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 “O time entrou rebolando”, reclamou Mano Menezes no intervalo da partida Atlético PR 3 x 2 Corinthians, na Arena da Baixada. No momento do comentário do treinador gaúcho, o jogo estava 2 a 0 para o Furacão, fora o baile. E pra fechar a tragédia, quem dava os melhores passos no salão era Rafael Moura, o famigerado He-Man (que já fez comentários sobre economia aqui), autor de um gol de cabeça e do passe para o tento de Wallyson (o filho de Wally, que foi encontrado em um boteco obscuro de Curitiba, segundo fontes).
“O time entrou rebolando”, reclamou Mano Menezes no intervalo da partida Atlético PR 3 x 2 Corinthians, na Arena da Baixada. No momento do comentário do treinador gaúcho, o jogo estava 2 a 0 para o Furacão, fora o baile. E pra fechar a tragédia, quem dava os melhores passos no salão era Rafael Moura, o famigerado He-Man (que já fez comentários sobre economia aqui), autor de um gol de cabeça e do passe para o tento de Wallyson (o filho de Wally, que foi encontrado em um boteco obscuro de Curitiba, segundo fontes).
A tal “rebolada”, traduzida do gauchês, é o tal do salto alto. E Mano tinha razão de reclamar. O Corinthians entrou nitidamente desconcentrado, o que bateu com minha própria atitude: liguei a TV pra ver uma vitória, com gols de Ronaldo, não para ver um jogo difícil. Quando percebi, já tava 3 a 0 no início do segundo tempo e a classificação estava indo pro saco. Pra piorar, a notícia de que Ronaldo, que não voltou para a segunda etapa, tinha suspeita de haver quebrado uma costela. Perdia-se a classificação, a moral e o craque do time.
O time só acordou a partir da metade do segundo tempo, quando colocou a bola no chão e tocou a bola. As chances começaram a aparecer. Chicão bateu penalti questionável sofrido por Morais e a bola bateu nas duas traves e voltou, coilocando o fator zica na noite já trágica.
Depois de apresentar o pior cenário possível, a sorte começou a virar. Mas só aos 41 minutos. Christian acertou um petardo numa bela cobrança de falta e tornou mais possível buscar o resultado no Pacaembu. E aos 47 minutos, Dentinho aproveitou cruzamento de Alessandro para fazer 3 a 2 e deixar a classificação a uma vitória simples em casa de distância. Ufa!
Atuações
Duas coisas ficaram claras pra mim no jogo dessa noite. Primeiro, que Chicão, que é um baita zagueiro, não sabe marcar bola cruzada na área. É a terceira vez que vejo ele olhar só para a bola, tentando cortar o cruzamento, e deixar o atacante sozinho pra cabecear. Hoje o presenteado foi o He-Man, nas ioutras vezes foi o zagueiro Miranda, no primeiro jogo da semi-final do Paulista contra o São Paulo.
A outra constatação é que Alessandro faz falta ao time. Com Fabinho em seu lugar, não tem saída de bola pela direita, a bola fica menos tempo rodando no meio campo, as jogadas pelo lado funcionam bem menos e mesmo a marcação fica prejudicada. Não imaginava que o lateral viria a ter essa importância, que talvez venha mais da noção tática do que da habilidade do jogador.
Isso me leva a terceira constatação: o time só funciona quando está muito focado. A força do Corinthians vem da aplicação, da entrega dos jogadores. Se entra fora de foco, não funciona. Não tem craque no Timão, com a exceção do Gordo. Que, aliás, não quebrou nada e pega o Santos domingo.
O lado bom
Se o jogo tivesse terminado 3 a 0 não teria como dizer isso, mas sendo otimista, é possível dizer que a derrota veio em bom momento. Entrar com esse salto alto na decisão contra o Santos seria suicídio. O time da Baixada é bom e tem condições de ganhar da gente no Pacaembu. Vamos precisar de toda essa concentração pra garantir o título.
Falando no Santos, não pude ver a partida passada por motivos profissionais e preferi não fazer post em cima dos melhores momentos. Mas vale uns comentários. O Santos massacrou o Corinthians quase o tempo todo, pelo que vi. E ainda tem corintiano detonando Felipe pelo falha no gol. Se trocasse o goleiro, dava pra ter sido 5 a 3 para o Santos.
Mas o fato é que, novamente, o time jogou recuado e quase leva um chocolate. Quem salvou a pele de Mano Menezes, além de Felipe, foi Ronaldo. Não dá para não falar dos dois golaços feitos pelo centroavante. A matada de bola no primeiro e toda a jogada do segundo são alguns degraus acima do que se vê no futebol brasileiro. O craque fez a diferença e espero que continue fazendo.
Domingo é entrar jogando sério e pressionando o Santos, fazendo valer o fator casa. Mano Menezes que dê um jeito do pessoal não ficar “rebolando” de novo. E que bote o time pra frente. Outras idéias podem custar.

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 










