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domingo, julho 21, 2013

Atlético PR e Corinthians empatam, mas chuva dá goleada

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Renato Augusto, o Zorro, jogou bem e resolveu mais uma (Felipe Gabriel/LancePress)
Joguinho horroroso entre Atlético PR e Corinthians, muito por conta da chuva torrencial que acabou com o gramado na Vila Capanema. Especialmente no primeiro tempo, porque no segundo os jogadores foram os maiores culpados pela ruindade do que se viu.

O Atlético PR abriu o placar no comecinho num belo passe de Paulo Baier, ele mesmo, para Marcelo, melhor jogador paranaense. A jogada mostrou o caminho aos donos da casa: um buraco no lado esquerdo da defesa alvinegra, formado pela conjunção entre a lentidão de Paulo André, a falta de ritmo de Maldonado (que recebe aqui o benefício da dúvida para não ser chamado de grosso mesmo) e, principalmente, a fraqueza de Fábio Santos na marcação. Por ali saíram as melhores chances atleticanas.
Pareceu combinado: ao gol, segui-se o aperto da chuva, rapidamente inutilizando o gramado. A bola não corria, o pessoal escorregava, o jogo não fluía e isso era muito bom para o Atlético PR.

O empate do Timão veio de uma das poucas jogadas organizadas no primeiro tempo. Renato Augusto arrancou pela esquerda e carregou a bola acossado por três defensores até conseguir descolar um cruzamento para Pato, que marcou seu décimo tento na temporada.

A segunda etapa trouxe alguma esperança para o futebol, com o fim da chuva. Mas a drenagem não conseguiu secar o campo e a coisa continuou feia, ainda que menos ridícula. Quem se aproveitou foi o Atlético PR, que controlou o meio campo e criou algumas chances, sempre no mesmo caminho encontrado por Marcelo. Tite agiu para corrigir o problema trocando Fábio por Alessandro, mostrando que lateral é um artigo cada vez mais raro no futebol brasileiro – lembrado aqui que o titular da lateral direita hoje é Edenilson, um meia adaptado. Antes, havia invertido a zaga, mandando o rápido Gil para a esquerda ajudar na cobertura da avenida Fábio. A combinação ajudou bem e travou o jogo.

As outras mexidas de Tite foram curiosas: tirou os dois atacantes que tinha em campo, Romarinho e Pato, por Ibson e Douglas, meias. Acredito que o diagnóstico foi correto: o time não tinha toque de bola nem armação. Mas a solução foi, no mínimo, heterodoxa – e não muito funcional. Ficou 1 a 1, num jogo chato e esquecível.

Reforços

Um aparte para os dois principais reforços do Corinthians para a temporada, Renato Augusto e Pato. O primeiro é mais fácil de analisar: sempre que entrou jogou bem e se machucou logo depois de ganhar a titularidade ainda no Paulistão. Mais uma vez, resolveu um jogo complicado. Questão de ganhar sequência.


Pato é um pouco mais complicado. Chegou a ser titular ao lado de Guerrero na mesma época, mas passou por um jejum no Brasileirão e perdeu espaço para Sheik. Muita gente já chama o rapaz de mico, de fracasso, de dinheiro jogado fora. Mas cabe aqui dizer: ele já fez 10 gols na temporada e é o vice-artilheiro do time, atrás apenas de Guerrero, com 13 gols, e bem à frente de Danilo (6), Paulinho (5), Romarinho (4) e Sheik (3) - dados do confiável parceiro Retrospecto Corintiano.

