, segue a contagem. Vanderlei Luxemburgo empatou o histórico de confrontos com o treinador do Sport, Nelsinho Baptista. Cada um tem agora 11 vitórias diante do outro, e 14 empates. Tem mais dois ainda este ano pelo campeonato brasileiro.

Vizinhança
Não sei se foi a memória dos corintianos da decisão da Copa do Brasil de 2008, mas a vizinhança esteve especialmente atenta ao jogo nesta terça-feira. No gol do Sport, a comemoração foi quase igual à vibração dos palmeirenses quando Marcos pegou o terceiro pênalti – isso na hora, porque os secadores permaneceram apreensivos nos minutos seguintes, enquanto os alviverdes estão gritando até agora. Mais uma vez os secadores trabalharam.

quarta-feira, maio 06, 2009

Viva o Coalhada! Palmeiras vence o Sport

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Lancenet

Com um gol do atacante paraguaio Ortigoza de cabeça, o Palmeiras venceu o Sport por 1 a 0 na primeira partida das oitavas-de-final da Libertadores. Em cobrança de falta de Cleiton Xavier, o herói da classificação, o sósia do Coalhada, personagem do humorista Chico Anísio colocou o time paulista a um empate da classificação. Ortigoza sofreu a falta que deu origem ao tento palestrino e resultou no segundo cartão amarelo de Hamilton.



Escrevendo assim, parece pouca coisa. A vitória do alviverde na Ilha do Retiro na primeira fase da competição teve como destaques, de um lado, a aplicação dos visitantes e, de outro, o fato de que para o Sport o jogo não era de vida ou morte. Também por méritos defensivos do Palmeiras, o time da casa não conseguiu criar abafa na ocasião. Agora será tudo diferente.

Espero que Marcos saiba do que está falando e que o Palmeiras realmente tenha aprendido a jogar a Libertadores. Mas é claro que não basta saber o que é necessário, falta realizar.

Jogo
O jogo não foi simples, ao contrário foi uma luta de boxe repleta de estratégia e aplicação. O time entrou errado, com Pierre, Cleiton Xavier, Marquinhos e Diego Souza no meio e Keirrison e Willians no ataque. Bem ofensivo no papel, mas não funcionou.

O único reforço para as oitavas-de-final da Libertadores, foi Mozart, e nenhum reforço mais. Ele estreou no segundo tempo, no lugar de Marquinhos, praticamente perseguido pela torcida, ao mesmo tempo em que o autor do gol entrava no posto de Willians. A mexida, no papel, foi tirar dois meias-atacantes para colocar um atacante nato e um segundo volante. Nada de ofensiva no papel, mas funcionou melhor porque o paraguaio entrou bem.

No primeiro tempo, Keirrison havia mandado mais uma bola na trave. Diego Souza fez o mesmo, de cabeça. Talvez com mais tranquilidade, o placar pudesse ser mais favorável. De qualquer forma, a decisão iria para o Recife e é pedreira. E antes disso, ainda tem a estreia do time no Brasileirão, contra o Coritiba, o mesmo adversário de 2008.

DataFutepoca
Pelos cálculos do DataFutepoca (DataBar teria mais apelo), são 35 partidas em que os treinadores se enfrentaram do banco de reservas. Foram 11 vitórias de Nelsinho Baptista, 10 de Luxemburgo e 14 empates. Ainda valeria a pena uma recontagem.

quinta-feira, abril 30, 2009

Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!

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O jogo do Corinthians tinha acabado e a transmissão da TV aberta passou para os dez minutos finais do tempo regulamentar de Palmeiras e Colo Colo. O zero a zero davam a vaga para o time chileno, que tinha vantagem de saldo de gols. Nem sempre os grupos da morte são tão de matar. Aos 41 minutos e 42 segundos da segunda etapa, o desespero jã tomava conta do time depois de uma partida bem jogada, mas sem efetividade. Duas bolas na trave no primeiro tempo não valem gol. E eram 10 em campo, porque o zagueiro Marcão havia sido expulso.

Então, o camisa 10, jogando como segundo volante, pega a bola na intermediária, finta o zagueiro e arrisca um chute que ele não vai acertar tão cedo. Tão cedo, realmente não precisa. Cleiton Xavier colocou a bola no ângulo esquerdo do arqueiro Munhoz.

Em meio aos gritos de gol da vizinhança, o mais exautado sai à janela e resume:

– Cleiton Xavier, Cleiton Xavier, Cleiton Xavier!


Era o que bastava. O Colo Colo ainda perdeu duas chances claras de gol, Marcos, o Goleiro teve de sair em cada escanteio batido, e o placar foi assegurado. A vitória simples era o que bastava para mudar a configuração do grupo. Ao fim da partida, os jogadores chilenos se reúnem no centro do gramado e parecem não acreditar.

É por essas coisas que o futebol é genial. Melhor quando é a favor do nosso time.

Em tempos de gripe suína, estou me contendo para evitar as piadas abaixo da crítica.

Sorte e acerto
Vanderlei Luxemburgo arriscou ao escalar três zagueiros, Wendel e Souza no meio e Diego Souza no ataque. Arriscou um esquema muito defensivo. Mas se deu bem, porque o time entrou aplicado, mandou duas na trave. Depois, era seguir sua própria cartilha (ou sua própria mesmice): sai o lateral, entra um meia-atacante, Willians, no caso. Depois, tirou Diego Souza, zonzo depois de uma trombada em campo. Pierre, contundido, deu lugar a Evandro, não conta.

