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quinta-feira, novembro 19, 2015

O brio que pode determinar o título da Copa do Brasil

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Segundo o Dicionário Michaelis (versão online), brio significa, entre outras coisas, "sentimento da própria dignidade; ânimo esforçado; coragem, valentia". A história do futebol registra muitos casos em que isso determinou viradas, vitórias e conquistas inimagináveis. Pois esse brio foi despertado, ontem, na equipe do Palmeiras, ao conquistar um empate heroico e improvável com o Atlético-PR, em Curitiba, aos 49 minutos do segundo tempo. Num jogo emocionante, marcado por arbitragem polêmica e muitas confusões, o alviverde paulistano teve dois jogadores expulsos mas, ainda assim, partiu com tudo pra cima do adversário, na base da raça, e arrancou uma improvável igualdade no placar (em 3 x 3). Deu pra notar, na indignação e na determinação de cada palmeirense em campo, o chamado "sangue nos olhos", a fagulha que faltava pra incendiar um time que, até aqui, fez uma temporada vacilante, instável e apática, apesar das contratações feitas.


Enquanto assistia esse jogo, lembrei de outro, de 13 anos atrás. No Campeonato Brasileiro de 2002, o São Paulo, treinado por Oswaldo de Oliveira, engatou uma série espetacular de dez vitórias na primeira fase e tornou-se favorito ao título. A quarta dessas vitórias consecutivas ocorreu na 13ª rodada, contra o Santos, no Morumbi. Assim como o de ontem, foi um jogo marcado por arbitragem polêmica e confusões: três jogadores expulsos (dois do São Paulo), repetição de cobrança de pênalti após Rogério Ceni ter se adiantado para fazer a defesa, provocação do meia santista Diego, que foi comemorar seu gol sobre o símbolo do São Paulo e despertou a revolta de Fábio Simplício, e, no fim, um pênalti duvidoso que fez o Tricolor vencer por 3 x 2. Pois arrisco a dizer que essa derrota foi o que acendeu o brio do Santos - e que foi preponderante para que o time eliminasse o favorito São Paulo um mês depois, nas oitavas-de-final, ganhando corpo para seguir vencendo até o título.


Por isso, mudei minha opinião sobre a decisão da Copa do Brasil, que será disputada entre Palmeiras e Santos. Até ontem, o alvinegro praiano me parecia favorito absoluto, não só pelo excelente futebol apresentado neste segundo semestre, muito por responsabilidade do técnico Dorival Júnior, mas também pela apatia e instabilidade do time palmeirense. Só que, para mim, a partida heroica contra o Atlético-PR mudou esse panorama. Se o Palmeiras ficou mesmo "mordido" com os acontecimentos de ontem, em Curitiba, e permanecer "mordido" ao entrar em campo contra o Santos, na Vila Belmiro, poderá conquistar um resultado confortável - um empate ou mesmo uma derrota por diferença mínima e com gols fora de casa - para partir com tudo na última partida decisiva, jogando em seu estádio lotado. Porque o Santos, ao contrário, segue tranquilo, relaxado e confiante no (consistente) futebol que vem jogando. E isso pode ser muito perigoso... Veremos.

quinta-feira, outubro 29, 2015

Alô, alô, freguesia!

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Há 13 anos, o São Paulo não disputa "mata-mata" com o Santos; só "morre-morre":


BRASILEIRÃO DE 2002 - Oitavas-de-final
Santos 3 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)
São Paulo 1 x 2 Santos (Morumbi)

SUL-AMERICANA DE 2004
Santos 1 x 0 São Paulo (Vila Belmiro)
São Paulo 1 x 1 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2010 - Semifinais
São Paulo 2 x 3 Santos (Morumbi)
Santos 3 x 0 São Paulo (Vila Belmiro)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2011 - Semifinal
São Paulo 0 x 2 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2012 - Semifinal
São Paulo 1 x 3 Santos (Morumbi)

CAMPEONATO PAULISTA DE 2015 - Semifinal
Santos 2 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)

COPA DO BRASIL DE 2015 - Semifinais
São Paulo 1 x 3 Santos (Morumbi)
Santos 3 x 1 São Paulo (Vila Belmiro)


Reparem que, nesses 11 confrontos decisivos, o São Paulo não venceu UM jogo sequer. Foram DEZ vitórias (inapeláveis) do Santos, dentro ou fora de casa, e apenas um empate. E mais: daquele ano de 2002 pra cá, foram disputados exatos 50 clássicos entre os dois clubes, com 24 vitórias do Santos, 17 do São Paulo e 9 empates. Ontem, o Peixe só precisou jogar bola por meros 23 minutos para fazer 3 x 0, sem o menor esforço. Depois, descansou (dando-se ao luxo de desperdiçar displicentemente outras chances claras de gol entregues pelo São Paulo e nem se importando com o "gol de honra" do adversário). Surra, sova, show de bola. E a suprema humilhação: cansado de ser vazado e/ou com medo de placar ainda mais elástico, Rogério Ceni, o "mito" (ou mico?) saiu no intervalo, sendo substituído por Denis. O ídolo sãopaulino vai se aposentar sem um título de despedida. E o São Paulo continua sendo o único dos "grandes" paulistas sem o troféu da Copa do Brasil. Sem mais.

quinta-feira, agosto 27, 2015

09, 10, 11 e 12 são dezenas do burro

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Com um pênalti mandrake, uma expulsão providencial e um "pombo sem asa", de fora da área, do Thiago Mendes, o São Paulo eliminou o Ceará na Copa do Brasil e deu alguma sobrevida ao técnico Juan Carlos Osorio. Mas ele - sabiamente - ainda não descartou a oferta da seleção mexicana (que, curiosamente, também foi atrás do Muricy Ramalho em 2008). A melhor definição que vi sobre a situação do treinador sãopaulino - e a draga que é a equipe que ele comanda - foi a de um torcedor, numa rede social: "Para o bem do time, tem que ficar. Mas, para o bem dele próprio, tem que ir embora!"

Cabe aqui registrar, também, o que o Chico Palhares me disse sobre o técnico do São Paulo:

- Parece aqueles bicheiros de antigamente, que ficavam anotando jogo na esquina!