Este último, que é o concorrente direto pela vaga, jogou muito bem contra o São Paulo na quarta e sempre ajuda muito o time – mas faz poucos gols. Pato, ao contrário, se mexe menos, marca pior, parece fugir de divididas – mas bota a bola pra dentro. Na minha cabeça, é titular.

quinta-feira, março 14, 2013

Corinthians ganha fácil do Tijuana no toque de bola de Renato Augusto

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Renato Augusto mandou bem. Pato marcou, mas saiu machucado (Foto: Reuters)
O Pacaembu e 33 mil pessoas novamente admitidas viram uma vitória tranquila do Corinthians sobre o Tijuana, do México, por 3 a 0 e gol mal anulado de Guerrero. A vitória sem sustos sobre um rival até então com 100% de aproveitamento ajuda a consolidar o novo esquema de jogo corintiano, com mais toque de bola e uma dupla de ataque letal.

O destaque do jogo foi Renato Augusto, cada vez mais entrosado com Danilo, Paulinho e Alessandro. Jogando pelo lado direito, as tabelas do meia novato com o camisa 2 e o 8 renderam dois gols, um de Pato e um de Guerrero. A segunda etapa começa com o Tijuana mais adiantado, pressionando para buscar o empate. Foram alguns chutes a gol até Tite reorganizar a marcação para anular a substituição feita pelo elegante  Antonio R. Mohamed (assim que achar uma foto acrescento aqui). Depois disso, o Timão botou a bola no chão e a partida de novo no bolso, até sair o gol de Paulinho, em jogada ensaiada que começa com cruzamento de Renato Augusto, sempre ele.

Interessante a mudança de estilo do time. Ano passado, os melhores momentos do Corinthians aconteciam com a marcação obsessiva na saída de bola adversária, encaixotando os pobres em sua zaga e controlando o jogo sem necessariamente ter a posse da pelota. Como isso cansa, volta e meia o time voltava e era pressionada, aproveitando a velocidade de Emerson, Jorge Henrique ou Romarinho para resolver o pepino. Era um time forte, mas que criava poucas chances de gol, e menos ainda trabalhando a bola. Durante o Brasileirão, a entrada de Douglas ao lado de Danilo deu mais fluência no passe, mas ainda eram poucas as tabelas, enfiadas e tal e coisa.

O novo time parece ter acrescentado de vez a cadência no repertório para controlar o jogo. Renato Augusto, Danilo e Paulinho tocam a bola com grande facilidade, com auxilio dos laterais e de um surpreendente Ralph, que mais adaptado à liberdade um pouco maior que ganha no novo arranjo vem acertando passes e viradas de jogo muito bacanas sem perder força na marcação. Assim, aparecem tabelas e jogadas bem tramadas, como as dos dois primeiros gols e outras. Pra completar, temos Pato e Guerrero com uma média de gols que o ataque alvinegro não vê faz um bom tempo, acostumado a ter Paulinho e até Chicão entre seus artilheiros. Quando azeitar o entrosamento e todo mundo estiver nos cascos fisicamente, tende a ser um time mais gostoso de ver que o do ano passado sem perder em eficiência.

Um ponto aqui é saber o que houve com Pato, que pediu pra sair lá pelos 25 do primeiro tempo. Segundo comentários do preparador físico, ele sentiu um desconforto muscular e a opção foi tirá-lo para evitar algum problema mais grave. Exames mostrarão amanhã o que pega, se é que pega alguma coisa. Seria uma pena o cara se machucar. Essa já foi a maior sequencia de jogos dele desde 2009, com 11 partidas, seis delas como titular, e quatro gols marcados. O que falta ainda é começarem a aparecer algumas jogadas daquelas que resolvem o jogo. Acredito que seja questão de tempo, entrosamento e segurança em suas condições físicas - o que seria bem abalado se rolar mais uma contusão agora.

quinta-feira, abril 30, 2009

Corinthians "rebola" e perde invencibilidade

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“O time entrou rebolando”, reclamou Mano Menezes no intervalo da partida Atlético PR 3 x 2 Corinthians, na Arena da Baixada. No momento do comentário do treinador gaúcho, o jogo estava 2 a 0 para o Furacão, fora o baile. E pra fechar a tragédia, quem dava os melhores passos no salão era Rafael Moura, o famigerado He-Man (que já fez comentários sobre economia aqui), autor de um gol de cabeça e do passe para o tento de Wallyson (o filho de Wally, que foi encontrado em um boteco obscuro de Curitiba, segundo fontes).