E teve muita sorte, porque um chute daqueles é antiesquema tático. 

Só sei que quando o Kléber Machado começou a elogiar o treinador, eu deixei a TV sem som até acabar o jogo. Recomendo.

Bom para os brasileiros
Com isso, os cinco times brasileiros se classificaram para a próxima fase da Libertadores. Não quero dizer com isso que eles sejam "o Brasil na Libertadores" e muito menos que os torcedores de outros times devam torcer por essas equipes. Mas é melhor.

No grupo 7, o Grêmio é dono da melhor campanha, mas todos os outros brasileiros, à exceção do Palmeiras, são primeiros de seus grupos. Sport, no 1, Cruzeiro, no 5, São Paulo, no 4. Como ainda faltam quatro partidas, realizadas nesta quinta, e as chaves das oitavas-de-final são definidas por pontuação entre primeiros e segundos, não é possível saber a combinação.

terça-feira, abril 21, 2009

Vitória sobre a LDU para se apegar à calculadora e mudar de assunto

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Na penúltima partida pela fase de classificação da Libertadores da América, o Palmeiras venceu a LDU no Palestra Itália por 2 a 0, placar do segundo tempo. Depois do empate diante do Sport na semana passada, o time foi para sete pontos, e fica na segunda posição do grupo até amanhã, quando os pernambucanos enfrentam o Colo Colo em Recife. O resultado praticamente eliminou a atual campeã do torneio.

Depois de um primeiro tempo fraco, o time da casa achou um gol em um lance estranho envolvendo o goleiro Cevallos e o zagueiro Marcão, autor do tento, logo aos 3 minutos. A trombada pareceu falha, mas o arqueiro saiu contundido.

Diego Souza, mais lúcido depois da lambança do fim de semana, teve atuação razoável, fez o segundo gol aos 37. Keirrison perdeu pelo menos três chances de gol. Lenny só correu, ainda não entendi por que é a primeira opção de ataque do treinador na ausência de Willians.

Com a vitória, são mantidas as esperanças alviverdes na Libertadores como forma de não tornar o primeiro semestre catastrófico. A desclassificação do Paulista é da vida, acontece. A eliminação na fase de classificação do continental é bem mais complicado.

Então, calculadora na mão. Se o time de Nelsinho Baptista perder em casa para o Colo Colo, o que é pouco provável, o Palmeiras precisará vencer os chilenos em Santiago e torcer para que a desclassificada LDU impeça uma vitória ampla do Sport que reverta o saldo de gols. Em caso de empate ou vitória do tetracampeão pernambucano amanhã, o Verdão dependerá apenas de si para ter a vaga – de si é jeito de falar, depende de o ataque funcionar, a defesa não dormir, da providencia divina e do imponderável.

Se minhas contas estiverem certas, o melhor para os palmeirenses é torcer pelo rival brasileiro amanhã. Ou não assistir ao jogo e refazer as contas depois.

"De novo?", quatro vezes

O primeiro repeteco visto na partida foi a formação tática, o retorno ao 3-5-2 ao entrar em campo, e mudança no segundo tempo, tirando o lateral-direito Fabinho Capixaba. Foi o único dos "de novo?" sem um fim trágico.

Quem entrou para pôr o time para frente foi Marquinhos, protagonista de uma falta em Bolaños. O equatoriano revidou com uma cabeçada que por pouco não vira o segundo pega-pra-capar em dois jogos consecutivos no Palestra Itália. Ambos foram expulsos. Segunda quase repetição, desta vez de sábado.

Com Marquinhos fora, Luxemburgo não queria correr riscos, e tratou de recompor a zaga deixar a retaguarda com Sandro Silva. O lateral/volante passou cinco minutos em campo até avançar pela esquerda, ser derrubado e cair de mau jeito, deslocando o ombro. Foi diferente, mas também em um tombo que Edmilson fraturou o cotovelo. Triste semelhança.

Quatro minutos depois, ao marcar o segundo gol do Palmeiras, Diego Souza saiu feliz e contente. Tirou até a camisa para festejar o que poderia ser a forma de evitar a fama de mau. E levou cartão amarelo como Wilson e Kleber já na mesma competição. Seguiu passos para um lado não muito astuto.

quinta-feira, abril 16, 2009

Um a um para o Magrão

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A secagem funcionou, o ataque do Palmeiras não.

Um empate que tira parte do sentido da grande vitória da semana passada sobre o mesmo Sport. Em atuação impecável do goleiro Magrão, o Palmeiras não conseguiu aproveitar o pênalti inexistente a seu favor e a expulsão de Wilson por ter levantado a camisa para mandar recado com outra camiseta por baixo. Até tirar a camisa nos jogos apitados por árbitros brasileiros pode, e na estreia de Kleber pelo Cruzeiro, na própria Libertadores, por exemplo, não houve problema. A crise são as mensagens. É uma orientação da board que dá pano para manga.

Mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo e com alguma dose de pressão, o Verdão não conseguiu furar a retranca armada por Nelsinho Baptista, mais desafiada do que a montada por Vanderlei Luxemburgo na Ilha do Retiro, já que o Sport não chegou a pôr pressão.

Para se classificar, o time agora tem que vencer suas partidas contra LDU e Colo Colo e ainda fazer contas e secar os rivais.

Na prática, foi um a um para o Sport. Ou, mais precisamente, para Magrão.