Pois é: fica anotando coisas pro Pato, pro Ganso - e depois ainda ouve a côro de "burro" da torcida! Só resta saber que bicho vai dar nesse fim de temporada futebolística...


segunda-feira, agosto 18, 2014

Definidos os jogos das oitavas de final da Copa do Brasil. Confira

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Sorteio realizado há pouco na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil. Os mandos de campo serão sorteados às 14h. Confira abaixo os duelos:

Grêmio X Santos



Botafogo X Ceará



Cruzeiro X Santa Rita-AL



Vasco X ABC-RN



Flamengo X Coritiba



Atlético-PR X América-RN



Atlético-MG X Palmeiras



Corinthians X Bragantino


sexta-feira, agosto 15, 2014

Vida buena

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Enquanto o time do São Paulo segue acumulando vexames imperdoáveis, como o 3 x 1 que tomou do Bragantino (que está na zona de rebaixamento do Brasileiro da Série B) em pleno Morumbi, sendo eliminado precocemente da Copa do Brasil, as falácias sobre "melhor elenco do Brasil", "time de galáticos", "favorito ao título nacional" e "exemplo de gestão e de administração" ficam ainda mais constrangedoras quando atentamos para algumas notícias recentes sobre o clube. Sinais de que as coisas nem de longe são tão maravilhosas como tentam nos fazer acreditar: o patrocinador master desistiu; logo, a diretoria já começou a atrasar salários; logo, a matemática financeira implora pela (surpreendente e inacreditável) venda do lateral-direito Douglas para o Barcelona para respirar um pouco no fechamento das contas - mas a transação corre o risco de não acontecer.

Pra complicar ainda mais, a grave lesão do volante Rodrigo Caio, que operou o joelho e só volta em 2015, implodiu uma transferência quase certa para o futebol europeu, que também era dada como certa para ajudar no pagamento dos salários proibitivos de Alexandre Pato, Alan Kardec, Kaká & cia. Curiosamente, prestes a perder um lateral-direito e sem muitas opções para substituí-lo (Luís Ricardo foi um dos piores em campo na eliminação contra o Bragantino e o jovem Auro ainda não inspira confiança), o São Paulo contratou um... lateral-esquerdo (!). O canhoto Michel Bastos chegou para disputar vaga onde Álvaro Pereira já é titular absoluto e Reinaldo, o reserva, teve contrato renovado por 4 anos. Qual torcedor sãopaulino consegue entender essas vendas, compras e renovações? Mas o mais incrível é que existe um quarto lateral-esquerdo no clube: Clemente Rodríguez.

Materinha do site Gazeta Esportiva revela a "vida buena" do argentino, que foi comprado do Boca Juniors em junho do ano passado e fez apenas três partidas como titular, sendo expulso logo na estreia. Afastado do elenco principal desde abril deste ano, Clemente ganha R$ 150 mil mensais para não fazer absolutamente nada além de cumprir um burocrático expediente de exercícios com a garotada das categorias de base, no Centro de Treinamentos de Cotia. A notícia compilou alguns momentos do lateral postados por ele e pela namorada no Instagram, "curtindo a vida adoidado", enquanto o São Paulo passa vexame em cima de vexame - eliminações para a Ponte Preta na Sul-Americana, para o Penapolense no Paulistão e para o Bragantino na Copa do Brasil - e a diretoria se vê em apuros para honrar seus pesados compromissos financeiros ou reforçar a defesa.

Clemente trocando lâmpada, curtindo onda de D-Jay, tomando sol na praia, tirando foto com a garotada, experimentando roupas caras e tomando champagne fino e dando voltas de jet ski nos EUA: vida buena



Essa é mais uma prova de que, no São Paulo, tudo está muito "certo como 2 e 2 são 5"...

quinta-feira, abril 10, 2014

O time do São Paulo é a cara do Juvenal Juvêncio

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E de "Soberano" não tem nada. Prova disso foi o sufoco que tomou na segunda metade do primeiro tempo, ontem, em pleno Morumbi, contra o "portentoso" CSA, pela Copa do Brasil. Aliás, naquele momento, houve um pênalti claro para o time alagoano, não marcado, que poderia ter igualado o placar em 1 a 1. Entra ano, sai ano, entra campeonato, sai campeonato, entra técnico, sai técnico, entra jogador, sai jogador, e o São Paulo Futebol Clube continua o mesmo: apático, sorumbático, descoordenado, sem rumo, sem padrão, sem planejamento, sem saída. Ou seja, a cara daquele que o governa por 8 longos e tenebrosos anos: Juvenal Juvêncio. São Paulo que não joga nada e Juvenal que só faz besteira: Criador e Criatura.

Simbolicamente, como "homenagem" ao nefasto mandatário, que ontem viu o último jogo do clube como seu presidente, os jogadores vestiram máscaras com reprodução de sua face. Tirando a vergonha alheia e o constrangimento (pra não dizer "assédio moral"), nada mais justo que essa manifestação "espontânea" do elenco. Juvenal Juvêncio é o responsável por contratar esse "catado" que, invariavelmente, joga mal. Que o torcedor não consegue nem escalar de cabeça - e, quando faz isso, entra em desespero ou fica deprimido. Mas, acima de tudo, é o presidente que mais fez besteira, no menor prazo possível, e que afundou o São Paulo na pior crise de sua História, em 2013, a ponto de quase cair para a Série B do Brasileirão.

Brigou com Corinthians e Palmeiras e perdeu a grana do aluguel dos Morumbi para esses clubes; perdeu a abertura da Copa em seu estádio; perdeu o patrocínio da LG; implodiu o Clube dos 13 e minguou a verba da TV para o São Paulo; provocou um êxodo de pratas-da-casa, como Oscar, e também de profissionais como Carlinhos Neves e Turíbio Leite; deu um golpe no estatuto para se perpetuar no poder, etc etc etc. Não vou me alongar, já fiz isso aqui neste blog (leia aqui). Porém, graças a Alah, Buda, Deus, Jesus, Krishna, Moisés, Mussum, Oxalá, seu mandato será encerrado no próximo dia 16. ALELUIA! AMÉM! SHALOM! SARAVÁ! Que o lixo da História te receba em boa hora, Juvenal Juvêncio. E que, mesmo que Carlos Miguel Aidar não seja nenhuma Brastemp e consiga melhorar só 10% do que está aí, já será uma dádiva.