A tal “rebolada”, traduzida do gauchês, é o tal do salto alto. E Mano tinha razão de reclamar. O Corinthians entrou nitidamente desconcentrado, o que bateu com minha própria atitude: liguei a TV pra ver uma vitória, com gols de Ronaldo, não para ver um jogo difícil. Quando percebi, já tava 3 a 0 no início do segundo tempo e a classificação estava indo pro saco. Pra piorar, a notícia de que Ronaldo, que não voltou para a segunda etapa, tinha suspeita de haver quebrado uma costela. Perdia-se a classificação, a moral e o craque do time.

O time só acordou a partir da metade do segundo tempo, quando colocou a bola no chão e tocou a bola. As chances começaram a aparecer. Chicão bateu penalti questionável sofrido por Morais e a bola bateu nas duas traves e voltou, coilocando o fator zica na noite já trágica.

Depois de apresentar o pior cenário possível, a sorte começou a virar. Mas só aos 41 minutos. Christian acertou um petardo numa bela cobrança de falta e tornou mais possível buscar o resultado no Pacaembu. E aos 47 minutos, Dentinho aproveitou cruzamento de Alessandro para fazer 3 a 2 e deixar a classificação a uma vitória simples em casa de distância. Ufa!

Atuações

Duas coisas ficaram claras pra mim no jogo dessa noite. Primeiro, que Chicão, que é um baita zagueiro, não sabe marcar bola cruzada na área. É a terceira vez que vejo ele olhar só para a bola, tentando cortar o cruzamento, e deixar o atacante sozinho pra cabecear. Hoje o presenteado foi o He-Man, nas ioutras vezes foi o zagueiro Miranda, no primeiro jogo da semi-final do Paulista contra o São Paulo.

A outra constatação é que Alessandro faz falta ao time. Com Fabinho em seu lugar, não tem saída de bola pela direita, a bola fica menos tempo rodando no meio campo, as jogadas pelo lado funcionam bem menos e mesmo a marcação fica prejudicada. Não imaginava que o lateral viria a ter essa importância, que talvez venha mais da noção tática do que da habilidade do jogador.

Isso me leva a terceira constatação: o time só funciona quando está muito focado. A força do Corinthians vem da aplicação, da entrega dos jogadores. Se entra fora de foco, não funciona. Não tem craque no Timão, com a exceção do Gordo. Que, aliás, não quebrou nada e pega o Santos domingo.

O lado bom

Se o jogo tivesse terminado 3 a 0 não teria como dizer isso, mas sendo otimista, é possível dizer que a derrota veio em bom momento. Entrar com esse salto alto na decisão contra o Santos seria suicídio. O time da Baixada é bom e tem condições de ganhar da gente no Pacaembu. Vamos precisar de toda essa concentração pra garantir o título.

Falando no Santos, não pude ver a partida passada por motivos profissionais e preferi não fazer post em cima dos melhores momentos. Mas vale uns comentários. O Santos massacrou o Corinthians quase o tempo todo, pelo que vi. E ainda tem corintiano detonando Felipe pelo falha no gol. Se trocasse o goleiro, dava pra ter sido 5 a 3 para o Santos.

Mas o fato é que, novamente, o time jogou recuado e quase leva um chocolate. Quem salvou a pele de Mano Menezes, além de Felipe, foi Ronaldo. Não dá para não falar dos dois golaços feitos pelo centroavante. A matada de bola no primeiro e toda a jogada do segundo são alguns degraus acima do que se vê no futebol brasileiro. O craque fez a diferença e espero que continue fazendo.

Domingo é entrar jogando sério e pressionando o Santos, fazendo valer o fator casa. Mano Menezes que dê um jeito do pessoal não ficar “rebolando” de novo. E que bote o time pra frente. Outras idéias podem custar.