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Renato Augusto, o Zorro, jogou bem e resolveu mais uma (Felipe Gabriel/LancePress) |
Joguinho horroroso
entre Atlético PR e Corinthians, muito por conta da chuva torrencial
que acabou com o gramado na Vila Capanema. Especialmente no primeiro
tempo, porque no segundo os jogadores foram os maiores culpados pela
ruindade do que se viu.
O Atlético PR abriu o
placar no comecinho num belo passe de Paulo Baier, ele mesmo, para
Marcelo, melhor jogador paranaense. A jogada mostrou o caminho aos
donos da casa: um buraco no lado esquerdo da defesa alvinegra,
formado pela conjunção entre a lentidão de Paulo André, a falta
de ritmo de Maldonado (que recebe aqui o benefício da dúvida para
não ser chamado de grosso mesmo) e, principalmente, a fraqueza de
Fábio Santos na marcação. Por ali saíram as melhores chances
atleticanas.
Pareceu combinado: ao
gol, segui-se o aperto da chuva, rapidamente inutilizando o gramado.
A bola não corria, o pessoal escorregava, o jogo não fluía e isso
era muito bom para o Atlético PR.
O empate do Timão veio
de uma das poucas jogadas organizadas no primeiro tempo. Renato
Augusto arrancou pela esquerda e carregou a bola acossado por três
defensores até conseguir descolar um cruzamento para Pato, que
marcou seu décimo tento na temporada.
A segunda etapa trouxe
alguma esperança para o futebol, com o fim da chuva. Mas a drenagem
não conseguiu secar o campo e a coisa continuou feia, ainda que
menos ridícula. Quem se aproveitou foi o Atlético PR, que controlou
o meio campo e criou algumas chances, sempre no mesmo caminho
encontrado por Marcelo. Tite agiu para corrigir o problema trocando
Fábio por Alessandro, mostrando que lateral é um artigo cada vez
mais raro no futebol brasileiro – lembrado aqui que o titular da
lateral direita hoje é Edenilson, um meia adaptado. Antes, havia
invertido a zaga, mandando o rápido Gil para a esquerda ajudar na
cobertura da avenida Fábio. A combinação ajudou bem e travou o
jogo.
As outras mexidas de
Tite foram curiosas: tirou os dois atacantes que tinha em campo,
Romarinho e Pato, por Ibson e Douglas, meias. Acredito que o
diagnóstico foi correto: o time não tinha toque de bola nem
armação. Mas a solução foi, no mínimo, heterodoxa – e não
muito funcional. Ficou 1 a 1, num jogo chato e esquecível.
Reforços
Um aparte para os dois
principais reforços do Corinthians para a temporada, Renato Augusto
e Pato. O primeiro é mais fácil de analisar: sempre que entrou
jogou bem e se machucou logo depois de ganhar a titularidade ainda no
Paulistão. Mais uma vez, resolveu um jogo complicado. Questão de
ganhar sequência.
Pato é um pouco mais
complicado. Chegou a ser titular ao lado de Guerrero na mesma época,
mas passou por um jejum no Brasileirão
e perdeu espaço para Sheik. Muita gente já chama o rapaz de mico,
de fracasso, de dinheiro jogado fora. Mas cabe aqui dizer: ele já
fez 10 gols na temporada e é o vice-artilheiro do time, atrás
apenas de Guerrero, com 13 gols, e bem à frente de Danilo (6),
Paulinho (5), Romarinho (4) e Sheik (3) - dados do confiável parceiro
Retrospecto Corintiano.
Este último, que é o
concorrente direto pela vaga, jogou muito bem contra o São Paulo na
quarta e sempre ajuda muito o time – mas faz poucos gols. Pato, ao
contrário, se mexe menos, marca pior, parece fugir de divididas –
mas bota a bola pra dentro. Na minha cabeça, é titular.