E para que Nação Tricolor, finalmente, deixe de ficar com cara de idiota no fim de todo campeonato. VAMO, SÃO PAULO!

quarta-feira, março 12, 2014

'Danonezinho'

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Aloísio, Muricy e Milton Cruz durante treino do São Paulo em Maceió
Que o Muricy Ramalho gosta de "molhar a palavra", não resta dúvida (vide episódio da caipirinha no seu acerto com o Santos ou o da cerveja durante as férias compulsórias após sair daquele clube). Por isso mesmo, o treinador vai aproveitar a passagem por Maceió, onde o São Paulo enfrenta o CSA hoje, em sua estreia na Copa do Brasil, para dar mais um tapa na goela. E seu companheiro de copo, dessa vez, será o folclórico centroavante Aloísio Chulapa, que apareceu no treino de ontem do Tricolor, na capital alagoana, para reencontrar o "patrão" Rogério Ceni e os ex-comandantes Muricy e Milton Cruz. Quem relata é o repórter Bruno Quaresma, do jornal Lance!:

Conversou com o Muricy?
Aloísio Chulapa - Quando saí [do São Paulo], ele me falou foi que quando viesse para Alagoas queria tomar um "danonezinho", que é cerveja com colarinho. Graças a Deus chegou essa oportunidade.


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Rogério Ceni, um fã e a placa do Bolsa Família: parecia propaganda
POST SCRIPTUM - Ainda sobre Aloísio Chulapa e a viagem do São Paulo à Alagoas, vi depois de fazer esse post que ele levou o Rogério Ceni para sua cidade natal, Atalaia, a 68 quilômetros de Maceió, para inaugurar uma escolinha de futebol. O curioso foi ver que, involuntariamente (óbvio!), o goleiro sãopaulino, que nutre notória e pública admiração pelo PSDB e por José Serra, posou para uma foto com uma placa gigante do Bolsa Família ao fundo. Para refrescar a memória, reproduzo declarações de Ceni e do político tucano sobre o programa do governo federal (que injetou R$ 2,1 bilhões na economia brasileira em fevereiro deste ano e que recentemente foi considerado "exemplo de erradicação de pobreza" pela ONU):

"A pessoa raciocina assim: eu tenho o Bolsa Família, o Bolsa Escola, isso me dá cento e tantos reais, então eu prefiro ficar em casa do que arriscar, do que ter que trabalhar. (...) Eu vejo isso como um fator determinante para o não crescimento do nosso país." (entrevista de Rogério Ceni ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em 30/10/2006)

"Bolsa Família não é a solução. Ele estaciona. Para a pessoa subir na vida precisa mais do que isso. Não se fez inovação nenhuma." (entrevista de Serra à Rádio Metrópole, de Salvador, em 06/08/2013)

terça-feira, maio 07, 2013

Torcedor do Galo move ação contra arbitragem

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Simon: apito amigo botafoguense
Coisa inédita: um torcedor do Atlético-MG reclamando de arbitragem! Mas a causa é justa: depois de o árbitro Carlos Eugênio Simon ter admitido que errou ao não marcar um pênalti escandaloso sofrido pelo Galo em 2007, em partida contra o Botafogo-RJ que selou a desclassificação do clube mineiro da Copa do Brasil, um atleticano resolveu pedir na Justiça indenização por danos morais. De acordo com o site Terra, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar hoje o processo.

O autor da ação - que é advogado - afirma que o caso deve ser tratado sob as cláusulas que protegem o direito do consumidor e que a CBF deve responder pelos atos de seus prepostos, já que fornece o "produto", ou seja, o jogo de futebol - se analisarmos a qualidade do "produto" nas últimas temporadas, pode configurar até fornecimento de droga.... Porém, o torcedor perdeu a ação em primeira e segunda instâncias: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou que o erro não gera para o torcedor-consumidor qualquer direito de cunho moral ou muito menos material e que a CBF, ao organizar as partidas, não se compromete a conseguir resultados favoráveis a qualquer dos times.

Insistente, o torcedor entrou então com um recurso especial dirigido ao STJ. O ministro Luis Felipe Salomão determinou a subida do recurso ao STJ para um melhor exame, já que há "peculiaridades" no processo. Acho que por "peculiaridade" podemos entender descaramento, pois não há a menor dúvida de que o pênalti não marcado aconteceu. No lance, dentro da área do Botafogo, o jogador Alex derruba sem dó o meio-campista Tchô, do Atlético-MG. Vale a pena ver de novo (no vídeo abaixo, a partir de 02:03):


quarta-feira, abril 17, 2013

Naviraiense - rumo a Tóquio 2025

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Foto do Twitter do Alon Feuerweker
O título do post diz respeito a esse cartaz aí do lado, levado por um dos torcedores do time do Mato Grosso do Sul que enfrentou quinze horas de estrada pra chegar a São Paulo. Aliás, segundo reportagem da Rádio Globo, esses abnegados teriam rifado uma cama para alugar o ônibus e vir até a capital paulista ver seu time eliminar a Portuguesa, com um empate em 1 a 1.

"Ah, mas a Portuguesa tá mal mesmo". Sim, na Série A-2 do campeonato paulista, tomou de 7 a 0 do Comercial no fim de semana. Mas é uma equipe de Série A do Brasileiro e pegou um adversário que ficou famoso no Brasil por tomar um 10 a 0 do Santos em 2010. É um zebrão que levou o nome do clube aos trending topics mundiais. E leva a crise lusa para além da estratosfera.

O Naviraiense jamais tinha avançado à segunda fase. Dos times do estado, o que conseguiu melhor desempenho no torneio foi o Operário, que chegou às quartas-de-final em 1990, sendo desclassificado pelo Linhares-ES. Agora vai pegar o Paysandu.

E a façanha dos sul-matrogorossenses anima também o Remo e Flamengo-PI, que enfrentam amanhã Flamengo e Santos pela Copa do Brasil. É bom os favoritos botarem as barbas de molho, ainda que um milagre desses seja difícil de se repetir (espero, pelo menos, no caso do Peixe).

quarta-feira, abril 10, 2013

Quem é o Flamengo do Piauí, adversário do Santos na Copa do Brasil

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Para falar do Flamengo local, que, ao contrário do co-irmão carioca, está bem na luta pelo estadual, é preciso falar dos clubes do Piauí, que não têm tido grande destaque no cenário nacional há algum tempo. Desde 1986, ano da última participação de um time do estado na primeira divisão com o Piauí Esporte Clube, as equipes dali não alcançam chegar sequer à segunda divisão nacional. Assim, a Copa do Brasil se torna o espaço onde conseguem enfrentar os grandes do país.

Desde a criação do torneio, em 1989, dez clubes do Piauí já a disputaram. O Flamengo é quem tem mais participações; com a de 2013, são nove. O Parnahyba, outro representante piauiense em 2013, River, 4 de Julho, Barras, Piauí, Picos, Comercial, Caiçara e Cori-Sabbá são os outros que já disputaram a Copa do Brasil.

O cartel de todos eles é pouco invejável. Em 80 jogos, são 57 derrotas, 11 empates e 12 vitórias. O clube que mais venceu foi justamente o Flamengo, com 6 triunfos. É também o único que conseguiu avançar de fase. Em 2001, chegou até as oitavas de final, vencendo duas vezes o Moto Club do Maranhão por 2 a 1 e desclassificando o Sport com uma vitória por 2 a 0 e uma derrota de 1 a 0. Mas não resistiu ao Corinthians sofrendo duas derrotas, 8 a 1 e 3 a 0. Já em 2002, avançou à segunda fase passando pelo Independente-AP, empate em 1 a 1 fora de casa e vitória por 1 a 0 em seus domínios. A desclassificação aconteceu em uma única partida, derrota por 5 a 0 para o São Paulo.

Jogos entre Flamengo-PI e Santos

Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso
Aílton Lira, artilheiro daquele amistoso
Flamengo-PI e Santos se enfrentaram somente uma vez, em um amistoso disputado em 8 de dezembro de 1976, em Teresina. Era o aniversário do clube piauiense e, diante de 10.116 pessoas no mesmo Albertão (estádio Alberto Silva) em que será jogada a partida de quarta-feira, o Peixe venceu por 4 a 2, com dois gols de Aílton Lira, um de Julinho e um de Jorginho Maravilha, com Zé Duarte como treinador.

A única vez em que o Peixe enfrentou uma equipe do Piauí oficialmente foi justamente na última participação de um clube do estado na primeira divisão nacional, em 1986. O Santos foi a Teresina e venceu o Piauí, no Albertão, por 2 a 0, dois gols de Dino Furacão. O atacante, aliás, como lembra este post do Terceiro Tempo, se notabilizou na goleada peixeira sobre o Naútico em setembro, no mesmo Brasileiro de 1986, quando marcou quatro dos cinco gols de um 5 a 0 na Vila Belmiro.

O time piauiense terminou no grupo C daquele confuso Brasileiro com uma vitória, um empate e oito derrotas, Chico Formiga estava à frente do Peixe na ocasião. Em sua última peleja pelo campeonato piauiense, o Flamengo venceu o 4 de julho por 3 a 1, ficando muito perto de assegurar uma vaga para as semifinais da competição e, para o duelo contra o Santos, foram colocados 40 mil ingressos à venda. O jogador mais conhecido do rubro-negro já jogou na Vila Belmiro em 1998 e 1999. Trata-se de Lúcio Bala, atacante de 38 anos que atua pelo 21º clube de sua carreira, e deve estar em campo contra o Peixe na quarta.

Post adaptado do blogue Filho de Peixe. Original aqui.

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Corinthians fora da Copinha: mau augúrio para 2013?

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Leandro, bom centroavante (Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
Comecemos afirmando um fato importante mas muitas vezes negligenciado sobre as competições de categorias de base: o mais importante não é ganhar, mas revelar jogadores. Lendo agora, parece claro que tal fato é ignorado por soar muito como discurso de perdedor. Enfim, o fato é que, mesmo sendo eliminado pelo Bahia no jogo desta quarta, temos alguns bons jogadores no time, especialmente no ataque.

O destaque é Léo, que era Leonardo no ano passado. Sem ter completado ainda 18 anos, o jogador é habilidoso, rápido e inteligente. Pecou algumas vezes por ser muito fominha, o que vale para as outras duas boas revelações do time: o centroavante Leandro, artilheiro com seis gols, e o também atacante Paulinho, habilidoso e ainda mais esfomeado.

Isto posto, entremos em searas mais míticas. Corintianos da minha faixa etária criaram um certo misticismo em relação ao desempenho do time na Copinha. Essa visão, reforçada pelo ano quase perfeito de 2012, deve ter começado com o ano de 1995, quando o Timão levou o Paulista em final sobre o Palmeiras e a Copa do Brasil em cima do Grêmio – sem contar o primeiro título da Gaviões da Fiel no Carnaval. O ano começou com a vitória na Copa SP, terceiro dos oito conquistados pelo Timão, maior ganhador do torneio. Olhando os outros seis títulos, vemos que a mística é bastante questionável.

Começa que os dois primeiros foram em 1969 e 1970, no meio da enorme fila alvinegra. Nada de bons augúrios aí – o que fica ainda mais grave em 69, com a morte do lateral-direito Lidu.

Tudo bem, a coisa pode ter começado com o excelente ano de 1995. Pulando esse, vamos para 1999, excelente ano, do bicampeonato do Brasileirão e de mais um título do Paulistão em cima do Palmeiras, com o tempero especial das embaixadinhas de Edílson.

Até aqui, vamos bem. Mas depois vem 2004, quando o Timão foi salvo pelo então sãopaulino Grafite de um vexaminoso rebaixamento no Paulistão. A mística foi severamente abalada, mas o ano seguinte a revitalizou: novo título dos meninos e novo Brasileirão, com Tevez e Nilmar – e o saldo da parceria malfadada com a MSI. O último título comemorado no aniversário da capital paulista foi em 2009, quando levamos o Paulistão invicto e a Copa do Brasil, com show de Ronaldo.

O saldo é positivo para os supersticiosos: 3 anos ruins e 5 muito bons. Se avaliarmos que o feitiço, seja lá qual for, foi feito em 1995, fica 5 a 1. Não é pouco. Na dúvida,bato na madeira. E vou mudar um pouco o axioma do início do texto e torcer mais por vitórias da garotada.

sexta-feira, setembro 21, 2012

Palmeiras: três motivos para alento e para desespero

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O palmeirense precisa de alento. Mas tem motivos de sobra para o desespero. O Futepoca prefere, então, de forma democrática, oferecer tanto alguns fios de esperança aos alviverdes que compartilham a lanterna dos afogados na tabela quantos motivos para novas troças dos torcedores rivais.

Verde esperança em três tons

Exemplo do Fluminense de 2009
Foi há três anos. O Palmeiras era líder do campeonato, e o Fluminense vivia o drama das últimas posições. Em uma recuperação histórica e contrariando todos os prognósticos de bom senso, o Tricolor carioca escapou da degola em uma campanha de recuperação com 28 pontos somados em 13 jogos. O final feliz para os cariocas só aconteceu na última rodada, para desespero do então centenário Coritiba, que terminou rebaixado.

Quem diria que a previsão de fim do mundo em 2012 do 
calendário Maia aplicar-se-ia exclusivamente a palmeirenses. Na foto, a pirâmide Kukulkan

Basta ao time paulista, agora em 2012, somar 25 dos 39 pontos (64%) em disputa para o ano da conquista da Libertadores pelo Corinthians não se converter no pior ano da história da humanidade para os palestrinos. É desempenho de time campeão, que pode até não ser provável, mas não é impossível.

Catarinenses
Ainda em 2009, faltando as mesmas 13 rodadas para o final, o Fluminense tinha 18 pontos, dois a menos do que possui hoje o Alviverde outrora imponente. A "arrancada da virada" se iniciou contra uma equipe catarinense, a saber: o Avaí, por 3 a 2.

A próxima partida do Palmeiras acontece contra outro time barriga verde, desta vez o Figueirense. Vai que...

Primavera
O Flu chamou Cuca no início de setembro para comandar a recuperação. Igualmente, antes do início da primavera, dá-se a troca de comando no Palmeiras neste ano, com Gilson Kleina assumindo a direção (?) do time do banco de reservas. E a estação das flores pode ver o renascimento do futebol no Verdão neste ano.

Foto: mauroguanandi no Flickr 
Uma das poucas chances de ver Palmeiras bem na foto no ano

Tripé do desespero

Segundona na veia
Em 2005, o Santo André derrubou o próprio Palmeiras e o Flamengo na semi e na final da Copa do Brasil. Da Série B do Nacional, foi percorrer as Américas para participar da Libertadores. Fez papel coadjuvante, mas debutou na fórmula. Uma queda depois de garantida a vaga no torneio continental nem representaria, assim, feito inédito. Só seria uma reprise indigesta.

Maldição da semifinal da Copa do Brasil
Mais grave: desde 2004, entre os quatro semifinalistas da Copa do Brasil ou havia um representante da Segundona ou um dos quatro acabou caindo. Em 2012, só times da suposta elite, ou seja, a maldição do rebaixamento assombraria ao menos um dos quatro. A escrita não poderia ser riscada assim, sem mais nem menos. Qual uma maldição, recairá sobre o vencedor da competição o fardo de reequilibrar esse retrospecto?

Semifinalistas rebaixados
Ceará e Avaí – 2011
Vitória – 2010
Coritiba – 2009
Semifinalistas que não estavam na Série A
Corinthians - 2008
Brasiliense – 2007
Ipatinga – 2006
Paulista e Ceará – 2005
Santo André, XV de Novembro, Vitória (rebaixado) – 2004
Brasiliense – 2002

Retrospecto de Série B
Na Copa do Brasil, foram disputados 11 jogos. Se fosse no Brasileirão, valeriam 33 pontos. Desses, apenas quatro foram contra adversários da Série A. Para conquistar o título, foi preciso bem menos esforço de elite do que para se manter na primeira divisão do Brasileirão. Acreditar que um time manco poderia se dar bem em uma competição de pontos corridos é motivo de alegria para os adversários.

Por um triz

Pontuação de quem escapou da degola na era dos pontos corridos

Ano Pontos Time Aproveitamento
2011 43 Cruzeiro 37,7%
2010 42 Atlético-GO 36,8%
2009 46 Fluminense 40,4%
2008 44 Náutico 38,6%
2007 45 Goiás 39,7%
2006 44 Palmeiras 38,6%
2005 51 Ponte Preta 40,4%
2004 51 Botafogo 37,0%
2003 49 Paysandu 35,5%

* Até 2004, eram 24 clubes, o que correspondia a quatro jogos a mais. Em 2005, foram 22 participantes. Em 2003, foram dois rebaixados apenas.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Trolagem obrigatória: Santos de 2010 > seleção brasileira. China > Naviraiense

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Santos 10 X 0 Naviraiense, Copa do Brasil 2010. Muito mais engenho e arte que o jogo de hoje...

terça-feira, março 13, 2012

De olho na redonda - "vazamento de fezes", Adhemar e o meio milhão do Independente-PA

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Com o perdão dos leitores mais sensíveis desse espaço, mas a expressão “jogo de merda” ganha nova conotação depois da (não) partida Carapebus x Artsul, válida pela Série B do campeonato carioca de juniores. Segundo o blogueiro Bernardo Pombo, do Pombo Sem Asa, o jogo, que não foi realizado por falta de pagamento de taxas, teve uma súmula que relatava condições, no mínimo, peculiares.
Relata a súmula do árbitro Robson Pereira Martins que “nenhum membro da comissão técnica do Carapebus estava no campo de jogo”, sendo que “o campo da partida estava sem marcação. Já o vestiário estava “em péssimas condições de higiene, apresentando vazamento de fezes, lixo espalhado pelo chão, água suja e com forte odor”. Pessoal podia pelo menos caprichar na limpeza, já que o resto faltou tudo...

A volta de Adhemar

Quem não lembra de Adhemar, vice-campeão brasileiro em 2000 pelo São Caetano, clube pelo qual é o maior artilheiro da história? Bom, talvez muitos não se lembrem, mas, depois de sete anos de aposentadoria, ele volta aos gramados pelo Serrano, da 3ª divisão o campeonato carioca.
O atleta mora hoje em Porto Feliz, interior de São Paulo, e vai para o Rio apenas na sexta-feira, para jogar no domingo. Durante a semana, vai treinar às vezes com o time sub-20 do Desportivo Brasil, de sua cidade. "Mas já avisei para eles terem calma, não fazerem muita correria para cima de mim, afinal eu já tenho quase o dobro da idade deles, né?", disse ao G1.
Levemente fora de forma, ele já avisou que vai ter que readaptar seus hábitos alimentares. "De cem jogadores que param de jogar bola, 95 ficam gordos e apenas cinco levam uma vida regrada e saudável. Hoje eu estou entre os 95, mas vou trabalhar para entrar na estatística dos cinco. Já estou me preparando para voltar ao mundo das folhas verdes e do purê de batata. Aliás, acho que dá para rebocar uma parede inteira com purê de batata de tanto que eu já comi isso na vida", disse.
O Futepoca não confirma que purê de batata emagrece (talvez o fato de a pessoa estar enjoada a faça comer menos). Segundo este site, 100 gramas do prato têm 112 calorias. A quem interessar, aqui tem uma receita de purê light pra aliviar a culpa.

Independente-PA fatura com Copa do Brasil

Muitas vezes um time pequeno assegurar que exista partida de volta na Copa do Brasil é algo muito comemorado por jogadores, comissão técnica e diretoria. Mas o motivo não é apenas o fato de ir jogar em uma grande capital ou a questão moral de forçar um segundo jogo. A grana fala alto também.
O Independente de Tucuruí, na peleja em que perdeu de 1 a 0 para o São Paulo, garantiu que a arrecadação de R$ 469.340 ficasse inteira nos seus cofres. Caso tivesse sido derrotado pelo Tricolor, 60% da renda ficaria com a equipe paulista.
Somando-se a renda líquida do jogo (R$ 365.546,82) e a cota de participação no torneio (R$ 120 mil), a equipe paraense ficou com quase meio milhão de reais a mais na conta. O clube reservou R$ 50 mil de premiação para jogadores e comissão técnica, separou R$ 120 mil para despesas como transporte, hospedagem e alimentação, e, ainda sobraram R$ 315 mil que devem ser investidos em no projeto de um Centro de Treinamentos.

quarta-feira, março 07, 2012

Os "alternativos" da Copa do Brasil 2012

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E a Copa do Brasil já começou. A partida que terminou em 0 a 0 entre Boavista (RJ) e América (MG) abriu a segunda competição nacional mais importante que, pela última vez, não contará com os times que disputam a Libertadores.

Como em geral só se fala das equipes do mainstream do futebol brasileiro, vamos dar um panorama de como estão alguns dos clubes que são candidatos a zebra (animal que costuma dar as caras na competição) por meio de alguns dos parceiros do Série Brasil.

O ABC-RN enfrenta o Trem-AP e deve repetir a formação que empatou no campeonato potiguar contra o Corinthians local, sendo que a única mudança é o possível retorno do lateral-direito Murilo. Já pelo lado amapaense, o desentrosamento pode ser fatal para que a peleja seja única e encerre sua participação no torneio. O campeonato amapaense só tem início no dia 30 de março e em um recente amistoso contra o Paysandu o time levou um 3 a 0. O vencedor do confronto pega o melhor de Vitória e São Domingos-SE.
Estádio do Espigão, cidade em que teria nascido Mauro Beting

Por falar no Paysandu, a equipe paraense vai ter pela frente o Espigão-RO, de Espigão D'Oeste, cidade que tem menos de 30 mil habitantes. O esquadrão rondoniense é um clube novo, com três anos de vida, e participa pela primeira vez do torneio. Se resistir ao Paysandu, que conta com o meia Harison, ex-São Paulo, o clube de Rondônia enfrenta o vencedor de Sport e 4 de Julho-PI.

Clássicos

Um desavisado pode olhar a tabela da Copa do Brasil e pensar: um clássico local logo na primeira rodada? Mas o Náutico não vai enfrentar o Santa Cruz do seu estado, sim o xará do Rio Grande do Norte. O pernambucanos estão em terceiro no Estadual e não têm empolgado a sua torcida. Caso vençam, podem fazer, aí sim, um clássico regional com o Fortaleza, que enfrenta o Comercial-PI.

O rival do Náutico, Santa Cruz, vai a Manaus enfrentar o Penarol-AM. O Santinha, de Dênis Marques e dos ex-santistas Dutra, Geílson e Luciano Henrique, está preocupado com o clima da capital amazonense, o que motivou uma preparação especial dos atletas (não, não consta que houve qualquer hidratação etílica específica, leitor). O Penarol, que no último domingo perdeu a vaga para a final do 1º turno do Estadual para o para o Princesa, deve optar pela cautela. Em treino realizado ontem, segundo o Futebol do Amazonas Estatísticas, “o técnico Roberto Oliveira aproveitou para treinar exaustivamente o posicionamento da defesa e saída de contra-ataque, além de aperfeiçoar o toque de bola e finalização dos jogadores de frente”. Quem sair vitorioso pega o melhor da disputa entre Atlético-MG e Cene-MS.

O Sampaio Corrêa pega o Atlético-PR e terá novidades no ataque, em relação à equipe que derrotou o Maranhão no último fim de semana, com a entrada de Júnior Chicão. Como lembra o Maranhão Esportes, as duas equipes já se encontraram quatro vezes em competições nacionais, sendo que os paranaenses sempre levaram a melhor. Na Copa do Brasil de 2010, foram um empate e uma vitória atleticana em casa. No campeonato maranhense, o Sampaio vem de uma sequência de cinco vitórias consecutivas. Embalado.

Rogério Ceni vai pra Macapá?

Mais uma vez vamos fazer o exercício já realizado em 2011, em memória à declaração do humilde goleiro são-paulino que, depois de um jogo do Brasileiro de 2008, disse: "Com todo respeito à Copa do Brasil, mas eu não consigo me ver jogando em Macapá [capital do Amapá], e sim em Maracaibo".

O goleiro está contundido, mas nada impede que viaje com os companheiros de time para dar aquele apoio moral, né? Como no torneio de 2011, a chance do São Paulo ir a Macapá é se o Tricolor e o Trem-AP chegarem até as semifinais.

Veja outros times que podem surpreender na Copa do Brasil aqui

quinta-feira, junho 09, 2011

De 1 a 0 em 1 a 0, a liderança - após dois anos

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Assim como na partida contra o Figueirense, um gol solitário garantiu a (pra lá de suada) vitória do São Paulo contra o Atlético-MG, ontem, pela terceira rodada do Brasileirão. O belo chute do volante Casemiro (foto), no primeiro tempo, colocou o Tricolor na liderança do campeonato, o que não ocorria desde o segundo semestre de 2009. Mas a vida do São Paulo não foi fácil lá em Minas Gerais, muito pelo contrário. Tomou sufoco o jogo inteiro, bola na trave e várias chances reais de gol dos atleticanos - que, pra variar, devem estar reclamando muito da arbitragem, por conta de lances duvidosos em que o juiz preferiu não marcar pênalti.

O que ficou clara foi a inoperância do ataque sãopaulino. O gol surgiu num passe do (bom) volante Welington para o também volante Casemiro. O decantado Lucas perdeu dois gols feitos e sumiu, assim como o apagado Dagoberto. No final do segundo tempo, depois de meia hora de muita pressão do Atlético, Paulo César Carpegiani botou Marlos, que, mesmo com o pulmão zerado, não conseguiu prender a bola no ataque. Juan segue jogando muito mal e, na outra lateral, Jean quase não foi acionado. Rodrigo Souto prova que sua mente já deve estar em outro clube. E os saldos positivos, além da vitória e da liderança, foram a defesa, que mandou muito bem com Xandão e Luiz Eduardo (mais Bruno Uvini no final) e o fato de equipe já ter vencido duas vezes fora de casa, o que pode fazer diferença lá na frente. Mas é óbvio que, apesar das três vitórias, é muito, muito cedo pra qualquer prognóstico.



Ex-técnicos campeões
Demitido do São Paulo há dez meses, após a eliminação na Copa Libertadores contra o Internacional-RS, o técnico Ricardo Gomes (foto à esquerda) conquistou ontem, com o Vasco da Gama, a Copa do Brasil - o torneio que Carpegiani não conseguiu ganhar. Pelo critério de gols marcados fora de casa, a derrota por 3 a 2 para o Coritiba, no Paraná, foi suficiente para os vascaínos garantirem o título. Curioso é que o antecessor de Gomes no São Paulo, Muricy Ramalho (à direita), levou o Santos ao título paulista deste ano e está a dois passos de vencer a Copa Libertadores, contra o uruguaio Peñarol. Vale lembrar que o técnico "tampão" que comandou o São Paulo entre Gomes e Carpegiani, Sérgio Baresi, foi o campeão da Copa São Paulo de futebol júnior em 2010 - ou seja, há menos tempo que o último caneco levantado pelo time principal, o Brasileirão de 2008. E, no mês passado, o antecessor de Muricy no time sãopaulino, Paulo Autuori, foi bicampeão da Copa do Qatar, com o Al Rayyan. Nada, nada, garantiu vaga na próxima Liga dos Campeões da Ásia, principal competição do continente, que dará ao vencedor o direito de disputar o Mundial de Clubes da Fifa em 2012. Legal, né, Juvenal?

quinta-feira, maio 05, 2011

6 a 0 para o Coritiba sobre o Palmeiras: o nome disso é sova

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Tomar de 6 a 0 é pra dormir de cabeça quente. Foi a pior volta possível para Marcos, o Goleiro. A pior partida seguinte para a eliminação do campeonato paulista. A mais dura resposta à ideia de que o Coritiba só mantinha a série invicta de 28 partidas sem perder (agora são 29), porque o campeonato paranaense é fraco.

Tomar de 6 a 0 é muita coisa. As chances de fazer 7 a 0 no jogo de volta sequer merece comentários.

No dia seguinte ao cataclismo que atingiu os times brasileiros na Libertadores, o Palmeiras apanhou feio. E não há qualquer relação, a não ser o inusitado, o inesperado. O alviverde paulistano foi vítima de um massacre no Couto Pereira. Uma sova para não esquecer muito cedo. E sobre a qual é melhor só pensar amanhã.

quarta-feira, abril 13, 2011

Palmeiras bate Santo André só com o necessário

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Por 2 a 1 o Palmeiras venceu o Santo André na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. Kléber marcou dois gols e conseguiu a façanha de perder dois pênaltis. Tudo num jogo só. Os tentos marcados foram justamente no rebote e no escanteio originado pela espalmada de Neneca, arqueiro do Ramalhão. Pelo feito inusitado de quem aspira a Palermo, o 30 alviverde foi o personagem do jogo.

O episódio mais inusitado da partida foi a bomba de gás lacrimogêo que invadiu (?) o gramado. O equipamento usado para dispersar manifestações por forças policiais não é regulamentado adequadamente pelas secretarias de segurança pública. Como uma arma não letal como essa foi parar no relvado, ninguém explicou. A partida ficou parada por cinco minutos logo que começou o segundo tempo.

A polícia diz que torcedores que tentaram invadir as arquibancadas sem pagar é que teriam atirado o aparato. A aquisição desse tipo de explosivo, porém, é restrito. A fumaceira pode ter sido gás de pimenta, que é de mais fácil acesso, mas vai entender?

O time fez mais ou menos só o necessário para vencer por um gol de diferença e voltar com vantagem para a partida decisiva. Para os traumatizados torcedores de 2004, quando o mesmo Santo André eliminou a equipe esmeraldina nas quartas da competição, o futebol apresentado foi bom por proporcionar a vitória. O Palmeiras pode perder por 1 a 0 ou empatar que l

Valdívia foi bem até ser substituído pelo estreante Wellington Paulista que, aos 27 anos, fez pouco. O meia chileno deu passe, toque de letra, driblou. E nada de sentir a contusão que o afastou por três semanas. A fase continua boa na representação de Palestra Itália. Poderia ter sido melhor, mas a vitória na partida de ida foi boa o bastante.

Deola fez três boas defesas, mas não teve o que fazer diante do levantamento em que o zagueiro Anderson apareceu sozinho para cabecear e marcar o gol andreense. Vacilo pouco comum na sólida defesa de Luiz Felipe Scolari. Se o time fez só o necessário, tampouco precisava tomar esse gol. Mas não precisa ser um problema, é só ganhar a partida de volta.

quinta-feira, março 03, 2011

Palmeiras 5 a 1: quem vê placar não vê coração

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Só Adriano Michael Jackson marca. Poderia ser este o título do post. Mas é que foi por 5 a 1 a vitória do Palmeiras sobre o Comercial-PI. Uma goleada folgada, como esperava todo torcedor – a maioria esperava isso no jogo de ida, tanto mais no de volta. Mas a elasticidade registrada no marcador não mostra que só saiu gol alviverde aos 18 minutos do segundo tempo. Poderia ser bem mais fácil.

Foto: Drew H. Cohen 

Foram quatro gols de Adriano – três de cabeça – em sequência e um de Gabriel Silva. Binha foi quem diminui, quando estava só 2 a 0. Agora o desafio é o Uberaba-MG.

Antes da chuva de gols, teve pluviosidade fina e contínua. Teve gol perdido a cântaros, Kleber contundido e substituído pelo péssimo Luan, pênalti desperdiçado por Valdívia, tento incorretamente anulado para o time de Campo Maior e dois expulsos do time azul e branco. Quer dizer, o Palmeiras só marcou quando tinha dois homens a mais em campo.

Houve muita margem para secador acreditar na reedição do Asa de Arapiraca, Atlético-GO ou Santo André, para citar três das zebras que atrapalharam planos palmeirenses na história da Copa do Brasil.

O time piauiense mostrou ainda mais limitações do que no jogo de ida. Bomba, o massagista, apareceu só duas vezes em campo, sempre ovacionado.

Quando o time da casa acertou cruzamentos, saiu gol. Quando acertou toques na entrada da área, marcou. Quando o chute foi em direção ao gol, bom, em algumas vezes o goleiro Neto até defendeu. Mas em outras, a bola entrou.

Com os quatro gols marcados por Adriano com suas danças à lá Michael Jackson, fica claro que ele é a única opção para jogar na frente, embora não tenha perfil. Valdívia continua a ser peça importante, mas não tem nem as opções táticas que tinha em 2008 nem a criatividade de então. Talvez melhorando a forma física dê mais alegrias à torcida.

Falando no povo da arquibancada, foram poucos os que encararam o razoável frio e a chuva desta quinta-feira, 2. Os que foram poderiam ter oferecido gritos de incentivo mais específicos, concentrados na necessidade de se finalizar em direção à meta do Comercial. Foram perto de 30 chutes, poucos com destino certo.

"Chute no gol", poderia ter gritado a torcida. Talvez fosse necessário enfatizar: "Mas no gol mesmo!"

Tudo bem que o Botafogo-RJ só se classificou só nos pênaltis, contra o Iape, de Sergipe. Mas poderia ter sido mais fácil.

2ª Fase da Copa do Brasil
Flamengo x Fortaleza
Guarani x Horizonte-CE
Atlético-MG x Grêmio PRudente
Ceará x Brasiliense
Atlético-MG x Grêmio Prudente
Ceará x Brasiliense
Botafogo-PB x Caxias
Coritiba x Atlético-GO
Palmeiras x Uberaba
Sampaio Corrêa x Santo André
Vasco x ABC-RN
Bangu x Vencedor de Ponte Preta e Baré-RR
Atlético-PR x Paulista
Bahia x Paysandu
Botafogo-RJ x Paraná
Avaí x Ipatinga
São Paulo x Santa Cruz

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

A noite de Vanvan e Silva e Silva

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Coisas que só acontecem na Copa do Brasil.


Jogo entre o desconhecido Iape e Atlético-MG no Maranhão. A esperada vitória fácil do Galo por mais de dois gols não vem por conta, principalmente, de dois principais personagens, o artilheiro Vanvan, autor de dois gols, e o árbitro paraense Andrey da Silva e Silva.

O artilheiro foi bem e aproveitou as oportunidades, depois de o Galo ter saído na frente com gol aos 6 minutos do primeiro tempo, tomou a virada aos 17 e aos 36 minutos em jogadas irregulares. Na primeira, numa disputa pelo alto, com a bola dominada, o goleiro Renan Ribeiro, do Galo, tomou um empurrão e soltou a bola. Na segunda, o bandeirinha assinalou impedimento, o juiz Andrey da Silva e Silva apitou, a defesa parou e ele voltou atrás, validando a jogada.

Claro que o Galo não jogou nada no primeiro tempo e deu sopa para o azar e os contra-ataques do time paraense, mas se eu fosse um pouquinho mais paranóico já diria que começou a retaliação da CBF por conta da posição do presidente Alexandre Kalil nas negociações dos direitos de TV. Mas deve ter sido apenas uma noite infeliz do juizão, membro da família Silva, a mesma de certo ex-presidente.

Na volta para o segundo tempo, Dorival Júnior deu uma arrumada no time, que empatou com Tardelli aos 40 segundos e completou a vitória com Ricardo Bueno, aos 31 minutos.

Vem agora a glória do Iape, ir a Belo Horizonte fazer a segunda partida na semana que vem. Deve ser um jogo interessante, se a arbitragem e a CBF deixarem... Ah, o Galo também tem de jogar mais para manter a série invicta, só com vitórias em jogos oficiais nos campeonatos que disputa neste ano.